39 research outputs found

    Violência no cuidado em instituições de longa permanência para idosos no Rio de Janeiro: percepções de gestores e profissionais

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    In Brazil, long-term care institutions for the elderly (ILPI) are the main long-term care providers for the elderly in situations of social vulnerability or fragile health. This study sought to analyze the perceptions of care managers and professionals who work in eight ILPI in different regions of Rio de Janeiro state regarding the institutionalization, difficulties of performing recommended care and how to improve these. A qualitative study was carried out that analyzed 38 semi-structured interviews: nine with care managers and 29 with care professionals. A thematic content analysis technique was used in trying to understand in the reports what the main challenges are to guarantee attentive and dignified care in these institutions. Violence has been found to be a major obstacle, which acts contrary to the care advocated. It manifests itself in different ways within the institutional reality: in the form of neglect and abandonment before institutionalization, but also within ILPI themselves. It appears in prejudices against the elderly: in the negative view of old age, in the infantilization and depersonalization of those that receive them, in the macro-political context, and by the absence or non-fulfillment of actions foreseen in public policies of attention to the elderly or in the lack of legislation that attends to their needs. Policies are necessary and need to be implemented. To this end, there should be more investment, especially in the training of professionals, so that long-term care is provided to the elderly in a dignified manner.No Brasil, instituições de longa permanência para idosos (Ilpi) são o principal equipamento prestador de cuidados prolongados para idosos em situação de vulnerabilidade social ou fragilidade de saúde. Este estudo buscou analisar as percepções de gestores e profissionais que atuam em nove Ilpi de diferentes regiões do estado do Rio de Janeiro acerca da institucionalização, das dificuldades para realizar os cuidados preconizados e de como melhorá-los. Foi feito um estudo qualitativo, que analisou 38 entrevistas semiestruturadas: nove com gestores e 29 com profissionais. Utilizou-se a técnica de análise de conteúdo temática, buscando compreender nos relatos quais são os principais desafios para garantir um cuidado atento e digno nessas instituições. Constatou-se que a violência é um grande obstáculo, que atua na contramão do cuidado preconizado. Ela manifesta-se de diferentes modos na realidade institucional: sob a forma de negligência e abandono antes da institucionalização, mas também no interior das Ilpi; nos preconceitos contra idosos; na visão negativa da velhice; na infantilização e despersonalização daqueles que acolhem; e no contexto macropolítico, pela ausência ou não cumprimento das ações previstas nas políticas públicas de atenção ao idoso ou na falta de legislações que atendam às suas necessidades. Políticas são necessárias e precisam ser implementadas. Para isso, deverá haver mais investimento, sobretudo na capacitação dos profissionais, para que os cuidados de longa duração sejam prestados dignamente à população idosa

    Acidentes no deslocamento e no trabalho entre brasileiros ocupados, Pesquisa Nacional de Saúde 2013 e 2019

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    Objective: To analyze the prevalence of accidents at work, according to sociodemographic and occupational variables, in 2013 and 2019. Methods: Cross-sectional study using data from the National Health Survey (PNS) 2013 and 2019. Typical work accidents (WA), detachment (DA) and Total Work Accidents (WAT) were evaluated.  The prevalence and 95% confidence intervals (95%CI) of WAT in 2013 and 2019 were estimated according the explanatory variables and for Federation Units and capitals. In 2019, the prevalence and 95%CI according to the explanatory variables were calculated using crude and adjusted for sex and age group prevalence ratios (PR). Results: WAT prevalence increased from 4.96% (95%CI: 4.55-5.38) in 2013 to 4.13% (95%CI: 3.80-4.46) in 2019. In 2013, Para led in prevalence of WAT, and Mato Grosso in 2019. The prevalence of WA and AD in 2019 were: 2.64% (95%CI: 2.37-2.91) and 1.60% (95%CI: 1.40-1.80). In 2019, the prevalence for WAT were higher for men (PR: 1.92; 95%CI 1.62-2.27); in 18-29 age group (PR: 2.71; 95%CI 1.99-3.68); people with complete elementary school and incomplete high school (PR: 2.09; 95%CI 1.57-2.78); and black (RP: 1.43; 95%CI 1.12-1.84). People without a formal contract had a lower prevalence of RTA (PR: 0.77; 95%CI 0.66-0.90). AT was higher in rural areas (PR: 1.32 (1.09-1.60). Conclusion: There was a reduction in WAT between 2013 and 2019. Men, young people, black people and individuals with less education, residents in rural area had higher prevalence of WA in 2019, demonstrating a relationship between health-disease-accident processes.Objetivo: Analisar as prevalências de acidentes de trabalho, segundo variáveis sociodemográficas e ocupacionais, em 2013 e 2019. Métodos: Estudo transversal utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013 e 2019. Avaliou-se os acidentes de trabalho típico (AT), descolamento (AD) e Acidentes de Trabalho Totais (ATT). As prevalências e intervalos de confiança de 95% (IC95%) de ATT em 2013 e 2019 foram estimadas segundo as variáveis explicativas, Unidades da Federação e capitais. Em 2019, foram calculadas as prevalências e IC95% segundo variáveis explicativas e razões de prevalência (RP) bruta e ajustada por sexo e faixa etária. Resultados: A prevalência de ATT passou de 4,96% (IC95%: 4,55-5,38) em 2013 para 4,13% (IC95%: 3,80-4,46) em 2019. Em 2013, o Pará liderou em prevalência de ATT e em 2019 a maior prevalência foi no Mato Grosso. As prevalências de AT e AD em 2019 foram, respectivamente 2,64% (IC95%: 2,37-2,91) e 1,60% (IC95%: 1,40-1,80). Em 2019, as prevalências para ATT foram mais elevadas para  homens (RP:1,92; IC95% 1,62-2,27); na faixa etária de 18 a 29 anos (RP: 2,71; IC95% 1,99-3,68); pessoas com ensino fundamental completo/médio incompleto (RP: 2,09; IC95% 1,57-2,78); de cor preta (RP: 1,43; IC95% 1,12-1, 84), e menor em pessoas sem carteira de trabalho (RP: 0,77; IC95% 0,66-0,90).  AT foi maior na zona rural (RP: 1,32 (1,09-1,60). Conclusão: Houve redução dos ATT entre 2013 e 2019. Homens, jovens, pretos e indivíduos com menor escolaridade, trabalhadores da zona rural, apresentaram maiores prevalências de AT em 2019, demonstrando uma relação dos processos saúde-doença-acidente

    Atenção à saúde de mulheres idosas em situação de violência no município do Rio de Janeiro

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    Made available in DSpace on 2014-07-22T13:16:49Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Adalgisa Peixoto Ribeiro.pdf: 1106235 bytes, checksum: f28de7559350337b62270e25c6726737 (MD5) license.txt: 1914 bytes, checksum: 7d48279ffeed55da8dfe2f8e81f3b81f (MD5) Previous issue date: 2011Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.A presente pesquisa tem como objetivo analisar a atenção à saúde oferecida à mulher idosa em situação de violência, no município do Rio de Janeiro. O estudo integrou três olhares distintos ao objeto investigado: o primeiro realizou uma análise epidemiológica da morbimortalidade de mulheres idosas por acidentes e violência no município, o segundo constituiu-se de um estudo transversal exploratório que visou mapear e caracterizar os serviços da rede SUS e qualificar o atendimento oferecido às idosas vítimas de violência nessa capital e o terceiro desenvolveu um estudo qualitativo da trajetória percorrida por mulheres idosas em busca de atendimento de saúde para os agravos provocados pela violência. Os marcos conceituais e teóricos são violência contra a mulher e contra a pessoa idosa, políticas públicas de saúde e itinerário terapêutico. Dentre os resultados da pesquisa destacam-se a tendência de aumento das taxas de mortes de idosas por causas externas no município do Rio de Janeiro, demonstrando uma vulnerabilidade delas a esses eventos; mesmo sendo as quedas as principais causas que levaram as idosas aos hospitais, constatou-se que frequentemente esse evento acidental é resultado de uma violência. O tempo prolongado de internação dessas mulheres, identificado no estudo epidemiológico, reflete suas condições de saúde, mas também o abandono da família e as internações sociais evidenciadas no estudo qualitativo. A qualificação do atendimento prestado a essas vítimas de violência revelou os desafios para a atenção integral à saúde da mulher idosa em situação de violência na capital do Rio de Janeiro como: a pouca sensibilização e falta de capacitação dos profissionais para a identificação e abordagem dos casos, a frágil articulação interna e interlocução intra e intersetorial, as dificuldades na realização da notificação dos casos suspeitos ou confirmados de violência, a falta de apoio institucional para as equipes que lidam com essas questões, a inexistência de um fluxo para o atendimento às pessoas idosas vitimizadas e a falta de prioridade, direito garantido pelo Estatuto. No estudo qualitativo constatou-se que a gravidade da lesão foi determinante na trajetória das mulheres em busca de atendimento de saúde, mas o apoio familiar e, principalmente a sua falta, influenciou sobremaneira essa busca. Identificou-se ainda o atraso na procura pelo atendimento devido à dependência física e a negligência dos familiares. Os resultados da pesquisa indicam que é necessário ampliar as ações de prevenção da violência e promoção da saúde, nos três níveis da atenção, apoiar a família, incentivando a ampliação da rede social, capacitar os profissionais para uma abordagem interdisciplinar, integral e articulada intersetorialmente, propiciar atenção humanizada e visibilidade às especificidades da violência que acomete a mulher idosa e sua saúde física e emocional.This survey aims to analyze the health care services provided to aged women under violence conditions in the municipality of Rio de Janeiro. The study integrated three different views of the investigated object: the first of them made an epidemiological analysis of aged women’s morbimortality due to accidents and violence in the municipality; the second constituted a cross-sectional exploratory study aimed to map and characterize SUS (Unified Health System) network services and qualify the assistance given to aged women that are victims of violence in that capital city; and the third developed a qualitative study of the way followed by aged women in search of health services for injuries caused by violence. Conceptual and theoretical landmarks include violence against women and the elderly, public health care services, and therapeutic path. Among the results from the survey, a trend of an increased rate of aged women’s mortality due to external causes in the municipality of Rio de Janeiro stands out, thus evidencing their vulnerability to such events; notwithstanding falls are the main cause of aged women’s hospitalization, that accidental event was found to be very often caused by violence. The extended time of hospitalization of those women, as identified in the epidemiological study, reflects not only their health conditions, but also their abandonment by their families as well as social hospitalizations evidenced in that qualitative study. Qualification of health care services provided to those victims of violence disclosed the challenges likely to faced by full assistance to aged woman’s health in a violence environment in the municipality of Rio de Janeiro, such as: low sensibility and insufficient qualification of professionals to identity and deal with relevant cases, the weak internal articulation and intra-sectorial and intersectorial interlocution, difficult notification of suspected or confirmed cases of violence, lack of institutional support to teams dealing with such issues, lack of a flow to assist the elderly victims, and the lack of priority, which is a right granted by the Statute. The qualitative study showed that the severity of injuries was a determining factor in women’s search for health care services, but the family support and especially its absence was considered to extremely influence that search. Delays in search for health care services due to physical dependence and family negligence were also identified. Results of this survey suggest that it is necessary to expand violence prevention and health promotion actions at the three assistance levels, by supporting the family, promoting the expansion of social network, qualifying professionals for a full, articulate interdisciplinary approach at inter-sector level, and giving a humanized attention and visibility to violence specificities affecting the aged woman and her physical and emotional health

    Prisões numa visão interdisciplinar

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    Resenha do livro: Coelho, MTAD; Carvalho Filho, MJ. Prisões numa visão interdisciplinar. Salvador: EDUFBA, 2012.Submitted by Vinicius Guedes ([email protected]) on 2017-05-16T18:23:59Z No. of bitstreams: 1 PrisõesVisãoInterdisciplinar.pdf: 101155 bytes, checksum: 4773c0abe5466650c2b60c83ec38e510 (MD5)Approved for entry into archive by Fátima Lopes ([email protected]) on 2018-04-16T15:08:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1 PrisõesVisãoInterdisciplinar.pdf: 101155 bytes, checksum: 4773c0abe5466650c2b60c83ec38e510 (MD5)Made available in DSpace on 2018-04-16T15:08:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PrisõesVisãoInterdisciplinar.pdf: 101155 bytes, checksum: 4773c0abe5466650c2b60c83ec38e510 (MD5) Previous issue date: 2017Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli. Rio de Janeiro, RJ, BrasilO livro Prisões numa visão interdisciplinar se propõe a tratar do tema prisões, a partir de dimensões diversas que envolvem essa instituição. Organizado por dois pesquisadores do Núcleo de Estudos Interdisciplinares em Saúde, Violência e Subjetividade (SAVIS), da Universidade Federal da Bahia, e publicado em 2012, o livro se mostra atualíssimo em suas abordagens. Traz uma contribuição relevante para o campo da saúde e das ciências sociais, que ainda tem se dedicado pouco a esse tema e à população envolvida nessa instituição. Está composto por 11 capítulos que trazem distintos olhares para o sistema, a gestão das unidades prisionais, seus trabalhadores, os presos e suas famílias. Para o leitor atento, é possível perceber em cada um deles sua tênue fronteira entre questões fortemente ligadas à saúde e aquelas mais afeitas a outras áreas do conhecimento, mas que influenciam sobremaneira a saúd
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