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    Processionary (Thaumetopoea Pityocampa Schiff) Induced Ocular Lesions: Case Reports

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    A Processionária (Thaumetopoea pityocampa Schiff ), vulgarmente conhecida como “lagarta do pinheiro” é um inseto dos pinheiros e cedros, endêmico em meios rurais mas também em meios urbanos. A toxicidade ocular, rara nas últimas décadas pelo desenvolvimento de métodos de erradicação eficazes, é provocada pelos seus pelos e prevê-se mais frequente com o recrudescimento deste inseto. Revemos a epidemiologia da Processionária e as suas lesões oculares a partir de 3 casos clínicos. Caso 1: Doente de 64 anos recorre ao Serviço de Urgência (SU) com olho direito vermelho e sensação de corpo estranho após prática de jardinagem. A observação revela AVODc: 0,5, erosão epitelial, presença de um filamento no estroma corneano profundo, flare (++) e Tyndall (+++). Caso 2: Doente de 28 anos, recorre ao SU por dor intensa no olho direito acompanhada de hiperemia após contato com lagarta. Apresenta AVODc: 0,6 e Tyndall (+++) com presença de múltiplos filamentos (mais de 20) a diferentes profundidades da córnea. Caso 3: Doente de 26 anos, recorre ao SU por sensação de corpo estranho e lacrimejamento constante no olho direito, após realizar exercícios militares num parque urbano. Apresenta AVODc: 0,3, múltiplas erosões epiteliais puntiformes na metade nasal da córnea que recobriam filamentos de cor laranja e Tyndall (+). Foi instituída terapêutica com corticoide tópico e vigilância sintomática a cada um dos casos. A patologia ocular por Processionária decorre da toxicidade dos seus pelos, cuja migração ocorre preponderantemente no sentido intraocular. Inclui por isso lesões precoces (conjuntivite, queratite e uveíte) e tardias (catarata, pars planite, vitreíte e retinite). Os casos apresentados possuíam lesões iniciais, tendo recuperado totalmente do quadro inflamatório após seis meses mas mantendo os pelos inativos no estroma corneano. A gravidade destes casos prende-se à possibilidade de migração intraocular, que pode ocorrer anos após o episódio inicial, obrigando a uma vigilância ao longo da vida. Conclusão: O recrudescimento da Processionária, tanto em meios rurais como urbanos,justifica o conhecimento das lesões oculares que pode causar e o seu tratamento

    Excisão de Pterígio Primário com Autotransplante Conjuntival e Cola Biológica

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    Introdução: O Pterígio é uma patologia frequente e o seu tratamento cirúrgico é consensualmente aceite. Diferentes opções cirúrgicas e variantes estão descritas: enquanto alguns métodos caíram em desuso pela sua elevada taxa de recidiva, outros foram abandonadas pelos seus custos e complicações associados. A realização de autotransplante conjuntival tornou-se a técnica de eleição e o recurso a cola biológica tornou o procedimento mais fácil e rápido. Apresentamos a nossa experiência com esta técnica e reportamos as vantagens da utilização de cola biológica num estudo prospectivo a 5 anos. Material e métodos: 101 casos de 92 doentes com pterígio primário foram submetidos a autotransplante conjuntival (e limbar se área limbar envolvida superior a 6mm) com recurso a cola biológica de fibrina (Tissucol® / Tisseellyo®) - 94 casos, ou polímero de polietileno glicol (PEG; Ocuseal®) - 7 casos. Objectivo: primário- determinar a taxa de recidiva por tempo de tratamento. Secundários- identificar perda de retalho, retracção conjuntival, complicações cirúrgicas e reacções adversas ao uso de cola biológica. Resultados: A taxa de recidiva foi de 6% (4% no primeiro ano pós-cirurgia). A taxa de perda de retalho foi de 2%, de retracção conjuntival de 17%. Não se observaram complicações cirúrgicas graves nem reacções adversas ao uso de cola biológica. Num caso verificou-se hemorragia conjuntival. Conclusões: A cirurgia de pterígio com autotransplante conjuntival e uso de cola biológica é um procedimento seguro, eficaz e com baixa taxa de recidiva

    Anéis de Ferrara: - 4 Anos Depois

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    Os anéis intraestromais, nomeadamente o anel de Ferrara, constitui uma importante opção terapêutica das doenças ectásicas da córnea, de origem não inflamatória como o Queratocone. Os autores analisaram os primeiros 30 casos operados no Serviço de Oftalmologia do CHLC relativamente à eficácia, estabilidade e segurança deste procedimento ao longo dos 4 anos. Verificaram estabilidade refractiva, diminuição queratométrica e do equivalente esférico e boa tolerância ao material implantado. Os autores concluem que esta opção terapêutica para o queratocone é segura, reversível, com resultados estáveis que permitem adiar ou evitar a queratoplastia

    Avaliação do Conhecimento sobre a sua Doença em Doentes com Glaucoma seguidos na Consulta de Especialidade de um Hospital Central

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    Objectivo: Avaliar e comparar com a população geral o nível de conhecimento sobre a doença e o seu tratamento em doentes com glaucoma. Doentes e Métodos: Noventa doentes com glaucoma e 90 doentes sem glaucoma foram entrevistados no departamento de glaucoma e de consulta geral do Centro Hospitalar de Lisboa Central. Foi solicitado o preenchimento de um questionário validado sobre a doença e o seu tratamento. Foram registados dados demográficos. Resultados: Dezoito porcento e 51% dos doentes,respectivamente, com glaucoma e controlo, desconheciam a doença. Em 6 das 22 perguntas, mais de 50% dos doentes responderam acertadamente. Em 16 perguntas o número de respostas correctas dos doentes foi inferior a 50%. Os doentes com glaucoma têm um nível de conhecimentos superior (p=7,9x10-6) ao grupo controlo. O nível de conhecimento é maior quanto maior a duração da doença (p=0,03) e o nível de escolaridade (p=0,0065). Comentários: Os doentes com glaucoma têm um nível de conhecimentos sobre a sua doença superior ao grupo controlo, não obstante ambos os grupos terem um conhecimento insuficiente. Devem ser tomadas medidas de prevenção primária e secundária, com recurso a material educacional, com o objectivo de melhorar os conhecimentos dos doentes e consequentemente a compliance

    Miopia Patológica - Novos Conceitos e Achados OCT

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    A miopia patológica é uma causa importante de cegueira, com prevalência crescente nos países desenvolvidos e em idades progressivamente mais jovens. É-lhe tradicionalmente atribuída uma forte componente genética, reconhecendo-se hoje fatores ambientais que podem limitar a sua progressão. Embora em muitos casos o agravamento da acuidade visual fosse atribuído à presença de neovascularização coroideia, descolamento de retina ou desenvolvimento de buraco macular, noutros esta progressão permanece por explicar. Novas técnicas de tomografia por coerência óptica permitiram recentemente a descoberta de entidades patológicas relacionadas com a maculopatia miópica, que abrem portas ao avanço na compreensão fisiopatológica da doença e na sua abordagem terapêutica, particularmente cirúrgica. Salientam-se os fenómenos de foveosquisis miópica, cavitação intracoroideia, tração vítrea paravascular (com formação de quistos, micropregas e defeitos lamelares) e fenómenos de distorção macular que revemos neste trabalho.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Processionary Induced Ocular Lesions

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    Introdução: A Processionária (thaumetopoea pityocampa Schiff), vulgarmente conhecida como “lagarta do pinheiro” é um inseto dos pinheiros e cedros, endémico em meios rurais mas também em meios urbanos em Portugal. A toxicidade ocular, rara nas últimas décadas pelo desenvolvimento de métodos de erradicação eficazes, é provocada pelos seus pelos e prevê-se mais frequente com o recrudescimento deste inseto. Revemos a epidemiologia da Processionária e as suas lesões oculares a partir de 3 casos clínicos. Material e métodos: Caso 1: Doente de 64 anos recorre ao Serviço de Urgência (SU) com olho direito vermelho e sensação de corpo estranho após prática de jardinagem. A observação revela VODc: 0.5, erosão epitelial, presença de 1 filamento no estroma corneano profundo, flare (++) e Tyndall (+++). Caso 2: Doente de 28 anos, recorre ao SU por dor intensa no olho direito acompanhada de hiperémia após contacto com lagarta. Apresenta VODc: 0.6 e Tyndall (+++) com presença de múltiplos filamentos (mais de 20) a diferentes profundidades da córnea. Caso 3: Doente de 26 anos, recorre ao SU por sensação de corpo estranho e lacrimejo constante no olho direito, após ter estado a realizar exercícios militares num parque urbano. Apresenta VODc: 0.3, múltiplas erosões epiteliais punctiformes na metade nasal da córnea que recobriam filamentos de cor laranja e Tyndall (+). Foi instituída terapêutica com corticoide tópico e vigilância sintomática a cada um dos casos. Resultados: A patologia ocular por Processionária decorre da toxicidade dos seus pelos, cuja migração ocorre preponderantemente no sentido intraocular. Inclui por isso lesões precoces (conjuntivite, queratite e uveíte) e tardias (catarata, pars planite, vitrite e retinite). Os casos apresentados possuíam lesões iniciais, tendo recuperado totalmente do quadro inflamatório após 6 meses mas mantendo os pelos inativos no estroma corneano. A gravidade destes casos prende- -se com a possibilidade de migração intraocular, que pode ocorrer anos após o episódio inicial, obrigando a uma vigilância ao longo da vida. Conclusões: O recrudescimento da Processionária tanto em meios rurais como urbanos em Portugal justifica o conhecimento das lesões oculares que pode causar e do seu tratamento

    Periplasmic nitrate reductase revisited: a sulfur atom completes the sixth coordination of the catalytic molybdenum

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    J Biol Inorg Chem. 2008 Jun;13(5):737-53. doi: 10.1007/s00775-008-0359-6Nitrate reductase from Desulfovibrio desulfuricans ATCC 27774 (DdNapA) is a monomeric protein of 80 kDa harboring a bis(molybdopterin guanine dinucleotide) active site and a [4Fe-4S] cluster. Previous electron paramagnetic resonance (EPR) studies in both catalytic and inhibiting conditions showed that the molybdenum center has high coordination flexibility when reacted with reducing agents, substrates or inhibitors. As-prepared DdNapA samples, as well as those reacted with substrates and inhibitors, were crystallized and the corresponding structures were solved at resolutions ranging from 1.99 to 2.45 A. The good quality of the diffraction data allowed us to perform a detailed structural study of the active site and, on that basis, the sixth molybdenum ligand, originally proposed to be an OH/OH(2) ligand, was assigned as a sulfur atom after refinement and analysis of the B factors of all the structures. This unexpected result was confirmed by a single-wavelength anomalous diffraction experiment below the iron edge (lambda = 1.77 A) of the as-purified enzyme. Furthermore, for six of the seven datasets, the S-S distance between the sulfur ligand and the Sgamma atom of the molybdenum ligand Cys(A140) was substantially shorter than the van der Waals contact distance and varies between 2.2 and 2.85 A, indicating a partial disulfide bond. Preliminary EPR studies under catalytic conditions showed an EPR signal designated as a turnover signal (g values 1.999, 1.990, 1.982) showing hyperfine structure originating from a nucleus of unknown nature. Spectropotentiometric studies show that reduced methyl viologen, the electron donor used in the catalytic reaction, does not interact directly with the redox cofactors. The turnover signal can be obtained only in the presence of the reaction substrates. With use of the optimized conditions determined by spectropotentiometric titration, the turnover signal was developed with (15)N-labeled nitrate and in D(2)O-exchanged DdNapA samples. These studies indicate that this signal is not associated with a Mo(V)-nitrate adduct and that the hyperfine structure originates from two equivalent solvent-exchangeable protons. The new coordination sphere of molybdenum proposed on the basis of our studies led us to revise the currently accepted reaction mechanism for periplasmic nitrate reductases. Proposals for a new mechanism are discussed taking into account a molybdenum and ligand-based redox chemistry, rather than the currently accepted redox chemistry based solely on the molybdenum atom
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