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    Vulnerabilidade de gênero para a paternidade em homens adolescentes

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    OBJECTIVE: To analyze gender relations perceived by male adolescents and how they contribute to making them more vulnerable to pregnancy during adolescence. METHODS: Qualitative study carried out in Campo Grande, Midwestern Brazil, in 2003. Subjects were 13 male adolescents under 20 years of age, fathers of an only child aged up to 11 months whose mother was in the same age group as them. Semi-structured interviews were carried out, tape recorded and transcribed. Thematic content analysis was carried out. RESULTS: Gender stereotypes were identified in which the role of leader, provider, and sexually active was stressed and the role of caregiver was rejected. These roles seemed consolidated especially in the subjects' perspective regarding paid employment as a marker of their male condition as well as of a family provider. Adolescents' leadership prevailed in the relationship with the mother of their child especially in taking initiative in sexual intercourse and the use of contraceptives. They considered that pregnancy was unexpected and happened "by chance". However, fatherhood was experienced as a definite evidence of their status as adult men. CONCLUSIONS: Male adolescents showed to be vulnerable to fatherhood due to gender socialization following traditional patterns. This was evidenced by the inexistence of roles related to self care and care for others, and early playing roles of male sexual dominance, of father and family provider in order to grow up and become a man.OBJETIVO: Analisar as relações de gênero vivenciadas por adolescentes do sexo masculino e como elas contribuem para torná-los vulneráveis à gravidez na adolescência. MÉTODOS: Estudo qualitativo realizado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em 2003. Participaram 13 adolescentes masculinos com menos de 20 anos, com um único filho de até 11 meses, cuja mãe estava na mesma faixa etária do pai. Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas gravadas. Após transcrição, procedeu-se à análise temática de conteúdo. RESULTADOS: Identificaram-se estereótipos de gênero em que se destacavam papéis de líder, provedor e ativo sexualmente, bem como a rejeição a ser cuidador. Esses papéis apareceram consolidados principalmente na perspectiva dos entrevistados acerca do trabalho como marcador de sua condição de homem e provedor da família. A liderança dos adolescentes prevaleceu no relacionamento com a mãe de seu filho, notadamente na iniciativa das relações sexuais e no uso de contraceptivos. A gravidez foi considerada por eles como "por acaso" e inesperada, mas a paternidade foi vivenciada como uma prova final de sua condição de homens adultos. CONCLUSÕES: Verificou-se a condição de vulnerabilidade dos adolescentes para a paternidade em virtude da socialização de gênero nos moldes tradicionais. Isso foi evidenciado com a ausência dos papéis relativos ao cuidado consigo próprio e com os outros, com a incorporação precoce de papéis de dominação sexual masculina e de trabalhador e pai, ou seja, deixar de ser criança e alcançar a condição de homem

    PRESSUPOSTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS E FREIRIANOS DE UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

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    Esse artigo de revisão bibliográfica tem como objetivo discorrer a respeito de pressupostos históricos e políticos da educação inclusiva e propor uma educação e prática docente humanizadora. O aporte teórico que o sustenta é a Política da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), Mendes (2010), Freire (2011, 2013, 2014) e outros. A partir do entendimento de que todas as crianças e adolescentes têm o direito de ter uma educação de qualidade, obrigatoriamente, somos levados a recepcionar certo histórico permeado pelas políticas que o subsidia como se dá a Educação Especial. A leitura e compreensão desse contexto histórico revela-nos que o processo de inclusão é marcado pela segregação. No quesito bibliografia, constata-se que houve várias alterações da terminologia para se referir à pessoa com necessidade educacionais especiais e um esforço, mediante a política governamental, para legitimar o processo de inclusão. Entretanto, deduzimos inspiradas nos paradigmas freireanos, que o êxito da inclusão, como direito, socialmente assegurado, deve ser norteado por uma educação humanizadora que atenda a todas as crianças e adolescentes com primordial prioridade, a fim de abolir todas as formas de intolerância. Nessa perspectiva, a inclusão só é verdadeira se for humanizadora, equânime, democrática e abrangente

    PRESSUPOSTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS E FREIRIANOS DE UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

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    Esse artigo de revisão bibliográfica tem como objetivo discorrer a respeito de pressupostos históricos e políticos da educação inclusiva e propor uma educação e prática docente humanizadora. O aporte teórico que o sustenta é a Política da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), Mendes (2010), Freire (2011, 2013, 2014) e outros. A partir do entendimento de que todas as crianças e adolescentes têm o direito de ter uma educação de qualidade, obrigatoriamente, somos levados a recepcionar certo histórico permeado pelas políticas que o subsidia como se dá a Educação Especial. A leitura e compreensão desse contexto histórico revela-nos que o processo de inclusão é marcado pela segregação. No quesito bibliografia, constata-se que houve várias alterações da terminologia para se referir à pessoa com necessidade educacionais especiais e um esforço, mediante a política governamental, para legitimar o processo de inclusão. Entretanto, deduzimos inspiradas nos paradigmas freireanos, que o êxito da inclusão, como direito, socialmente assegurado, deve ser norteado por uma educação humanizadora que atenda a todas as crianças e adolescentes com primordial prioridade, a fim de abolir todas as formas de intolerância. Nessa perspectiva, a inclusão só é verdadeira se for humanizadora, equânime, democrática e abrangente

    Vulnerabilidade de gênero para a paternidade em homens adolescentes Gender vulnerability for parenthood among male adolescents

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    OBJETIVO: Analisar as relações de gênero vivenciadas por adolescentes do sexo masculino e como elas contribuem para torná-los vulneráveis à gravidez na adolescência. MÉTODOS: Estudo qualitativo realizado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em 2003. Participaram 13 adolescentes masculinos com menos de 20 anos, com um único filho de até 11 meses, cuja mãe estava na mesma faixa etária do pai. Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas gravadas. Após transcrição, procedeu-se à análise temática de conteúdo. RESULTADOS: Identificaram-se estereótipos de gênero em que se destacavam papéis de líder, provedor e ativo sexualmente, bem como a rejeição a ser cuidador. Esses papéis apareceram consolidados principalmente na perspectiva dos entrevistados acerca do trabalho como marcador de sua condição de homem e provedor da família. A liderança dos adolescentes prevaleceu no relacionamento com a mãe de seu filho, notadamente na iniciativa das relações sexuais e no uso de contraceptivos. A gravidez foi considerada por eles como "por acaso" e inesperada, mas a paternidade foi vivenciada como uma prova final de sua condição de homens adultos. CONCLUSÕES: Verificou-se a condição de vulnerabilidade dos adolescentes para a paternidade em virtude da socialização de gênero nos moldes tradicionais. Isso foi evidenciado com a ausência dos papéis relativos ao cuidado consigo próprio e com os outros, com a incorporação precoce de papéis de dominação sexual masculina e de trabalhador e pai, ou seja, deixar de ser criança e alcançar a condição de homem.<br>OBJECTIVE: To analyze gender relations perceived by male adolescents and how they contribute to making them more vulnerable to pregnancy during adolescence. METHODS: Qualitative study carried out in Campo Grande, Midwestern Brazil, in 2003. Subjects were 13 male adolescents under 20 years of age, fathers of an only child aged up to 11 months whose mother was in the same age group as them. Semi-structured interviews were carried out, tape recorded and transcribed. Thematic content analysis was carried out. RESULTS: Gender stereotypes were identified in which the role of leader, provider, and sexually active was stressed and the role of caregiver was rejected. These roles seemed consolidated especially in the subjects' perspective regarding paid employment as a marker of their male condition as well as of a family provider. Adolescents' leadership prevailed in the relationship with the mother of their child especially in taking initiative in sexual intercourse and the use of contraceptives. They considered that pregnancy was unexpected and happened "by chance". However, fatherhood was experienced as a definite evidence of their status as adult men. CONCLUSIONS: Male adolescents showed to be vulnerable to fatherhood due to gender socialization following traditional patterns. This was evidenced by the inexistence of roles related to self care and care for others, and early playing roles of male sexual dominance, of father and family provider in order to grow up and become a man
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