CIDADES MÉDIAS: DIMENSÃO POLÍTICA DA LEITURA ECONÔMICA

Abstract

As desigualdades sociais se apresentam no espaço intra-urbano de longa data mas, sob o modo de produção capitalista, elas apresentam outra magnitude e que vêm aumentando nas últimas décadas, principalmente em decorrência da denominada crise do mundo do trabalho. Em virtude do processo de liberalização da economia mundial e da reestruturação produtiva, acentuam-se as velhas e provocam-se novas desigualdades sociais que se constituem e se refletem com grande intensidade nas cidades médias brasileiras. Assim, ao analisar como se estruturam e se banalizam as desigualdades sociais e espaciais nas cidades médias, é que buscamos dialogar diretamente com a leitura da economia política da cidade proposta por Santos (1993, 1994), considerando essencial para a análise da realidade urbana brasileira o conceito de espaço banal, pois é nele onde as contradições e as desigualdades sociais são vulgarizadas. O que queremos argumentar é que tal processo de banalização é muito mais perverso nas cidades médias, conforme procuraremos demonstrar neste artigo, desvendando as dimensões políticas da leitura econômica das cidades médias

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