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    Leishmaniose Visceral Canina: um problema de saúde pública em expansão

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    As leishmanioses são doenças negligenciadas de grande importância em saúde pública. Esta doença, causada por parasitos do gênero Leishmania e transmitidos por insetos vetores pode se manifestar sob as formas visceral, cutânea e muco-cutânea. A leishmaniose visceral ganhou importante destaque na abordagem da “Saúde Única” em função da interface humana, veterinária e ambiental. Neste contexto, a detecção de novas áreas com ocorrência de casos autóctones de LV canina é o marco para iniciar a investigação, vigilância e monitoramento epidemiológico. O município de Lavras era considerado área silenciosa e não vulnerável para leishmaniose visceral canina até o ano de 2013. Diante da necessidade de confirmação da infecção canina, o objetivo do presente trabalho foi confirmar a ocorrência de casos autóctones de LV canina no município de Lavras – MG, com técnicas parasitológicas, sorológicas e moleculares. A partir da Reação em Cadeia da Polimerase em tempo real – qPCR, foi analisada a carga parasitária de amostras de baço e medula óssea de nove cães naturalmente infectados, sabidamente positivos para LVC nos testes DPP® e EIE LVC Bio-Manguinhos®. Foram observadas quatro amostras positivas para Leishmania infantum em medula óssea, e cinco amostras positivas de baço. Não houve diferença significativa para os valores de carga parasitária entre os dois tipos de tecido analisados. A confirmação da infecção por L. infantum em cães realizada neste estudo é a primeira na macrorregião de Lavras - sul do estado de Minas Gerais, e serve de alerta para implementação das ações de vigilância e controle, no sentido de evitar a dispersão da doença e a ocorrência de casos humanos

    Estudo das características funcionais de monócitos humanos infectados in vitro com diferentes cepas de Leishmania e análise da expressão dos transdutores de sinal e ativadores de transcrição (STATs) em linfócitos de indivíduos portadores de leishmaniose tegumentar americana

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    Exportado OPUSMade available in DSpace on 2019-08-12T01:26:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_agostinho.pdf: 7342105 bytes, checksum: b502ba7d115377bd692a1ca51c76ca14 (MD5) Previous issue date: 29A infecção humana com diferentes espécies de Leishmania leva a distintas manifestações clínicas, variando entre as formas clínicas cutânea (L. braziliensis) e visceral (L. infantum chagasi). Essas manifestações clínicas tem sido correlacionadas com diferentes características da resposta imunológica dos indivíduos que, embora bastante estudada, não está completamente elucidada. Nosso trabalho tem como hipótese que a infecção de monócitos por diferentes cepas de Leishmania leva a uma expressão diferencial de moléculas associadas à ativação celular e de expressão de citocinas e que presença de diferentes citocinas no microambiente leva a alterações na cascata de sinalização intracelular, que pode estar associadas com a evolução clínica dos pacientes. Primeiramente, foi avaliada a expressão de moléculas de ativação e expressão de citocinas em células mononucleares do sangue periférico infectadas in vitro com L. braziliensis (2904), uma cepa de referência de L. chagasi (BH46) e uma cepa selvagem de L. chagasi. Estes estudos mostraram que a indução de TLR2, TLR9 e HLA-DR foi mais baixa em monócitos infectados com L. chagasi comparando-se com L. braziliensis. Ademais, monócitos infectados com ambas as cepas de L. chagasi tiveram uma menor expressão de TNF- e uma menor razão TNF-/IL-10, resultando em uma diminuição do perfil inflamatório. Além disso, os monócitos infectados com L. chagasi foram 100 vezes menos eficaz no controle de Leishmania do que as células infectadas com L. braziliensis. Avaliando-se a expressão de moléculas de ativação e de citocinas pelos linfócitos T citotóxicos provenientes das mesmas culturas infectadas com as diferentes espécies de Leishmania, observou-se que a infecção com L. chagasi levou a uma diminuição na expressão de IFN- e IL-17 comparando-se com L. braziliensis. De maneira interessante, a infecção com a cepa Lc BH46 levou a um aumento na expressão da molécula inibidora CTLA-4 em linfócitos e a infecção por essa mesma cepa, induziu o aumento de CD80 em monócitos. A infecção pela L. braziliensis induziu um perfil mais inflamatório em linfócitos T CD8+ dado pela maior expressão de IFN- e IL-17, e também, da molécula citotóxica granzima A, quando comparado com a infecção pelas cepas de L. chagasi. Nossos resultados mostram que L. chagasi não induz uma forte resposta inflamatória, por levar a uma menor ativação nos monócitos e linfócitos humanos, comparando-se com a infecção pela L. braziliensis. Este perfil funcional pode ajudar a explicar o distinto curso clínico observado em pacientes infectados com diferentes espécies de Leishmania. Posteriormente, propusemo-nos a estudar a resposta celular para as citocinas, através da análise da expressão das moléculas fosfo-STATs em pacientes com leishmaniose cutânea. Nossos resultados mostraram um papel ativo de STATs em um ambiente inflamatório com um aumento da expressão de fosfo-STATs relacionadas à inflamação (STAT-5), principalmente em células de pacientes com leishmaniose cutânea estimuladas com antígeno de Leishmania. Além disso, houve uma diminuição na fosfo-STAT relacionada a um ambiente antiinflamatório induzida por IL-10 (STAT-3). Estes dados são compatíveis com o ambiente inflamatório observado durante a leishmaniose cutânea e indicam uma resposta ativa às citocinas inflamatórias, enquanto que, embora a IL-10 esteja presente, a resposta a esta citocina está diminuída.Human infection with different Leishmania species leads to different clinical manifestations and clinical forms varying between the involvement of skin (L. braziliensis) and visceralization (L. infantum chagasi). These clinical manifestations have been related to different characteristics of the immune response of individuals who, while well studied, are not completely understood. Our work has hypothesized that infection of monocytes by different strains of Leishmania leads to differential expression of molecules associated with cellular activation and expression of cytokines, and that the presence of different cytokines in the microenvironment leads to changes in intracellular signaling cascades associated with clinical outcome. First, the expression of activation molecules and cytokine expression in infected peripheral blood mononuclear cells was evaluated in vitro with L. braziliensis (2904), a reference strain of L. chagasi (BH46) and a wild type strain of L. chagasi. These studies showed that the induction of TLR2, TLR9 and HLA-DR was lower in monocytes infected with L. chagasi compared with L. braziliensis. In addition, monocytes infected with the L. chagasi strains had a lower expression of TNF-, and a lower ratio TNF-/IL-10, resulting in a decrease in the inflammatory profile. Moreover, monocytes infected with L. chagasi were a 100 fold less effective at controlling Leishmania than cells infected with L. braziliensis. Evaluating the expression of activation molecules and cytokines by CD8+ T lymphocytes from the same cultures infected with the different Leishmania species, it was observed that infection with L. chagasi led to a decrease in the expression of IFN- and IL-17 comparing with L. braziliensis. Interestingly, the infection with strain L. chagasi BH46 led to an increase in the expression of the inhibitory molecule CTLA-4 on lymphocytes and infection by the same strain induced an increase of CD80 on monocytes. The L. braziliensis infection induced a more inflammatory profile in CD8+ T cells as seen by the increased expression of IFN- and IL-17, and also the cytotoxic molecule granzyme A, compared with infection by L. chagasi strains. Our results show that L. chagasi infection fails to induce a strong inflammatory response, as well as leads to less activation in monocytes and human lymphocytes, as compared to infection by L. braziliensis. This functional profile may help explain the different clinical outcome observed in patients infected with different species of Leishmania. Subsequently, we proposed to study the cellular response to cytokines through the analysis of the expression of phospho-STAT molecules in patients with cutaneous leishmaniasis. Our results showed an active role for STATs in an inflammatory environment with an increased expression of phospho-related inflammatory STATs (STAT-5), particularly in cells from patients with cutaneous leishmaniasis stimulated with Leishmania antigen. Furthermore, there was a decrease in the phospho-STAT related to an anti-inflammatory environment induced by IL-10 (STAT-3). These data are consistent with the observation that the environment seen in cutaneous leishmaniasis, indicates an active response by inflammatory cytokines, and that while IL-10 is present, its activity is decreased

    Infection of Human Monocytes with Leishmania infantum Strains Induces a Downmodulated Response when Compared with Infection with Leishmania braziliensis

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    Human infection with different species of Leishmania leads to distinct clinical manifestations, ranging from relatively mild cutaneous (Leishmania braziliensis) to severe visceral (Leishmania infantum) forms of leishmaniasis. Here, we asked whether in vitro infection of human monocytes by Leishmania strains responsible for distinct clinical manifestations leads to early changes in immunological characteristics and ability of the host cells to control Leishmania. We evaluated the expression of toll-like receptors and MHC class II molecules, cytokines, and Leishmania control by human monocytes following short-term infection with L. braziliensis (M2904), a reference strain of L. infantum (BH46), and a wild strain of L. infantum (wild). The induction of TLR2, TLR9, and HLA-DR were all lower in L. infantum when compared with L. braziliensis-infected cells. Moreover, L. infantum-infected monocytes (both strains) produced lower TNF-alpha and a lower TNF-alpha/IL-10 ratio, resulting in a weaker inflammatory profile and a 100-fold less effective control of Leishmania than cells infected with L. braziliensis. Our results show that L. infantum strains fail to induce a strong inflammatory response, less activation, and less control of Leishmania from human monocytes, when compared with that induced by L. braziliensis infection. This functional profile may help explain the distinct clinical course observed in patients infected with the different Leishmania species

    OX40+ T lymphocytes and IFN-γ are associated with American tegumentary leishmaniasis pathogenesis Linfócitos T OX40+ e IFN-γ estão associados com a patogênese da leishmaniose tegumentar americana

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    BACKGROUND: Leishmaniases are zoonoses considered a public health problem, representing a complex group of diseases with a broad clinical spectrum and epidemiological diversity. Leishmaniasis is caused by several species of protozoa of the genus Leishmania. The evolution of the pathology and the resolution of the leishmaniasis are dependent mainly on the Leishmania species involved, although the cytokine profile plays an important role in the development of the immune response. OBJECTIVES: The purpose of our study was to evaluate the immune response of patients affected by lesions of cutaneous leishmaniasis by immunostaining of the OX40, CD20, IFN-&#947; and IL-4 proteins. METHODS: The tissue samples were collected from indolent skin ulcers confirmed as cutaneous leishmaniasis of 41 patients aged between six and 90 years. The lesions were submitted to OX40, CD20, INF-&#947; and IL-4 immunolabeling. RESULTS: We observed a statistically significant higher expression of IFN-&#947; compared with IL-4 (p=0.009). Besides, OX40 had higher expression when compared with CD20 (p<0.001). CONCLUSION: The present study indicates that the immune response in lesions of cutaneous leishmaniasis is associated with a healing process, which can be explained by the higher expression of IFN-&#947; when compared with IL4 protein levels.<br>FUNDAMENTOS: As leishmanioses são zoonoses consideradas um problema de saúde pública, representando um grupo de doenças complexas, com uma diversidade de amplo espectro clínico e epidemiológico. A leishmaniose é uma doença causada por várias espécies de protozoários do gênero Leishmania spp. A evolução da patologia e a resolução da leishmaniose são dependentes principalmente da espécie de Leishmania envolvida; embora o perfil das citocinas tenha um importante papel no desenvolvimento da resposta imune. OBJETIVOS: Proporcionar mais conhecimentos sobre os eventos inflamatórios na leishmaniose tegumentar através da avaliação da imunoexpressão de OX40, CD20, IFN-&#947; e IL-4. MÉTODOS: Foram coletadas amostras de tecido de 41 pacientes, com idade variando entre 6 a 90 anos, com úlceras indolentes na pele confirmados através de exames de diagnóstico como leishmaniose tegumentar. As lesões foram submetidas a imunomarcação das proteínas OX40, CD20, IFN-&#947; e IL-4. RESULTADOS: Observamos uma maior expressão de IFN-&#947; em comparação com IL-4, com diferenças estatisticamente significativa (p = 0,009). Além disso, OX40 tinha maior expressão quando comparada com IL-4 (p <0,001). CONCLUSÃO: O presente estudo indica que a resposta imune nas lesões de LTA está associada a um processo de cura, que pode ser explicado pela maior expressão de IFN-&#947; quando comparadas com os níveis de IL-4
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