3 research outputs found

    A produção de uma máquina de guerra na criação estética do RAP

    Get PDF
    Neste artigo analisamos a criação estética do coletivo de RAP Arma-Zen PRN em sua potência política. Para tanto, partimos do conceito de política em Rancière e do conceito de máquina de guerra em Deleuze e Guattari. As informações foram produzidas por meio de duas entrevistas coletivas realizadas com o coletivo musical, postagens do coletivo e seus membros em redes sociais, imagens de divulgação e letras de músicas. Estas informações foram analisadas a partir da análise do discurso, com base nas informações e na bibliografia estudada. A performance estética deste coletivo se dirige à invenção de um outro modo de ser no mundo que descristaliza experiências. Por fim, encontramos a produção de uma máquina de guerra-pacificadora que visa produzir um modo de ser que combina a potência combativa e revolucionária da arma à potência criadora do zen.This paper analyses the aesthetics creations of Arma-Zen PRN, a RAP group of Brazil. The starting point is the concept of Politics in Rancière and War Machine in Deleuze and Guattari. The information has been produced through two group interviews with the collective of musicians, publications of the collective and its members in social networks, images and lyrics. This information was then analyzed through discourse analysis, based on the information produced and other studies. The aesthetics performance of this group is directed towards the production of new modes of existence in the world that decrystallizes experiences. Finally, we find the production of a peacemaking war machine which seeks to produce a mode of existence that combines the revolutionary power of the weapon, in Arma, with the creative power of the Zen

    Política da música e experimentação política do som na livre improvisação musical

    No full text
    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2019O objetivo deste trabalho é discutir a relação entre música e política a partir de uma análise da política da música da chamada improvisação livre. Entendo música como uma forma de recortar e distribuir o continuum sonoro que consiste da seleção e da composição ou organização de matérias informes segundo certas lógicas que definem gêneros musicais. Por política, entendo a ruptura com as lógicas de composição e distribuição dos espaços a partir de um princípio de igualdade radical. Conceituo, por fim, política da música como uma ruptura das lógicas de organização do som que designam um som como musical ou como ruído, segundo a lógica de que um som só pode ser ouvido como musical à medida que qualquer outro pode.De um ponto de vista metodológico, construo uma perspectiva cartográfica informada pelo método diferencial de Deleuze e Guattari e do método da igualdade de Jacques Rancière. Essa perspectiva objetiva uma análise das lógicas abstratas que operam na criação musical dos casos analisados, para além da superfície das músicas já formadas.A análise divide-se em três casos de improvisação. No primeiro caso, discuto a linguagem musical do guitarrista e improvisador Derek Bailey ligando-a ao seu conceito de improvisação não-idiomática para investigar a possibilidade de criação de uma linguagem do fora. No segundo caso, discuto o jogo musical (Game Piece) Cobra do improvisador e compositor americano John Zorn a partir de peças, conceitos e cenas musicais que o influenciaram. Nesse segundo caso, interessa discutir a criação de uma capacidade coletiva de ação e enunciação a partir de uma multiplicidade irredutível de linguagens. Por fim, no terceiro caso, discuto, a partir de três performances de improvisação do grupo italiano Musica Elettronica Viva, a hipótese levantada pelo grupo de que todos os seres humanos são seres musicais e a improvisação demonstra-o. Nesse terceiro caso, interessa discutir a possibilidade de a política da música operar uma redistribuição das capacidades e incapacidades humanas ? músico e não músico ? através da afirmação da univocidade do som. Concluo das análises que a capacidade da música afetar a política reside na possibilidade de converter um princípio de composição do espaço sonoro em um princípio de redistribuição das capacidades e na possibilidade de afirmar a capacidade de qualquer.Abstract: The objective of this work is to discuss the relationship between music and politics from an analysis of the politics of music of the so-called free improvisation. I understand music as a way of cutting and distributing the sound continuum that consists of the selection and composition or organization of unformed matters according to certain logics that define musical genres. By politics, I understand the rupture with the logics of composition and distribution of spaces by a principle of radical equality. Finally, I conceptualize the politics of music as a rupture of the logics of the organization of sound that designate a sound as musical or as noise, according to the logic that a sound can only be heard as musical as any other can.From a methodological point of view, I construct a cartographic perspective informed by the differential method of Deleuze and Guattari and the method of equality of Jacques Rancière. This perspective aims at an analysis of the abstract logics that operate in the musical creation of the cases analyzed, beyond the surface of the already formed musics.The analysis is divided into three cases of improvisation. In the first case, I discuss the musical language of british guitarist and improviser Derek Bailey linking it to his concept of non-idiomatic improvisation to investigate the possibility of creating a language of the outside. In the second case, I discuss the musical Game Piece Cobra of american improviser and composer John Zorn through pieces, concepts and musical scenes that influenced him. In this second case, the discussion focuses on the creation of a collective capacity for action and enunciation from an irreducible multiplicity of languages. Finally, in the third case, I discuss, through three improvisational performances by the italian group Musica Elettronica Viva, the hypothesis raised by the group that all human beings are musical beings and improvisation demonstrates it. In this third case, the discussion focuses on the possibility of the politics of music to operate a redistribution of human capacities and incapacities - musician and non-musician - through the affirmation of the univocity of sound.I conclude from the analysis that the ability of music to affect politics lies in the possibility of converting a principle of composition of sound space into a principle of redistribution of capabilities and the possibility of affirming the capacity of anyone

    A produção de uma máquina de guerra na criação estética do RAP

    No full text
    Neste artigo analisamos a criação estética do coletivo de RAP Arma-Zen PRN em sua potência política. Para tanto, partimos do conceito de política em Rancière e do conceito de máquina de guerra em Deleuze e Guattari. As informações foram produzidas por meio de duas entrevistas coletivas realizadas com o coletivo musical, postagens do coletivo e seus membros em redes sociais, imagens de divulgação e letras de músicas. Estas informações foram analisadas a partir da análise do discurso, com base nas informações e na bibliografia estudada. A performance estética deste coletivo se dirige à invenção de um outro modo de ser no mundo que descristaliza experiências. Por fim, encontramos a produção de uma máquina de guerra-pacificadora que visa produzir um modo de ser que combina a potência combativa e revolucionária da arma à potência criadora do zen.This paper analyses the aesthetics creations of Arma-Zen PRN, a RAP group of Brazil. The starting point is the concept of Politics in Rancière and War Machine in Deleuze and Guattari. The information has been produced through two group interviews with the collective of musicians, publications of the collective and its members in social networks, images and lyrics. This information was then analyzed through discourse analysis, based on the information produced and other studies. The aesthetics performance of this group is directed towards the production of new modes of existence in the world that decrystallizes experiences. Finally, we find the production of a peacemaking war machine which seeks to produce a mode of existence that combines the revolutionary power of the weapon, in Arma, with the creative power of the Zen
    corecore