117 research outputs found

    The historical and epistemological development of epidemiology and the concept of risk

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    O raciocínio estatístico nas práticas de saúde foi disseminado pela Epidemiologia e é amplamente utilizado em todas as suas áreas de conhecimento. O objetivo deste artigo é revisitar o desenvolvimento histórico da Epidemiologia e a formalização do conceito de risco, responsável pelo uso da chance estatística como parte do raciocínio causal nas ciências da saúde. O período de estudo abrange os anos de 1872 a 1965 e sua base documental é constituída por trabalhos de periódicos científicos relacionados à construção do campo epidemiológico e outras publicações científicas. Foram identificadas três etapas de desenvolvimento da Epidemiologia: Epidemiologia da Constituição, Epidemiologia da Exposição e Epidemiologia do Risco, discutindo-se aspectos epistemológicos e sociossanitários que permitem compreender cada uma delas sob um ponto de vista histórico. Destaca-se a importância da reflexão crítica sobre a ciência epidemiológica e as suas relações com as práticas de saúde, de saúde pública em particular, para aperfeiçoar seu uso atual e propiciar sua constante e criativa reconstrução.Statistical reasoning in health practice was disseminated by epidemiology and is widely used in various health fields. This paper revisits the historical development of epidemiology and the concept of risk, responsible for the use of statistical chance as part of causal thinking in health sciences. The study covered the period from 1872 to 1965, and the documental base consisted of scientific articles related to the development of epidemiology as a field, particularly in the American Journal of Hygiene, as well as scientific books. Three phases were identified in the development of epidemiology: constitution, exposure, and risk. The article proceeds to discuss epistemological and social and health aspects required for the historical understanding of each phase. It concludes by stressing the relevance of critical reflection on epidemiological science and its relationship to health practice, especially in public health, in order to optimize its current use and foster its on-going creative reconstruction

    Organization of health care actions: models and practices

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    O objetivo deste artigo é discutir recentes contribuições conceituais para a construção de modelos de organização das ações de atenção à saúde. Trata-se de um ensaio crítico baseado na Teoria do Processo de Trabalho em Saúde, de Mendes-Gonçalves e colaboradores, relido na perspectiva filosófica da Hermenêutica contemporânea (Gadamer; Ricoeur, Habermas). Em primeiro lugar, define-se modelo como a convergência de horizontes entre os diversos discursos socialmente legitimados acerca dos modos de operar as tecnologias de atenção à saúde de indivíduos e populações. A seguir, são apontados como norteadores da reflexão o princípio da integralidade da atenção no contexto do Sistema Único de Saúde e seus desafios nos planos do conhecimento, das tecnologias e da ética. Os conceitos de vulnerabilidade, cuidado e humanização, como recentes proposições para novas confluências discursivas interessadas na construção de modelos de atenção integral, são, então, tomados para análise, discutindo-se seus principais pressupostos e conteúdos, assim como seus alcances e desafios práticos.The objective of this paper is to discuss the recent conceptual contributions to the development of health care organization models. This is a critical essay, based on the Theory of Health Work Process, authored by Mendes-Gonçalves and collaborators, revisited under the philosophical perspective of contemporary Hermeneutics (Gadamer, Ricoeur, Habermas). Firstly, "model" is defined as the convergence of horizons of the diverse socially legitimated discourses on the modes of operation of technologies that provide health care for individuals and populations. Then, the principle of integrality of care within the context of Sistema Único de Saúde (Brazil's National Health System) and its challenges in the fields of knowledge, technologies and ethics are elected as the guiding path for the reflection. The concepts of vulnerability, care and humanization, viewed as recent proposals attempting at new discursive confluences for the construction of integral care models, are analyzed, focusing on their main assumptions and contents, and also on their practical achievements and challenges

    Global Health in the medical curriculum

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    O cuidado, os modos de ser (do) humano e as práticas de saúde

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    Contemporary health practices are facing an important crisis in their history. In contrast with their huge scientific and technological development, these practices are finding severe limitations for effectively responding to the complex needs for care of individuals and populations. Recent proposals on humanized and comprehensive approaches are powerful and disseminated strategies for creatively facing the crisis and building alternatives for the organization of health care in Brazil. This reflexive essay aims to examine from a hermeneutical point of view some of the philosophical and practical challenges to be faced in the way of the humanization of health practices. Heidegger's ontological concept of Care (Sorge), in its relations with (the) human being is the basis for a critical review of current characteristics of health care. The analysis is driven by a case study on primary health care, taken from the author's own professional experience. Life project, identity building, confidence and responsibility are pointed out as main features to be considered in the comprehension of interactions between health professionals and patients and as key issues in the ethical, political and technical renewal of health care.As práticas de saúde contemporâneas estão passando por uma importante crise em sua história. Em contraste com seu expressivo desenvolvimento científico e tecnológico, estas práticas vêm encontrando sérias limitações para responder efetivamente às complexas necessidades de saúde de indivíduos e populações. Recentes propostas de humanização e integralidade no cuidado em saúde têm se configurado em poderosas e difundidas estratégias para enfrentar criativamente a crise e construir alternativas para a organização das práticas de atenção à saúde no Brasil. Este ensaio de reflexão tem como objetivo examinar, desde uma perspectiva hermenêutica, alguns dos desafios filosóficos e práticos no sentido da humanização das práticas de saúde. O conceito ontológico de Cuidado (Sorge), de Heidegger, em suas relações com os modos de ser (do) humano, é a base da revisão crítica empreendida acerca das características atuais da atenção à saúde. O desenvolvimento da análise é orientado por um estudo de caso de atenção primária à saúde, extraído da experiência profissional do próprio autor. Projeto de vida, construção de identidade, confiança e responsabilidade são apontados como traços principais a serem considerados na compreensão das interações entre profissionais de saúde e pacientes e como pontos-chave para a reconstrução ética, política e técnica do cuidado em saúde

    A questão das urgências: uma porta para os direitos humanos em saúde

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    Historical development of epidemiology and of the concepto of risk

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    A utilização do raciocínio probabilístico nas práticas de saúde foi originalmente introduzida pela epidemiologia e é hoje amplamente utilizado em todas as áreas da medicina. O objetivo deste trabalho foi revisitar o desenvolvimento histórico da epidemiologia e a formalização de seu elemento epistemológico nuclear, o conceito de risco, responsável pela emergência da probabilidade como parte do raciocínio causal nas ciências da saúde. O estudo situa-se na fronteira entre as disciplinas de medicina preventiva e social, história e filosofia das ciências, caracterizando-se como uma epistemologia histórico-crítica. O período de estudo abrangeu os anos de 1872 a 1965 e sua base documental foi constituída por trabalhos de periódicos científicos relacionados à construção do campo epidemiológico, em particular o American Journal of Hygiene, livros, anais de congressos, brochuras científicas etc. Foram identificadas e discutidas três etapas de desenvolvimento da epidemiologia: epidemiologia da constituição, epidemiologia da exposição e epidemiologia do risco, apontando-se aspectos epistemológicos e sócio-culturais relacionados a cada uma delas. Destacou-se a importância da reflexão crítica sobre a ciência epidemiológica, e as ciências da saúde de modo geral, para otimizar seu uso atual e propiciar sua constante e criativa transformação.The use of probability reasoning in health practices was first introduced by epidemiology and is today largely used in the diverse areas of medicine. The aim of this study was to revisit the historical development of epidemiology and the formalization of its central epistemological feature, the concept of risk, responsible for the emergence of probability as part of causal thinking in health sciences. The study is situated in the frontiers of the disciplines of preventive and social medicine, history and philosophy of sciences, defined as a historical-critical epistemology. The studied period goes from 1872 to 1965 and its documental base was formed by articles of scientific journals related to the construction of the epidemiological field, particularly the American Journal of Hygiene, books, conference annals, scientific brochures etc. Three phases of the development of epidemiology were identified and discussed: Epidemiology of constitution, epidemiology of exposure and epidemiology of risk, pointing out epistemological and socio-cultural aspects related to each one of them. It was stressed the relevance of critical reflection on epidemiologic science, and health sciences in general, to optimize its present use and to favor its permanent and creative transformation

    Organização das ações de atenção à saúde: modelos e práticas

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    The objective of this paper is to discuss the recent conceptual contributions to the development of health care organization models. This is a critical essay, based on the Theory of Health Work Process, authored by Mendes-Gonçalves and collaborators, revisited under the philosophical perspective of contemporary Hermeneutics (Gadamer, Ricoeur, Habermas). Firstly, "model" is defined as the convergence of horizons of the diverse socially legitimated discourses on the modes of operation of technologies that provide health care for individuals and populations. Then, the principle of integrality of care within the context of Sistema Único de Saúde (Brazil's National Health System) and its challenges in the fields of knowledge, technologies and ethics are elected as the guiding path for the reflection. The concepts of vulnerability, care and humanization, viewed as recent proposals attempting at new discursive confluences for the construction of integral care models, are analyzed, focusing on their main assumptions and contents, and also on their practical achievements and challenges.O objetivo deste artigo é discutir recentes contribuições conceituais para a construção de modelos de organização das ações de atenção à saúde. Trata-se de um ensaio crítico baseado na Teoria do Processo de Trabalho em Saúde, de Mendes-Gonçalves e colaboradores, relido na perspectiva filosófica da Hermenêutica contemporânea (Gadamer; Ricoeur, Habermas). Em primeiro lugar, define-se modelo como a convergência de horizontes entre os diversos discursos socialmente legitimados acerca dos modos de operar as tecnologias de atenção à saúde de indivíduos e populações. A seguir, são apontados como norteadores da reflexão o princípio da integralidade da atenção no contexto do Sistema Único de Saúde e seus desafios nos planos do conhecimento, das tecnologias e da ética. Os conceitos de vulnerabilidade, cuidado e humanização, como recentes proposições para novas confluências discursivas interessadas na construção de modelos de atenção integral, são, então, tomados para análise, discutindo-se seus principais pressupostos e conteúdos, assim como seus alcances e desafios práticos

    Para comprender el sentido práctico de las acciones de salud: contribuciones de la Hermenéutica Filosófica

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    Health actions have a powerful techno-scientific armory invested in their instrumental success. Conversely, they have a fragile conceptual basis for the understanding and transformation of the practical sense of health-disease-care processes that especifically take place nowadays. This essay intends to identify the potential contributions of philosophical hermeneutics to overcome such fragility. With this purpose and through contemporary hermeneutics, the recovery of the aristotelian distinction between theory, technique and praxis and its repercussions is discussed, for a systematic treatment of the practical reason of health actions. Against this backdrop, the following stands out: the dialogic essence of understanding-interpreting human acts; the fusion of horizons as the movement of realization of those processes of understanding; and happiness projects, existential guide to everyday life, as the impulse and the possibility of openness of the reason to the practical sense of health actions.Las acciones de salud cuentan con un poderoso arsenal tecnocientífico volcado a su éxito instrumental. En contraposición, disponen de una frágil base conceptual para la comprensión y transformación del sentido práctico de los procesos de salud-enfermedad-cuidado que intervienen concretamente en la actualidad. Este ensayo busca identificar las posibles contribuciones de la hermenéutica filosófica para la superación de esa fragilidad. Con este propósito, se discute el rescate, a través de la hermenéutica contemporánea, de la distinción aristotélica entre teoría, técnica y praxis y sus repercusiones, para un tratamiento sistemático de la racionalidad práctica de las acciones de salud. En este recorrido, son destacados: la esencia dialógica de la comprensión-interpretación de los actos humanos; la fusión de horizontes, como el movimiento de realización de esos procesos comprensivos; y los proyectos de felicidad, norte existencial de la vida cotidiana, como el impulso y la posibilidad de apertura de la razón al sentido práctico de las acciones de salud
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