17 research outputs found

    Perfil epidemiológico e conhecimento populacional acerca do câncer de boca em uma campanha de prevenção e diagnóstico

    Get PDF
    Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico dos participantes de uma campanha de prevenção e diagnóstico do câncer de boca “Maio Vermelho” e avaliar o conhecimento dos participantes sobre os fatores de risco dessa doença. Metodologia: Estudo transversal, obtido por meio dos dados contidos nas fichas da população participante da campanha, nos anos de 2015 e 2016, em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul.  Os participantes foram submetidos a um exame físico intra-bucal e receberam orientações sobre o câncer de boca. Foram coletados dados sociodemográficos e um questionário contendo perguntas sobre o câncer de boca foi aplicado. Para avaliar a associação entre as variáveis explicativas e o desfecho foi utilizado o teste de Regressão Logística, com resultados expressos em Odds Ratio, IC 95%. Resultados: No total, 402 participantes foram incluídos na pesquisa. A maioria dos participantes eram mulheres (62%), cor branca (85,9%), faixa etária entre 30 e 59 anos (48,4%), escolaridade maior que 8 anos (56%), não tabagistas (77%), não etilistas (77%) e sem hábito de exposição solar (69%). Em relação as perguntas sobre o câncer de boca, os participantes responderam que conheciam as causas da doença (70%) e que o fumo (94%), álcool (76%) e a má higiene oral (87%) eram considerados fatores de risco. Na análise multivariada, foi observado que as variáveis cor (OR=0.47; IC95% 0.26-0.87), tabagismo (OR=0.54; IC95% 0.33-0.89) e escolaridade (OR=0.58; IC95% 0.37-0.90) influenciaram na resposta conhecer as causas do câncer bucal. Conclusão: Conclui-se que o perfil dos participantes da campanha não foi considerado o de maior risco para a doença e o nível de conhecimento sobre os fatores de risco foi considerado satisfatório

    Avaliação da heterorresistência e resistência adaptativa a polimixina B em isolados de Acinetobacter baumannii resistentes aos carbapenêmicos

    Get PDF
    Acinetobacter baumannii é um patógeno nosocomial que está envolvido em um amplo espectro de infeções hospitalares. A maior preocupação atual é devido a sua alta capacidade de adquirir mecanismos de resistência, principalmente aos carbapenêmicos, fármacos utilizados normalmente para o tratamento dessas infecções. Desta forma, as opções terapêuticas tornam-se restritas e por isso, as polimixinas (polimixina B e colistina) voltaram a serem utilizadas na prática clínica. A heterorresistência a colistina já foi descrita em estudos recentes com isolados de A. baumannii e outros estudos detectaram a presença de resistência adaptativa as polimixinas. O objetivo deste estudo foi investigar a presença do fenômeno de heterorresistência e resistência adaptativa a polimixina B, e avaliar sua estabilidade. A pesquisa foi feita em isolados pertencentes a 15 clones diferentes de A. baumannii resistentes aos carbapenênicos e sensíveis a polimixina B. A avaliação da heterorresistência foi feita através da análise do perfil da população (PAP) para 29 isolados, selecionados aleatoriamente (pelo menos um de cada clone). A indução da resistência foi avaliada para 22 isolados, selecionados aleatoriamente (pelo menos um de cada clone), submetendo os isolados ao cultivo em concentrações crescentes de polimixina B. A determinação da estabilidade das subpopulações e da indução da resistência foi feita através de passagens, em dias consecutivos, em meio livre de antibiótico. Foram consideradas subpopulações heterogêneas aquele isolado que possuía colônias com uma CIM maior do que a população original para polimixina B. A CIM foi reavaliada após 75 e 60 dias de estocagem em -80ºC para os isolados que apresentaram subpopulação heterogênea ou indução da resistência para a polimixina B, respectivamente. Dos 29 isolados, submetidos a avaliação da heterorresistência, 26 (90%) apresentaram subpopulações heterogêneas para polimixina B. Nenhum isolado apresentou subpopulação superior a 2 μg/mL para polimixina B, ou seja, não foi encontrado neste estudo subpopulações heterorresistentes. As CIMs das subpopulações heterogêneas permaneceram iguais após os subcultivos em meio livre de antibiótico, mas quando a CIM foi reavaliada depois da estocagem, os valores obtidos foram os mesmos da população original. Dos 22 isolados submetidos a indução de resistência, 12 (55%) apresentaram algum crescimento até a concentração de 64 μg/mL de polimixina B. Após as passagens em meio livre de antibiótico a CIM diminuiu, voltando a CIM original na reavaliação após a estocagem a -80ºC. Este estudo mostra pela primeira vez a avaliação da heterorresistência e indução da resistência para polimixina B em isolados de A. baumannii resistentes aos carbapenêmicos. O fenômeno de heterorresistência não foi encontrado neste estudo, no entanto, subpopulações com uma CIM maior do que a original foram identificadas em 90% dos isolados. As CIMs das subpopulações permaneceram estáveis após 4 dias de passagens em meio livre de antibiótico, mas retornaram a CIM original após estocagem, o que sugere o envolvimento de mecanismos moleculares neste fenômeno. A presença da resistência induzida a polimixina B foi detectada em 55% dos isolados, sugerindo que este fenômeno pode ser comum entre os isolados de A. baumannii resistentes aos carbapenêmicos, frente a polimixina B. Embora a presença de subpopulações heterogêneas e a indução da resistência a polimixina B tenha sido comum neste estudo, mais estudos são necessários para um melhor entendimento do significado clínico e das implicações terapêuticas destes dois fenômenos

    Hetero- and adaptive resistance to polymyxin B in OXA-23-producing carbapenem-resistant Acinetobacter baumannii isolates

    Get PDF
    BACKGROUND: Resistance rates to polymyxin B in surveillance studies have been very low despite its increasing use worldwide as the last resort therapy for multidrug-resistant Gram-negative bacilli. However, two other resistance phenotypes, hetero- and adaptive resistance, have been reported to polymyxin. We aimed to investigate the presence of polymyxin B hetero- and adaptive resistance and evaluate its stability in carbapenem-resistant Acinetobacter baumannii (CRAB) clinical isolates. METHODS: CRAB isolates were recovered from hospitalized patients at three Brazilian hospitals. Hetero-resistance was determined by population analysis profile (PAP). Adaptive resistance was evaluated after serial daily passages of isolates in Luria-Bertani broth containing increasing polymyxin B concentrations. MICs of polymyxin B of colonies growing at the highest polymyxin B concentration were further determined after daily sub-cultured in antibiotic-free medium and after storage at −80°C, in some selected isolates. RESULTS: Eighty OXA-23-producing CRAB isolates were typed resulting in 15 distinct clones. Twenty-nine randomly selected isolates (at least one from each clone) were selected for hetero- resistance evaluation: 26 (90%) presented growth of subpopulations with higher polymyxin B MIC than the original one in PAP. No isolate has grown at polymyxin B concentrations higher than 2 mg/L. Polymyxin B MICs of subpopulations remained higher than the original population after daily passages on antibiotic-free medium but returned to the same or similar levels after storage. Twenty-two of the 29 isolates (at least one from each clone) were evaluated for adaptive resistance: 12 (55%) presented growth in plates containing 64 mg/L of polymyxin B. Polymyxin B MICs decreased after daily passages on antibiotic-free medium and returned to the same levels after storage. CONCLUSIONS: The presence of subpopulations with higher polymyxin B MIC was extremely common and high-level adaptive resistance was very frequent in CRAB isolates
    corecore