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A disciplina de formação musical em debate: Perspectivas de profissionais da música
Pretendeu-se com este estudo identificar alguns parâmetros-chave da disciplina de Formação Musical no
contexto dos cursos básico e complementar do ensino especializado de música – quais os seus objectivos, qual
o seu papel e importância na formação de um músico, que problemas se lhe colocam hoje em dia...
Optou-se por uma metodologia qualitativa de recolha e análise de dados, tendo-se realizado três debates
focalizados de grupo (focus groups) com vários profissionais da música: um com actuais professores de
Formação Musical; outro com professores do ensino superior de música com experiência de leccionação da
disciplina ao nível básico e complementar, outro com músicos essencialmente na área da interpretação e
composição. Os debates foram gravados e posteriormente transcritos, tendo sido objecto de análise de
conteúdo.
Os dados obtidos permitem identificar vários pontos críticos relativos à disciplina, no sentido de uma
configuração actual, em que se integram quer a formação de (possíveis) futuros músicos, quer de pessoas cujo
fim não é a profissão de músico mas tão-somente obter formação em música. Os conteúdos e actividades da
disciplina foram também abordados, considerando-se que deveriam sempre reportar-se à música
propriamente dita, como fonte e contexto para a aquisição de competências
Reflexões sobre a prática curricular: o ensino superior de música em Portugal
No âmbito da investigação que será realizada no doutoramento em Estudos
Culturais da Universidade do Minho e Aveiro, pretende-se, neste artigo, refletir
sobre a formação dos estudantes de música no ensino superior. Através
da análise teórica e metodológica de estudos empíricos na área, objetiva-se
traçar o melhor caminho para a problematização da tese intitulada: Cultura
Musical e Músicos no século XXI: (re)pensar a formação académica no ensino
superior.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Hugo Alves
1. Preliminar
O breve índice acima transcrito ajuda, desde logo, a perceber a forma
como apresento o presente documento, espelho da minha carreira musical, tal
como preconizam os requisitos para apresentação do requerimento ao Título
de Professor Especialista.
Nesse sentido, também os textos seguem a orientação requerida,
focando sobretudo os últimos dez anos da minha carreira. O primeiro texto é
uma visão generalista do meu percurso, detalhada depois em três vertentes:
Músico, Ensino, e Produção, até pela consequência e interligação que existe
entre elas.
Importa referir que o projecto Orquestra de Jazz do Algarve (antes, “de
Lagos”) fundado por mim em 2004, é, per si, um espelho desta orientação, já
que é um projecto que preconiza, desde a sua fundação, três áreas
estratégicas distintas e assim coincidentes: Artes de Palco, Serviço de Ensino,
e Produção, característica pela qual muitos o têm classificado como projecto
único em Portugal (pelo menos em dada altura). O Projecto OJA não terá assim
um tratamento dedicado, uma vez que será citado em cada área focada; no
entanto, gostava de deixar algumas notas gerais.
A OJA é um projecto integrado, que envolve cerca de 20 músicos, e entre
30 a 70 alunos anualmente (às vezes mais), com uma área de influência
directa em duas ou três centenas de pessoas em seu redor. Umas mais
directamente associadas ao projecto, outras mais exteriormente (como é o
caso das que fundaram espontaneamente um Fan Club da OJA). Trata-se de
um projecto profissional, com 8 anos de existência, destacado com Declaração
de Elevado Interesse Cultural pelo Ministério da Cultura, que tem utilizado nas
suas formações exclusivamente músicos algarvios, e/ou residentes no Algarve.
Tem como principal objectivo, e com base nessa matéria-prima, produzir os
melhores resultados possíveis, apostando, por exemplo, na sua formação
interna. É, assim, um projecto que muito me tem ocupado desde a sua
fundação, pelos meios que envolve, por alguma densidade inerente, pelo
número de projectos e áreas que abrange
Qualified immigration : the case of classical music professionals from Ukraine in Madeira Classic Orquest
No universo artístico da Região Autónoma da Madeira existe um significativo e experiente grupo de profissionais de música clássica oriundos de países da Europa Central e de Leste. Tomando como principal enfoque o papel daqueles que assumem, no seio da Orquestra Clássica da Madeira, maior representatividade relativamente ao país de origem - os ucranianos - procurámos, através de um estudo empírico caracterizar esta população e perceber, não só o seu papel na sociedade de acolhimento, como a sua aceitação por esta.In the artistic universe of Madeira there is a significant and experienced group of classical music professionals from countries of Central and Eastern Europe. Taking as its primary focus the role
of those who assume, within the Madeira Classical Orchestra, greater representation of the country of origin - Ukrainians - we sought, through an empirical study, to characterise this population and understand not only their role in the host society, but also their acceptance by it
Para uma Ontologia da Investigação em Música no Séc. XXI
Conforme apresentado em Lopes (2014), acredito que do ponto de vista científico, uma perspectiva de análise multi-paramétrica e metodologicamente inclusiva deverá ser privilegiada na abordagem a certa música dos dias de hoje. Considerando que a música é um objecto virtual cuja recepção é muito mais do que uma organização de frequência sonoras, timbres e durações, a sua investigação na contemporaneidade terá que forçosamente considerar esta realidade, fazendo-se, em casos relevantes, munir de ferramentas e construções teóricas de várias áreas das humanidades e ciências. Assim, arquitectando-se uma metodologia de cerne que possa incluir várias perspectivas integradas, poder-se-á, talvez, explicar e representar melhor a experiência musical contemporânea
Músicos instrumentistas e cantores: margens e conteúdos para uma representação social
Entre Músicos, Instrumentistas e Cantores, uns revelarem-se ‘mais iguais’ que outros é conteúdo que prepassa
dos ditos circulantes no grupo, assim contribuindo para a modelação da ‘adequada’ representação. Exposição
da fase inicial de uma metodologia modelada no Quadro Teórico das Representações Sociais, este artigo
aborda as representações dos três propondo a integração dos traços levantados no que é específico de cada
subgrupo, e por fim, descodificando a diferenciação entre as representações à luz das tensões naturais dos
relacionamentos intergrupais.
Tratados qualitativamente, os principais dados da investigação consistem na opinião de 144 indivíduos
recolhida pela utilização de questionários. Músicos das Áreas Teóricas, Instrumentistas, Cantores e Não
Músicos, distribuídos por três estratos de envolvimento na actividade – estudantes do Ensino Complementar,
Ensino Superior e Profissionais – revelam-nos que o pensado como intrínseco aos indivíduos, pode ser, de
facto, fruto de uma elaboração socia
Músicos instrumentistas e cantores: margens e conteúdos para uma representação social
Entre Músicos, Instrumentistas e Cantores, uns revelarem-se ‘mais iguais’ que outros é conteúdo que prepassa
dos ditos circulantes no grupo, assim contribuindo para a modelação da ‘adequada’ representação. Exposição
da fase inicial de uma metodologia modelada no Quadro Teórico das Representações Sociais, este artigo
aborda as representações dos três propondo a integração dos traços levantados no que é específico de cada
subgrupo, e por fim, descodificando a diferenciação entre as representações à luz das tensões naturais dos
relacionamentos intergrupais.
Tratados qualitativamente, os principais dados da investigação consistem na opinião de 144 indivíduos
recolhida pela utilização de questionários. Músicos das Áreas Teóricas, Instrumentistas, Cantores e Não
Músicos, distribuídos por três estratos de envolvimento na actividade – estudantes do Ensino Complementar,
Ensino Superior e Profissionais – revelam-nos que o pensado como intrínseco aos indivíduos, pode ser, de
facto, fruto de uma elaboração socia
Memórias de uma vida dedicada à Trompa
O objectivo do presente trabalho é o de demonstrar como evoluímos, não só na escola,
com os nossos professores, mas também no ambiente onde vivemos, onde trabalhamos, onde
fazemos nossas actividades profissionais e não profissionais, aprendendo assim com a vida,
com os nossos erros e com os erros dos outros.
Desta forma, a presente exposição abordará as seguintes áreas do meu percurso pessoal e
profissional: 1. Fase inicial, Escola Básica de Música – Lidová Skola Umení – LSU – Escola Popular
Artística.
2. Desenvolvimento na Escola Secundária de Música: Conservatório, Orquestra, Música
de Câmara, Início da carreira de professor.
3. Universidade: Nível de Aprendizagem Superior, Concursos de Trompa, Início de
actividade em Orquestras Profissionais.
4. Um ano na Orquestra das Forças Armadas em Praga.
5. A Orquestra de Ópera de L.Janacek em Brno e a Orquestra Filarmónica de Brno:
Música de Câmara, Quarteto de Trompas e Quinteto de Metais.
6. Portugal: Nova Filarmonia Portuguesa, primeiras influências de outras escolas.
7. Régie Cooperativa Sinfonia, Orquestra Clássica do Porto, Orquestra Nacional do
Porto.
8. Ensino nas escolas profissionais em Portugal.
9. Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto
(ESMAE/IPP): Concursos, Seminários e Master Classes.
10. A influência do AIKIDO na performance musical, no ensino e na vida.
11. As minhas formas de ensinar.
12. Passos essenciais da Trompa
Extra-musical elements in the work of K-Ximbinho : questions about musical iconography in their record covers between 1950s and 1960s
K-ximbinho participou juntamente com outros músicos entre as décadas de 1950 e 1960 de um processo que visava modernizar o samba e o choro pela introdução dos elementos diversos do jazz. Esse processo de mistura entre gêneros musicais distintos, compreendido entre os músicos da época como "samba-jazz" ou "choro jazzístico", não se limitava em misturar elementos rítmicos harmônicos e melódicos, mas também negociar a presença de termos, imagens e vestimentas da cultura estadunidense no Rio de Janeiro pré Bossa Nova. É possível verificar nas capas de discos gravados por K-ximbinho que essa negociação entre duas culturas se manifestava em forma de imagens e textos e visavam informar ao consumidor a que cada obra se destinava, ressaltando a inovação do samba e choro e propondo a criação desse novo estilo musical. __________________________________________________________________________________________________________________ ABSTRACTK-Ximbinho participated along with other musicians from the 1950s and 1960s in a process aimed at modernizing the samba and choro in the introduction of various jazz.elements into Brazilian traditional styles. This blending of different musical genres, known at the time as "samba-jazz" or "choro jazz" was not limited to mixing rhythmic, harmonic and melodic elements, but also in the negotiation of present expressions, images and ways from North-American culture in Rio de Janeiro in a pre Bossa Nova era. It's possible to verify on the covers of albums recorded by K-Ximbinho that the negotiation between these two cultures is manifested in the form of images and texts meant to inform the consumer how each work was intended, highlighting the innovation of samba and choro and proposing the creation of this new musical style
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