7 research outputs found

    Plantar povoações no território: (re)construindo a urbanização da capitania do Piauí, 1697-1761

    Get PDF
    The Piauí province´s urbanization has kept up with since late 17th century a complex process dealt among Portuguese Crown, the regal representatives, the network woven by the Casa da Torre and by the resident population in its countryside. What it was content of Rodelas countryside has begun to build with territorial identity since the foundation of first parish in 1697. Structuring itself discontinuously in time and space, the Piauí had reformed in 1758, year of creation of its autonomous government. And had became urban in 1761 when the king D. José I and marquis of Pombal had framed by the royal letter written in June 19 a territory formed by six towns and one city. Thus, this paper purposes to reconstructing the Piauí province according to agents involved in the urbanization processes. It proposes to deconstructing Crown´s polices by means towns strategically placed in territory aiming at control and "remedy" of routine injustices practiced in Piauí´s hinterlands. The method of presenting this reconstruction draws on interconnection between text (manuscript documents) and image (maps and photography) which in their discourses have represented a Piauí as space of experiences apprehended as much in official dimension as inhabitant´s everyday life.A urbanização da capitania do Piauí acompanhou, desde finais do século XVII, um complexo processo negociado entre a Coroa portuguesa, os representantes régios, a rede clientelar urdida pela Casa da Torre e a população residente em seus sertões. O que antes era conteúdo dos sertões de Rodelas passou a construir-se como identidade territorial a partir da fundação da primeira freguesia, em 1697, dedicada a Nossa Senhora da Vitória. Estruturando-se descontinuamente no tempo e no espaço, o Piauí reforma-se em 1758, ano da autonomização do seu governo. E fez-se urbano em 1761, quando D. José I e o marquês de Pombal equacionaram, por meio da carta régia de 19 de junho, um território formado por seis vilas e uma cidade. Nessa direção, o objetivo deste artigo consiste em reconstruir o processo de formação da capitania do Piauí segundo os agentes envolvidos na urbanização do território. Propõe-se descortinar as políticas da Coroa por meio da oficialização de povoações estrategicamente locadas no território visando o controle e o "remédio" das injustiças rotineiras do Piauí. O método de apresentar essa reconstrução vale-se da interconexão entre texto (documentação manuscrita) e imagem (mapas e fotografias), que em suas entrelinhas representam um Piauí como espaço de experiências sentidas tanto na dimensão oficial quanto no cotidiano dos seus moradores

    Cartografia e diplomacia: usos geopolíticos da informação toponímica (1750-1850)

    Get PDF
    O artigo explora dimensões geopolíticas da toponímia, registradas em documentos cartográficos, desde as reformas empreendidas pelo consulado pombalino em meados do século XVIII, até às primeiras décadas do século XIX, em meio ao processo de afirmação do Estado imperial pós-colonial.This paper explores the geopolitical dimensions of toponymy as registered in cartographic documents dating from the reforms pushed through by the consulate of Marquis of Pombal in the mid 18th century to the early decades of the 19th century, as the post-colonial imperial State established itself

    O urbanismo conveniente luso-brasileiro na formação de povoações em Minas Gerais no século XVIII

    Get PDF
    The settlement of villages in the old colonial province of Minas Gerais obeyed certain principles of what was considered decent, convenient and adequate. Such principles were based on rules, doctrines and habits inherent to the Luso-Brazilian architecture of that time. The historical analysis of these aspects leads to a critical review of some consolidated assumptions in historiography, such as the one for which the settlements aforementioned would have appeared in a spontaneous, irregular and disordered fashion. Because they are evident in the remaining settlements and period art treatises and documents, these aspects lead to the consideration of a true art of populating, based on certain values and habits, which we call convenient Luso-Brazilian urbanism.A formação de povoações na capitania de Minas Gerais no século XVIII estava condicionada a preceitos de decoro, conveniência e adequação. Esses preceitos constituíam regras, doutrinas e costumes muito relevantes à arte luso-brasileira de edificar arquiteturas e cidades naquele tempo. A consideração histórica desses aspectos nos conduz à revisão crítica de uma série de compreensões consolidadas na historiografia, como, por exemplo, a de que essas povoações seriam espontâneas, irregulares e desordenadas. Pela importância com que se evidenciam nas povoações remanescentes, nos tratados artísticos e nos documentos coevos, tais aspectos nos levam a cogitar em uma verdadeira arte de povoar fundamentada nesses valores e costumes, arte a que denominamos urbanismo conveniente luso-brasileiro

    A urbanização da Amazónia e do Mato Grosso no século XVIII povoações civis, decorosas e úteis para o bem comum da coroa e dos povos

    Get PDF
    Neste texto faz-se uma leitura sintética do processo de urbanização da região amazônica e do Mato Grosso, na segunda metade do século XVIII. Consideram-se, sobretudo, as relações implícitas com a conjuntura da demarcação de limites; a projeção ideológica do urbano no discurso político das Luzes, que se reflete na legislação adotada, e as implicações do processo de urbanização na leitura do território

    Editorial / Apresentação

    No full text
    Com esta edição fechamos um ciclo que começou em 2002-2003. Este é o último número da promontoria que publicamos em papel. Fica naturalmente em aberto a hipótese de retomarmos a publicação em outros meios e formatos, mas este número implica o fim desta série. Por coincidência, trata-se do número treze. O 13º que foi publicado ao longo de quase vinte anos. Dizíamos, no primeiro editorial da revista, que procurávamos dar início a uma série editorial de publicação regular que pudesse contribuir para a divulgação de trabalhos de investigação no âmbito da História, História da Arte, Arqueologia e Ciências afins, cujo campo de ação incidisse, preferencialmente, no Sudoeste Peninsular. Afirmávamos ainda, que o mote que presidiria ao espírito da publicação era “um espírito, antes de mais, aberto a contributos vários que ajudem a trilhar novos caminhos, ou a aprofundar outros, em vários domínios das ciências humanas; um espírito de rigor e de qualidade, garantido por um vasto corpo de especialistas que integram a comissão científica; um espírito, enfim, de debate e confronto de ideias que permita dar - por pequenos que sejam – novos passos na busca do saber”. Pensamos que, duma forma ou doutra, esta missão foi cumprida. Este número derradeiro abre com artigo de Joaquim Romero Magalhães, Doutor Honoris Causa pela Universidade do Algarve que, recentemente, deixou o nosso convívio que tanto prezávamos.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
    corecore