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    Inibição da via da quinurenina previne alterações comportamentais e estresse oxidativo em cérebro de ratos submetidos a um modelo animal de esquizofrenia

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    Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, para obtenção do título de Doutora em Ciências da Saúde.A esquizofrenia é um grave transtorno psiquiátrico que acomete em torno de 1% da população mundial, causando prejuízo social e econômico significativo. A fisiopatologia desse transtorno é explicada por uma deficiência nos sistemas de neurotransmissores dopaminérgicos e glutamatérgicos. Porém, como um número significativo de pacientes não respondem ao tratamento com antipsicóticos, outras vias parecem estar relacionadas com os aspectos fisiopatologicos deste transtorno. Evidências relatam que a via da quinurenina desempenha um importante papel no início do estresse oxidativo na esquizofrenia. Assim, o objetivo desse estudo foi utilizar um modelo animal de esquizofrenia induzido pela cetamina para investigar se inibidores da via da quinurenina poderiam prevenir alterações comportamentais e estresse oxidativo em cérebro de ratos. Para isso foram utilizados ratos Wistar e a cetamina foi injetada na dose de 25 mg/kg uma vez por dia por 7 dias. Os inibidores da triptofano 2,3- dioxigenase (TDO, 20 mg/kg), indoleamina 2,3-dioxigenase (IDO, 500 mg/kg) e quinurenina-3-monooxigenase (KMO, 100 mg/kg) foram injetados juntamente com cetamina. Os grupos experimentais foram: salina+veículo; salina+inibidor TDO; salina+inibidor IDO; salina+inibidor KMO; cetamina+veículo; cetamina+inibidor TDO; cetamina+inibidor IDO; cetamina+inibidor KMO. Após a administração dos fármacos foi avaliada a atividade motora em um monitor de atividade e parâmetros de estresse oxidativo foram analisados no córtex frontal (CF), hipocampo e estriado. A administração de cetamina na dose aumentou a atividade locomotora dos ratos. Porém, os inibidores das enzimas IDO, KMO e TDO foram capazes de prevenir as alterações comportamentais induzidas pela cetamina. Além disso, o inibidor da IDO preveniu peroxidação lipídica e diminuiu os níveis de proteína carbonilada em CF, hipocampo e estriado. O inibidor da IDO também aumentou a atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) no hipocampo e da enzima catalase no CF e no hipocampo. O inibidor da enzima TDO preveniu dano em lipídeo no estriado e reduziu os níveis de proteína carbonilada no hipocampo e estriado de ratos submetidos ao modelo animal de esquizofrenia. O inibidor da TDO aumentou a atividade da SOD no estriado e da CAT no hipocampo de ratos administrados com cetamina. O inibidor da KMO não preveniu o dano em lipídeo. Entretanto, o inibidor da KMO aumentou a atividade da SOD no hipocampo e reduziu os níveis de proteínas carboniladas e aumentou a atividade da CAT no estriado de ratos que receberam cetamina. Os resultados desse estudo apontam que a via da quinurenina pode ser um mecanismo importante pelo qual o modelo animal de esquizofrenia induzido pela cetamina leva a alterações comportamentais e induz estresse oxidativo no cérebro, sugerindo-se que a inibição da via da quinurenina poderia ser uma estratégica para prevenir ou reverter as implicações da esquizofrenia

    UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS BENZODIAZEPINICOS POR USUÁRIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM UM MUNICÍPIO DO EXTREMO SUL CATARINENSE

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    Este artigo teve como objetivo analisar a utilização de benzodiazepínicos e o perfil dos usuários em um município de Santa Catarina. Trata-se de pesquisa do tipo quantitativa, de cunho descritivo com levantamento exploratório dos dados. A pesquisa foi desenvolvida na farmácia da unidade central do município onde os dados foram coletados do sistema de dispensação de psicotrópicos a partir das fichas cadastrais dos pacientes usuários no período de janeiro a dezembro de 2012. Os resultados demonstraram que 7,4% da população municipal está em uso de algum benzodiazepínico pelo Sistema Único de Saúde, com predomínio do sexo feminino entre os usuários. A idade dos usuários variou entre 16 e 100 anos, com média de 54,80 anos para as mulheres e 57,47 anos para os homens. Quanto ao grau de escolaridade, 69,41% dos usuários de benzodiazepínicos não concluiu o ensino fundamental, enquanto que 18,35% possuem ensino fundamental completo, e 12,65%, ensino médio e superior. O clonazepam foi o medicamento mais consumido pela população em 2012. Este trabalho demonstrou que a utilização de benzodiazepínicos ainda é grande e crescente, deixando a preocupação em relação ao uso indiscriminado de psicotrópicos, principalmente o consumo de benzodiazepínicos, sendo necessário implementar políticas que garantam o uso racional destes medicamentos para preservar a saúde da população e a redução de gastos públicos

    A formação do profissional Farmacêutico e sua inserção na Atenção Básica

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    A área da saúde no Brasil passou por grandes mudanças, a partir da Constituição Federal de 1988, onde pela primeira vez a saúde passa a ser entendida como direito dos cidadãos e dever do estado. Junto à criação do SUS, a Assistência Farmacêutica (AF) passa a integrar os direitos constitucionais. Apesar dos avanços, as políticas que vêm sendo desenvolvidas não estão conseguindo atender as necessidades da população, que ainda é acometida por muitos problemas decorrentes da falta de estruturação da assistência farmacêutica. Assim, ampliar o acesso e qualificar a AF destaca-se como importante questão estratégica para o enfrentamento de desafios no SUS. Para uma maior inserção do profissional na Atenção Básica é necessário haver mudanças desde a graduação, pois nela está a base de formação dos profissionais. Mudanças que permitam ao Farmacêutico assumir a AF como atividade que envolve todas as fases de atenção à saúde, colocando o profissional na atenção direta ao usuário de medicamentos. Uma estratégia para suprir a defasagem nos cursos de graduação na área da saúde para atuar no SUS foi a construção de pós-graduações, mestrados e mais especificamente das Residências Multiprofissionais em Saúde da Família que engloba múltiplas profissões da área da saúde, em que trabalham juntas na administração dos serviços, na promoção de saúde, nos trabalhos em grupos, na educação em saúde, na epidemiologia, no planejamento local, na articulação com as comunidades e nas discussões ampliadas do processo saúde-doença, transcendendo o individual. Apesar de existirem barreiras a serem ultrapassadas, a inserção do profissional farmacêutico na Atenção Básica de Saúde é essencial na garantia do acesso e uso racional dos medicamentos, bem como para a qualificação do serviço na promoção da assistência farmacêutica em todas as suas etapas

    PERFIL DAS DEMANDAS JUDICIAIS DE MEDICAMENTOS DE RESIDENTES EM UM MUNICIPIO DO SUL DE SANTA CATARINA

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    : O direito à saúde está previsto na Constituição Federal de 1988 como um direito fundamental, garantido pelo Estado. A judicialização do acesso a medicamentos surge como um desafio para a gestão da Assistência Farmacêutica. Este trabalho busca analisar as demandas judiciais determinando o fornecimento de medicamentos de residentes na esfera municipal

    PERFIL DAS DEMANDAS JUDICIAIS DE MEDICAMENTOS DE RESIDENTES EM UM MUNICIPIO DO SUL DE SANTA CATARINA

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    : O direito à saúde está previsto na Constituição Federal de 1988 como um direito fundamental, garantido pelo Estado. A judicialização do acesso a medicamentos surge como um desafio para a gestão da Assistência Farmacêutica. Este trabalho busca analisar as demandas judiciais determinando o fornecimento de medicamentos de residentes na esfera municipal

    AVALIAÇÃO DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS POR UM GRUPO DE HIPERTENSOS EM UMA UNIDADE ESF DE UM BAIRRO NO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA

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    As doenças cardiovasculares são responsáveis pela alta frequência de internações, ocasionando custos médicos e socioeconômicos elevados, representando atualmente, a maior causa de mortes por doenças. Comumente os pacientes fazem uso de tratamentos alternativos ou adicionais ao farmacológico, estando o uso de chás e plantas medicinais entre os mais frequentes. No entanto, muitas das plantas utilizadas não são validadas para esta indicação, levando a um potencial risco de interações medicamentosas e efeitos colaterais associadas ao seu uso. Este estudo objetiva identificar as plantas medicinais utilizadas no tratamento da hipertensão em pacientes do grupo HIPERDIA de uma unidade ESF (Estratégia Saúde Família) do bairro Nossa Senhora da Salete do município de Criciúma, e confrontar as informações obtidas com a literatura preconizada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para avaliação e segurança de fitoterápicos. Foi realizado um estudo transversal prospectivo, sendo entrevistados indivíduos maiores de 18 anos, usuários de medicamentos, por meio de ficha individual estruturada com perguntas abertas e fechadas. Após o levantamento, constatou-se que todas as plantas mencionadas encontram-se nas literaturas consultadas e, as indicações terapêuticas atribuídas a elas, também estavam corretas. Embora todas as plantas consultadas apresentassem suas indicações terapêuticas corretamente descritas, apenas cinco (42%) são validadas, podendo auxiliar no controle e tratamento da hipertensão arterial sistêmica. No entanto, estas plantas possuem contra indicações e interações medicamentosas que podem interferir negativamente na terapêutica convencional
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