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RAÇA/COR E RIGIDEZ ARTERIAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE UMA POPULAÇÃO URBANA BRASILEIRA
A rigidez aumentada de grandes artérias é um importante
contribuinte para o aumento do risco cardiovascular. Maior rigidez arterial medida pela velocidade da onda de pulso carotídeo-femoral (VOP-cf) tem sido observada em afro-americanos comparados com indivíduos brancos. Estudos relatando diferenças atribuídas à raça/cor na VOP-cf entre crianças e adolescentes são escassos. Objetivo: Analisar a associação entre raça/cor e rigidez arterial em crianças e adolescentes brasileiros de acordo com o estágio puberal. Métodos: Foram incluídas 771 crianças e adolescentes (211 negros e 560 não negros, 11,3 ± 2,7 anos). A rigidez arterial foi avaliada pela medida da
VOP-cf e a hemodinâmica central pela tonometria de aplanação da artéria radial. A classificação de raça/cor foi obtida levando em conta os fenótipos como cor de pele, estrutura do cabelo e traços faciais. A escala de Tanner foi usada para definir os estágios puberais. Resultados: A pressão periférica foi semelhante entre negros e não negros em todos os estágios puberais, assim como a pressão arterial central, o augmentation index corrigido pela frequência cardíaca (Aix@75) e seus determinantes, o tempo para a inflexão da onda de pressão (Tr) e a duração da ejeção (DE). Por outro lado, a VOP-cf foi maior em
negros do que em não negros púberes (5,9 ± 0,7 vs. 5,6 ± 0,8 m/s, P< 0,001) e pós-púberes (6,1 ± 0,7 vs. 5,7 ± 0,7 m/s, P= 0,042), mesmo após o ajuste para idade, pressão arterial média (PAM), sexo, altura, IMC e FC. Não foi detectada diferença na VOP-cf entre os grupos de raça/cor nos pré-púberes. Conclusão: Este estudo mostrou que a maior VOP-cf em negros aparece no início da adolescência, e é independente da pressão arterial. Este achado sugere que a adolescência é um período crítico para o surgimento do perfil vascular de adultos de raça/cor negra
Diferença na resposta da frequência cardíaca no início do exercício dinâmico entre corredores de endurance e praticantes de exercício resistido intenso
Introdução: Existem claras distinções entre a corrida de endurance e os exercícios resistidos intensos. Enquanto o treinamento com corrida de endurance envolve sobrecarga de volume cardiovascular, o treinamento com exercícios resistidos intensos envolve sobrecarga de pressão. Ambos os tipos de sobrecarga produzem adaptações estruturais e funcionais sobre o coração e vasos sanguíneos. As adaptações autonômicas cardíacas em corredores de endurance (CE) e praticantes de exercício resistido intenso (ERI) têm sido investigadas com a variabilidade da freqüência cardíaca (VFC). A rápida resposta de elevação da freqüência cardíaca (FC) no início do exercício muscular pode ser um marcador da integridade do controle autonômico sobre a função cardíaca. A aceleração cardíaca no início do exercício dinâmico não tem sido utilizada na comparação entre CE e ERI. Objetivos: Medir os índices no domínio do tempo e da freqüência da VFC e o Índice Cárdio-Vagal (ICV) em CE, ERI, e sedentários saudáveis. Métodos: CE (n= 21), ERI (n= 19) e um grupo controle saudável (CON; n= 30), foram selecionados como um subgrupo do banco de dados do estudo ESCHOT. Índices da VFC no domínio do tempo e da freqüência foram utilizados como parâmetros do controle vagal sobre a FC, e o ICV, derivado do teste de exercício de quatro segundos (T4s), foi utilizado como indicador da magnitude da resposta autonômica a um estresse fisiológico. Resultados: A bradicardia de repouso foi maior em CE do que em ERI (CE: 55 ± 8 bpm; ERI: 61 ± 9 bpm, P<0.05); o ICV não diferiu entre os grupos (CE: 1.28 ± 0.15; ERI: 1.33 ± 0.16; CON: 1.28 ± 0.14, P=0.49); a FC atingida em quatro segundos de exercício foi mais baixa em CE do que nos outros dois grupos (CE: 73 ± 13 bpm; ERI: 85 ± 15 bpm; CON: 93 ± 11 bpm, P<0.05), mas o percentual de aumento da FC com o exercício foi igual entre os grupos; o componente HF da VFC, indicador do controle vagal sobre a FC, foi maior em CE comparado com ERI e (CE: 28.22; ERI: 8.85; COM: 11.40, P<0.05). Conclusão: O maior tônus vagal cardíaco encontrado em CE não está associado ao ICV. O valor do ICV não parece indicar o tônus vagal, mas a freqüência cardíaca em quatro segundos pode fornecer uma informação útil sobre as adaptações na FC intrínseca e no controle autonômico cardíaco com a corrida de endurance em longo prazo.
Palavras-chave: Corredores de endurance; Praticantes de exercício resistido intenso; Elevação da frequência cardíaca no início do exercício
Static cut-points of hypertension and increased arterial stiffness in children and adolescents: The International Childhood Vascular Function Evaluation Consortium
Pediatric elevated blood pressure (BP) and hypertension are usually defined using traditional BP tables at the 90th and 95th percentiles, respectively, based on sex, age, and height, which are cumbersome to use in clinical practice. The authors aimed to assess the performance of the static cut-points (120/80 mm Hg and 130/80 mm Hg for defining elevated BP and hypertension for adolescents, respectively; and 110/70 mm Hg and 120/80 mm Hg for children, respectively) in predicting increased arterial stiffness. Using data from five population-based cross-sectional studies conducted in Brazil, China, Korea, and New Zealand, a total of 2546 children and adolescents aged 6-17 years were included. Increased arterial stiffness was defined as pulse wave velocity >= sex-specific, age-specific, and study population-specific 90th percentile. Compared to youth with normal BP, those with hypertension defined using the 2017 American Academy of Pediatrics guideline (hereafter referred to as "percentile-based cut-points") and the static cut-points were at similar risk of increased arterial stiffness, with odds ratios and 95% confidence intervals of 2.35 (1.74-3.17) and 3.07 (2.20-4.28), respectively. Area under the receiver operating characteristic curve and net reclassification improvement methods confirmed the similar performance of static cut-points and percentile-based cut-points (P for difference > .05). In conclusion, the static cut-points performed similarly well when compared with the percentile-based cut-points in predicting childhood increased arterial stiffness. Use of static cut-points to define hypertension in childhood might simplify identification of children with abnormal BP in clinical practice
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Establishing international optimal cut-offs of waist-to-height ratio for predicting cardiometabolic risk in children and adolescents aged 6-18 years.
BACKGROUND: Waist-to-height ratio (WHtR) has been proposed as a simple and effective screening tool for assessing central obesity and cardiometabolic risk in both adult and pediatric populations. However, evidence suggests that the use of a uniform WHtR cut-off of 0.50 may not be universally optimal for pediatric populations globally. We aimed to determine the optimal cut-offs of WHtR in children and adolescents with increased cardiometabolic risk across different countries worldwide. METHODS: We used ten population-based cross-sectional data on 24,605 children and adolescents aged 6-18 years from Brazil, China, Greece, Iran, Italy, Korea, South Africa, Spain, the UK, and the USA for establishing optimal WHtR cut-offs. We performed an external independent test (9,619 children and adolescents aged 6-18 years who came from other six countries) to validate the optimal WHtR cut-offs based on the predicting performance for at least two or three cardiometabolic risk factors. RESULTS: Based on receiver operator characteristic curve analyses of various WHtR cut-offs to discriminate those with ≥ 2 cardiometabolic risk factors, the relatively optimal percentile cut-offs of WHtR in the normal weight subsample population in each country did not always coincide with a single fixed percentile, but varied from the 75th to 95th percentiles across the ten countries. However, these relatively optimal percentile values tended to cluster irrespective of sex, metabolic syndrome (MetS) criteria used, and WC measurement position. In general, using ≥ 2 cardiometabolic risk factors as the predictive outcome, the relatively optimal WHtR cut-off was around 0.50 in European and the US youths but was lower, around 0.46, in Asian, African, and South American youths. Secondary analyses that directly tested WHtR values ranging from 0.42 to 0.56 at 0.01 increments largely confirmed the results of the main analyses. In addition, the proposed cut-offs of 0.50 and 0.46 for two specific pediatric populations, respectively, showed a good performance in predicting ≥ 2 or ≥ 3 cardiometabolic risk factors in external independent test populations from six countries (Brazil, China, Germany, Italy, Korea, and the USA). CONCLUSIONS: The proposed international WHtR cut-offs are easy and useful to identify central obesity and cardiometabolic risk in children and adolescents globally, thus allowing international comparison across populations
Static cut-points of hypertension and increased arterial stiffness in children and adolescents: The International Childhood Vascular Function Evaluation Consortium
Pediatric elevated blood pressure (BP) and hypertension are usually defined using traditional BP tables at the 90th and 95th percentiles, respectively, based on sex, age, and height, which are cumbersome to use in clinical practice. The authors aimed to assess the performance of the static cut-points (120/80 mm Hg and 130/80 mm Hg for defining elevated BP and hypertension for adolescents, respectively; and 110/70 mm Hg and 120/80 mm Hg for children, respectively) in predicting increased arterial stiffness. Using data from five population-based cross-sectional studies conducted in Brazil, China, Korea, and New Zealand, a total of 2546 children and adolescents aged 6-17 years were included. Increased arterial stiffness was defined as pulse wave velocity ≥sex-specific, age-specific, and study population-specific 90th percentile. Compared to youth with normal BP, those with hypertension defined using the 2017 American Academy of Pediatrics guideline (hereafter referred to as "percentile-based cut-points") and the static cut-points were at similar risk of increased arterial stiffness, with odds ratios and 95% confidence intervals of 2.35 (1.74-3.17) and 3.07 (2.20-4.28), respectively. Area under the receiver operating characteristic curve and net reclassification improvement methods confirmed the similar performance of static cut-points and percentile-based cut-points (P for difference > .05). In conclusion, the static cut-points performed similarly well when compared with the percentile-based cut-points in predicting childhood increased arterial stiffness. Use of static cut-points to define hypertension in childhood might simplify identification of children with abnormal BP in clinical practice