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    The courage of truth and ethics of intellectual Michel Foucault

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    Orientador: Luzia Margareth RagoTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências HumanasResumo: A tese parte do interesse de Michel Foucault pela questão da parrhesía na cultura antiga e das suas reflexões sobre a construção ética do indivíduo. Essa problematização integra os últimos estudos do filósofo, dentre os anos de 1982-1984, dedicados a trabalhar a ética, as estéticas da existência e o cuidado de si no mundo greco-romano. Ela também se insere nas suas reflexões sobre uma "ontologia histórica de nós mesmos", a partir de uma crítica histórica que tem por objetivo libertar e ultrapassar as condições existentes da atualidade. Sublinho, nesse sentido, a mudança que o pensamento de Foucault sofre entre o final da década de 1970 e o início de 1980, especialmente com relação à problemática da verdade. Ao privilegiar a noção antiga de coragem da verdade, ele tenta escapar dos modos predominantes de entendê-la na modernidade, que estão vinculados ao cristianismo e à ciência moderna. Dentro desse contexto, a volta à Antiguidade, pelo estudo da parrhesía socrática e cínica, por exemplo, possibilita a Foucault questionar a figura do "intelectual universal" dominante nos séculos XIX e XX e propor, por meio da figura do "intelectual específico", uma nova relação entre a verdade, a política e a produção do conhecimento. O estudo do GIP (Grupo de Informações sobre as Prisões) mostrou a especificidade da militância do próprio Foucault, ao problematizar a figura do intelectual como o guia das massas, a relação entre teoria e prática, a partilha entre proletariado e lúmpen-proletariado, a noção de autocrítica, etc. Dentre o pensamento e a experiência de Foucault, emerge uma ética do intelectual comprometida com a recusa da individualização e da sujeição promovidas pelo Estado moderno e com a tarefa urgente de elaborar, em sua atualidade, uma ética que aposta na criação de novos modos de viverAbstract: This thesis handles the interest of Michel Foucault in the question of parrhesia in the ancient culture as well as his reflections on the ethical construction of the individual. This problematization integrates the philosopher's late studies, from 1982 to 1984, dedicated to working on the ethics, the aesthetics of existence and the care of the self in the Greco- Roman world. It is also inserted in his considerations on a "historical ontology of ourselves", based on a historical critique that aims at releasing and surpassing the existing conditions of the present time. The change in Foucault's mind between the late 1970 and early 1980, especially in what concerned the problem of the truth, is then highlighted. When favoring the ancient idea of courage of the truth, he tries to escape from the predominant ways to understand the truth in the modernity, which are connected with the christianity and the modern science. In this context, the return to Antiquity through the studies of the Socratic and Cynic parrhesia, for instance, allows Foucault to question the figure of the "universal intellectual" dominant over the nineteenth and twentieth century's and propose, via the figure of the "specific intellectual", a new relation among the truth, the politics and the production of knowledge. The study of GIP (Information Group on Prisons) showed the peculiarity of Foucault's own activism, as it problematized the figure of the intellectual as the guide of the masses, the relation between theory and practice, the distinction between proletariat and the lunpemproletariat, the notion of self-criticism, etc. From among Foucault's thought and experience, it is seen the emergence of the ethics of the intellectual committed to the refusal of the individualization and subjection promoted by the modern State and who urgently aims at creating in his time ethics that invest in the creation of new ways to liveDoutoradoHistoria CulturalDoutor em Históri
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