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    Avaliação do efeito anti-inflamatório tópico da inosina no modelo de edema de orelha induzido pelo óleo de cróton em camundongos

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    Orientadora: Daniela de Almeida CabriniCoorientadora: Fernanda da Rocha LapaMonografia (Bacharelado) - Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Curso de Graduação em Ciências BiológicasResumo : As doenças inflamatórias da pele apresentam uma série de características em comum: hiperproliferação de queratinócitos e infiltração de neutrófilos na epiderme assim como a infiltração de células T, macrófagos, linfócitos e monócitos na derme e epiderme. Dentro deste contexto, vários estudos mostram que purinas como a adenosina e seu metabólito, a inosina, apresentam importante efeito imunomodulador. A inosina é considerada um ligante natural dos receptores de adenosina denominados: A1, A2A, A2B e A3 e tem sido proposto que a inosina exerce seus efeitos anti-inflamatórios através da ativação dos mesmos. Vários estudos mostram que a inosina apresenta importante papel anti-inflamatório em modelos de asma, colite, sepse e artrite, sendo também descritos efeitos semelhantes para seu predecessor metabólico, a adenosina. Entretanto, existem poucos estudos mostrando a ação destas purinas, mais especificamente da inosina em modelos de inflamação cutânea. O presente estudo mostra que a inosina, testada no modelo de inflamação aguda induzida por óleo de cróton, foi capaz de reduzir significativamente o edema de orelha nas doses de 0,1 a 1,0 mg/orelha, apresentando uma inibição máxima de 57 ± 12% para a dose de 1,0 mg/orelha. A inosina também reduziu de forma significativa a atividade da enzima mieloperoxidase (MPO) nas doses de 0,3 a 1,0 mg/orelha, com inibição máxima de 84 ± 6% para a dose de 0,6 mg/orelha. A análise histológica demonstrou redução na migração celular e edema, corroborando os resultados anteriores. Os dados obtidos sugerem que a inosina apresenta potencial anti-inflamatório quando aplicada topicamente, um efeito que pode estar relacionado com ativação de receptores para adenosina. Desta forma a inosina torna-se um novo alvo de estudo para inflamações cutâneas. Novos experimentos serão conduzidos para tentar esclarecer esta hipótese, bem como o papel da inosina na pele

    Investigação das atividades anti-inflamatória e antiproliferativa de porfirina catiônica

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    Orientador : Prof. Dr. Michel Fleith OtukiTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Defesa: Curitiba, 19/06/2015Inclui referências : f. 136-151Área de concentração: Insumos, medicamentos e correlatosResumo: A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, com características tanto imunológicas quanto hiperproliferativas. Os tratamentos tradicionais para essa doença apresentam algumas desvantagens, dentre elas falta de adesão e toxicidade. A terapia fotodinâmica (TFD) tem sido usada, cada vez mais, no tratamento de algumas doenças, inclusive cutâneas. Consiste na utilização de luz, oxigênio e um agente fotossensibilizador onde ocorre uma reação fotoquímica com o objetivo de causar destruição seletiva de um tecido. Nesse trabalho a porfirina Iodeto de 5,10 -difenil - 15, 20 (N-metilpiridino-4-il) porfirina (Di-cis-Py+) foi utilizada como fotossensibilizador e seus possíveis efeitos anti-inflamatório e antiproliferativo foram avaliados em modelos de inflamação cutânea. A aplicação tópica de Di-cis-Py+, quando fotoativada, reduziu significativamente o edema de orelha induzido pela aplicação de agentes flogísticos como óleo de cróton e TPA, bem como a migração leucocitária para o foco inflamatório. A atividade anti-inflamatória da Di-cis-Py+ também foi evidenciada pela redução das citocinas inflamatórias IL-6, IL1-? e TNF-? induzidas por ambos agentes flogísticos. Além do efeito anti-inflamatório, no modelo induzido por múltiplas aplicações de óleo de cróton, a Di-cis-Py+, quando fotoativada, levou à redução da hiperproliferação epidérmica, evidenciada através da inibição dos níveis e da expressão do marcador de proliferação PCNA. Também foi capaz de reduzir a viabilidade celular de queratinócitos humanos imortalizados (HaCaT). Seu efeito anti-inflamatório, porém, não ocorre através de receptores de glicocorticoide, uma vez que não houve a reversão do efeito da Di-cis-Py+, quando fotoativada, após o tratamento com o antagonista de receptores de glicocorticoide, mifepristona. Além disso, provavelmente, não ocorre sua absorção, ao contrário da dexametasona. Os resultados apresentados sugerem que a Di-cis-Py+, quando fotoativada , pode ser uma molécula com potencial para o desenvolvimento de um novo agente fotossensibilizador para o tratamento de doenças inflamatórias proliferativas cutâneas, apresentando vantagens por ser de aplicação tópica, não ocorrendo uma aparente fotossensibilidade, com efeitos similares aos da dexametasona, uma droga de primeira linha para o tratamento de doenças inflamatórias hiperproliferativa. Palavras-chave: Terapia Fotodinâmica, Porfirina, Inflamação, Hiperproliferação, Psoríase.Abstract: Psoriasis is a chronic inflammatory skin disease, with immunological and hyperproliferative characteristics. Traditional treatments for this disease present some disadvantages, as lack of adherence and toxicity. Photodynamic therapy (PDT) is getting more and more applied in the treatment of certain diseases, including skin ones. It consists in the use of light, oxygen and a photosensitizer agent in which a photochemical reaction occurs in order to cause a selective destruction of a tissue. In this work the porphyrin iodide 5, 10-diphenyl - 15 20 (N-methylpyridinium-4-yl) porphyrin (Di-cis-Py +) was applied as a photosensitizer; and their possible anti-inflammatory and antiproliferative effects were assessed in skin inflammation models. The topical application of Di-cis-Py+, when photoactivated, reduced significantly the ear edema induced by the application of phlogistic agents such as croton oil and TPA, as well the leukocyte migration into the inflammatory focus. The anti-inflammatory activity Di-cis-Py+, when photoactivated, was also noticed by the reduction of the inflammatory cytokines IL-6, IL1-? and TNF-? induced by both phlogistic agents. Besides the anti-inflammatory effect, in the model induced by multiple croton oil application, Di-cis-Py +, when photoactivated, led to a reduction of epidermal hyperproliferation, noticed by the inhibition of the levels and expression of the proliferation PCNA marker. It was also able to reduce the cell viability of human immortalized keratinocytes (HaCaT). Its anti-inflammatory effect, however, does not occur through glucocorticoid receptors, once there was no reversion of the Di-cis-Py+, when photoactivated, effect after the treatment with the antagonist of glucocorticoid receptors, mifepristone. Moreover, probably no absorption occurs, different from dexamethasone. The presented results suggest that Di-cis-Py +, when photoactivated, can be a molecule with potential for developing a new photosensitizing agent to treat proliferative inflammatory skin diseases, offering advantages for being topically applied, without an apparent photosensitivity, with similar dexamethasone effects, a high level drug for treating inflammatory hyperproliferative disease. Keywords: Photodynamic Therapy, Porphyrin, Inflammation, Hyperproliferation, Psoriasis

    Avaliação da atividade antiinflamatória tópica da Vernonia scorpioides (Lam) Persons em modelos de inflamação cutânea em camundongos

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    Orientadora: Daniela de Almeida CabriniCo-orientador: Michel Fleith OtukiDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. Defesa: Curitiba, 2008Inclui bibliografia e anexosResumo: A Vernonia scorpioides Lam. Persons (Asteraceae) é uma planta de ocorrência comum na mata atlântica do Brasil, sendo utilizada topicamente na medicina tradicional para tratar uma variedade de afecções cutâneas. Em sua composição fitoquímica estão presentes as lactonas sesquiterpênicas e flavonóides, nos quais já demonstraram atividade antiinflamatória em vários estudos. O presente estudo teve por objetivo a avaliação da atividade antiinflamatória tópica do extrato etanólico da Vernonia scorpioides (EEVS), bem como das frações e do composto isolado luteolina sobre os processos inflamatórios cutâneos agudos e crônicos, utilizando o modelo de edema de orelha em camundongos (Swiss fêmeas e machos, pesando entre 25 a 30 g) induzido pela aplicação tópica do 12-O-tetradecanoil forbol acetato (TPA), ácido araquidônico (AA), capsaicina, fenol, histamina, oxazolona e óleo de cróton. A aplicação tópica do EEVS inibiu o edema induzido pelo TPA de maneira dose-dependente, com uma DI50=0,31 (0,21-0,45) mg/orelha e Imax de 80±5% (1 mg/orelha). A infiltração de neutrófilos, através da avaliação da atividade da mieloperoxidase (MPO), também foi inibida (Imax = 77±8%, 1 mg/orelha) nesse modelo, sendo esses resultados confirmados na análise histológica. Todas as frações testadas (diclorometano, acetato, acetato enriquecido e hexano), assim como o composto isolado luteolina, promoveram um efeito anti-edematogênico (70±5%, 57±5%, 53±4%, 35±8% e 44±11%, respectivamente). Da mesma forma que o EEVS, a fração diclorometano e acetato também inibiram de maneira dose-dependente a formação do edema, bem como a atividade da MPO. O EEVS e a luteolina reduziram a formação de ROS em amostras de orelhas submetidas à aplicação do TPA. A aplicação tópica do EEVS no modelo do AA também resultou na redução do edema com uma DI50=0,68 (0,41-1,13) mg/orelha e Imax = 60±8% (1 mg/orelha). O EEVS aplicado topicamente foi capaz de alterar a formação do edema em outros modelos de inflamação cutânea aguda, como no modelo de edema de orelha induzido pela capsaicina (25±7%), fenol (88±6%) e histamina (25±7%). No modelo de hipersensibilidade tardia, o EEVS se mostrou efetivo já nas primeiras 24 h após o desafio com a oxazolona quando o tratamento foi realizado somente na fase efetora ou em ambas as fases (indução e efetora), com uma inibição de 63,4% e 42,9%, respectivamente, mantendo esse efeito até a última medida do edema (96 h). A atividade da MPO foi inibida de forma significativa pelo EEVS quando avaliada 24 h após a re-exposição à oxazolona (53±16%). No entanto, o EEVS não atuou sobre a proliferação dos linfócitos CD4 + e CD8 + presentes no linfonodo. No modelo de inflamação crônica da pele, o EEVS reduziu o edema e a hiperproliferação epidérmica após a aplicação repetida do óleo de cróton (inibição de 31 ± 2% no nono dia de tratamento). O EEVS também inibiu a atividade da MPO, porém não foi capaz de atuar sobre a atividade da n-acetil-ß-D glucosaminidase (NAG). Em conclusão, os resultados obtidos sugerem que o EEVS é efetivo na inibição de processos inflamatórios cutâneos agudos e crônicos, bem como na resposta inflamatória envolvida na reação de hipersensibilidade do tipo tardia, e que o efeito antiinflamatório do EEVS provavelmente resulta da ação sinérgica de vários compostos que promovem a redução da síntese de metabólitos do AA e a redução de ROS na derme. Assim, o presente trabalho valida o uso popular da V. scorpioides sobre processos inflamatórios cutâneos e introduz a V. scorpioides como uma planta de significativo interesse para o desenvolvimento de um novo antiinflamatório tópico.The Vernonia scorpioides Lam. (Asteraceae) Persons, is a native Brazilian medicinal plant commonly used topically in the folk medicine to treat some skin disorders, including chronic ulcers, allergies, irritations and pruritus. Some compounds as lactones sesquiterpenes and flavonoids are present in this specie and have been presenting antiinflammatory activities. The aim of the present study was to evaluate the topical antiinflammatory activity of Vernonia scorpioides in acute and chronic skin inflammation, using the mice ear oedema model (female and male Swiss, 25-30 g) induced by topical application of 12-O-tetradecanoilforbol acetate (TPA), arachidonic acid (AA), capsaicin, phenol, histamine, oxazolone and croton oil. The topical application of ethanolic extract of V. scorpioides (EEVS) caused a dose-related inhibition of oedema in TPA-induced ear oedema model, showing a DI50=0,31 (0,21-0,45) mg/ear and 80±5% of inhibition (1 mg/ear). The neutrophils infiltration, evaluated by myeloperoxidase (MPO) activity, also was inhibited in this acute model (Imax=77±8%, 1 mg/ear), confirmed by histological analysis. All the fractions tested, dichlorometane (DCM), acetate, enriched acetate and hexane, as well the isolated compound luteoline, promoted an anti-oedematogenic effect (70±5%, 57±5%, 53±4%, 35±8% e 44±11%, respectively). As shown by EEVS, the DCM and acetate fraction also promoted a dose-related inhibition of ear oedema and the MPO activity induced by TPA. The EEVS and luteoline reduced the ROS production in the ear treated with TPA. The topical application of EEVS also resulted in reduction of the AA-induced ear oedema [DI50=0,68 (0,41-1,13) mg/ear and Imax=60±8% (1 mg/ear)]. The EEVS applied topically was able to inhibit the oedema formation when it was caused by capsaicin, phenol and histamine (25±7%, 88±6% and 25±7%, respectively). In the delayed hypersensitivity model, the EEVS showed to be effective in the first 24 h after the challenge with oxazolone when the treatment occurred in the effector phase or both phases (induction and effector), with an inhibition of 63,4% and 42, 9%, respectively, sustaining this effect until the last measurement (96 h). The MPO activity was inhibited by EEVS when it was evaluated 24 h after the challenge with oxazolone (53±16%). However, EEVS did not show any effect on lymphocytes CD4 + and CD8 + proliferation in the lymphonode. In the inflammation chronic model, the EEVS reduced the oedema formation and the epidermal hiperproliferation (inhibition of 31 ± 2% in day 9). The EEVS also inhibited the MPO activity, but it was not able to reduce the n-acetil-â-D glucosaminidase activity (NAG). In conclusion, these results taken together suggest that EEVS is effective to inhibit acute and chronic inflammatory responses of skin, as well as the inflammatory process involved in delayed hypersensitivity reaction and suggests that the V. scorpioides mechanism of action results from a synergic action of several compounds that probably promotes de synthesis reduction of AA metabolites and reduction of ROS. Thus, it validates the traditional use of V. scorpioides as a medicinal plant and introduces this plant as interesting to the development of a new topical anti-inflammatory

    Garcinia Gardneriana (Planchon e Triana) Zappi como alternativa de anti-inflamatório tópico para o tratamento de doenças da pele

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    Resumo: A Garcinia gardneriana (Cluseacea) e uma planta nativa do interior da Mata Atlantica, facilmente encontrada na beira de rios e corregos. E conhecida popularmente como ¡§bacupari¡¨, ¡§bacopari¡¨, ¡§bacupari miudo¡¨ ou ¡§mangostao amarelo¡¨, sendo utilizada na medicina tradicional para infeccoes, dor e diversos tipos de inflamacao. Em sua composicao fitoquimica estao presentes as xantonas, esteroides, triterpenos e biflavonoides, os quais ja demonstraram atividade antiinflamatoria em estudos previos. O presente estudo teve por objetivo a avaliacao da atividade antiinflamatoria topica do extrato hidroalcoolico da Garcinia gardneriana (EHGG) bem como dos biflavonoides fukugetin e GB-2a sobre processos inflamatorios cutaneos agudos. Para tal, foi realizado modelo de edema de orelha em camundongos (Swiss femeas, pesando entre 25 a 30 g) induzido pela aplicacao topica do oleo de croton, acido araquidonico (AA), capsaicina ou fenol. Primeiramente, os EHGG das folhas, casca ou sementes foram avaliados no edema de orelha induzido pela aplicacao topica de oleo de croton. O extrato das folhas foi capaz de reduzir o edema de modo dependente da dose (70 „b 3 % de inibicao e DI50 0,033 mg/orelha), enquanto os extratos das sementes (51 ¡Ó 5 % de inibicao) e da casca (60 „b 12 % de inibicao) mostraram-se menos efetivos nas doses de 0,1 e 1 mg/orelha, respectivamente. Na avaliacao tempo-resposta, o EHGG das folhas (1 mg/orelha) foi significativamente eficaz quando aplicado 1 h antes ate 2 h apos a inducao do edema com oleo de croton, apresentando maior eficacia quando aplicado junto ao agente flogistico (83 ¡Ó 7% de inibicao). A infiltracao de neutrofilos, avaliada atraves da atividade da mieloperoxidase (MPO), tambem foi reduzida pela aplicacao topica do EHGG das folhas em 64¡Ó13%, confirmado atraves de analise histologica. Resultados similares foram observados com fukugetin e GB-2a, os quais foram capazes de reduzir significativamente o edema de orelha do oleo de croton com DI50 de 0,18 (0,10¡V0,28) e 0,22 (0,15¡V0,31) mg/orelha e com inibicao de 71 ¡Ó 4% e 58 ¡Ó 6%, respectivamente, na dose de 0,3 mg/orelha. Alem disso, a aplicacao topica do fukugetin (0,1 mg/orelha) e do GB-2a (0,3 mg/orelha) inibiu a atividade da MPO em 52 ¡Ó 6% e 64 ¡Ó 5%, respectivamente. O EHGG das folhas e os 2 biflavonoides foram capazes de reduzir consideravelmente a producao de Especies Reativas de Oxigenio (ERO) na pele causada pela aplicacao do oleo de croton, com inibicao de 52 ¡Ó 15%, 63 ¡Ó 17 e 83 ¡Ó 4%, respectivamente. No ensaio de DPPH (2, 2-difenil-1-pricrihidrazil), o EHGG e os dois compostos reduziram a formacao de radicais livres de modo dependente da concentracao. O EHGG das folhas, aplicado topicamente, foi capaz de alterar a formacao do edema em outros modelos de inflamacao cutanea aguda. O edema de orelha causado pelo AA foi reduzido 57¡Ó10% (0,03 mg/orelha) e o causado pelo fenol em 81¡Ó6% (1 mg/orelha) pelo tratamento com EHGG. No entanto o extrato nao interferiu no edema induzido pela capsaicina. Portanto, o presente trabalho demonstra a eficacia da G. gardneriana, principalmente das folhas, e justifica seu uso popular em processos inflamatorios cutaneos. Alem disso, a eficacia anti-inflamatoria topica da G. gardneriana pode envolver a reducao de mediadores inflamatorios causadores de edema e migracao leucocitaria e sequestrando radicais livres, podendo introduzir esta como uma planta de significativo interesse para o desenvolvimento de um novo anti-inflamatorio topico

    Atividade anti-inflamatória tópica de Vochysia bifalcata Warm.

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    Resumo: Vochysia bifalcata é uma árvore brasileira nativa, abundantemente encontrada no litoral do Paraná, onde tem forte valor socioeconômico, uma vez que é uma espécie utilizada para reflorestamento além de sua madeira ter grande valor na marcenaria regional. Apesar de outras plantas do gênero Vochysia demonstrarem atividade biológica, não existem dados a respeito de V. bifalcata. Assim, nesse trabalho, o extrato hidroalcoólico das folhas da V. bifalcata (EHVB) foi avaliado em modelos de inflamação cutânea, no intuito de considerar as folhas dessa árvore como uma potencial fonte de extração de droga vegetal para o desenvolvimento de um fitoterápico. A aplicação tópica do EHVB reduziu significativamente o edema de orelha induzido pela aplicação dos agentes flogísticos óleo de cróton, TPA e fenol. Além disso, o extrato foi capaz de reduzir a migração leucocitária para o foco inflamatório tanto no modelo de inflamação cutânea aguda quanto no crônico. A atividade anti-inflamatória do extrato foi também evidenciada pela redução dos níveis teciduais das citocinas inflamatórias TNF-? e IL-6 induzidas pela aplicação tópica de TPA. Além do efeito anti-inflamatório, no modelo de inflamação crônica o EHVB promoveu redução da hiperproliferação epidérmica com inibição da expressão do marcador de proliferação PCNA. Entretanto, o EHVB não foi capaz de inibir a proliferação de queratinócitos in vitro nem ao menos alterar a expressão do marcador de proliferação Ki-67, sugerindo que a atividade antiproliferativa, seja provavelmente derivada do efeito anti-inflamatório do EHVB. A investigação de um possível mecanismo de ação demonstrou que o EHVB atua através de receptores de glicocorticoides, o que foi evidenciado pela reversão do efeito do EHVB através do antagonista de receptores de glicocorticoide, mifepristona e também através do ensaio de ligação específica da [3H]-dexametasona. Apesar de exibir um efeito antiinflamatório do tipo glicocorticoide o EHVB não promoveu o aparecimento de efeitos adversos quando aplicado por via tópica, ao contrário da dexametasona, a qual promoveu, atrofia cutânea, diminuição no peso da adrenal, timo e baço e ainda atraso no processo cicatricial da pele. Os resultados demonstrados sugerem que as folhas de V. bifalcata tem um grande potencial como fonte de desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos com atividade anti-inflamatória e antiproliferativa. Ainda, o uso racional dessa planta na indústria farmacêutica agrega valor considerável a essa espécie de grande importância econômica, social e ecológica

    Topical antiinflammatory activity and chemical composition of the epicuticular wax from the leaves of Eugenia beaurepaireana (Myrtaceae)

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    In order to verify the topical antiinflammatory effect of epicuticular wax from leaves of Eugenia beaurepaireana, it was tested in mice croton oil-induced inflammation. Our findings show that topical application of Eugenia beaurepaireana epicuticular wax was significantly active in inhibiting both oedema (Inhibitory dose 50 % (ID50) = 0.31 (0.26 - 0.39) mg.ear -1, inhibition = 79 ± 6 %) and tissue myeloperoxidase activity (indicative of polymorphonuclear leukocytes influx) (ID50 =0.34 (0.20 - 0.41) mg.ear -1, inhibition = 77 ± 4 %) in mice ear treated with croton oil. Two main compounds were detected on epicuticular wax of E. beaurepaireana. These compounds were identified as α- and β-amyrin by flame ionization detection (GC-FID) and spectroscopic methods (IR, NMR ¹H and 13C). In conclusion, the results indicate a topical antiinflammatory activity for the Eugenia specie studied and, that, at least in part, α- and β-amyrin are responsible for this activity.A atividade antiinflamatória tópica da cera epicuticular das folhas de Eugenia beaurepaireana foi avaliada pelo modelo do edema de orelha induzido pelo óleo de cróton em camundongos. Os resultados do estudo mostram que a aplicação tópica da cera epicuticular de Eugenia beaurepaireana inibiu significativamente a formação do edema (Dose inibitória 50 % (DI50) = 0,31 (0,26 - 0,39) mg.orelha-1, inibição = 79 ± 6 %) e a atividade da mieloperoxidase tissular (indicativo do influxo de leucócitos polimorfonucleares) (DI50 =0,34 (0,20 - 0,41) mg.orelha-1, inibição = 77 ± 4 %) em camundongos tratados com o óleo de cróton. Dois compostos majoritários foram detectados e isolados da cera epicuticular de E. beaurepaireana. Estes compostos foram identificados como os triterpenos α-amirina e β-amirina, através de técnicas cromatográficas (CG-FID) e espectroscópicas (IV, RMN ¹H e 13C). Em conclusão, os resultados indicam que a espécie E. beaurepaireana apresenta um efeito antiinflamatório tópico relevante, sendo os compostos α-amirina e β-amirina responsáveis, pelo menos em parte, por esta atividade
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