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Iliac Artery Reconstruction with Femoral Vein After Bare Metal Stent Infection
INTRODUCTION:
Primary infection of a bare metal stent is a rare condition, associated with significant morbidity and mortality. Definitive treatment includes stent removal and arterial reconstruction.
REPORT:
This study details a common iliac stent infection after re-intervention for iliac stent occlusion, complicated by pseudoaneurysm formation and septic embolisation. Potential risk factors for stent infection were identified. An open surgical resection of the affected artery along with all stent material was performed, followed by reconstruction with autologous interposition superficial femoral vein. There were no complications and no recurrent infection at 6 months follow-up.
CONCLUSION:
Although rare, bare metal stent infection may occur, and a high index of suspicion is required. Stent surgical removal and arterial in situ reconstruction with autologous femoral vein proved to be a definitive procedure with no mid-term morbidity.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Giant Cell Arteritis Presenting as Simultaneous Bilateral Critical Upper Limb Ischemia - Clinical Case
Introdução: A arterite de células gigantes (ACG), de etiologia desconhecida, é a vasculite sistémica mais comum nos adultos e pode ter uma ampla variedade de apresentações clínicas.
Atinge mais frequentemente os ramos extracranianos da artéria carótida mas, em 10-15% dos
casos, pode ocorrer o envolvimento das artérias subclávia, axilar e braquial.
Caso clínico: Tratava-se de uma doente do sexo feminino, de 80 anos, com antecedentes de
HTA e doença cerebrovascular. Foi observada no serviço de urgência por arrefecimento e dor em
repouso nos membros superiores, com evidências de cianose digital distal bilateral. As queixas
tinham tido início 2 meses antes e agravamento progressivo desde então.
Realizou um angio-TC que mostrou a existência de oclusão de ambas as artérias axilares/braquiais proximais e imagens sugestivas de vasculite ao nível de ambas as artérias
subclávias, aorta e artérias femorais comuns. Foi medicada com corticoterapia; contudo,
por não apresentar melhoria significativa após 5 dias, optou-se por realizar um bypass
carotídeo-umeral bilateral. Após a cirurgia, ocorreu resolução completa das queixas e a
doente apresentava pulso radial palpável bilateralmente. Seis meses após a cirurgia, a doente
encontrava-se assintomática e os bypasses permeáveis.
Conclusão: O presente trabalho pretende expor o caso de uma doente com o diagnóstico inaugural e ACG,que se apresentou com isquemia crítica bilateral e simultânea. Este quadro clínico
exigiu a realização de um procedimento de revascularização raro
Intra-Stent Stenosis on Superficial Femoral Artery: Current Solutions for a Growing Problem
Os últimos anos de tratamento da doença arterial obstrutiva periférica na artéria femoral superficial observaram uma mudança de paradigma, da cirurgia clássica para a endovascular, o que se traduziu na utilização progressiva de stents metálicos para a manutenção da permeabilidade a longo prazo.
Apesar dos avanços tecnológicos, a restenose intra-stent é uma das principais limitações
do tratamento endovascular, com um tratamento complexo e não consensual, traduzindo a escassez de resultados obtidos ou a sua manutenção no tempo.
Os autores procuraram recolher os dados mais recentes sobre este tipo de patologia e as
principais opções disponíveis para o seu tratamento
Time Delays on Carotid Endarterectomy: Institutional Experience and Improvement Strategies
Objetivos: Avaliar as vias de referenciação dos doentes com estenoses carotídeas sintomáticas
que foram operados na nossa instituição; estruturar os tempos de espera desde os primeiros
sintomas neurológicos à data da cirurgia; identificar os fatores responsáveis pelos atrasos e criar
estratégias que permitam reduzi-los.
Material e métodos: Realizou-se um estudo observacional retrospetivo de todos os doentes com
estenoses carotídeas sintomáticas submetidas a endarterectomia carotídea na nossa instituição
entre 2011-2013. Foram identificadas as etapas essenciais no processo de referenciação dos
doentes e foram colhidos dados referentes às datas do início dos sintomas, primeiro contacto
médico, exames de imagem vascular, referenciação ao cirurgião, consulta de cirurgia vascular
e da endarterectomia carotídea. O tempo decorrido entre o evento neurológico e a cirurgia foi
calculado em dias e todos os atrasos identificados foram analisados detalhadamente.
Resultados: A mediana do tempo de espera do evento neurológico à cirurgia foi de 27,5 dias
(intervalo 7-581).Os maiores atrasos verificaram-se entre a data em que é colocada a indicação
cirúrgica e a endarterectomia carotídea (mediana 9 dias; intervalo 1-349); na referenciação dos
doentes à consultadecirurgia vascular (mediana 6,5 dias; intervalo 0-97)e entre o primeiro contacto médico e a realização dos exames de imagem vascular (mediana 6 dias; intervalo 1-71).
Dos 60 doentes incluídos, apenas 21,7% foram operados nos primeiros 14 dias após o evento
neurológico. O atraso foi significativamente menor nos doentes admitidos de forma urgente
por transferência inter/intra-hospitalar (n=30; mediana 15 dias, intervalo 7-163) comparativamente aos doentes admitidos eletivamente pela consulta (n=30; mediana 86 dias, intervalo
13-581 dias) (p<0,0001).Discussão: Apesar da evidência atual, ainda existem atrasos significativos no processo de referenciação dos doentes com estenoses carotídeas sintomáticas. Estratégias direcionadas à
redução destes atrasos poderão aumentar substancialmente a proporção de doentes submetidos
a endarterectomia carotídea até 14 dias após o evento neurológico inicial
Impact of Chronic Kidney Disease on Prognosis After Abdominal Aortic Aneurysm Repair. Convencional Surgery vs Endovascular Aneurysm Repair
Introdução: A correção cirúrgica do aneurisma da aorta abdominal (AAA), por Endovascular
Aneurysm Repair (EVAR) ou cirurgia convencional (CC), pode agravar a função renal a curto
prazo. Esta complicação, mais frequente nos doentes com insuficiência renal crónica (IRC),
associa-se a pior prognóstico a longo prazo. O objetivo deste trabalho foi quantificar o agravamento da função renal após reparação do AAA em doentes com IRC prévia e demonstrar o consequente aumento da morbimortalidade.
Métodos: Estudo retrospetivo em doentes com IRC estádios Chronic Kidney Disease 3-4 (TFGe
15-59ml/min), submetidos a correção eletiva de AAA entre fevereiro/2011 e fevereiro/2015
numa instituição terciária. Variáveis estudadas: idade, sexo, tipo de intervenção (convencional/EVAR) e estádio CKD. Endpoints: variação da creatinina e taxa de filtração glomerular
com a cirurgia, complicações renais pós-operatórias, necessidade de reintervenção cirúrgica e
mortalidade. A análise estatística foi realizada em SPSS.
Resultados: Foram incluídos 71doentes. Quinze doentes (21%) foram operados por CC e 56 (78%)
por EVAR. À data da intervenção, os doentes encontravam-se nos seguintes estádios da DRC:
CKD 3 --- 65 (91%) e CKD 4 --- 6 (9%). A variac¸ão da TFG com a cirurgia foi −1,08±18,01mg/dl.
Verificou-se IRC agudizada pós-operatória em 22 (31%) doentes e necessidade de diálise em 5
(7%). A mortalidade global foi 8,5%. Os doentes operados por EVAR tinham DRC mais avançada
pré-operatoriamente, mas apresentaram menor agravamento da função renal. Variação TFG:
EVAR 1,14±16,26ml/min vs. CC 9,40±22,11ml/min (p=0,022); variação creatinina: EVAR
0,17±1,03mg/dl vs. CC 0,81±1,47mg/dl (p=0,02). A agudização da IRC pós-operatória foi
superior no grupo CC (53,3 vs. 28,6%; p=0,072), assim como a necessidade de diálise (20 vs.
3,6%, p=0,06). Os 6 doentes que faleceram (EVAR: 3; CC: 3) apresentaram maior agravamento da função renal (variação da creatinina: 1,41±1,63mg/dl vs. 0,20±1,07mg/dl, p=0,001;
variação da TFG: −19,0±16,55ml/min; 0,57±17,34ml/min, p=0,007) e necessidade de diálise (50 vs. 3,1%, p=0,003).
Conclusão: Os resultados demonstraram uma tendência para uma menor probabilidade de IRA,
menor necessidade de diálise pós-operatória e menor mortalidade nos doentes tratados por
EVAR. Contudo, o impacto da administração de contraste a médio/longo prazo, decorrente dos
programas de vigilância pós-EVAR, deve ser considerado.
Julgamos ser possível considerar que a realização de EVAR para o tratamento de doentes com
AAA e IRC é um procedimento pelo menos tão seguro como a CC
Acute Pelvic Ischemia: a Fatal Outcome after Endovascular Aortoiliac Aneurysm Repair with Iliac Branch Device
Introdução: A oclusão da artéria hipogástrica pode ser necessária na reparação endovascular de aneurismas da aorta abdominal (EVAR). A oclusão intencional da hipogástrica pode ter
complicações isquémicas. As endopróteses de bifurcação ilíaca (IBD) surgiram como alternativa
endovascular à oclusão da hipogástrica em doentes com elevado risco para isquemia pélvica.
Os autores descrevem um caso de oclusão precoce do ramo hipogástrico de IBD com graves
consequências clínicas.
Caso clínico: Sexo masculino, de 74 anos, com aneurisma da aorta abdominal (diâmetro máximo
de 55 mm) com envolvimento de ambas as bifurcações ilíacas e segmentos proximais das
hipogástricas (diâmetro máximo de 31 e 32 mm), submetido a EVAR com revascularização
hipogástrica esquerda via IBD (Cook Zenith®) e coiling+overstenting da artéria hipogástrica
contralateral. O procedimento decorreu sem complicações e a angiografia final mostrava permeabilidade da hipogástrica revascularizada e escassa colateralidade pélvica. O pós-operatório
imediato complicou-se de dor lombar e glútea bilateral associada a manifestações cutâneas
isquémicas e monoparesia do membro inferior esquerdo. Por agravamento progressivo nas
primeiras 24h e angioTC com oclusão do stent da hipogástrica esquerda, procedeu-se novamente a revascularização da hipogástrica, com bom resultado na angiografia final. Apesar da
revascularização bem-sucedida, houve agravamento progressivo do estado geral, com isquemia
pélvica irreversível e rabdomiólise. Óbito ao 5.◦dia pós-operatório. Conclusão: A isquemia pélvica aguda é uma complicação grave e frequentemente fatal que pode
advir da oclusão bilateral das artérias hipogástricas. A falência da revascularização por IBD pode
ser fatal, pelo que os autores aconselham um cuidado redobrado no controlo angiográfico final
e um baixo limiar para investigação na suspeita de complicações pós-operatórias. Se maior risco
de falência técnica, embolização ou escassa colateralidade pélvica, a preservação bilateral de
fluxo nas artérias hipogástricas pode estar recomendada
Ovarian Hyperstimulation Syndrome As a Rare Cause of Acute Bilateral Limb and Renal Ischemia
Ovarian hyperstimulation syndrome (OHS) is a rare and potentially fatal condition, particularly when it is associated with arterial thromboembolic events. We present a case of acute ischemia of both lower limbs and left kidney due to OHS. The clinical presentation included voluminous ascites, pleural effusion, and significant ovarian enlargement. Subsequently, bilateral severe acute limb ischemia and left kidney segmental infarction were established. Surgical thromboembolectomy and muscle débridement of the lower limbs were necessary, and the patient recovered with partial limitations. A high index of suspicion and timely treatment are essential to minimize consequences of arterial thrombosis associated with OHS.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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