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    DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS INTRAURBANA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DE TRÊS CIDADES MÉDIAS – Uberlândia, São José do Rio Preto e Presidente Prudente

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    O reconhecimento das desigualdades sociais como uma questão urbana não é uma idéia recente. Os contrastes sociais marcados pela enorme distância entre os ricos e os pobres serviram de realidade empírica para as primeiras análises da desigualdade social gerada pelo desenvolvimento do capitalismo, demonstrando que esse espaço se constrói e se reproduz de forma desigual e contraditória e que a desigualdade espacial é produto e produtora da desigualdade social. Portanto, reflexo das relações sociais desse modo de produção, as cidades irão apresentar, de forma cada vez mais intensa, as desigualdades e as diferenciações entre as classes sociais, com influências diretas no território produzido e apropriado pelas diferentes classes sociais. Assim, buscaremos neste texto realizar uma breve discussão de como as desigualdades socioespaciais e a exclusão social estruturam o espaço intra-urbano de três cidades médias brasileiras, caracterizadas como cidades de primeiro mundo e de melhor qualidade de vida

    CIDADES MÉDIAS

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    The present article discusses the process of social exclusion in the context of Brazilian middle-sized cities. The perverse logic of globalization and its impact onthe production of urban space are changing inter-city relationships and are being responsible for an increase in intra-urban inequalities. This process is well under way in the middle-sized cities of the state of São Paulo, which are now assuming new roles in the urban network. As a consequence of the weakness orinexistence of popular movements in these cities, the inclusion of the well-off the residents in the new of circuits has been made at the expenseof the worsening of the living conditions of the great majority of the population.O presente artigo é uma reflexão a respeito dos processos de exclusão social em cidades médias brasileiras. O texto baseia-se na idéia de que a lógica perversa da globalização e seu impacto na produção do espaço urbano estão provocando mudanças na relação entre as cidades e acirrando ainda mais as desigualdades intra-urbanas. Observa-se que esse processo é bastante acentuado nas cidades médias paulistas. Primeiro, porque essas cidades estão assumindo novos papéis na rede urbana. Em segundo lugar, como nas cidades médias os movimentos populares são frágeis ou inexistentes, a inclusão de poucos privilegiados nos novos circuitos implica, por outro lado, na precarização das condições de vida da grande maioria. Por causa disso, o artigo considera que as cidades médias são territórios da exclusão

    POLÍTICA E DESENVOLVIMENTO ESPACIAL URBANO – ANÁLISE DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE CIDADES DE PORTE MÉDIO EM MATO GROSSO DO SUL

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    Resumo Este texto busca analisar os resultados do Programa Nacional para as Cidades de Porte Médio (PNCPM) nas cidades de Campo Grande, Dourados, Corumbá e Três Lagoas. O Programa foi implementado no âmbito do II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND 1975-1979), em que o governo estadual traçou algumas características socioeconômicas e físico-urbanísticas e, posteriormente, elegeu prioridades intra e interurbanas a serem contempladas com investimentos considerados estruturantes e que visavam evitar os problemas característicos dos centros de maior porte – principalmente das metrópoles – como insegurança, trânsito (congestionamentos devido aos grandes deslocamentos casa-trabalho), falta de moradia, elevados índices de desemprego, dentre outros. Assim, o objetivo principal era, através de investimentos setoriais, dar condições às referidas cidades de se transformarem em polos de desenvolvimento, tendo a implantação de distritos industriais como instrumento fundamental. Dessa forma, este texto busca analisar os investimentos e os setores contemplados em tais cidades de Mato Grosso do Sul, assim como as tensões e contradições dessa política pública, implementada no bojo das políticas desenvolvimentistas dos anos 1970.

    ÑANDE MBARETE! OCUPAÇÕES NO ESPAÇO DE FRONTEIRA

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    Este artigo trata da análise acerca dos processos sociais, econômicos e culturais que englobam as complexas relações fronteiriças, percebidas a partir do trabalho de campo na tríplice fronteira Brasil-Paraguai-Argentina. Compõem esta análise o acampamento “Linha Oito” (Brasil), o território Maká (Paraguai) e Tekoha Iryapú (Argentina), contemplando suas especificidades e relações oriundas da mobilidade e complexidade presentes na fronteira, temas de importância relevante na discussão tais como: luta pela moradia, direito do lugar como território, a mulher como chefe de família, cultura e identidade, todo este processo permeado por uma constante luta pela dignidade de um povo. Todas estas questões vistas pela ótica do sistema capitalista de produção, que por sua vez é repleto de agruras e preconceitos e extremamente excludente que, como as linhas de um trançado formam um tecido, as características deste sistema se cruzam, e refletem nas situações que propomos refletir. As transformações no território desaguam num constante processo de desterritorialização e reterritorialização, tratando-se tanto do “chão”, do espaço, mas também do indivíduo que constrói a sua identidade em meio a tais transformações, ao mesmo tempo que luta pelas suas convicções, sobrevivência, dignidade e, principalmente, pela manutenção de sua cultura, lugar e valores que são imensuráveis e invendáveis

    ZICOSUL E A PARADIPLOMACIA NAS FRONTEIRAS DA AMÉRICA DO SUL

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    Criada em 1997, a ZICOSUL (Zona de Integração do Centro-Oeste da América do Sul) constitui uma iniciativa em prol do desenvolvimento regional do subcontinente sul-americano. Composta por governos regionais dos países da região, no Brasil cinco estados fazem parte da Organização. Passadas duas décadas do início da iniciativa a mesma é muito pouco conhecida e difundida na mídia. Nesse sentido, o presente artigo tem o objetivo de analisar a ZICOSUL no âmbito da paradiplomacia em zonas de fronteira do Centro Oeste da América do Sul, área chave para a integração regional do subcontinente. O artigo traz ainda uma análise da paradiplomacia desenvolvida no estado de Mato Grosso do Sul. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, pautada em análise bibliográfica e documental, sob a ótica das Relações Internacionais e do Desenvolvimento Regional, enriquecida com cartografia temática elaborada pelos autores

    TRY plant trait database – enhanced coverage and open access

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    Plant traits - the morphological, anatomical, physiological, biochemical and phenological characteristics of plants - determine how plants respond to environmental factors, affect other trophic levels, and influence ecosystem properties and their benefits and detriments to people. Plant trait data thus represent the basis for a vast area of research spanning from evolutionary biology, community and functional ecology, to biodiversity conservation, ecosystem and landscape management, restoration, biogeography and earth system modelling. Since its foundation in 2007, the TRY database of plant traits has grown continuously. It now provides unprecedented data coverage under an open access data policy and is the main plant trait database used by the research community worldwide. Increasingly, the TRY database also supports new frontiers of trait‐based plant research, including the identification of data gaps and the subsequent mobilization or measurement of new data. To support this development, in this article we evaluate the extent of the trait data compiled in TRY and analyse emerging patterns of data coverage and representativeness. Best species coverage is achieved for categorical traits - almost complete coverage for ‘plant growth form’. However, most traits relevant for ecology and vegetation modelling are characterized by continuous intraspecific variation and trait–environmental relationships. These traits have to be measured on individual plants in their respective environment. Despite unprecedented data coverage, we observe a humbling lack of completeness and representativeness of these continuous traits in many aspects. We, therefore, conclude that reducing data gaps and biases in the TRY database remains a key challenge and requires a coordinated approach to data mobilization and trait measurements. This can only be achieved in collaboration with other initiatives

    CIDADES MÉDIAS: DIMENSÃO POLÍTICA DA LEITURA ECONÔMICA

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    As desigualdades sociais se apresentam no espaço intra-urbano de longa data mas, sob o modo de produção capitalista, elas apresentam outra magnitude e que vêm aumentando nas últimas décadas, principalmente em decorrência da denominada crise do mundo do trabalho. Em virtude do processo de liberalização da economia mundial e da reestruturação produtiva, acentuam-se as velhas e provocam-se novas desigualdades sociais que se constituem e se refletem com grande intensidade nas cidades médias brasileiras. Assim, ao analisar como se estruturam e se banalizam as desigualdades sociais e espaciais nas cidades médias, é que buscamos dialogar diretamente com a leitura da economia política da cidade proposta por Santos (1993, 1994), considerando essencial para a análise da realidade urbana brasileira o conceito de espaço banal, pois é nele onde as contradições e as desigualdades sociais são vulgarizadas. O que queremos argumentar é que tal processo de banalização é muito mais perverso nas cidades médias, conforme procuraremos demonstrar neste artigo, desvendando as dimensões políticas da leitura econômica das cidades médias

    O lugar de cada um: indicadores sociais de desigualdade intraurbana

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    Entendemos ser essencial a análise e a compreensão da produção e estruturação do espaço urbano das cidades brasileiras, que cada vez mais se apresentam desiguais, segregadas e excludentes. Dessa forma, propomos nesta dissertação de mestrado em Geografia, contribuir com a discussão desenvolvida no interior do SIMESPP na elaboração de um sistema de indicadores sociais de desigualdade intraurbana aplicável em cidades médias que dêem conta de revelar e desvendar as realidades sociais e espaciais dessas cidades, permitindo a elaboração de políticas públicas de inclusão social, abordando não apenas o conceito de segregação socioespacial, mas também, o conceito de exclusão social, que entendemos, ambos, e em conjunto, dar conta das complexidades relativas às desigualdades sociais e espaciais que se acirram nos últimos anos. Para isso, realizaremos, primeiramente, uma discussão teórica acerca dos conceitos de indicadores sociais, segregação socioespacial, exclusão social e, posteriormente, utilizaremos a cidade de São José do Rio Preto como base empírica para a implantação do sistema de indicadores elaborados.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq

    Mapeamento da exclusão social em cidades médias: interfaces da geografia econômica com a geografia política

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    Nesta tese partimos da hipótese de que nas cidades médias brasileiras ocorrem processos sociais excludentes perversos. O “lugar de cada um” ou a separação espacial das diferentes classes sociais nas cidades médias nos remete à discussão da banalização das desigualdades e a produção e reprodução do espaço banal. O mapeamento da exclusão social permite-nos compreender essa banalização por meio das interfaces entre o econômico e o político, pois não entendemos as cidades médias sem analisar a sua inserção na rede de cidades (geografia econômica) como não podemos compreender a exclusão social sem investigar as especificidades da produção e reprodução do espaço banal (geografia política). Uberlândia, São José do Rio Preto e Presidente Prudente foram escolhidas como recorte empírico que permitiu-nos identificar os processos que envolvem os impactos negativos das desigualdades sociais. É também o elemento que possibilita reconhecer as matrizes excludentes e como estas são reproduzidas. Partimos, assim, do princípio de que a análise e caracterização do conceito de exclusão social, bem como o mapeamento dos indicadores de exclusão constituem-se em uma chave para compreender a banalização das desigualdades sociais e espaciais nessas três cidades médias.In this research, we discuss the social exclusion processes in the intermediate Brazilian cities. Using an empirical study across Uberlandia, Sao Jose do Rio Preto and Presidente Prudente, it was possible to identify the negative impacts and social inequalities that involve the Brazilian urban production. It is also the element that makes possible both recognise the excluding patterns and find out how they are produced. Then we assume that the analysis and characterisation of the concept of social exclusion as well as the mapping of exclusion indicators constitute the key point for understanding the vulgarisation of social and spatial inequalities in these three intermediate cities.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP
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