2 research outputs found

    Percepções de estudantes de medicina sobre o ensino da epidemiologia na graduação

    Get PDF
    Introdução: É de fundamental importância garantir que as futuras ações em saúde coletiva sejam embasadas epidemiologicamente a fim de garantir embasamento científico no processo de promoção da saúde. Para isso, o ensino de epidemiologia na graduação em medicina vem cada vez mais sendo valorizado e explorado nas escolas médicas. Assim, o presente projeto buscou analisar as percepções dos discentes da escola de medicina de Jataí da Universidade Federal de Goiás, sobre o uso e importância da epidemiologia. Objetivos: Descrever a percepção dos estudantes de Medicina de Jataí da Universidade Federal de Goiás sobre o ensino, importância e aplicabilidade da epidemiologia na graduação. Material e método: Trata-se de um estudo descritivo, transversal de abordagem quantitativa. Foram aplicados 200 questionários com escala Likert em 2017. O questionário foi elaborado com três categorias: aprendizado, percepção sobre o ensino da epidemiologia e valorização da epidemiologia. Resultados: No aspecto do aprendizado, os alunos demonstraram certa autoconfiança sobre o conceito de epidemiologia, mas quando perguntados se concordavam com o conceito exposto, a resposta foi significativamente maior, ao serem questionados se entendiam os vieses e os tipos de estudos epidemiológicos, observou-se que a maioria não apresentou concordância. Ademais, no que tange ao ensino da epidemiologia durante a graduação, os estudantes não consideram essa área de fácil compreensão; a devolutiva acerca das aulas foi relativamente boa, tendo classificado-as como claras e coesas; os graduandos de medicina acreditam que epidemiologia é uma área interessante e digna de atenção, inclusive reconhecem que tornam-se mais engajados no campo epidemiológico com o decorrer da graduação. Além disso, dentro do campo científico, os graduandos responderam que a epidemiologia é de fundamental importância para garantir o conhecimento das bases e da metodologia cientifica. Acreditam que essa disciplina é uma grande aliada para realizar uma analise criticados textos de natureza científica, porém quando questionados se haviam se tornado mais engajados com a leitura científica com o decorrer das aulas, apresentaram-se indiferentes. Por fim, no que diz respeito à valorização da epidemiologia pelos graduandos, muitos classificaram a carga horária de epidemiologia ofertada no curso como insuficiente. Os estudantes acreditam essa disciplina é importante dentro da área da saúde e que ela serve para embasar o pensamento e a ação na área médica. Todavia, quando questionados se a epidemiologia deveria ser apresentada em todos os anos da graduação médica, os alunos demonstraram certo descontentamento e poucos pretendem seguir carreira nessa área, mesmo tendo sido classificada como interessante e digna de atenção durante a formação médica, como supracitado. Conclusão: A análise dos dados permite inferir que esses futuros médicos possuem o conceito de epidemiologia enraizado neles. Ademais, os graduandos compreendem a importância desse campo cientifico para a área da saúde e valorizam a epidemiologia durante a graduação. Diante da informação que poucos pretendem seguir os estudos no campo da Epidemiologia após a graduação, uma abordagem inovadora em sala de aula é bem vinda para despertar maior interesse dos egressos na área da saúde pública

    Hábitos alimentares de estudantes de uma universidade pública no sudoeste goiano – um estudo transversal / Eating habits of students at a public university in southwestern Goiania - a cross-sectional study

    Get PDF
    Introdução A alimentação contemporânea passa por um momento de transição, no qual a mudança no estilo de vida induz cada vez mais escolhas de baixo valor nutricional. No grupo dos estudantes universitários, essa realidade mostra-se intensificada, na medida em que diversos fatores relacionados à vida acadêmica impõem um ritmo alimentar pautado em alimentos hipercalóricos e de baixo teor nutritivo. Objetivos Descrever o panorama epidemiológico acerca dos hábitos alimentares de estudantes da Universidade Federal de Jataí (UFJ) por meio da análise e interpretação de dados coletados. Material e Métodos Elaboração de um questionário por meio da plataforma "Google formulários", contendo 24 perguntas a respeito dos hábitos alimentares de estudantes da UFJ, com divulgação por meio de redes sociais e análise das respostas por planilha na plataforma Excel. Resultados Foram obtidas 277 respostas, com uma presença majoritária (71,8%) de público feminino, com faixa etária predominante de 17 a 41 anos. A maior quantidade de entrevistados foi proveniente de cursos das áreas de Ciências da Saúde e Ciências Agrárias, sendo que todos os alunos responderam a questões sobre sua procedência, composição do núcleo de moradia, número de refeições diárias, frequência e composição do café da manhã, local de almoço, jantar e lanches, grupos alimentares consumidos frequentemente, uso de serviços de entrega de comida, alterações de peso, realização de atividade física, horas de sono diárias, uso de bebida alcoólica, consumo de café e ingesta de água. Discussões Entre as 277 respostas obtidas, as variáveis “sexo” e “áreas dos cursos” não apresentaram significado expressivo no contexto da pesquisa, tendo em vista aspectos da própria universidade e a influência de proximidade entre cursos específicos e o curso dos pesquisadores. Quanto à procedência dos discentes, a quantidade expressiva de alunos procedentes de outros municípios (72,6%) justifica-se pelo sistema atual de ingresso em universidades públicas no país. Em relação ao aspecto alimentar, o café da manhã mostrou-se uma refeição negligenciada em parte (44,4%) ou totalmente (13,7%) pelos participantes, sendo que, quando realizada, vai de encontro às indicações nutricionais do Ministério da Saúde, prevalecendo alimentos de baixo valor nutritivo. O distanciamento do câmpus universitário em relação à cidade somado ao predomínio de período integral da maioria dos cursos corrobora para grande número de estudantes que almoçam no restaurante universitário (73,6%) e jantam em casa (71,5%). Consequentemente, o cardápio nutricionalmente equilibrado oferecido no restaurante universitário corrobora para a alta ingesta de frutas, verduras e legumes (76,9%) referida na pesquisa. Contudo, ainda é crítico o frequente consumo de alimentos altamente calóricos e não saudáveis, como refrigerantes (30,3%) e bolachas (26,7%), por exemplo. Ademais, pode-se inferir certa influência do perfil alimentar dos universitários, atrelada a não prática de atividade física regular (53,1%) e restrição de horas de sono, com aumento de peso ao longo da graduação (52%). Conclusão Observa-se um cenário de alimentação inadequada por grande parte dos estudantes universitários, evidenciado por fatores como ausência de café da manhã, alto consumo de alimentos hipercalóricos ao longo do dia, baixa ingesta de frutas, entre outros. Tal comportamento está diretamente relacionado à grande porcentagem de ganho de peso relatada na pesquisa, e serve de alerta para autoridades da universidade e para os próprios alunos a respeito da necessidade de se implementarem hábitos alimentares mais saudáveis
    corecore