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    Consumo alimentar de gestantes adolescentes e o grau de processamento de alimentos

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    Objetivo: Avaliar a ingestão alimentar diária de gestantes adolescentes e a contribuição dos alimentos ultraprocessados na alimentação durante a gestação. Métodos: Estudo transversal realizado com 294 puérperas adolescentes que tiveram parto em um hospital universitário no sul do Brasil, entre 2014 e 2016. Analisaram-se dados socioeconômicos e demográficos maternos e aplicou-se um questionário de frequência alimentar adaptado para gestantes para avaliar o consumo energético total, macronutrientes e ingestão de alimentos ultraprocessados. Utilizou-se ANOVA para identificação de diferenças entre as médias de contribuição calórica de alimentos ultraprocessados de acordo com os quartis da distribuição. Considerou-se significativo p<0,05. Resultados: O consumo médio energético das adolescentes foi de 3.828,98±1.125,51 kcal/dia, sendo 37,4% provenientes de alimentos ultraprocessados. O consumo destes alimentos esteve associado ao maior consumo de carboidratos (p<0,001) e menor consumo de proteínas e gorduras (p<0,001; p=0,024). Quanto ao estado nutricional pré-gestacional das adolescentes, 31,6% (n=88) apresentavam excesso de peso e 40,1% (n=112) tiveram ganho de peso acima da recomendação durante a gestação. Conclusão: Os achados demonstram consumo energético elevado, no qual grande parcela é proveniente de alimentos ultraprocessados, que podem interferir negativamente nos desfechos maternos e fetais.Objective: To evaluate the daily food intake of adolescent pregnant women and the contribution of ultraprocessed food consumption during pregnancy. Methods: A cross-sectional study was carried out with 294 adolescent postpartum women who had delivery in an university hospital in South Brazil, between 2014 and 2016. Maternal socioeconomic and demographic data were analyzed and an adapted food frequency questionnaire was applied to pregnant women to evaluate total energy consumption, macronutrients and ultraprocessed food intake. ANOVA was used to identify mean differences of caloric contribution of ultraprocessed foods between quartiles of the distribution. P value <0.05 was considered significant. Results: The average caloric intake of adolescents was 3,828.98 ± 1,125.51 kcal / day, of which 37.47% came from ultraprocessed foods. The consumption of these foods was associated with higher carbohydrate consumption (p <0.001) and lower intake of proteins and fats (p <0.001, p = 0.024). Regarding the pre-gestational nutritional status of the adolescents, 31.6% (n = 88) were overweight and 40.1% (n = 112) had a weight gain above the recommendation during gestation. Conclusion: The findings demonstrate a high caloric intake and, a large portion comes from ultraprocessed foods, which may interfere negatively in the maternal and fetal outcomes

    Consumo alimentar de gestantes adolescentes e o grau de processamento de alimentos

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    Objetivo: Avaliar a ingestão alimentar diária de gestantes adolescentes e a contribuição dos alimentos ultraprocessados na alimentação durante a gestação. Métodos: Estudo transversal realizado com 294 puérperas adolescentes que tiveram parto em um hospital universitário no sul do Brasil, entre 2014 e 2016. Analisaram-se dados socioeconômicos e demográficos maternos e aplicou-se um questionário de frequência alimentar adaptado para gestantes para avaliar o consumo energético total, macronutrientes e ingestão de alimentos ultraprocessados. Utilizou-se ANOVA para identificação de diferenças entre as médias de contribuição calórica de alimentos ultraprocessados de acordo com os quartis da distribuição. Considerou-se significativo p<0,05. Resultados: O consumo médio energético das adolescentes foi de 3.828,98±1.125,51 kcal/dia, sendo 37,4% provenientes de alimentos ultraprocessados. O consumo destes alimentos esteve associado ao maior consumo de carboidratos (p<0,001) e menor consumo de proteínas e gorduras (p<0,001; p=0,024). Quanto ao estado nutricional pré-gestacional das adolescentes, 31,6% (n=88) apresentavam excesso de peso e 40,1% (n=112) tiveram ganho de peso acima da recomendação durante a gestação. Conclusão: Os achados demonstram consumo energético elevado, no qual grande parcela é proveniente de alimentos ultraprocessados, que podem interferir negativamente nos desfechos maternos e fetais.Objective: To evaluate the daily food intake of adolescent pregnant women and the contribution of ultraprocessed food consumption during pregnancy. Methods: A cross-sectional study was carried out with 294 adolescent postpartum women who had delivery in an university hospital in South Brazil, between 2014 and 2016. Maternal socioeconomic and demographic data were analyzed and an adapted food frequency questionnaire was applied to pregnant women to evaluate total energy consumption, macronutrients and ultraprocessed food intake. ANOVA was used to identify mean differences of caloric contribution of ultraprocessed foods between quartiles of the distribution. P value <0.05 was considered significant. Results: The average caloric intake of adolescents was 3,828.98 ± 1,125.51 kcal / day, of which 37.47% came from ultraprocessed foods. The consumption of these foods was associated with higher carbohydrate consumption (p <0.001) and lower intake of proteins and fats (p <0.001, p = 0.024). Regarding the pre-gestational nutritional status of the adolescents, 31.6% (n = 88) were overweight and 40.1% (n = 112) had a weight gain above the recommendation during gestation. Conclusion: The findings demonstrate a high caloric intake and, a large portion comes from ultraprocessed foods, which may interfere negatively in the maternal and fetal outcomes

    Food practices in children from zero to two years old admitted to a university hospital of Southern Brazil

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    Objetivo: Identificar e descrever as práticas alimentares de crianças de zero a dois anos de vida internadas em um hospital universitário de Porto Alegre-RS. Métodos: Identificaram-se as práticas alimentares de 261 crianças, por instrumento composto por questões que analisam atributos, componentes e marcadores da alimentação complementar. As variáveis foram expressas em percentual e valor absoluto, média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartil. Resultados: O aleitamento materno exclusivo até os seis meses esteve presente em 25,3% da amostra, com mediana de duração de 45 dias, e a introdução da alimentação complementar foi iniciada em tempo adequado (seis a sete meses) em 57%. Dentre as crianças que já haviam iniciado a alimentação complementar através da papa de fruta ou refeição principal (n = 128), a mediana de idade de introdução foi de 5 (4-6) meses. Em relação à adequação, alimentos fonte de vitamina A e ferro estiveram presentes em 83,6% das crianças, e 62,5% consumiam todos os grupos alimentares. A consistência da alimentação estava adequada em 52,3%. O consumo de alimentos ultraprocessados estava presente na alimentação de 60,2% das crianças. Conclusões: Foram observadas baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo, introdução precoce da alimentação complementar e alta frequência de consumo de alimentos ultraprocessados. As práticas alimentares inadequadas identificadas podem comprometer a saúde da criança, sendo importante realizar ações para a promoção do aleitamento materno e da introdução adequada da alimentação complementar.Objective: To identify and describe the eating practices of children from zero to two years of age admitted to a university hospital in Porto AlegreRS. Methods: The dietary practices of 261 children were identified by an instrument composed of questions that analyze attributes, components and markers of complementary feeding. The variables were expressed as percentage and absolute value, mean and standard deviation or median and interquartile range. Results: Exclusive breastfeeding up to six months was present in 25.3% of the sample, with a median duration of 45 days, and the introduction of complementary feeding was started at an appropriate time (six to seven months) in 57%. Among children who had already started complementary feeding through fruit porridge or main meal (n= 128), the median age of introduction was 5 (4-6) months. Regarding adequacy, food sources of vitamin A and iron were present in 83.6% of the children, and 62.5% consumed all food groups. Consistency of food was adequate in 52.3%. The consumption of ultraprocessed foods was present in the diet of 60.2% of the children. Conclusions: Low prevalence of exclusive breastfeeding, early introduction of complementary feeding and high frequency of ultraprocessed foods were observed. The identified improper eating practices can compromise the health of the child, and it is important to take actions to promote breastfeeding and the adequate introduction of complementary feeding
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