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Polinização e biologia reprodutiva em Cereus hildmannianus K. Schum. E Pereskia aculeata Mill. (CACTACEAE)
Cactaceae é um grupo endêmico do continente americano e adaptado a ambientes áridos e semiáridos, porém pode ocorrer em diversas formações naturais devido à sua variada diversidade morfológica. Tal diversidade morfológica se reflete em diferentes estratégias reprodutivas e de atração dos polinizadores. Cereus hildmannianus K. Schum. e Pereskia aculeata Mill. são os representantes mais comuns de suas respectivas tribos na flora do Rio Grande do Sul. Ambas as espécies apresentam potencial econômico subestimado, podendo ser facilmente cultivadas já que possuem propriedades alimentÃcias, medicinais e ornamentais. O cultivo de espécies nativas da flora requer um maior entendimento das estratégias reprodutivas e interações interespecÃficas de polinização nas quais estas plantas estão envolvidas. Cereus hildmannianus é um cacto colunar de hábito arborescente que possui antese noturna e é dependente da polinização exclusiva de mariposas da famÃlia Sphingidae, que promovem a xenogamia, sendo praticamente autoincompatÃvel. Testes de germinação mostraram que as sementes de Cereus hildmannianus têm como temperatura ótima de germinação 25° C, na qual demonstra maior Ãndice de germinabilidade e menor sincronia. Já Pereskia aculeta é uma espécie cedodivergente dentro de Cactaceae, apresentando a morfologia e a fisiologia de caráter plesiomórfico. As flores são diurnas e a espécie é autocompatÃvel, apresentando algum grau de incompatibilidade xenogâmica entre morfotipos diferentes. É polinizador-dependente e atrai majoritariamente abelhas nativas da tribo Meliponini, podendo também ser polinizada por outros grupos de abelhas, coleópteros e vespas que se alimentam ou coletam o pólen, evidenciando uma especialização ecológica.Cactaceae is an American endemic plant group adapted to arid and semiarid conditions, but also can occurs in others natural formations due its morphologic diversity. This morphologic diversity reflects in differents breeding strategies and pollinators attraction. Cereus hildmannianus K. Schum. and Pereskia aculeata Mill. are the only representatives species of their respective tribes in Rio Grande do Sul flora. Both species show an understimated economic potential and can be easily cultivated since they have nutritional and medicinal properties. The cultivation of native species requires a better understanding of breeding strategies and interspecific interactions with pollinators in which this plants are involved. Cereus hildmannianus is a tree-like columnar cactus with nocturnal anthesis and depends exclusivily hawkmoth pollination, that promote cross-pollination, being predominantly self-incompatible. Germination tests shows C. hildmannianus seeds have optimum temperature at 25° C, which germinability index is higher and synchronization is lower. And Pereskia aculeata is a early divergent species in Cactaceae, showing morphologicaly and physiologicaly plesiomorphic features. Its flowers have diurnal anthesis and are self-compatible, but showing partially xenogamic incompatibility between differents morfotypes. It is pollinator-dependent and attracts mainly Meliponini tribe native bees, but also can be pollinated by another bee groups, as well as beetles and wasps that feed or collect pollen, evidencing a ecologic specialization
Numerical study of combustion instabilities and low-temperature chemistry effects in premixed flames under internal combustion engine conditions
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica, Florianópolis, 2022O crescimento econômico mundial é uma soma positiva de benefÃcios onde mais pessoas têm acesso a mais bens e serviços. Ao mesmo tempo, a espinha dorsal do crescimento encontra-se, invariavelmente, no aumento da disponibilidade e consumo de energia. Uma das estratégias para mitigar os efeitos antropogênicos sobre o clima do planeta é reduzir as emissões dos modais de transporte. Embora a mudança a longo prazo aponte para um uso maior de eletrificação, e de combustÃveis alternativos, como o hidrogênio verde e biocombustÃveis, a ação imediata concentra-se na redução de peso e no aumento da eficiência de motores veiculares. O avanço na tecnologia da combustão é um dos componentes e, portanto, a eficiência termodinâmica dos motores deve ser aumentada para diminuir a emissão de gases de efeito estufa e poluentes. Metodologia Este estudo concentra-se na investigação das propriedades quÃmicas, fÃsicas e de transporte de chamas pré-misturadas pobres, amplamente utilizadas em motores de ignição por centelha para automóveis e em sistemas avançados de turbinas a gás para geração de energia. Além disso, são estudados combustÃveis tradicionais, como simulacros da gasolina, e combustÃveis renováveis promissores, como metano, dimetil éter e hidrogênio. A tese utiliza abordagens numéricas para investigar o comportamento da ignição e propagação de chamas em condições relevantes de motor. O trabalho está dividido em duas partes principais. A primeira parte volta-se para o estudo dos efeitos hidrodinâmicos e termo- difusivos de chamas de metano, dimetil éter e hidrogênio. Na segunda parte, o trabalho enfoca o processo de combustão onde a quÃmica de baixa temperatura desempenha um papel essencial e está relacionada ao limite de detonação de motores. Resultados e discussões Os efeitos das instabilidades, curvatura, deformações normais e tangenciais na taxa de estiramento da chama e velocidade de deslocamento da chama foram estudados usando simulações numéricas diretas para chamas canônicas, planares e de Bunsen, para três diferentes misturas pobres de combustÃvel/ar, metano, DME e hidrogênio. A correlação entre a velocidade da chama e o número de Karlovitz mostrou-se semelhante para metano e DME. A fração de massa de hidrogênio ao longo da superfÃcie da chama apresenta uma forte deficiência na região de curvatura positiva e excesso na região de curvatura negativa em comparação com a chama plana adiabática. Esta tendência é observada não apenas ao longo da superfÃcie da chama, mas também em toda a distribuição de hidrogênio na direção normal. Para o hidrogênio, a chama de Bunsen mostra que a interação entre cinética quÃmica e taxa de estiramento modifica substancialmente a taxa de queima local para misturas pobres. Regiões com curvatura positiva podem queimar mais que o dobro da velocidade da chama plana, enquanto a curvatura negativa pode causar a extinção desta. Na configuração de chama plana, os resultados mostram que a velocidade local da chama depende da taxa de crescimento das instabilidades. Estas crescem mais rapidamente em um valor especÃfico de curvatura da chama relacionado ao comprimento de onda de perturbações iniciais. A chama plana em um domÃnio amplo mostra que as perturbações iniciais levam a um comportamento de propagação caótico onde a frente de chama é continuamente enrugada e composta por um espectro de pequenas cristas integradas em grandes comprimentos ondas semelhantes a dedos enrugados. Uma regressão linear feita com a correlação entre a curvatura local da frente de chama e a velocidade de consumo de combustÃvel mostrou que o desvio da teoria de estiramento linear é menor para os pontos com curvaturas menores, enquanto para altos valores negativos, o desvio aumenta. A detonação do motor limita o desempenho e a eficiência de motores de ignição por centelha altamente comprimidos. O efeito do primeiro estágio de ignição na detonação do motor foi analisado usando um modelo quasi-dimensional. O modelo de chama CFM foi usado para modelar a combustão turbulenta e cinco modelos de cinética quÃmica reduzida foram aplicados ao processo de terminação da chama. Um motor CFR modificado, operando com duas misturas PRF, foi usado para testar a capacidade preditiva dos modelos e identificar as condições iniciais que levam à detonação. Embora os modelos de cinética quÃmica usados prevejam curvas de atraso de ignição semelhantes, eles não resultam nas mesmas previsões de detonação. Os resultados evidenciam a importância dos modelos quÃmicos captarem corretamente o inÃcio da chama de baixa temperatura na região de NTC nos diagramas de atraso de ignição. Um mecanismo quÃmico foi selecionado e então usado para identificar os tempos de atraso de ignição do primeiro e segundo estágio e sua dependência com a velocidade de rotação do motor e da taxa de compressão. Os resultados indicaram que a ignição de primeiro e segundo estágio se correlacionam de forma relativamente simples com a velocidade do motor e a taxa de compressão. Uma análise de sensibilidade evidenciou que apenas uma fração da quÃmica de baixa temperatura contribui para a ignição do primeiro estágio, e sua ocorrência determina o inÃcio da detonação do motor, sugerindo que a escolha de um aditivo inibidor do primeiro estágio pode atrasar a detonação nos motores de ignição por centelha. Além disso, foi investigada a formação e propagação de chama fria pré-misturada em condições relevantes de motores de combustão usando simulações numéricas diretas. O estudo forneceu informações fÃsicas e quÃmicas sobre as transições estruturais da chama e seus efeitos na velocidade da chama e no processo de autoignição. O efeito termo-fÃsico foi avaliado parametricamente e os resultados mostram que, em condições transitórias, a temperatura tem um efeito menos significativo do que a pressão na velocidade da chama laminar. Para os casos simulados, a estrutura de chama dupla é substancialmente afetada pela pressão na qual o termo reativo se torna dominante à medida que a pressão aumenta. Ao contrário da chama quente, a frente fria mostrou que com o aumento da pressão, sua taxa de queima também aumenta, pois é estruturalmente mais dependente do termo reativo do que do termo difusivo. Uma investigação foi realizada para determinar o efeito das dimensões de um ponto quente sobre a inicialização e propagação de uma chama fria. O estudo mostrou que a inicialização da chama fria depende de um tamanho crÃtico para dar origem a uma frente fria. No entanto, uma vez que uma chama fria é iniciada, não é uma condição obrigatória que a quÃmica de baixa temperatura promova um processo de autoignição.Abstract: Worldwide economic growth turns out to be a positive-sum of benefits where more people can access more goods and services. At the same time, the growth backbone relies on the increase in energy availability and consumption. One of the strategies to mitigate the anthropogenic effects of global climate change is reducing transportation emissions. While long-term change points to a larger use of electrification, green hydrogen, and biofuels, immediate action has focused on weight reduction and increasing vehicular efficiency. The advances in combustion technology are one of the components, and therefore, the thermodynamic efficiency of engines should be increased in order to decrease the emission of greenhouse gases and pollutants. This study focuses on the investigation of chemical, physical and transport properties of lean premixed flames, which are widely utilized in spark-ignition engines for automotive and in advanced gas turbine systems for power generation. In addition, traditional fuels such as gasoline surrogates and promising renewable fuels such as methane, dimethyl ether, and hydrogen are analyzed. The thesis uses numerical approaches to investigate flame ignition and propagation behavior at relevant engine conditions. The work is divided into two main parts. The first framework turns to study flame hydrodynamic and thermo-diffusivity effects of methane, dimethyl ether, and hydrogen flames. In the second part, the work focuses on the combustion process where low-temperature chemistry plays an essential role and is related to the engine knocking limit. The effects of flame instabilities, curvature, normal and tangential strains in the flame stretch rate and flame displacement speed were studied using DNS for canonical flames; slot burners, Bunsen and planar flames, for three different lean fuels/air mixtures, methane, DME and hydrogen. The correlation between flame speed and the Karlovitz?s number is similar for methane and DME. The mass fraction of hydrogen along the flame surface presents a strong deficiency in the positive curvature region and strong excess in the negative curvature region compared to the planar, adiabatic flame. The trend is observed not only in the position of the flame surface but also in the entire distribution along the normal direction. For hydrogen, the Bunsen flame shows that stretch-chemistry and diffusion interaction substantially modify the local burning rate for sufficient lean mixtures. Positively curved regions may burn more than twice the flat flame speed, while negative curvature may cause flame front extinction. In the planar flame configuration, the outcomes show that the local flame speed depends on the growth rate. The instabilities grow faster at a specific value of flame curvature related to the front wavelength. The planar flame in a broad domain shows that the initial perturbations lead to a chaotic flame behavior where the wrinkled front is composed of a range of small crests and trough-shapes geometries, formed transversally by great wavelengths made up of smaller ones. A linear regression, made with the correlation of curvature and consumption speed, showed that the deviation from the linear theory is lower for the smaller curved points, while for higher negative values, the deviation increases. Engine knocking limits the performance and efficiency of highly compressed, downsized, spark ignition engines. The effect of the first-stage ignition on the engine knocking was analyzed using a quasi-dimensional model. The standard coherent flame model is used for the turbulent combustion and five available reduced chemical kinetics models are applied to the end-gas process. A modified CFR engine, operating with two PRF mixtures, is used to test the predictive capacity of the models and to identify the onset conditions leading to knocking. Although the chemical kinetics models used predict similar ignition delay curves, they do not result in the same knocking predictions. The results evidence the importance that the chemistry correctly captures the start, from high to low-temperature, of the negative temperature coefficient region. The selected model is then used to identify the first and second-stage ignition delay times and their dependence on engine speed and compression ratio. The results indicate that the first and second-stage ignition correlate in a relatively simple form with engine speed and compression ratio. A sensitivity analysis evidences that only a fraction of the low-temperature chemistry contribute to the first-stage ignition, and its occurrence determines the onset of the engine knocking, suggesting that a choice of a first-stage inhibiting additive could delay knocking in SI engines. In addition, it was investigated the premixed cool flame formation and propagation at relevant combustion engines? conditions using DNS. The study provides physical and chemical insights into flame structural transitions and their effects on flame speed and the autoignition process. The results are focused on the impact of thermophysical properties under the flame speed and the structure of flames during the low-temperature chemistry. The thermophysical effect was parametrically evaluated and the results show that, at transient condition, the temperature has a less significant effect than the pressure on laminar flame speed. For cases simulated, the double flame structure is substantially affected by the pressure in which the reactive term becomes dominant as pressure is raised. Unlike the hot flame, the cool front showed that with the pressure raises, its burning rate also increases since it is structurally more dependent on the reactive term than the diffusive term. The hot spot size investigation shows that the cool flame initialization depends on a critical size to give rise to a cool front. However, once a cool flame is initiated is not a madatory condition that the low-temperature chemistry will promote an autoignition process since the active chemistry behind the front also showed a dependence on the hot spot size
Biologia reprodutiva de Crinum americanum L. – Amaryllidaceae
A famÃlia Amaryllidaceae é uma das mais importantes em número de espécies dentro da ordem Asparagales, e inclui espécies com disposição das folhas alternas dÃsticas ou espiraladas com nervuras paralelinérvas, que despontam do nÃvel do solo, a partir da base do caule ou surgindo diretamente do bulbo. As inflorescências são cimosas, sustentadas por um longo escapo, e geralmente são bastante vistosas, concedendo à famÃlia um alto potencial ornamental. As flores são bissexuadas, cálice e corola geralmente unidos. O Crinum americanum L., é uma espécie encontrada em áreas alagadas, banhados e margens de corpos d’água. Sua distribuição acontece desde o sul dos Estados Unidos até o sul da América do Sul, mais comumente nas regiões costeiras. No Brasil, a espécie ocorre em todos os domÃnios fitogeográficos do paÃs. O estudo da biologia reprodutiva pode esclarecer a evolução de caracteres embriológicos relacionados ao rudimento seminal e o modo de dispersão da semente pela água. O presente trabalho tem como objetivo descrever a biologia reprodutiva de C. americanum L. levantando dados sobre as seguintes caracterÃsticas: identificação do sistema reprodutivo, as etapas da fecundação e o desenvolvimento do fruto e das sementes. A biologia floral em C. americanum é compatÃvel com a sÃndrome de polinização por esfingÃdeos. Apesar dos insetos polinizadores não terem sido encontrados durante o estudo, os resultados dos experimentos de polinização indicam que a espécie é autocompatÃvel e que o vetor está presente na população. Apresenta saco embrionário tipo Polygonum, embrião cilÃndrico e uma grande massa de endosperma. A semente é nua e possui as camadas externas impermeáveis, altamente adaptada para dispersão hidrocória. Estas caracterÃsticas justificam o fato da espécie ser muito frequente em áreas com oscilações sazonais de alagamento
Temas em filosofia contemporânea II
Sumário: 1. El caso del método cientÃfico, Alberto Oliva; 2. Un capÃtulo de la prehistoria de las ciencias humanas: la defensa por Vico de la tópica, Jorge Alberto Molina; 3. La figura de lo cognoscible y los mundos, Pablo Vélez León; 4. Lebenswelt de Husserl y las neurociencias, Vanessa Fontana; 5. El uso estético del concepto de mundos posibles, Jairo Dias Carvalho; 6. Realismo normativo no naturalista y mundos morales imposibles, Alcino Eduardo Bonella; 7. En la lógica de pragmatismo, Hércules de Araujo Feitosa, Luiz Henrique da Cruz Silvestrini; 8 La lógica, el tiempo y el lenguaje natural: un sistema formal para tiempos de portugués, Carlos Luciano Manholi. / Temas em filosofia contemporânea II / Jonas Rafael Becker Arenhart, Jaimir Conte, Cezar Augusto Mortari (orgs.) – Florianópolis : NEL/UFSC, 2016. 167 p. : tabs. - (Rumos da epistemologia ; v. 14); ISBN 978-85-87253-27-9 (papel); ISBN 978-85-87253-26-2 (e-book
A Redefinition of the Halo Boundary Leads to a Simple yet Accurate Halo Model of Large Scale Structure
We present a model for the halo--mass correlation function that explicitly
incorporates halo exclusion. We assume that halos trace mass in a way that can
be described using a single scale-independent bias parameter. However, our
model exhibits scale dependent biasing due to the impact of halo-exclusion, the
use of a ``soft'' (i.e. not infinitely sharp) halo boundary, and differences in
the one halo term contributions to and . These
features naturally lead us to a redefinition of the halo boundary that lies at
the ``by eye'' transition radius from the one--halo to the two--halo term in
the halo--mass correlation function. When adopting our proposed definition, our
model succeeds in describing the halo--mass correlation function with residuals over the radial range , and for halo masses in the range . Our proposed halo boundary is related to the
splashback radius by a roughly constant multiplicative factor. Taking the
87-percentile as reference we find .
Surprisingly, our proposed definition results in halo abundances that are well
described by the Press-Schechter mass function with . The clustering bias parameter is offset from the standard
background-split prediction by . This level of agreement is
comparable to that achieved with more standard halo definitions.Comment: 12 pages, 5 figure
Análise do efeito de estratificação na autoignição controlada utilizando modelo multizonas em motores de combustão interna
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica, Florianópolis, 2016.Esse trabalho tem por objetivo analisar, via simulação numérica, o efeito de variações na temperatura da mistura no desenvolvimento da pressão na câmara de combustão e na tendência para detonação em motores operando em modo HCCI (Homogeneus Charge Compression Ignition). Em motores a combustão interna em geral, a carga ar-combustÃvel após compressão no cilindro é afetada pela existência de camadas limites próximas à s paredes da câmara de combustão, originando gradientes de temperatura na direção normal à s paredes, os quais afetam a ignição e propagação da combustão. Nesse trabalho, para simular a estratificação térmica observada em motores, gradientes de temperatura foram impostos à s zonas de reação do modelo multizonas e utilizados como variável independente. Contrário aos trabalhos publicados na literatura, a energia total contida na mistura ar-combustÃvel foi mantida constante, de forma a isolar o efeito da estratificação térmica daqueles oriundos do aquecimento adicional da mistura ar-combustÃvel, uma estratégia comumente utilizada para o controle de combustão em misturas pobres e condições de carga elevada. Para isso, a massa distribuÃda à s diferentes zonas é determinada de forma a manter a energia térmica da mistura constante em todas as simulações. Simulou-se condições de operação com mistura pobre, iso-octano foi utilizado para representar o combustÃvel, utilizou-se um mecanismo reduzido de cinética quÃmica e aplicou-se o método multizonas conforme disponÃvel no pacote computacional ChemKin®. Os resultados obtidos foram comparados com aqueles reportados na literatura. Verificou-se que o controle energético dentro do sistema tem o efeito sobre os momentos de ignições térmicas, e dessa forma consegue-se diminuir as taxa com que a pressão aumenta. Porém, ficou evidente que em termos práticos, onde há o aumento da rotação existe o aumento da sensibilidade do motor à alteração da carga térmica, a caracterÃstica do motor nos processos de expansão e compressão, além de cinética quÃmica devem se adaptar, ou mais precisamente, se sincronizar com a alteração da rotação para que não haja uma alta taxa lÃquida de calor liberado. Além disso, foi testado o uso de EGR como um recurso para controle da combustão. Dessa forma, foi mostrado que com a sua utilização foi possÃvel elevar o potencial térmico do motor.Abstract : The work aims to analyze through numerical simulations on idealized conditions the operating capacity of the HCCI engine combustion process (Homogeneus Charge Compression Ignition), under high equivalence ratios with use a reduced kinetic mechanism of iso-octane as fuel. The result aims to achieve the conditions for the existence of the stable operation of the combustion at high loads with the engine always operating on the same thermodynamic potential. With this, all the work is based on the maintenance of the initial energy provided for in the first case validated by the literature. The control of the pressure increase rate is the parameter of most interest to be analyzed, but the changes made for this purpose modify the behavior of combustion. The main issue addressed is the inhomogeneity of the temperature within the system. This property inherent to the engine enables control over the thermal ignitions and as a consequence temperature width is created that serves as the main responsible for the delay of the ignition between adjacent volumes and deflagration speed of ignitions. With use of simulation module of software ChemKin® HCCI combustion processes multi zone, temperatures gradients were imposed as an independent variable to the reaction system of the engine and thereby determine mass distributions as a dependent variable in order to maintain a constant energy. Thus was set the parameter space of energy stratification for the reactive system. The results obtained through the established methodology were compared with the literature. It was found that the energy control in the system has the effect on ignition delay time and thus achieves decreasing the rate at which the pressure increases. However it was evident that in practice terms, where with an increase of engine speed the sensitivity at relation at thermal charge change is incresed and then, the characteristics of the engines in the expansion and compression processes as well as chemical kinetics must adapt, or more precisely, to synchronize with changing the rotation speed so that no there is a high net rate of heat released. Furthermore, the use of EGR is shown very efficient in the control of reaction rates increasing the thermal potential of engine
Tópicos em teoria de quase-conjuntos e filosofia da fÃsica quântica
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia.Segundo alguns autores, a Mecânica Quântica não-relativista é compatÃvel com duas posturas metafÃsicas distintas: uma em que os objetos com os quais ela trata são indivÃduos, e outra, na qual esses objetos são não-indivÃduos. Neste trabalho consideraremos a segunda opção, buscando explicar em que sentido podemos entender esta não-individualidade, e como podemos tratar formalmente com esta noção. Uma resposta possÃvel, a que será considerada neste trabalho, é que podemos utilizar uma teoria de Quase-Conjuntos Q, que trata formalmente com certos itens que podem ser entendidos como representando não-indivÃduos, no sentido de que nem a identidade nem a diferença fazem sentido para eles. Duas questões relacionadas com a teoria de Quase-Conjuntos serão tratadas. O primeiro é uma conseqüência da particular maneira como os não-indivÃduos são representados na teoria Q. Sem a noção de identidade para estes itens, torna-se difÃcil generalizar as definições usuais de cardinal para coleções de não-indivÃduos, já que a identidade é necessária nestes casos. Assim, apresentaremos uma definição para cardinais finitos distinta das usuais, que possa envolver os casos em que objetos sem identidade estejam presentes. O segundo problema que discutiremos consiste em uma aplicação da teoria Q. Apresentaremos uma lógica de primeira ordem cuja motivação principal consiste em tratar adequadamente não-indivÃduos, que podem obedecer a uma relação primitiva de indistinguibilidade, mas não obedecem a relação de identidade. Exibiremos uma semântica para esta lógica tendo a teoria Q como metalinguagem, e argumentaremos que, em geral, ela preserva as motivações para se propor tal lógica. Por fim, generalizamos esta semântica para linguagens de primeira ordem em geral, permitindo que itens que representam os não-indivÃduos estejam no domÃnio de interpretação. According to some authors, Non-relativistic Quantum Mechanics is compatible with two distinct metaphysical views: one in which the objects it deals with are individuals, while the other one consider these objects as non-individuals. In this work, we pursue the second option, trying to explain how this non-individuality can be understood, and how to provide a formal treatment of this notion. We analyze a possible answer to these questions, more specifically, we consider that a quasi-set theory Q can be used for some purposes, a theory in which some items can be seen as representing non-individuals, in the sense that neither identity nor difference make sense for them. Two basic questions related to the quasi-set theory are then treated. The first one follows from the particular way in which non-individuals are represented within Q. Without the notion of identity for these items, it becomes difficult to generalize to collections of non-individuals the standard definition of cardinality. So, we present a definition of finite cardinals which differs from the usual ones, and then we discuss how we can treat the cases involving objects without identity. The second question we discuss consists in an application of the theory Q. We present a first order logic whose main motivation consists in trying to deal adequately with non-individuals, and although an identity relation cannot hold between non-individuals, they can still figure in an indistinguishability relation. A semantic for this logic is constructed using Q as its metalanguage, and we suggest that this particular semantics preserves the motivations to propose this logic. Finally, this semantics is generalized to first order languages in general, allowing for items representing non-individuals to figure in the domain of interpretation
Discussões sobre a não-individualidade quântica
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2011Neste trabalho tratamos com alguns problemas filosóficos sugeridos pela mecânica quântica não-relativista. Nossa abordagem é formal, no sentido de que privilegiamos o estudo dos problemas em sistemas de lógica e teoria dos conjuntos convenientes, e que nossas sugestões para uma possÃvel solução destes problemas deve ser buscada módulo uma determinada lógica. O tópico central unindo os capÃtulos consiste na alegada não-individualidade das partÃculas quânticas. Segundo alguns autores, as partÃculas com as quais trata a teoria não são indivÃduos em nenhum sentido tradicional deste termo. Começamos esclarecendo o campo do debate, mostrando que de um ponto de vista ontológico, ou seja, da natureza das entidades com as quais a teoria está comprometida, temos o que se chama de subdeterminação da metafÃsica pela fÃsica: a teoria quântica por si só não nos fornece recursos para determinarmos se as partÃculas com as quais ela trata são indivÃduos ou não indivÃduos. Este é um tópico que deve ser decidido no campo da argumentação filosófica. Aqui, investigaremos como podemos dar um sentido rigoroso para a sugestão de que estas entidades são não-indivÃduos introduzindo uma teoria de conjuntos que busca tratar com este tipo de entidades, a teoria de quase-conjuntos. No escopo desta teoria, não-indivÃduos são representados como objetos para os quais a noção de identidade não se aplica com sentido. Nos capÃtulos seguintes apresentamos desenvolvimentos a partir deste ponto. Nossa primeira dificuldade consiste em se introduzir as noções de cardinalidade e contagem para não-indivÃduos. Mostraremos como uma definição alternativa na teoria de quase-conjuntos pode ser apresentada com algumas das propriedades que se espera de uma definição de cardinal. Algumas objeções são estudadas e mostrarmos que não colocam obstáculos a este aspecto de nosso desenvolvimento. Assim, os conceitos de contagem, cardinalidade e individualidade podem ser mantidos separados. Na sequência argumentaremos que a própria noção de quantificação faz sentido quando tratamos de não-indivÃduos, ou seja, podemos quantificar com sentido sobre entidades sem individualidade. Segundo alguns autores, a noção de quantificação, tão fundamental para o discurso ordinário, só faz sentido quando pressupomos que a identidade faz sentido para as entidades sobre as quais quantificamos. Argumentaremos que estas teses não se sustentam, e assim, que não constituem ameaça ao modo particular através do qual estamos compreendendo as partÃculas quânticas. Por fim apresentaremos um debate recente que busca estabelecer que as partÃculas quânticas devem obedecer ao PrincÃpio de Identidade dos IndiscernÃveis (PII), de modo que não podem ser não-indivÃduos. Segundo este princÃpio, objetos diferindo numericamente possuem uma qualidade que os distingue. Não-indivÃduos violam este princÃpio, eles são tais que podem de fato possuir todas as suas propriedades em comum sem serem numericamente o mesmo. Mostraremos que os argumentos apresentados em favor de PII em mecânica quântica dependem de que se aceite determinadas hipóteses metafÃsicas, no caso, que se aceite que relações podem ser utilizadas como estabelecendo discernibilidade qualitativa, algo que podemos rejeitar baseados em argumentos razoáveis. ConcluÃmos o trabalho com um apêndice acerca de duas teorias clássicas da individualidade, a teoria de feixes e teoria do substrato, que são amplamente mencionadas no decorrer da tese mas que não são exploradas independentemente no corpo do texto
Unveiling the germination requirements for Cereus hildmannianus (Cactaceae), a potential new crop from southern and southeastern Brazil
Cereus hildmannianus K. Schum is a columnar cactus native to South and Southeast Brazil. The cultivation of this species seems justifiable for several reasons: its fruits are spineless and edible; it is not threatened with extinction; it naturally occurs in Pampa and Atlantic Forest under non-xeric conditions that may be unsuitable for the cultivation of other tropical cacti; and the plants are pollinator-dependent and so should benefit from native pollinators. This study aimed to test seed germination of C. hildmannianus with samples collected at three different localities in southern Brazil, as a necessary step preceding any attempts of management and domestication. Seeds were exposed to temperatures of 20° C, 25° C, 30° C and room temperature. The germinability, average germination time and synchronization index were calculated. All samples showed higher germinability at 20° C and 25° C. Seeds from Caçapava do Sul and Santiago showed significant variation in the synchronization index at 25° C and 30° C, respectively. Seeds from Porto Alegre had maximum germinability, indicating greater vigor. Our results show that the seeds of C. hildmannianus germinate well and thrive within a wide range of temperatures and that cultivation of the species from seed-raised plants should not be problematic
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