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    Gincana de Educação em Diabetes

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    INTRODUÇÃO: O processo de educação em saúde é intrínseco a saúde coletiva, assim como fundamental para o enfrentamento do crescente aumento das doenças crônicas, onde a melhoria dos hábitos de vida, o entendimento das patologias, de suas características e possíveis complicações torna-se primordial para o empoderamento das pessoas, em relação a suas escolhas de vida, como forma de prevenção ou de minimizar o efeito da patologia já instalada em seu organismo. No atendimento diário às pessoas com doenças crônicas, em particular a diabetes mellitus (DM), percebemos o quão importante é o papel da educação em saúde, pois como coloca Mendes (2012) o tempo que os profissionais de saúde passam com os adoecidos é mínimo em relação às escolhas que cada indivíduo necessita fazer no restante do tempo. Mas falar de educação em saúde nos remete a necessidade de fundamentar o enfoque num processo de construção, de educação sanitária, saindo do modelo de educação “bancária” para uma situação em que a informação e o conhecimento são ferramentas importantes, mas não definem exclusivamente as escolhas das pessoas, sendo “importante ressaltar que a educação tem como objeto e instrumento o saber, o sentir, o pensar e o agir” (VASCONCELOS, 2011). O olhar desde relato está vinculado a um município de 80.000 hab., com cerca de 3.000 pessoas com diagnóstico de DM conhecido, com 20 unidades de saúde (US) e um serviço de média complexidade (CADIA – centro de atendimento à pessoa com diabetes) que serve como referência para os atendimentos dos casos encaminhados pela atenção básica, gestão de insumos e informações relacionados à patologia, treinamento dos profissionais da rede de saúde, matriciamento, regulação dos encaminhamentos, desenvolvimento de pesquisa no serviço especializado (BAADE, 2015) e atendimento direto às pessoas com diabetes. OBJETIVOS: Desenvolver estratégias para educação em saúde relacionada à melhoria da qualidade de vida e autonomia das pessoas com diabetes, com os profissionais de saúde e os adoecidos. Promover gincana anual de Educação em Diabetes, formando equipes vinculadas as US com seus usuários, ampliando o processo de ensino-aprendizagem, o vínculo entre os usuários e sua equipe de saúde. Possibilitar o acesso à informação e aprendizado sobre a patologia, cuidados e convivência com a doença crônica de modo lúdico e ativo. RELATO DE EXPERIÊNCIA: O modus operandi da gincana estava diretamente relacionado à organização vinculada ao CADIA, responsável pela criação, coordenação, elaboração e execução de toda a estrutura e funcionamento da gincana. As equipes das US tinham a incumbência de convidar os usuários (com diagnóstico de DM), inscrevê-los, orientá-los em relação aos conhecimentos em diabetes e formar uma equipe dos profissionais de saúde com os usuários para participarem da gincana. A avaliação dos eventos sempre foi realizada através do feedback repassado pelos profissionais de saúde das US, dos usuários e de reunião de avaliação da equipe de organização, sendo as observações direcionadas para modificações no ano seguinte. RESULTADOS: Número absoluto relacionado as gincanas de educação em diabetes realizadas de 2011 a 2016, no município de São Bento do Sul.Os temas abordados foram relacionados à alimentação saudável, grupos alimentares, cuidado com os pés, insulina, auto monitoramento, saúde bucal, hipoglicemiantes orais e complicações associadas ao diabetes. Pontuação para dados vitais, vacinação, IMC, média de HbA1C, frutas com menor índice glicêmico. As atividades lúdicas/físicas envolviam corridas (ovo/peão/jornal, caça ao tesouro, bambolê, jump, danças (cadeira/laranja/hipopótamo/flash mob) e alongamentos. Em 2013, realizamos atividades específicas para os agentes comunitários de saúde (ACS), que criaram e apresentaram uma paródia relacionada ao tema da gincana. Em 2014, além de ênfase na alimentação saudável, foi realizado levantamento do IMC das equipes, que variou de 27,56 a 34,64 kg/m2 e a média de HbA1C variando de 5,6 a 15,2%. A gincana de 2015 foi com os profissionais de saúde, com duração de 34 dias e atividades semanais, como casos clínicos, mobilização da comunidade para caminhada, realização de uma história em quadrinhos que refletisse o atendimento na unidade de saúde, realização de painel informativo e alusivo à alimentação saudável, elaboração de receita de bolo nutritivo e execução do mesmo para o dia de encerramento da gincana, que também teve atividades focadas no trabalho em equipe. Em 2016, retomamos a gincana com os usuários. O diferencial foi à realização de todas as provas propostas por todos os integrantes e que as realizassem em equipe. Nos outros anos, as provas eram realizadas com um membro de cada equipe em cada atividade, o que não permitia que eles ficassem em contato o tempo todo e também não realizam atividades sobre todos os assuntos. O ponto alto das provas foi a atividade da consciência corporal, onde contabilizamos o peso atual da equipe e a diferença em relação ao peso ideal (IMC 25) e solicitamos a cada participante que atravessasse a quadra com um peso de cerca de 10 kg. Cada equipe também ficou responsável por arrecadar alimentos não perecíveis relacionados a esta diferença de peso para doação. CONCLUSÕES: Consideramos que os objetivos propostos pela gincana de educação em diabetes foram atingidos, pois proporcionaram um processo singular de fortalecimento e reflexão sobre o processo de cuidado, autocuidado, autonomia, empoderamento dos profissionais como participante das ações revertidas, desenvolvidas e compartilhadas com os usuários, que deve ser o foco de todas as nossas ações. Em relação aos usuários, a participação nas atividades anuais e o feedback dos mesmos reitera a importância de ações de educação em saúde. Teixeira apud Cyrino (2009) refere à potência dos processos coletivos de inovações produzidas por grupos ou comunidades através da “inteligência coletiva”, que tem sua potência essencialmente vinculada a “capacidade de indivíduos e grupos, em sua interação”, “produzirem, trocarem e utilizarem conhecimentos” em processos de “aprendizagem e criação nas coletividades locais”, por meio de distintas “tecnologias sociais””. Como este processo é contínuo e singular na interação entre cada indivíduo/grupo, como o meio onde está e seu histórico de vida, entendemos as gincanas de educação em saúde e outras atividades sobre o tema no mesmo período, com impacto positivo num atendimento mais humanizado, integral e longitudinal as pessoas com diabetes que são usuárias destes serviços e nos profissionais de saúde envolvidos neste processo

    Co-constyruction Of The Healthcare Autonomy For Person With Diabetes

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    Trata-se de uma pesquisa qualitativa sobre a coconstrução da autonomia do cuidado da pessoa com diabetes, por meio das reflexões dos usuários diabéticos e profissionais de saúde de uma equipe de ambulatório especializado público, localizado num município de médio porte no sul do Brasil. Os dados foram coletados por intermédio de entrevistas semiestruturadas de pessoas com diabetes, profissionais de saúde e uma Roda de Conversa com os profissionais sobre as falas destes usuários. Os dados obtidos foram submetidos à análise de conteúdo, especificamente, a análise temática. A escuta, a clínica ampliada e a cogestão se afirmaram como estratégias potentes para compreender o viver e o lidar com diabetes como um processo singular e compartilhado entre adoecidos e profissionais de saúde, onde a doença faça parte da vida e não a vida parte da doença.205994195

    Reflexões das heranças da idade média no enfrentamento da pandemia da COVID-19

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    Objective: to reflect on the legacies of the Middle Ages during the COVID-19 pandemic. Method: a reflection study on theoretical-philosophical aspects related to legacies of the Middle Ages and to the COVID-19 pandemic and was developed during an academic discipline in a graduate program in Nursing from a public university between September and December 2021. Results: humanity experienced countless changes over the centuries, resulting from several challenges that the populations had to face: wars, epidemics and even economic crises. These adversities were interconnected with cause-consequence. The health area had to advance to cope with these obstacles and allow people to resume their lives with the fewest possible impacts. Conclusion: the Middle Ages was a pioneer era in facing pandemics and left references currently used against COVID-19, such as hygiene measures, use of Personal Protective Equipment and social isolation, in addition to denial behaviors reminding us of the Dark Ages.Objetivo: reflexionar acerca del legado de la Edad Media en el contexto del COVID-19. Método: estudio de reflexión sobre aspectos teórico-filosóficos asociados al legado de la Edad Media y a la pandemia, realizado durante una asignatura en un programa de postgrado en Enfermería de una universidad pública entre septiembre y diciembre de 2021. Resultados: la humanidad sufrió innumerables transformaciones en su historia, consecuencia de diversos desafíos que debieron afrontar las poblaciones: guerras, epidemias, e incluso crisis económicas. Dichas adversidades estuvieron interconectadas con causa-consecuencia. El área de salud tuvo que desarrollarse para afrontar estos obstáculos y para que las personas retomaran sus vidas con la menor cantidad posible de repercusiones. Conclusión: la Edad Media fue precursora en afrontar pandemias y dejó referencias utilizadas actualmente contra el COVID-19: medidas de higiene, utilización de Equipos de Protección Personal y aislamiento social, además de conductas negacionistas que nos remiten a los Años Oscuros.Objetivo: refletir acerca das heranças da Idade Média no contexto da pandemia da Covid-19. Método: estudo de reflexão sobre aspectos teórico-filosóficos relacionados às heranças da Idade Média e a pandemia da COVID-19, elaborado durante a disciplina em um programa de pós-graduação em enfermagem de uma universidade pública, de setembro a dezembro de 2021. Resultados: a humanidade passou por inúmeras transformações ao longo dos séculos, essas mudanças foram fruto de diversos desafios que as populações precisaram enfrentar, como guerras, epidemias, bem como crises econômicas. Tais adversidades estavam interligadas com causa-consequência. A área da saúde precisou desenvolver-se para o enfrentamento desses obstáculos e para que as pessoas pudessem retomar suas vidas com menos impactos possíveis. Conclusão: a idade média foi precursora no enfrentamento de pandemias, deixando referências utilizadas atualmente frente a COVID-19, como: ações de higiene, utilização de equipamentos de proteção individual e isolamento social, além de comportamentos negacionistas reportando-nos à Idade das Trevas

    Co-construction of the autonomy of the persoClinicaln's care with diabetes mellitus

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    Orientador: Edison BuenoDissertação (mestrado profissional) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: Este estudo tem como objetivo analisar o processo de coconstrução da autonomia no cuidado em diabetes mellitus, através das reflexões de pessoas com diabetes e profissionais de saúde de um ambulatório público especializado, localizado em um município de médio porte, no estado de SC, através de uma pesquisa qualitativa. Os referenciais teóricos buscaram ampliar o entendimento sobre temas e contextos de vida como autonomia, doenças crônicas, diabetes, adoecimento, viver com diabetes, clínica do sujeito, autocuidado, cuidado, trabalho em saúde, coconstrução e cogestão. Os dados foram coletados através de entrevistas individuais semiestruturadas com as pessoas com diabetes e os profissionais de saúde deste ambulatório, além da realização de uma Roda de Conversa com os profissionais de saúde sobre as falas dos usuários nas entrevistas. As falas foram transcritas e analisadas através dos referenciais da análise de conteúdo, especificamente pela análise temática (Bardin apud Minayo, 2014), destacando-se a compreensão sobre como as pessoas com diabetes e profissionais de saúde entendem o processo de coconstrução da autonomia das pessoas com diabetes, reforçando o protagonismo dos sujeitos e privilegiando meios que possam levar ao cuidado integral e singular. A escuta, a clínica ampliada e a cogestão se afirmam como importantes estratégias para compreender o processo de vivência com diabetes e possibilita perceber o outro com um sujeito singular, funcionando como disparador da criação de estratégias compartilhadas entre adoecidos e profissionais de saúde, na construção da autonomia do cuidado, onde a doença faz parte da vida e não a vida parte da doençaAbstract: This study aims to analyze the process of co-construction of autonomy in care in diabetes mellitus, through the reflections of people with diabetes and health professionals from a specialized public clinic, located in a medium-sized municipality in the state of SC, through a qualitative research. Theoretical frameworks attempted to increase the understanding of issues and contexts of life as autonomy, chronic diseases, diabetes, illness, living with diabetes, the subject of clinical, self-care, care, health work, co-construction and co-management. Data were collected through individual semi-structured interviews with people with diabetes and healthcare professionals of this clinic, in addition to holding a Chat wheel with health professionals about the speeches of the users in the interviews. The discussions were transcribed and analyzed through content analysis of reference, specifically the thematic analysis (Bardin apud Minayo, 2014), highlighting the understanding of how people with diabetes and healthcare professionals understand the co-construction process of people's autonomy with diabetes, reinforcing the role of the subject and focusing means that can lead to the full and meticulous care. Listening states, the clinic expanded and the co-management if claim as important strategy to understand the process of living with diabetes and allows perceive the other with a singular subject, functioning as trigger the creation of strategies shared between diseased and health professionals in the construction of autonomy of care, where the disease is part of life and not the life of the diseaseMestradoPolítica, Planejamento e Gestão em SaúdeMestra em Saúde Coletiv

    Coconstrução da autonomia do cuidado da pessoa com diabetes

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    Trata-se de uma pesquisa qualitativa sobre a coconstrução da autonomia do cuidado da pessoa com diabetes, por meio das reflexões dos usuários diabéticos e profissionais de saúde de uma equipe de ambulatório especializado público, localizado num município de médio porte no sul do Brasil. Os dados foram coletados por intermédio de entrevistas semiestruturadas de pessoas com diabetes, profissionais de saúde e uma Roda de Conversa com os profissionais sobre as falas destes usuários. Os dados obtidos foram submetidos à análise de conteúdo, especificamente, a análise temática. A escuta, a clínica ampliada e a cogestão se afirmaram como estratégias potentes para compreender o viver e o lidar com diabetes como um processo singular e compartilhado entre adoecidos e profissionais de saúde, onde a doença faça parte da vida e não a vida parte da doença
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