326 research outputs found

    Othonella araguaiana Mendes (Bivalvia, Megadesmidae), formação Corumbataí (Permiano Superior) da margem leste da Bacia do Paraná: significado sistemático, evolutivo e bioestratigráfico

    Get PDF
    Nesse estudo, é reportada, pela primeira vez, a ocorrência de Othonella araguaiana Mendes, no Estado de São Paulo, intervalo da biozona de Pinzonella illusa, Formação Corumbataí, Permiano médio. Trata-se de bivalve de ocorrência rara, originalmente descrito para a Formação Estrada Nova (= Formação Corumbataí), do Alto Araguaia e Alto Garças, Estado do Mato Grosso. Novos espécimes de O. araguaiana foram encontrados em arenito bioclástico (tempestito proximal), na parte média da Formação Corumbataí, em Rio Claro, SP. As conchas silicificadas e os moldes internos estão bem conservados, preservando a impressão da musculatura e de outros caracteres internos (e.g., charneira) nunca antes ilustrados. Em sua descrição original, Mendes (1963) chamou a atenção para a semelhança entre O. araguaiana e Terraia aequilateralis, um Veneroida comum na Formação Corumbataí. Contrariamente, Runnegar e Newell (1971), notaram que O. araguaiana pertence aos Megadesmidae, se tratando provavelmente de um sinônimo-júnior de Plesiocyprinella carinata (o megadesmídeo mais comum do Grupo Passa Dois). Conforme nossos dados mostram, O. araguaiana pode ser atribuída aos Megadesmidae, sendo, porém, distinta de P. carinata. A nova ocorrência de O. araguaiana é importante para esclarecer as relações de parentesco entre os Megadesmidae da Bacia do Paraná e por demonstrar que: a) a distribuição paleobiogeográfica da espécie não está restrita à porção setentrional da Bacia do Paraná, no Estado do Mato Grosso; b) a fauna de moluscos bivalves da Formação Corumbataí (biozona de P. illusa) no Estado de São Paulo é mais diversa e, de fato, dominada pelos megadesmídeos, e c) a composição da fauna de moluscos da Formação Corumbataí em Alto Garças é essencialmente a mesma da biozona de P. illusa, da borda leste da Bacia do Paraná.In this study, the occurrence of Othonella araguaiana Mendes, a rare bivalve species is reported for the first time in the Pinzonella illusa biozone, Middle Permian Corumbataí Formation, in the State of São Paulo. This species was originally described in coeval rocks of the Estrada Nova Formation (= Corumbataí) from the Alto Araguaia and Alto Garças regions, State of Mato Grosso. The specimens of O. araguaiana were found in the base of a bioclastic sandstone bed, a proximal tempestite, in the middle of the Corumbataí Formation, in the city of Rio Claro, São Paulo State. The silicified shells and internal molds are well preserved, showing impressions of muscle scars and other internal anatomic characters (e.g., hinge), never illustrated by previous authors. In his original description, Mendes (1963) called attention to the similarity between O. araguaiana and Terraia aequilateralis, a common veneroid of the Corumbataí Formation. Conversely, Runnegar and Newell (1971) suggested that O. araguaiana belongs to Megadesmidae, being a junior synonym of Plesiocyprinella carinata (the commonest megadesmid of the Passa Dois Group). Our study indicates that O. araguaiana is indeed a megadesmid, but is distinct from the P. carinata. The new occurrence of O. araguaiana demonstrates that a) the paleobiogeographic distribution of this species is wider than previously thought (that it was restricted to the northern part of Paraná Basin, Mato Grosso State); b) the molluscan fauna of the Corumbataí Formation (P. illusa biozone) in the State of São Paulo is more diverse and dominated by megadesmids; and c) the composition of the molluscan fauna of the Corumbataí Formation in Alto Garças, State of Mato Grosso, is essentially the same as that of the P. illusa biozone of the eastern margin of the Paraná Basin

    GEOQUÍMICA E PROVENIÊNCIA DOS SEDIMENTOS DA FORMAÇÃO CORUMBATAÍ NA REGIÃO DE RIO CLARO/SP

    Get PDF
    A Formação Corumbataí na região de Rio Claro - Limeira - Araras é representada por uma sucessão de siltitos, constituídos principalmente por filossilicatos (predominando illita, embora também ocorram montmorillonita, biotita, clorita, caulinita e interestratificados regulares e irregulares, quartzo, plagioclásios e feldspatos potássicos, carbonatos, hematita, goethita e zeólitas, de origem autígena e/ou detrítica. Quimicamente as rochas da Formação Corumbataí são classificadas principalmente como wackes e secundariamente como folhelhos, cuja principal fonte são rochas ígneas félsicas e/ou rochas sedimentares quartzosas. A aplicação de índices de maturidade química nas rochas analisadas sugere que estas são quimicamente imaturas e que a fonte foi submetida a condições de intemperismo moderado. Diagramas discriminantes para ambientes tectônicos sugerem que a fonte dos sedimentos da Formação Corumbataí são rochas quimicamente semelhantes a rochas formadas em margem ativa e/ou arcos de ilha, embora depositados em outro contexto geotectônico (bacia intracratônica)

    FORMAÇÃO CORUMBATAÍ NA REGIÃO DE RIO CLARO/SP: PETROGRAFIA E IMPLICAÇÕES GENÉTICAS

    Get PDF
    A Formação Corumbataí na região de Rio Claro é representada predominantemente por siltitos argilosos com intercalações de siltitos arenosos, constituídos por illita, quartzo, feldspatos, carbonatos, hematita, montmorillonita, clorita e zeólita, de origem autígena e/ou detrítica. As variações texturais, e principalmente mineralógicas ao longo do empilhamento dos sedimentos da Formação Corumbataí, permitem dividi-la, nesta região, em cinco níveis mineralógico-texturais propostos nesse trabalho. As relações texturais e morfológicas entre componentes detríticos e autígenos sugerem transporte em ambiente árido, com área fonte de topografia suave, sem forte influência fluvial, gerando sedimentos que foram acumulados em um extenso mar epicontinental raso, com indícios de exposições aéreas já nos estratos basais, e com possível ligação com o oceano. Também evidencia que a espessura da lâmina d’água diminuiu progressivamente para o topo da sequência, ocorrendo oscilações em função da influência de marés e/ou tempestades. A composição mineralógica, em associação com a textura, evidencia que a Formação Corumbataí foi submetida a efeito termal após a litificação, promovendo transformações mineralógicas, hidrotermalismo e formação de brechas hidráulicas, provocadas pelo magmatismo básico que deu origem à Formação Serra Geral

    A formação Corumbataí na porção norte da Bacia do Paraná : litofácies e composição mineral para correlação regional e base para interpretação do contexto deposicional

    Get PDF
    Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2011.A Formação Corumbataí de idade Permiana, no Estado de São Paulo, é descrita como predominantemente síltica, de coloração cinza a avermelhada com fratura conchoidal. A contribuição arenosa aumenta em direção ao topo, contendo localmente fácies carbonáticas representadas por coquinas, calcários oolíticos e micritos; além de níveis esporádicos de tempestitos e arenitos verdes com glauconita. Nos estados de Goiás e Mato Grosso a Formação Corumbataí, pouco conhecida, é constituída por rochas psamo=pelíticas também marcadas pela fratura conchoidal. Este trabalho apresenta as características litofaciológica s e mineralógicas das rochas da Formação Corumbataí nos estados de Goiás e Mato Grosso. Foram descritos seis perfis, dispostos de leste, próximo à localidade de Estância, até o município de Guiratinga a oeste: BR 158, Pedreira Sucal, córregos Jacaré e Cuiabano (GO) e pedreiras Império e Guiracal (MT). Nesses perfis de coloração muito variável, de avermelhado ao cinza, predominam litofácies sílticas e rítmicas compreendendo também litofácies arenosas, evaporíticas e conglomeráticas. O contato basal se dá predominantemente sobre a Formação Irati, exceto no perfil da BR 158, onde a Litofácies Conglomerado recobre a Formação Palermo. Tanto neste local, como na Pedreira Sucal e Córrego Jacaré, a Litofácies Evaporito é representada por níveis de calcita pseudomorfa de evaporitos e estruturas do tipo “rosa do deserto”. As litofácies arenosas, intercaladas em siltitos, ocorrem desde a base até o topo, onde se posicionam as litofácies verdes, provavelmente resultantes da presença de minerais glauconíticos. A Litofácies Coquina é mais comum intercalada nestes arenitos, mas é encontrada também em outros níveis. Contrastando com a composição dos argilominerais (ilita) descrita no Estado de São Paulo, em Goiás e Mato Grosso o principal constituinte mineral é o quartzo, sendo escassos os argilominerais mesmo na fração argila. É contrastante também em relação à formação subjacente – a Formação Irati, de natureza química a bioquímica e homogeneidade das litofácies – tanto pela composição siliciclástica, quanto pela ampla variedade de litofácies particularmente na base. ______________________________________________________________________________ ABSTRACTThe Permian Corumbataí Formation, at the São Paulo state, has been described as a conchoidal fracture, grey to reddish, prevalent siltstone. The sandstone contribution increases upwards, locally featuring carbonatic facies represented by coquinas, oolitic limestones and micrites; sporadic layers of tempestites and glauconite rich greenish sandstones. At Goiás and Mato Grosso states, the Corumbataí formation is not very well known, it is composed by psamitic=pelitic rocks with conchoidal fractures. This work presents the lithofaciologic and mineralogic characteristics of the Corumbataí rocks at Goiás and Mato Grosso states. For this purpose, there were described six east=west profiles, located from Estância village, until Guiratinga municipality: BR=158, Sucal quarry, Jacaré and Cuiabano streams (GO), Império and Guiracal quarries (MT). The lower contact is predominantly above the Irati formation, except at the BR=158 profile, on which the conglomerate lithofacies overlays the Palermo Formation. At this place, at the Sucal quarry and at Jacaré stream, the evaporite lithofacies is represented by pseudomorphic calcite layers and “desert rose” type structures. The sandstone lithofacies, intercalated at the siltstones, are present from the bottom to the top of the formation, where the glauconite rich greenish lithofacies are concentrated. The coquina lithofacies is more likely to be found at these sandstones, although it may be seen at other layers too. In contrast with the clay rich composition at São Paulo, at Goias and Mato Grosso states the main mineralogy is quartz based and the clay inerals are rare. It is also contrasting with the underlying unit – the Irati Formation – of chemical and biochemical nature and homogeneous lithofacies, for the siliciclastic composition as well as the wide variety of lithofacies especially at the lower interval

    Histórico dos estudos sobre a malacofauna fóssil da formação corumbataí, Bacia do Paraná, Brasil

    Get PDF
    The Corumbataí Formation belongs to the Passa Dois Group in Paraná Basin, Brazil, and dates from the end of the Paleozoic Era, more precisely from the (Upper) Permian Period. The Formation’s fossil record, which is composed mainly of bivalve mollusks, has begun to be studied at the first decades of the 20th century. At first, the research was primarily conducted by foreigner paleontologists; only by the 1940’s Brazilian scientists joined them in the study of the Formation, which was conducted until the beginning of the present decade. Despite the intense research, the study on some topics such as systematics remains incomplete.A Formação Corumbataí é uma das formações que compõem o Grupo Passa Dois na Bacia do Paraná e data do final da Era Paleozóica, mais precisamente do Período Permiano (Superior). Seu registro fóssil é composto principalmente por moluscos bivalves e começou a ser estudado nas primeiras décadas do século XX, no início principalmente por paleontólogos estrangeiros. Somente na década de 1940 cientistas brasileiros começaram a produzir estudos sobre essa Formação e o fizeram até o início da presente década. Apesar da extensa pesquisa, o estudo sobre alguns tópicos, como, por exemplo, sistemática, permanece incompleto

    A Formação Corumbataí na região do rio Corumbataí. (Estratigrafia e descrição dos lamelibrãnquios)

    Get PDF

    O GRUPO PASSA DOIS (FORMAÇÕES CORUMBATAÍ E ESTRADA NOVA) NO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL: FONTE DE MATÉRIA PRIMA PARA A INDÚSTRIA CERÂMICA: The Passa Dois Group (Corumbataí and Estrada Nova Formations) in the State of São Paulo, Brazil: source of raw material for the ceramic industry

    Get PDF
    Studies show the clayey rocks of the Passa Dois Group, including Corumbataí and Estrada Nova formations, and excluding Irati formation- Permian of Paraná sedimentary basin, present variations in their geological and ceramic technological properties along their occurrence strip in the State of Sao Paulo. These variations are related from different sedimentary facies to diagenetic modification processes and hydrothermal and tectonic events during post depositional evolution. In the Santa Gertrudes Ceramic Pole, in the central São Paulo State, Brazil, the Corumbataí Fm. clays supply the wall and floor ceramic tiles industry as the main raw material. In addition, in the Porto Ferreira/Tambau and Laranjal Paulista/Cesário Lange poles, located less than 100 km far from Santa Gertrudes, Corumbatai clays are mainly used to manufacture structural ceramic products. The main difference between these clays is the higher presence of Na2O in the Santa Gertrudes pole, due to de presence of albite in clays, which given to these material an important fluxing role in the ceramic sintering process. This fact allows the local industries to manufacture a huge amount of floor and wall ceramic tiles by using dry route making process, mainly classified as semi porous type (Water Absorption Group BIIb, according to Brazilian and worldwide ceramic tile classification). In the poles of Tambau/Porto Ferreira and Laranjal Paulista/Cesário Lange, according to the ceramic results obtained, the majority of the samples were classified as a porous material (Group BIII). It should be noted that the different lithofacies found in the rocks of the Passa Dois Group allow them to be used not only for the production of structural ceramics and semi-porous and porous ceramic plates, but also in the updating of masses in the production of porcelain and stoneware.Os resultados mostraram que as rochas argilosas do Grupo Passa Dois, exclusive a Formação Irati, representadas pelas Formações Corumbataí e Estrada Nova apresentaram variações nas suas propriedades geológicas e tecnológicas ao longo de sua ocorrência no Estado de São Paulo. Estas variações são resultantes de uma interação complexa de processos atuantes durante e após a sua deposição na bacia sedimentar do Paraná o que direcionou seu aproveitamento como matéria-prima cerâmica. A Formação Corumbataí representa a principal fornecedora de matéria-prima para a indústria cerâmica tradicional, em especial a de revestimento cerâmico. O diferencial da matéria-prima da Formação Corumbataí localizada no polo cerâmico de Santa Gertrudes em relação aos outros polos produtores é a presença elevada do Na2O dada principalmente pelo feldspato sódico albita sendo este um elemento fundente essencial no processo de sinterização cerâmica facilitando a fabricação de revestimentos cerâmico semi-poroso por via seca, classificados como BIIb de acordo com grupos de absorção de água. Em outras regiões produtoras, aqui designados informalmente de polos de Tambaú/Porto Ferreira e Laranjal Paulista/Cesário Lange, de acordo com os resultados cerâmicos obtidos, a maioria das amostras foram classificadas como poroso (BIII). Deve-se salientar que as diferentes litofácies encontradas nas rochas do Grupo Passa Dois permitem utilizá-las não somente para a produção de cerâmica estrutural e de placas cerâmicas semi-porosas e porosas, mas também na formulação de massas na produção de porcelanatos e grés. &nbsp

    Petrografia, geoquímica e proveniência da Formação Corumbataí aflorante no município de Mineiros (GO)

    Get PDF
    In the state of Goiás, similar lithotypes to those attributed to the Corumbataí Formation occur in the state of São Paulo, although the lack of specific bibliographies about the unit in the Brazilian Midwest region, and the absence of detailed mappings in the vicinity of Serra do Caiapó (Central-Southeast of Goiás State) raise doubts as to the correlation between these outcrop areas of permian units and those found in the São Paulo domain of the Paraná Basin. Thus, this work presents mineralogical, petrographic, and geochemical characteristics of the Corumbataí Formation in the state of Goiás, and its implications of provenance, weathering, and paleoclimate, in order to provide complementary data that allow establishing correlations between the several outcropping areas of the unit along the north and east edges of the Basin. The siltstones of the municipality of Mineiros (GO) are chemically classified predominantly as “wackes” and arkose, and secondarily as lithoarenites and sublithoarenites, with high textural maturity, and variable chemical maturity, generated by sediments mainly from quartz sedimentary rocks, with lower contributions of felsic and mafic igneous rocks. Apparently, these sediments suffered little effect from sedimentary recycling, advocating a closer proximity to the source areas, subjected to varying degrees of weathering, which suggests a mixing of various sources in the generation of sediments that gave rise to the unit, and there is a predominance of classification of sources as derived from tectonically active regions or continental island arches.No estado de Goiás, ocorrem litotipos similares àqueles atribuídos à Formação Corumbataí, no estado de São Paulo, embora a escassez de bibliografias específicas sobre a unidade na Região Centro-Oeste brasileira e a ausência de mapeamentos de detalhe nas adjacências da Serra do Caiapó (centro-sudeste do estado de Goiás) suscitem dúvidas quanto à correlação entre essas áreas de afloramento de unidades permianas e aquelas encontradas no domínio paulista da Bacia do Paraná. Sendo assim, este trabalho apresenta caraterísticas mineralógicas, petrográficas e geoquímicas da Formação Corumbataí no estado de Goiás, bem como suas implicações de proveniência, intemperismo e paleoclima, no intuito de fornecer dados complementares que permitam estabelecer correlações entre as diversas áreas aflorantes da unidade ao longo das bordas norte e leste da bacia. Os siltitos do município de Mineiros (GO) são quimicamente classificados, predominantemente, como “wackes” e arcósios, e, secundariamente, como litoarenitos e sublitoarenitos, com alta maturidade textural e maturidade química variável, gerados por sedimentos provenientes principalmente de rochas sedimentares quartzosas, com menores contribuições de rochas ígneas félsicas e máficas. Aparentemente, esses sedimentos sofreram pouco efeito de reciclagem sedimentar, advogando por uma maior proximidade das áreas-fonte, sendo que esta foi submetida a variados graus de intemperismo, o que sugere mistura de diversas fontes na geração dos sedimentos que deram origem à unidade, além de haver predomínio de classificação das fontes como derivadas de regiões tectonicamente ativas ou arcos de ilha continentais

    CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA, MINERALÓGICA, QUÍMICA E CERÂMICA DA FORMAÇÃO CORUMBATAÍ NOS MUNICÍPIOS DE TAMBAÚ, PORTO FERREIRA E SANTA ROSA DO VITERBO - SP, VISANDO APLICAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO DE PRODUTOS NO POLO CERÂMICO DE SANTA GERTRUDES

    Get PDF
    O trabalho apresenta resultados do estudo da Formação Corumbataí nos municípios de Tambaú, Porto Ferreira e Santa Rosa do Viterbo no Estado de São Paulo, do ponto de vista geológico, químico, mineralógico e cerâmico, com o objetivo de conhecer as reservas existentes desta unidade geológica nesta região como fonte de matéria-prima cerâmica, buscando a melhora na qualidade e diversificação dos produtos fabricados no Polo Cerâmico de Santa Gertrudes. Inicialmente foram levantadas seções geológicas nas minerações existentes com o intuito de identificar as principais litofácies geológicas. De acordo com os levantamentos geológicos, as argilas da Formação Corumbataí são representadas pelas litofácies maciça - LM, laminada-LL, intercalada-LI e alterada-LA. A mineralogia identificada por DRX (fração total

    Um novo bivalve permiano (megadesmidae, plesiocyprinellinae) do membro serrinha (Formação Rio do Rasto), Bacia do Paraná, Brasil

    Get PDF
    Durante recente organização das coleções paleontológicas do Laboratório de Paleontologia Sistemática do Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, foram localizados alguns espécimes de moluscos bivalves, ainda não descritos, que chamaram nossa atenção pelas seguintes razões: a) todos os espécimes são moldes internos de valvas conjugadas, articuladas fechadas, alguns destes com restos da concha silicificada; b) todos os moldes internos têm a mesma forma geral e características internas, representando espécimes de um mesmo táxon; c) os moldes internos e as valvas silicificadas estão bem preservadas, e incluem estruturas frágeis de difícil preservação, tais como o molde interno do ligamento externo e também as cicatrizes musculares; d) e igualmente importante, todos os espécimes estão registrados como provenientes das rochas do Grupo Passa Dois (Permiano), Membro Serrinha, da Formação Rio do Rasto. Embora não existam informações sobre o autor da coleta e localização geográfica dos espécimes, o estudo detalhado da morfologia desses fósseis evidencia tratar-se de um gênero de bivalve distinto dos já descritos para a fauna endêmica do Grupo Passa Dois. Fundamentado na forma geral da concha, estrutura da charneira e cicatrizes musculares, o novo táxon é atribuído à Família Megadesmidae Vokes, 1967, a mais diversificada dentre aquelas do Permiano da Bacia do Paraná. Os espécimes são aqui designados como Beurlenella elongatella gênero e espécie novos. A forma geral dos espécimes, bem como o modo de preservação, indica que se trata de um bivalve escavador raso ativo, rápido, suspensívoro, que foi provavelmente preservado in situ, em depósitos gerados por sedimentação episódica.During a recent inspection in the Paleontological Collection of the Institute of Geosciences, University of São Paulo, we have identified some specimens of undescribed mollusk bivalves. These called our attention for the following reasons: a) all specimens are internal molds of conjugated and closed articulated valves, some of them presenting fragments of silicified shells; b) all internal molds have similar general shape and internal characters, representing specimens of the same taxon; c) the internal molds and silicified valves are well preserved, including fragile structures, which are hardly preserved, such as the internal mold of the external ligament and muscle scars; d) and equally important, according to the labels of all specimens, they were collected from rocks of the Passa Dois Group (Permian), Serrinha Member of the Rio do Rasto Formation. Although who collected the shells and the precise geographic location of the specimens are still unknown, the detailed study of these fossils brings us to the conclusion that they are morphologically distinct from any heretofore published genus of the endemic fauna of bivalves from Passa Dois Group. Based in its general shape, hinge structure and muscles scars, the new form can be classified under the Family Megadesmidae Vokes, 1967, the most diverse group of Permian bivalves of the Paraná Basin. The specimens are referred as Beurlenella elongatella new gen. and sp. The shell shape and taphonomy indicate that this bivalve was a shallow, rapid, active burrower, suspension feeder, probably preserved in situ, in event deposits
    corecore