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    Formação de preços e finanças comportamentais- um estudo empírico no mercado futuro de cacau

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    Pretendeu-se nesse trabalho analisar a formação dos preços no mercado futuro de cacau, negociados na Bolsa de Nova York, sob a ótica da volatilidade, no período compreendido entre janeiro de 1997 a agosto de 2008, uma vez que o mercado futuro vem assumindo um papel importante na tomada de decisões, com enfoque na maximização de retornos. De modo particular, o estudo da volatilidade representa um instrumento essencial nesse mercado, em especial para precificação de ativos e gestão de riscos. Para isso, utilizou-se três variantes da classe de modelos de heterocedasticidade condicional auto-regressiva, ARCH, a saber, os modelos GARCH, EGARCH e TARCH, que apresentam características de modelagem que levam em conta uma variância mudando ao longo do tempo. A variância condicional fornecida por estes modelos será utilizada como proxy para a volatilidade do retorno do cacau. Os resultados evidenciaram o comportamento persistente da volatilidade no período em questão. Esta persistência revela que os choques sobre a volatilidade irão perdurar por muito tempo. Foram encontradas evidências de incompatibilidade com a Hipótese de Mercados Eficientes, constatada na dependência dos retornos futuros a retornos passados, uma vez que há presença de termos auto-regressivos nos resíduos, capturados pelo efeito ARCH, e também pela possibilidade de vieses comportamentais (em função de assimetrias nas reações entre informações positivas e negativas). As teorias de finanças modernas prevêem que os investidores têm expectativas homogêneas (os investidores têm as mesmas informações e determinam o mesmo valor justo para os ativos base). Assim, não seria esperado que houvesse volatilidade excessiva no mercado futuro de commodity cacau, pois não haveria divergência de opiniões entre os investidores. No entanto, os resultados encontrados mostraram que a volatilidade implica na formação do preço do cacau, tornando impossível uma explicação pelas teorias clássicas de finanças, e indica que esta volatilidade pode resultar também das decisões dos investidores a partir de aspectos psicológicos que surgem quando formam suas crenças e preferências que, por sua vez, se refletem nas expectativas. Dessa forma, sugerem que as Finanças Comportamentais podem contribuir para a compreensão da formação de preços do mercado futuro de cacau.

    A dinâmica da taxa de câmbio no Brasil- um estudo empírico pós-Plano Real

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    Esta dissertação procura avaliar a determinação e a dinâmica da taxa de câmbio no Brasil no período pós-plano Real utilizando-se da abordagem monetária de determinação da taxa de câmbio em suas versões com preços flexíveis e com preços rígidos. A determinação da taxa de câmbio é estudada através da técnica de co-integração e a dinâmica é analisadaatravés das funções de impulso-resposta obtidas pelas estimações de vetores auto-regressivos. A constatação empírica é de que tanto com preços flexíveis quanto com preços rígidos os sinais esperados dos coeficientes estimados dos determinantes da taxa de câmbio estão deacordo com a sugestão teórica. Porém, ao analisar-se a dinâmica da taxa de câmbio, apenas o modelo monetário com preços rígidos apresenta resultado satisfatório, respeitando a sugestão teórica.

    Desempenho do setor industrial exportador brasileiro pela ótica da Hysteresis- (1999-2007)

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    Esta dissertação teve como objetivo identificar a existência de hysteresis nas exportações do setor industrial brasileiro. Portanto, foi realizada a análise descritiva das exportações (“Free on board”), das quantidades exportadas (“quantum”) e índices de preço, como também, a estimação de parâmetros de diferenciação fracionária para mensurar hysteresis. Da análise descritiva é demonstrada evidências de hysteresis após o ano de 1999 nas exportações industriais, além disso, é evidenciada não persistência das empresas de médio porte em períodos de câmbio desfavorável e persistência de empresas de grande porte. Os resultados das estimações corroboram com a análise descritiva, identificam hysteresis com efeitos parciais para o período 1999-2002 e hysteresis para o período 2003-2007. Dos setores industriais estudados, foram destacados dois grupos exportadores de produtos industriais, sendo o Grupo 1 caracterizado por setores que apresentam a transição de hysteresis com efeitos parciais para hysteresis.

    Volatilidade no mercado de ações brasileiro e seu impacto sobre as regras de política monetária- 2003 - 2009

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    Esta dissertação tem como objetivo estimar a relação entre a política monetária e a volatilidade dos preços dos ativos por meio do modelo BEKK, no período de janeiro de 2003 a outubro de 2009. Os objetivos específicos foram- a) modelar a volatilidade do Índice Bovespa (Ibovespa) e da Selic, referentes aos mercados monetário e acionário, por meio de modelos GARCH, b) verificar a aglomeração de volatilidade, presença da persistência dos choques e realizar a análise da meia-vida nas variáveis de mercado financeiro, c) estimar modelos Vetor Autoregressivo com o intuito de testar as relações de causalidade, no sentido de Granger (Granger Causality), entre o mecanismo de transmissão de política monetária (taxa de juros) e o índice acionário, Para atingir tais objetivos foi utilizado o modelo teórico proposto por Bernanke, Gertler (1999, 2000), para descrever os efeitos da volatilidade nas regras de política monetária, e para capturar os efeitos dessa volatilidade nas decisões de política monetária foram utilizados os modelos da família GARCH univariados e multivariados. O resultado do teste de causalidade de Granger mostrou que há causalidade unidirecional do Ibovespa em relação à Selic no período de maior volatilidade no mercado acionário (2003 - 2008), indicando que os retornos no mercado de ações brasileiros afetaram as decisões de política monetária nesse período. A estimação dos modelos TARCH e GARCH apontou a existência de aglomeração da variância, o efeito ?leverage? e a persistência na volatilidade por parte dos mercados de ações e monetário. Por meio do modelo BEKK é possível destacar que a volatilidade da Selic é afetada positivamente por choques comuns as suas defasagens e a volatilidade da inflação, a volatilidade do Ibovespa apresentou uma relação direta com a volatilidade da taxa Selic no período (2003 - 2008). Esse fato é condizente com os efeitos dos movimentos nos preços dos ativos sobre a demanda agregada, sugerindo, portanto, que os policymakers estão reagindo às variações no mercado para evitarem possíveis impactos negativos sobre a economia.

    Determinantes da cotinocultura nacional pós-abertura econômica

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    A abertura comercial, na década de 1990, ocasionou diversas implicações para a cotonicultura nacional dada a considerável diminuição das alíquotas e barreiras de importação. Devido a importância do processo de abertura sob a cultura algodoeira, esta dissertação tem como objetivo estudar o desempenho da cotonicultura brasileira no pós-abertura econômica. A análise, realizada para o período de 1989 a 2003, permite concluir que a cotonicultura mundial apresentou um ritmo de crescimento lento. Já para o Brasil, os resultados mostram uma inversão na balança nos anos 1990. Esta transição foi causada basicamente pela abertura comercial e pela desregulamentação do mercado, ocorridas no início da década de 1990 que causaram aumento da entrada do produto no país. Posteriormente, observou-se uma modificação no espaço produtivo brasileiro, destacando-se o aumento da participação do algodão produzido no Centro-Oeste. Com relação aos instrumentos de políticas agrícolas, constatou-se uma forte intervenção governamental na produção e comercialização do produto. No que diz respeito à estimação da oferta e demanda interna do algodão, os resultados do modelo estimado mostram que a quantidade demandada do algodão no Brasil varia inversamente com seu preço e diretamente com a renda, estando de acordo com a teoria econômica. No caso da quantidade ofertada, o preço não se mostrou significativo para explicar a oferta do algodão sugerindo os instrumentos de políticas agrícolas como determinante da oferta de algodão no país. Para a estimação de funções de oferta de exportação brasileira de algodão, empregando a metodologia VAR, utilizou-se um modelo teórico que tem como pressuposto que as exportações resultam do excedente do mercado interno. Foram estimados dois modelos, um referente ao período de 1989-01 a 1995-12 e o outro de 1996-01 a 2003-12, onde este último reporta-se a um período em que o algodão estava sendo beneficiado por políticas de incentivos domésticos. Em todos os modelos estimados, o preço doméstico foi uma variável pouco significativa. Essa dinâmica foi influenciada por fatores tais como- abertura econômica, crise na produção nordestina, deslocamento das regiões produtoras e pelas políticas agrícolas e comercial adotadas no período de 1989 a 2003, que contribuíram para tornar a oferta do algodão (tanto interna como externa) pouco dependente do nível de preço interno, através de um quadro de facilidade nas importações da commodity e de preço subsidiado.

    Teoria das Ondas de Elliott- Uma aplicação ao mercado de ações aa Bm&Fbovespa

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    Os preços dos ativos negociados em bolsas de valores, assim como qualquer outro tipo de commodity do mercado financeiro, oscilam naturalmente com a procura por esses produtos. Essas oscilações, juntamente com a assimetria das informações acerca dos preços desses produtos geram processos de volatilidade. Charles Dow, no início do século XX criou índices setoriais, nos quais reunia papéis da mesma área de atividade, segundo ele, se vários índices apontassem para a mesma direção seria um sinal de que realmente essa seria uma tendência de movimentação do mercado, caracterizando assim a Teoria de Dow. Ralph Nelson Elliott (1871-1948) estudou as cotações médias dos índices Dow Jones Industrial e percebeu repetições nas alterações do mercado, suas observações foram resumidas no que ficou conhecido como ?O Princípio da Onda?. Elliott desenvolveu a sua teoria com base na denominada Sequência de Fibonacci, descoberta por Leonardo de Pizza (Fibonacci) por volta de 1200. Além da Teoria de Dow e da Teoria das Ondas, nesse trabalho, fez-se uso da Teoria da Racionalidade dos agentes como uma forma complementar para se explicar o processo de decisão dos investidores, dado que acontecem em situações de incerteza. Uma decisão racional implica em selecionar a escolha que apresente o maior retorno esperado para um dado nível de risco.

    Um estudo das crises cambiais experimentadas pela economia brasileira na segunda metade da década de noventa, a partir do efeito contágio

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    O entusiasmo da década de 90 com os benefícios advindos da crescente integração financeira internacional teve como contrapartida as diversas crises cambiais que irromperam nos países emergentes (México, Ásia, Rússia e Brasil), algumas com repercussão regional, outras, global. Uma vasta literatura surgiu na esteira desses acontecimentos, com o objetivo de investigar as causas dessas crises. A vulnerabilidade externa gerada nos países emergentes na década de 90 apresenta causas complexas de natureza interna (má gestão da política econômica) e/ou externa (globalização financeira), acrescido do efeito contágio, presente nas crises daquela década. Nesse sentido, a literatura econômica a respeito das crises cambiais brasileiras na segunda metade da década de 90, apontaram o contágio dos choques externos como seu principal determinante. Os resultados empíricos preliminares deste trabalho, no entanto, apontam também, que a economia Argentina, talvez, por causa da sua extensa relação econômica com o Brasil, além de estar inserida numa mesma região geográfica, apresentou maior efeito sobre a economia brasileira, do que países como o México, e Hong Kong. A metodologia utilizada neste trabalho foi baseada no estudo teórico e complementada a nível apenas de simulação pelo Modelo SUR.

    Impacto dos subsídios sobre as exportações dos complexos soja e suco de laranja do Brasil- Abordagem pela Teoria dos Jogos

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    O Brasil e os Estados Unidos são considerados grandes participantes no mercado mundial da soja e do suco de laranja. O objetivo da pesquisa é analisar a influência dos subsídios agrícolas americanos sobre as exportações dos complexos soja e suco de laranja do Brasil, no período entre 1990 e 2006. O modelo teórico para estudar o comércio internacional foi proposto por Brander e Spencer, com enfoque de competição imperfeita incorporando a intervenção governamental. Na abordagem empírica, realizou-se uma junção de modelos de séries temporais e de teoria dos jogos, como instrumentos para avaliar o efeito dos subsídios sobre as exportações dessas commodities. Concluiu-se que a proteção americana prejudicou a capacidade exportadora do Brasil nesse período examinado. Como conclusão reforça-se a participação ativa do Brasil na defesa da liberalização do comércio agrícola, para o seu acesso ao setor protegido e, também para a conquista de novos parceiros comerciais.

    Estudo da dinâmica do balanço de pagamentos do Brasil utilizando modelos de séries temporais (1995-2004)

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    "Este estudo analisa e discute a dinâmica do balanço de pagamentos no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2004, utilizando modelos de crises no balanço de pagamentos de primeira geração. Estes modelos sugerem uma relação de longo prazo entre a taxa de juros, as reservas internacionais, o déficit publico, balanço de pagamentos e a taxa de câmbio. Admitese que o déficit publico e a taxa de juros são variáveis relevantes para analisar a dinâmica do balanço de pagamentos. Foi escolhido o modelo de vetores autoregressivos cointegrados (VEC) por permitir uma avaliação a partir de dois sistemas VEC pautados em regimes cambiais distintos, produzindo as seguintes conclusões- a) sob regime de câmbio fixo, o modelo I, a dinâmica do balanço de pagamentos esta atrelada a razão dívida externa/PIB sugerindo como causadora das crises. Por outro lado, os efeitos dos choques na taxa de juros são ambíguos no curto prazo, mas geram efeitos persistentes sobre o balanço de pagamentos no longo prazo, b) sob o regime de câmbio flexível, o modelo II, perde-se a importância relativa da dívida externa/PIB sobre o comportamento do balanço de pagamentos tanto no curto quanto no longo prazo."
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