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    HTLV-I/II e doadores de sangue: determinantes associados à soropositividade em população de baixo risco

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    OBJECTIVE: Blood donors in Brazil have been routinely screened for HTLV-I/II since 1993. A study was performed to estimate the prevalence of HTLV-I/II infection in a low risk population and to better understand determinants associated with seropositivity. METHODS: HTLV-I/II seropositive (n=135), indeterminate (n=167) and seronegative blood donors (n=116) were enrolled in an open prevalence prospective cohort study. A cross-sectional epidemiological study of positive, indeterminate and seronegative HTLV-I/II subjects was conducted to assess behavioral and environmental risk factors for seropositivity. HTLV-I/II serological status was confirmed using enzyme-linked immunosorbent assay (EIA) and Western blot (WB). RESULTS: The three groups were not homogeneous. HTLV-I/II seropositivity was associated to past blood transfusion and years of schooling, a marker of socioeconomic status, and use of non-intravenous illegal drugs. CONCLUSIONS: The study results reinforce the importance of continuous monitoring and improvement of blood donor selection process.OBJETIVO: Doadores de sangue no Brasil têm sido avaliados sorologicamente para o HTLV-I/II desde 1993. Assim, realizou-se estudo para estimar a prevalência dessa infecção em população de baixo risco e para melhor compreender os determinantes associados à soropositividade. MÉTODOS: Doadores de sangue soropositivos (n=135), soroindeterminados (n=167) e soronegativos (n=116) foram arrolados como participantes de uma coorte aberta e prevalente. Estudo transversal dos participantes desses três grupos avaliou fatores de risco comportamentais e ambientais para soropositividade. O status sorológico foi definido usando a reação de EIA (enzyme linked immunosorbent assay) e o teste Western blot (WB). RESULTADOS: Os três grupos apresentaram heterogeneidade entre si. A soropositividade mostrou-se associada à história pregressa de transfusão de sangue, em nível educacional, como um marcador de condição socioeconômica e ao uso de drogas ilegais não endovenosas. CONCLUSÕES: Os resultados confirmam a importância de um monitoramento e refinamento do processo de seleção dos doadores de sangue

    Viral infections and depression

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    OBJETIVO: A associação entre depressão e viroses é estudada há quase dois séculos, com resultados conflitantes. O objetivo deste trabalho é fazer uma análise crítica dos estudos existentes na literatura sobre essa relação. MÉTODOS: A pesquisa bibliográfica utilizou as fontes eletrônicas de busca MEDLINE e LILACS (1966 a agosto 2005). As referências dos artigos foram utilizadas como fonte adicional de consulta. RESULTADOS: Foram abordados os trabalhos que trataram da associação entre depressão e os vírus HIV, HCV, EBV, influenza, HSV, HBV, HAV, BDV e HTLV. A relação entre HIV e depressão mostrou-se bem documentada na literatura. Existem indícios de que a prevalência desse transtorno nos indivíduos infectados pelo HIV seja maior que a encontrada nos soronegativos. Além disso, estudos constataram que a depressão está associada a pior prognóstico da infecção. Quanto à associação entre HCV e depressão, os trabalhos sugeriram maior prevalência desse transtorno psiquiátrico nos portadores do HCV comparados à população geral. Não existem evidências científicas suficientes para dar suporte à relação entre os demais vírus e depressão. CONCLUSÃO: As associações mais bem fundamentadas foram aquelas entre depressão e os vírus HIV e HCV. A relação entre as demais viroses e depressão precisa ser mais bem estudada, e trabalhos com delineamento adequado se fazem necessários.OBJECTIVE: The association between depression and viruses has been evaluated for almost two centuries now, with conflicting results. The objective of the present study is to perform a critical review of published studies in the literature about this relationship. METHODS: Databases MEDLINE and LILACS were searched between 1966 and 2005 (until August). The references of the articles were used as additional source of data. RESULTS: Studies about the link between depression and infection with viruses HIV, HCV, EBV, influenza, HSV, HBV, HAV, BDV and HTLV were analyzed. The association between HIV and depression was well documented in literature. There are evidences that the prevalence of this disorder in HIV-infected individuals is greater than that found in seronegatives. Moreover, studies concluded that depression is associated with a worse course of infection. Regarding the link between HCV and depression, studies suggested a greater prevalence of this psychiatric disorder in HCV-infected people compared with general population. There is not enough scientific evidence to support the association between other viruses and depression. CONCLUSION: The best-studied relationships were those between depression and viruses HIV and HCV. Regarding the association of other viruses with depression, more research is needed
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