130 research outputs found

    Sobre a definição de democracia no tratado teológico político

    Get PDF
    This paper examines briefly the meaning of the definition of democracy in Chapter 16 of the Theological-Political Treatise. At first, I make a little history of the studies made in the last century concerning the way in which Spinoza wrote his political discourse. Then, I will treat the question around the geometric logic that structures Spinoza’s political discourse and defines the essence of democracy. According to the sixteenth chapter, we can say that the essence of democracy is both ontological and historically prior to the essences of other systems and that this priority, for the examination of Jewish history, is also chronological. This may mean that after the Theological-Political Treatise the whole politics in Spinoza is based on the definition of the essence of democracyEste texto examina, com brevidade, o sentido definição de democracia no capítulo 16 do Tratado Teológico-Político. Num primeiro momento, faço uma pequena história dos estudos, no século passado, acerca da forma do discurso político do TTP. Em seguida, passo à interrogação do sentido da definição de democracia e da lógica geométrica que estrutura o discurso político de Espinosa. Com fundamento no décimo sexto capítulo, podemos dizer que a essência da democracia é anterior tanto ontológica como históricamente às essências dos outros regimes e que esta anterioridade, no caso do exame da história hebraica, também é cronológica. Isso pode significar que, desde o Tratado TeológicoPolítico, toda a política de Espinosa está fundamentada na definição da essência da democracia

    A JUSTIÇA E O MELHOR REGIME POLÍTICO EM PLATÃO E ARISTÓTELES

    Get PDF
    Nosso propósito é interrogar de que maneira Platão e Aristóteles fundamentam a análise dos regimes e a distinção do melhor regime na ideia de justiça. Como veremos, a justiça é entendida por ambos tanto como ordem da natureza como virtude no ânimo e precisamente por ser tanto virtude no ânimo dos cidadãos como ordenação interna do cosmos é que a Justiça permite avaliar a natureza da Cidade

    Sobre a primeira tradução do Breve Tratado de Espinosa...

    Get PDF

    LEO STRAUSS E O PRETENSO “MATERIALISMO ATEU”

    Get PDF
    Analisaremos uma leitura antimarxista da obra de Espinosa. Com uma escrita sedutora, Strauss pretende mostrar que a subversão de Espinosa consistia em propagar, sob a forma do ensinamento oculto, o “materialismo ateu”. Ora, esta imagem, como se sabe, nos tempos da guerra-fria era forjada pela propaganda anticomunista. O método de Leo Strauss é guiado pelo conceito do político de Carl Schmitt que foi elaborado em polêmica mortal contra o liberalismo político e o socialismo para dar fundamentos “ontológicos” à teoria das elites. Sob a aparência de desvendar o ensinamento subversivo oculto da filosofia de Espinosa, Leo Strauss sobrepõe-lhe um sentido que lhe é estranho, impõe-lhe uma marca que não é sua e inaugura, quiçá de maneira oculta, uma nova matriz para leituras antimarxistas da obra. Neste artigo analisamos o método e alguns resultados da leitura que Leo Strauss propõe para o Tratado Teológico-Político de Espinosa

    LEO STRAUSS: UMA NOVA FIGURAÇÃO DO MAQUIAVELISMO

    Get PDF
    Analisaremos o comentário produzido por Leo Strauss a partir dos textos de Maquiavel no livro Thoughts on Machiavelli. Com base na crítica do método de leitura e escrita dos textos filosóficos de Strauss, podemos perceber que a operação interpretativa de Strauss consiste na construção de uma nova figuração do velho maquiavelismo que assaltou a obra de Maquiavel desde que passou a ser censurada pelos padres. A enunciação da tese de que o ensinamento de Maquiavel é diabólico consiste apenas no traço mais superficial e evidente da interpretação teológica de Strauss, pois sob a sua nova figuração do “maquiavelismo” podemos ver ao fundo o seu projeto de destruição da filosofia moderna para insinuar uma certa e determinada filosofia contemporânea como se fosse o reestabelecimento da filosofia política clássica.

    Espinosa e o conceito de superstição

    Get PDF
    The preface of Spinoza’s Theological Polictical Treatise presentsa theory of superstition, which is divided in three parts. In the firstone, Spinoza show the psychological genesis of superstition. In thesecond, he uses an historical example to prove his thesis and, at last, heshows how superstition has been used by monarchy with political ends.We will analyze each part of this theory of superstition and, in the end,we will see in what manner the three of them are linked.O prefácio do Tratado Teológico-Político contém uma teoriada superstição com três partes2. Na primeira, Espinosa expõe a gênesepsicológica da superstição; na segunda, utiliza um exemplo históricopreciso para comprovar sua tese; na terceira, expõe o uso político dasuperstição para mostrar como a monarquia vive de sua exploração.Analisaremos separadamente cada parte para, no fim, mostrar como searticulam formando a teoria da superstição

    Jusnaturalism and republicanism in Cicero’s De Legibus

    Get PDF
    O propósito deste artigo é mostrar como Cícero constrói seu argumento em defesa do tribunato da plebe ao pensar a justiça participativa e a constituição das magistraturas da Cidade no De Legibus. Os estudiosos da filosofia política moderna e, mais precisamente, os leitores de Maquiavel, sabem que o argumento em defesa do tribunato da plebe teve fortuna na história da filosofia política moderna. Este artigo limita-se a verificar sua origem no interior da estrutura discursiva do De Legibus de Cícero. O argumento se insere num contexto mais amplo cujo escopo era a defesa da autonomia do Senado em face das ameaças de ditadura que pairavam sobre a República Romana. The purpose of this article is to show how Cicero construct his argument in defense of the tribunatum plebis when thinking about the participatory justice and the constitution of the City in De Legibus. We shall see the argument in a broader context whose scope was to defend the autonomy of the Senate face of the threats of dictatorship that was hanging over the Roman Republic

    A história dos discursos sobre as paixões nas Tusculanas de Cícero

    Get PDF
    How passion shows itself in Plato’s dialectics? How in the texts of rhetoric? How in the Stoic’s logic? Cicero makes a skeptical examination of many forms of speeches on passions and virtues, in the Tusculan Disputation, searching for grounds for moral philosophy. This examination, which seems to be a history of all ancient texts on the matter, puts in confrontation the great schools of the ancient materialism: Hippocratic medicine, Stoicism, Cyreaism and Epicureanism. The lecture of Cicero’s Tusculan can let us apprehend the different modes of discourse on passions and actions that were developed in Antiquity.Como as paixões apareciam na dialética de Platão? Como apareciam na escrita retórica? Como apareciam na lógica dos estoicos? Nas Tusculanas, Cícero examina formas diversas de discurso sobre as paixões e as virtudes em busca de fundamentos para a filosofia moral. Este exame, que se assemelha a uma história dos discursos antigos, também põe em confronto as grandes escolas materialistas da Antiguidade: a medicina hipocrática, o estoicismo, o cirenaísmo e o epicurismo. O estudo das Tusculanas de Cícero nos permite uma apreensão dos diferentes modos de discurso sobre as paixões que foram elaborados e utilizados durante a Antiguidade

    Spinoza : délibération et liberté

    Get PDF
    corecore