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Os novos atores da reconstrução do ambiente rural no Brasil: o movimento ecológico na agricultura.
Este artigo analisa em que medida os agricultores que participam movimento agroecológico contribuem para a construção de um rural socioambiental, não se restringindo a substituição de práticas agroindustriais por práticas ecológicas. A análise referencia-se empiricamente em dados pesquisados, no Município de Rio Branco do Sul, Região Metropolitana de Curitiba, em particular no espaço de atuação da Rede Ecovida de Agroecologia. A investigação foi realizada a partir de um projeto interdisciplinar do qual participaram mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e doutorandos do Curso de Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento da Universidade Federal do Paraná
Mouvement agroécologique au Brésil : trajectoire, contradictions et perspectives.
Le présent texte analyse la trajectoire du mouvement alternatif ou écologique dans l’agriculture, en prenant comme référence des données et des informations provenant d’études réalisées au Brésil. Cette analyse privilégie les aspects liés à l’origine, à l’expansion et à l’institutionnalisation de l’agriculture écologique. Le nombre d’agriculteurs qui pratiquent l’agriculture écologique est donné pour chacun des États de la fédération en distinguant les catégories d’agriculteurs, les diférentes formes d’agriculture écologique, ainsi que les stratégies d’organisation des agriculteurs et de commercialisation de la production, et en précisant les organismes d’appui et d’orientation technique de même que la réglementation de la pratique écologique et de ses implications. La conclusion comporte une brève réflexion sur des questions liées aux conséquences du processus d’institutionnalisation et aux perspectives de l’agriculture écologique
A colonização do mundo rural e a emergência de novos atores.
Este texto tem por objetivo problematizar a noção de mundo rural e analisar as condições de emergência de novos atores. A partir da ideia de colonização do rural, os personagens que reagem ao processo de racionalização unilateral da vida social e biológica são definidos como novos atores, na medida em que reconstroem relações com o ambiente social e natural. A ação de novos atores inscreve-se no contexto de um campo de disputa de linguagens ecossociais e de distintas ruralidades, construindo-se uma racionalidade que se contrapõe ao domínio da racionalidade instrumental: a racionalidade ambiental ou ecológica
Movimento agroecológico: trajetória, contradições e perspectivas.
Esse texto trata de analisar a trajetória do movimento alternativo ou ecológico na agricultura, tendo como referência, principalmente, dados de estudos realizados no Brasil, França e Alemanha. São privilegiados na análise os aspectos relacionados com a origem do movimento; a expansão e os atores sociais; as estratégias de organização e a relação com a natureza; a organização social e reconstruçao das relações sociais; os agricultores, a sociedade e o mercado. Finaliza-se com uma síntese da trajetória identificando os principais momentos que levaram à institucionalização do movimento ecológico
Recomposição socioambiental dos espaços rurais e agricultura familiar na região metropolitana de Curitiba.
Esse texto analisa o processo de recomposição dos espaços rurais, considerando as políticas ambientais e os diversos atores no meio rural em especial os agricultores familiares. A pesquisa foi realizada em dois universos diferenciados, localizados na Região Metropolitana de Curitiba: comunidade de Santo Amaro, formada por agricultores modernizados e a comunidade de Postinho, formada por agricultores que vivem em um cenário de precariedade social. Levando em conta que a ideia de patrimônio familiar faz parte da lógica organizacional da agricultura familiar, constatou-se que em ambos os casos ocorre um processo de repatrimonialização de parte dos recursos naturais. Na prática, verificou-se que as políticas de conservação da natureza atuam na formação de um patrimônio natural comum, com funções sociais, mas permitem que se desenvolvam práticas sociais e produtivas que comprometem a sustentabilidade socioambiental dos agricultores. Nesse sentido, o espaço se redefine muito mais segundo uma lógica técnico-instrumental do que de acordo com um estilo socioambiental de desenvolvimento
A quem pertence o espaço rural? As mudanças na relação sociedade/natureza e o surgimento da dimensão pública do espaço rural.
Uma mudança importante sobre o mundo rural se observa atualmente: ele deixou de ser visto apenas como um espaço privado para ganhar ares de espaço público. Isto é resultado da própria mudança verificada na relação entre sociedade e natureza. Essas mudanças e suas implicações para as políticas de desenvolvimento rural consistem o objeto de debate neste trabalho, que tem como lócus o rural metropolitano de Curitiba (PR)
Vida social e trabalho no campo: um estudo sobre a diversidade do espaço rural nos pequenos municípios paranaenses.
Este trabalho tem por objetivo analisar os espaços rurais, tomando como referência o local de moradia e a ocupação da população nos pequenos municípios do Estado do Paraná. A partir dos dados do Censo Demográfico 20003, questiona-se alguns resultados de estudos realizados sobre o rural brasileiro, que tendem a interpretações generalizantes a partir de médias estaduais ou mesmo nacionais. Esta forma, que se entende aqui, subjacente ao “mito das médias”, tende a ocultar um rural diverso e formado, sobretudo por pequenos municípios com população predominantemente rural, composta por trabalhadores agrícolas, camponeses e agricultores familiares, residentes no espaço agrário onde desenvolvem atividades agrícolas
Dimensões socioambientais do rural contemporâneo.
O texto trata do meio ambiente rural da Região Metropolitana de Curitiba e do Litoral Norte do Paraná a partir da sua heterogeneidade, do rural como espaço de interesses ambientais conflitantes, como espaço do risco socialmente construído, como espaço de reencontro com a natureza e como espaço de surgimento de novos atores sociais. Em função dos processos organizativos em curso nos espaços rurais, e em função do reconhecimento da diversidade de situações socioambientais existentes e das distintas estratégias implementadas pelos diferentes atores para se reproduzir, pode-se dizer que existe uma vitalidade dos grupos sociais rurais para recriar suas trajetórias e inscrevê-las como elementos da historicidade do seu território
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