54 research outputs found

    Consumo de substâncias psicoativas por adolescentes escolares de Ribeirão Preto, SP (Brasil). I - Prevalência do consumo por sexo, idade e tipo de substância

    Get PDF
    INTRODUÇÃO: A preocupação suscitada quanto ao consumo de substâncias psicoativas pelos adolescentes tem mobilizado grandes esforços em todo o mundo na produção de conhecimento sobre este fenômeno. Decidiu-se estudar as taxas de prevalência de consumo de substâncias psicoativas de uso lícito e ilícito, sua distribuição por idade, sexo e a idade da primeira experiência com essas substâncias, entre adolescentes escolares do Município de Ribeirão Preto, SP, Brasil. MATERIAL DE MÉTODO: Um questionário devidamente adaptado e submetido a um teste de confiabilidade foi auto-aplicado a uma amostra proporcional de 1.025 adolescentes matriculados na oitava série do primeiro grau e primeiro, segundo e terceiro anos do segundo grau, das escolas públicas e privadas do município estudado. O questionário continha questões sobre o uso de dez classes de substâncias psicoativas, questões demográficas e informações de validação, além de questões de percepção e comportamento intrínseco ao consumo de drogas. RESULTADOS: Da amostra 88,9% consumiram bebidas alcoólicas alguma vez na vida; 37,7% utilizaram o tabaco; 31,1% os solventes; 10,5% os medicamentos; 6,8% a maconha; 2,7% a cocaína; 1,6% os alucinógenos e 0,3% consumiu alguma substância a base de opiácios. As taxas de consumo cresceram com a idade, para todas as substâncias; no entanto, o uso de tabaco e de substâncias ilícitas mostrou uma desaceleração nos anos que compreendem o final da adolescência. Verificou-se que os meninos consumiram mais do que as meninas, exceto para os medicamentos, com as meninas consumindo barbitúricos, anfetaminas e tranqüilizantes em proporções semelhantes ou maiores que os meninos. A idade da primeira experiência mostrou que o acesso às substâncias psicoativas ocorreu em idades bastante precoces. CONCLUSÕES: As substâncias psicoativas, sejam lícitas ou ilícitas, são freqüentemente experimentadas na adolescência, tanto pelos meninos como pelas meninas, muitas vezes em idades bem precoces.INTRODUCTION: Concern over the consumption of psychoactive substances by teenagers has given rise to a great wordwide effort to produce information about this phenomenon. This study set out to investigate the prevalence of consumption of legal and illegal psychoactive substances, its distribution by age, sex and age at first experience of them, among teenage pupils in county, Ribeirão Preto, SP, Southeastern Brazil. MATERIAL AND METHOD: A self-applicable questionnaire duly adapted and submitted to a reliability test was applied to a proportional sample of 1,025 teenagers enrolled in 8th, 9th, 10th and 11th grads at public and private city schools. The questionnaire contained questions about the use of ten classes of psychoactive substances, demographic questions and validation information, as well as questions about the perception and intrinsic behavior related to drug consumption. RESULTS: The sample of 88.9% had consumed alcoholic beverages sometime in their lives, 37.7% had used tobacco, 31.1% solvents, 10.5% medicines, 6.8% marihuana, 2.7% cocaine, 1.6% hallucinogens, and 0.3% of the sample had consumed some opiate substance. The rates of consumption increased with age for all substances; however, the use of tobacco and of illegal substances was less intense during the later years of adolescence. As to sex distribution, boys consumed more than girls, except for medicines, with girls consuming barbiturates, amphetamines and tranquilizers in proportions similar to or higher than those observed among boys. Age at first experience showed that access to psychoactive substances occurred at very early ages. CONCLUSIONS: Experimenting with psychoactive substances, whether legal or illegal, is a frequent phenomenon during adolescence, both among boys and girls, often at very early ages

    Consumo de substâncias psicoativas por adolescentes escolares de Ribeirão Preto, SP (Brasil): II - Distribuição do consumo por classes sociais

    Get PDF
    INTRODUCTION: Many of the epidemiological studies on the consumption of legal and illegal psychoactive substances have included the evaluation of the influence of social context on the levels of prevalence of this consumption using indirect social indicators such as family income, and educational and housing levels in an attempt to identify individuals or groups in different social contexts. The present study investigates the distribution of consumpition of psychoactive substances according to social class in a sample of teenage pupils in Ribeirão Preto, SP, Southeastern Brazil. MATERIAL AND METHOD: A self-applicable questionnaire duly adapted and submitted to a reliability test was applied to a proportional sample of 1,025 teenagers enrolled in the 8th, 9th, 10th and 12th grades in public and private city schools. The questionnaires contained questions about the use of ten classes of psychoactive substances, demographic questions and validation information, as well as questions about the perception and intrinsic behavior related to drug consumption. The adaptation of a model that identifies 5 social class strata (business middle class, managerial middle class, lower middle class, proletariat and subproletariat) on the basis of indicators that situate the individuals within the social relations of production, was used. RESULTS: The 3 middle class strata were more often represented, whereas the proletariat and subproletariat were less frequently represented in this teenage pupil population than in the population in general. There was no difference in alcohol or tobacco consumption according to social class, although prevalence tended to be higher at the two extremes of the social ladder. In contrast, the consumption of illegal substances was higher in the middle class and lower in the proletariat. CONCLUSION: Although the consumption of legal substances did not differ among social classes, the higher consumption of illegal substances by the wealthier teenagers was probably due to the higher cost of these products as compared those of alcohol and tobacco.INTRODUÇÃO: Vários estudos epidemiológicos sobre o consumo de substâncias psicoativas têm incluído em suas análises a avaliação da influência do contexto social nos níveis de prevalência desse consumo. Analisa-se a distribuição do consumo dessas substâncias segundo as classes sociais, numa amostra de adolescentes escolares de Ribeirão Preto, SP, Brasil. MATERIAL E MÉTODO: Um questionário auto-aplicável, adaptado e submetido a um teste de confiabilidade, foi aplicado a uma amostra proporcional de 1.025 adolescentes matriculados na oitava série do primeiro grau e primeiro, segundo e terceiro anos do segundo grau, das escolas públicas e privadas da cidade. O questionário continha questões sobre o uso de dez classes de drogas. Utilizou-se a adaptação de um modelo que identifica 5 frações de classe social (burguesias empresarial, gerencial e pequena burguesia, proletariado e subproletariado), a partir de indicadores que situam os indivíduos dentro das relações sociais de produção. RESULTADOS: As três frações da burguesia foram mais representadas que as outras na população de adolescentes escolares do que na população geral. Não houve diferenças na distribuição do consumo de álcool e tabaco pelas classes sociais, embora se observe uma tendência de maior prevalência nos extremos da escala social. Já o consumo de substâncias ilícitas foi maior nas burguesias e menor no proletariado. CONCLUSÕES: Embora o consumo de substâncias lícitas não tenha diferido entre as classes sociais, o maior consumo de substâncias ilícitas pelos mais ricos provavelmente se deveu ao maior custo desses produtos do que o álcool e o tabaco

    Dimensão social do meio ambiente

    Get PDF
    The authors discuss the necessary interrelation between health and education whenever attitudes concerning the environment must be taken. They believe that such relations must surpass the . approaches essentially biologicals and reach the social, economic and political magnitude required nowadays.0s autores discutem as necessárias inter-relações de saúde e educação que devem ser feitas quando se trata de tomar atitudes  em relação ao Meio Ambiente. Entendem que tais relações devem extrapolar as  abordagens unicamente biológicas e alcançar a dimensão social, econômica e política que o momento exige

    Atopy risk factors at birth and in adulthood

    Get PDF
    OBJETIVO: Estudar a associação entre atopia e variáveis como peso, comprimento e nível socioeconômico no nascimento e na idade adulta jovem. MÉTODOS: Foram investigados 2.063 indivíduos em um estudo prospectivo de coorte de nascimento com indivíduos nascidos em Ribeirão Preto (SP), em 1978/1979, e examinados aos 23-25 anos de idade. Realizaram-se testes cutâneos de puntura (TCP) para oito alérgenos comuns no Brasil. Foram considerados atópicos os indivíduos que apresentaram reação papular > 3 mm para um ou mais dos oito alérgenos testados. A fim de avaliar a associação entre atopia e variáveis no nascimento e na idade adulta, utilizamos o modelo log-binomial (modelo linear generalizado). RESULTADOS: A prevalência de TCP positivo foi de 47,6%. O gênero masculino esteve associado a aumento do risco de atopia [risco relativo (RR) = 1,18; intervalo de confiança de 95% (IC95%) 1,07-1,30]. O baixo nível de escolaridade foi um fator de proteção contra atopia, com um RR = 0,74; IC95% 0,62-0,89. A convivência com um fumante na infância também esteve associada a um menor risco de atopia (RR = 0,87; IC95% 0,79-0,96). Peso e comprimento ao nascer, ordem de nascimento, idade materna e restrição de crescimento intrauterino não estiveram associados a TPC positivo. CONCLUSÕES: Este estudo demonstrou que o gênero masculino esteve associado a um aumento do risco de atopia. O baixo nível socioeconômico, estabelecido pelo baixo nível de escolaridade, foi um fator de proteção contra a atopia. Esses dados estão de acordo com a teoria da higiene.OBJECTIVE: To study the association between atopy and variables such as weight, length, and socioeconomic level at birth and in young adulthood. METHODS: A total of 2,063 subjects were investigated in a prospective birth cohort study of individuals born in Ribeirão Preto, Brazil, in 1978/1979, and examined at the age of 23-25 years. Skin prick tests (SPT) for eight common allergens in Brazil were performed. Subjects with a wheal reaction > 3 mm to one or more of the eight allergens tested were considered to be atopic. We used the log-binomial model (generalized linear model) in order to assess the association between atopy and birth or adult variables. RESULTS: The prevalence of positive SPT was 47.6%. Male gender was associated with an increased risk of atopy (relative risk [RR] = 1.18; 95% confidence interval [95%CI] 1.07-1.30). Low level of schooling was a protective factor against atopy, with a RR = 0.74; 95%CI 0.62-0.89. Living with a smoker in childhood was also associated with lower risk of atopy (RR = 0.87; 95%CI 0.79-0.96). Birth weight, length and order, maternal age, and intrauterine growth restriction were not associated with positive SPT. CONCLUSIONS: This study showed that male gender was associated with an increased risk of atopy. Low socioeconomic status, assessed by low level of schooling, was a protective factor against atopy. These data agree with the hygiene hypothesis

    O paradoxo epidemiológico do baixo peso ao nascer no Brasil

    Get PDF
    OBJECTIVE: To examine whether the low birth weight (LBW) paradox exists in Brazil. METHODS: LBW and cesarean section rates between 1995 and 2007 were estimated based on data from SINASC (Brazilian Live Births Database). Infant mortality rates (IMRs) were obtained using an indirect method that correct for underreporting. Schooling information was obtained from census data. Trends in LBW rate were assessed using joinpoint regression models. The correlations between LBW rate and other indicators were graphically assessed by lowess regression and tested using Spearman's rank correlation. RESULTS: In Brazil, LBW rate trends were non-linear and non-significant: the rate dropped from 7.9% in 1995 to 7.7% in 2000, then increased to 8.2% in 2003 and remained nearly steady thereafter at 8.2% in 2007. However, trends varied among Brazilian regions: there were significant increases in the North from 1999 to 2003 (2.7% per year), and in the South (1.0% per year) and Central-West regions (0.6% per year) from 1995 to 2007. For the entire period studied, higher LBW and lower IMRs were seen in more developed compared to less developed regions. In Brazilian States, in 2005, the higher the IMR rate, the lower the LBW rate (p=0.009); the lower the low schooling rate, the lower the LBW rate (p=0.007); the higher the number of neonatal intensive care beds per 1,000 live births, the higher the LBW rate (p=0.036). CONCLUSIONS: The low birth weight paradox was seen in Brazil. LBW rate is increasing in some Brazilian regions. Regional differences in LBW rate seem to be more associated to availability of perinatal care services than underlying social conditions.OBJETIVO: Identificar la presencia de la paradoja de bajo peso al nacer (BPN) en Brasil. MÉTODOS: Las tasas de BPN y de cesárea, de 1995 a 2007, fueron estimadas a partir del Sistema de Informaciones sobre Nacidos Vivos. Las tasas de mortalidad infantil fueron calculadas por métodos indirectos, con corrección para subregistro. La tasa de escolaridad fue obtenida de datos de censos. Las tendencias de la tasa de bajo peso al nacer fueron evaluadas utilizándose modelos de regresión joinpoint. Las asociaciones entre la tasa de bajo peso al nacer con otros indicadores fueron evaluadas por regresión lowess y correlación de Spearman. RESULTADOS: En Brasil, las tendencias en la tasa de BPN fueron no lineares y no significativas: la tasa disminuyó de 7,9% en 1995 a 7,7% en 2000, aumentando a 8,2% en 2003, y permaneciendo estable en 8,2% en 2007. Mientras, las tendencias variaron en las regiones brasileras: hubo aumentos significativos en el Norte (2,7% por año), de 1999 a 2003, y en el Sur (1,0% por año) y Centro-Oeste (0,6% por año), de 1995 a 2007. Las tasas de BPN fueron más altas y las tasas de mortalidad infantil más bajas en las regiones más desarrolladas en comparación con las menos desarrolladas. En 2005, cuanto más elevada la tasa de mortalidad infantil, menor fue la tasa de BPN (p=0,009); cuanto más alta la tasa de baja escolaridad, menor la tasa de BPN (p=0,007); cuanto mayor el número de lechos de terapia intensiva neonatal por 1000 nacidos vivos, más elevada la tasa de BPN (p=0,036). CONCLUSIONES: La paradoja del BPN fue detectado en Brasil. La tasa de BPN está aumentando en algunas regiones brasileras. Diferencias regionales en la tasa de BPN parecen estar más relacionadas con la disponibilidad de asistencia perinatal que con las condiciones sociales.OBJETIVO: Identificar a presença do paradoxo do baixo peso ao nascer (BPN) no Brasil. MÉTODOS: As taxas de BPN e de cesárea, de 1995 a 2007, foram estimadas a partir do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. As taxas de mortalidade infantil, foram calculadas por métodos indiretos, com correção para sub-registro. A taxa de escolaridade foi obtida de dados censitários. As tendências da taxa de BPN foram avaliadas utilizando-se modelos de regressão joinpoint. As associações entre a taxa de BPN com outros indicadores foram avaliadas por regressão lowess e correlação de Spearman. RESULTADOS: No Brasil, as tendências da taxa de BPN foram não lineares e não significantes: a taxa caiu de 7,9% em 1995 para 7,7% em 2000, aumentando para 8,2% em 2003 e permanecendo estável em 8,2% em 2007. Entretanto, as tendências variaram nas regiões brasileiras: houve aumentos significantes no Norte (2,7% por ano), de 1999 a 2003, e no Sul (1,0% por ano) e Centro-Oeste (0,6% por ano), de 1995 a 2007. As taxas de BPN foram mais altas e as taxas de mortalidade infantil mais baixas nas regiões mais desenvolvidas do que nas menos desenvolvidas. Em 2005, quanto mais elevada a taxa de mortalidade infantil, menor foi a taxa de BPN (p = 0,009); quanto mais alta a taxa de baixa escolaridade, menor foi a taxa de BPN (p = 0,007); quanto maior o número de leitos de terapia intensiva neonatal por 1.000 nascidos vivos, mais elevada foi a taxa de BPN (p = 0,036). CONCLUSÕES: O paradoxo do BPN foi detectado no Brasil. A taxa de BPN está aumentando em algumas regiões brasileiras. Diferenças regionais na taxa de BPN parecem estar mais relacionadas à disponibilidade de assistência perinatal do que às condições sociais

    Mortalidade infantil e baixo peso ao nascer em cidades do Nordeste e Sudeste, Brasil

    Get PDF
    OBJECTIVE: To compare estimates of low birth weight (LBW), preterm birth, small for gestational age (SGA), and infant mortality in two birth cohorts in Brazil. METHODS: The two cohorts were performed during the 1990s, in São Luís, located in a less developed area in Northeastern Brazil, and Ribeirão Preto, situated in a more developed region in Southeastern Brazil. Data from one-third of all live births in Ribeirão Preto in 1994 were collected (2,839 single deliveries). In São Luís, systematic sampling of deliveries stratified by maternity hospital was performed from 1997 to 1998 (2,439 single deliveries). The chi-squared (for categories and trends) and Student t tests were used in the statistical analyses. RESULTS: The LBW rate was lower in São Luís, thus presenting an epidemiological paradox. The preterm birth rates were similar, although expected to be higher in Ribeirão Preto because of the direct relationship between preterm birth and LBW. Dissociation between LBW and infant mortality was observed, since São Luís showed a lower LBW rate and higher infant mortality, while the opposite occurred in Ribeirão Preto. CONCLUSIONS: Higher prevalence of maternal smoking and better access to and quality of perinatal care, thereby leading to earlier medical interventions (cesarean section and induced preterm births) that resulted in more low weight live births than stillbirths in Ribeirão Preto, may explain these paradoxes. The ecological dissociation observed between LBW and infant mortality indicates that the LBW rate should no longer be systematically considered as an indicator of social development.OBJETIVO: Comparar as estimativas das taxas de baixo peso ao nascer, prematuridade, pequeno para a idade gestacional e mortalidade infantil em duas coortes de nascimento no Brasil. MÉTODOS: As duas coortes foram realizadas na década de 90 em São Luís, localizada em uma região menos desenvolvida, no Nordeste, e em Ribeirão Preto, situada em uma região mais desenvolvida, no Sudeste. Foram coletados dados de um terço dos nascidos vivos de Ribeirão Preto, SP, em 1994 (2.839 partos únicos); em São Luís, MA, foi realizada amostragem sistemática de partos estratificada por maternidade, no período de 1997/98 (2.439 partos únicos). Os testes do qui-quadrado (categórico e para tendências) e t de Student foram usados na análise estatística. RESULTADOS: A taxa de baixo peso ao nascer foi menor em São Luís, constituindo um paradoxo epidemiológico. As taxas de prematuridade foram semelhantes, quando se esperava percentual mais elevado em Ribeirão Preto, por sua relação direta com o baixo peso ao nascer. Observou-se dissociação entre baixo peso ao nascer e mortalidade infantil, pois São Luís apresentou menor baixo peso ao nascer e maior mortalidade infantil, ocorrendo o inverso em Ribeirão Preto. CONCLUSÕES: Maior prevalência de tabagismo materno e melhor acesso e qualidade da assistência perinatal promovendo intervenções médicas mais precoces (cesárea e prematuridade induzida) que resultam em maior número de nascidos vivos com baixo peso do que natimortos em Ribeirão Preto podem explicar estas discrepâncias. A dissociação ecológica observada entre baixo peso ao nascer e mortalidade infantil sugere que a taxa daquele não deve mais ser considerada sistematicamente como indicador de desenvolvimento social

    Risk factors for inadequate prenatal care use in the metropolitan area of Aracaju, Northeast Brazil

    Get PDF
    <p>Abstract</p> <p>Background</p> <p>The aim of prenatal care is to promote good maternal and foetal health and to identify risk factors for adverse pregnancy outcomes in an attempt to promptly manage and solve them. Although high prenatal care attendance is reported in most areas in Brazil, perinatal and neonatal mortalities are disproportionally high, raising doubts about the quality and performance of the care provided. The objective of the present study was to evaluate the adequacy of prenatal care use and the risk factors involved in inadequate prenatal care utilization in the metropolitan area of Aracaju, Northeast Brazil.</p> <p>Methods</p> <p>A survey was carried out with puerperal women who delivered singleton liveborns in all <b>four </b>maternity hospitals of Aracaju. A total of 4552 singleton liveborns were studied. The Adequacy of Prenatal Care Utilization Index, modified according to the guidelines of the Prenatal Care and Birth Humanization Programme, was applied. Socioeconomic, demographic, biological, life style and health service factors were evaluated by multiple logistic regression. Results: Prenatal care coverage in Aracaju was high (98.3%), with a mean number of 6.24 visits. Prenatal care was considered to be adequate or intensive in 66.1% of cases, while 33.9% were considered to have inadequate usage. Age < 18 to 34 years at delivery, low maternal schooling, low family income, two or more previous deliveries, maternal smoking during pregnancy, having no partner and prenatal care obtained outside Aracaju were associated with inadequate prenatal care use. In contrast, private service attendance protected from inadequate prenatal care use.</p> <p>Conclusion</p> <p>Prenatal care coverage was high. However, a significant number of women still had inadequate prenatal care use. Socioeconomic inequalities, demographic factors and behavioural risk factors are still important factors associated with inadequate prenatal care use.</p

    Is adolescent pregnancy a risk factor for low birth weight?

    Get PDF
    OBJETIVO: Evaluar el embarazo en la adolescencia como factor de riesgo para bajo peso al nacer. MÉTODOS: Estudio transversal incluido en una cohorte de puérperas y sus respectivos recién nacidos, en las cuatro maternidades de Aracaju, SE (Brasil), de marzo a julio de 2005. Se estudiaron 4.646 pares de madres/recién nacidos. Los datos se colectaron consecutivamente durante cuatro meses. Variables sociales, biológicas y asistenciales se obtuvieron por medio de cuestionario estandarizado. Se realizó regresión logística múltiple, con control de factores de confusión y de modificación. RESULTADOS: Del total analizadas, 20,6% eran adolescentes (OBJECTIVE: The objective of this study was to evaluate whether adolescent pregnancy is a risk factor for low birth weight (LBW) babies. METHODS: This was a cross-sectional study of mothers and their newborns from a birth cohort in Aracaju, Northeastern Brazil. Data were collected consecutively from March to July 2005. Information collected included socioeconomic, biological and reproductive aspects of the mothers, using a standardized questionnaire. The impact of early pregnancy on birth weight was evaluated by multiple logistic regression. RESULTS: We studied 4,746 pairs of mothers and their babies. Of these, 20.6% were adolescents (< 20 years of age). Adolescent mothers had worse socioeconomic and reproductive conditions and perinatal outcomes when compared to other age groups. Having no prenatal care and smoking during pregnancy were the risk factors associated with low birth weight. Adolescent pregnancy, when linked to marital status "without partner", was associated with an increased proportion of low birth weight babies. CONCLUSIONS: Adolescence was a risk factor for LBW only for mothers without partners. Smoking during pregnancy and lack of prenatal care were considered to be independent risk factors for LBW.OBJETIVO: Avaliar a gravidez na adolescência como fator de risco para baixo peso ao nascer. MÉTODOS: Estudo transversal incluído numa coorte de puérperas e seus respectivos recém-nascidos, nas quatro maternidades de Aracaju, SE, de março a julho de 2005. Os dados foram coletados consecutivamente durante quatro meses. Variáveis sociais, biológicas e assistenciais foram obtidas por meio de questionário padronizado. Foi realizada regressão logística múltipla, com controle de fatores de confusão e de modificação. RESULTADOS: Foram estudados 4.746 pares de mães/recém-nascidos. Dessas, 20,6% eram adolescentes (< 20 anos). As mães adolescentes apresentaram piores condições socioeconômicas, reprodutivas e resultados perinatais mais adversos, quando comparadas com outros grupos etários. Foram identificados como fatores de risco associados ao baixo peso ao nascer a ausência de assistência no pré-natal e tabagismo na gestação. Identificou-se interação da idade materna com a situação conjugal: mães adolescentes sem companheiro tiveram maiores proporções de baixo peso ao nascer. CONCLUSÕES: A adolescência mostrou-se fator de risco para baixo peso ao nascer entre as mães sem companheiro. Tabagismo durante a gestação e ausência de assistência pré-natal associam-se ao baixo peso ao nascer

    Influências socioculturais na escolaridade de conscritos

    Get PDF
    The article describes a survey carried out by the authors, in Ribeirão Preto, aiming at comparing the parent schooling levels of the recruits (conscritos) belonging to the cohort (population) of the newly borns between 1978/1979 and to evaluate the relation between the families' socioeconomic and cultural condition and their kid's development in school. Among the cohort boys, 2.847 were located in the military service and 1.336 were interviewed. It was noticed that while 60.6% of the recruits concluded elementary education, 47.1% of the parents had. The group classified as coming from the poor/low mid-classes, denominated by the survey as P, presented the lower schooling levels, the greater use of public night schools. The authors concluded that the kids reached higher schooling levels than their fathers (61.8%) and mothers (58,0%). It was also noticed that access to school improved. The dropout problem, however, continued being a serious matter. However, the work factor is not the only one, nor the most expressive factor responsible for such dropout levels.O artigo descreve uma pesquisa desenvolvida pelos autores, em Ribeirão Preto, com o objetivo de comparar a escolaridade dos pais e dos conscritos pertencentes à coorte (população) de recém-nascidos na cidade entre 1.978/1.979 e de avaliar a relação da condição socioeconômico-cultural das famílias no desenvolvimento escolar dos filhos. Dos meninos da coorte, 2.847 foram localizados no serviço militar e 1.336 foram entrevistados. Observou-se que o ensino fundamental foi concluído por 60,6% dos conscritos e por 47,1% dos pais. O grupo classificado como classe pobre/média baixa, nomeado de P pela pesquisa, apresentou menor escolaridade, mais utilização da escola pública e do turno noturno. Os autores concluíram que os filhos alcançaram nível de escolaridade superior ao de seus pais (61,8%) e mães (58,0%). Também foi constatado que o acesso à escola melhorou. O problema da evasão escolar, no entanto, continua sério. Mas o fator trabalho não é o único, nem o mais expressivo, responsável por este abandono
    corecore