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    A avaliação da evolução dos gastos públicos em serviços hospitalares com pacientes desnutridos no Brasil entre 2008 e 2018 e a necessidade de sua abordagem precoce

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    Introdução: A desnutrição pode ser definida como uma condição clínica decorrente de uma deficiência ou excesso, relativo ou absoluto, de um ou mais nutrientes essenciais. Segundo a Organização das Nações Unidas, o Brasil está entre os 51 países mais suscetíveis a esse mal. Alguns efeitos dessa enfermidade são hospitalização e convalescência prolongadas além do aumento da morbidade e da mortalidade. Assim, uma população desnutrida representa também maiores gastos em saúde para o país, por isso é relevante analisar os gastos públicos dessa doença no Brasil. Objetivo: Apresentar e discutir os gastos públicos em serviços hospitalares com pacientes desnutridos entre janeiro 2008 e dezembro 2018 no Brasil a partir de uma perspectiva orçamentária. Material e método: Foi realizado um estudo epidemiológico a respeito dos custos entre 2008 e 2018 com os pacientes desnutridos utilizando-se dados do DataSUS e estes foram trabalhados em planilhas do Excel. Resultados: No total, os gastos do sistema único de saúde em serviços hospitalares com a desnutrição no Brasil entre jan/2008 e dez/2018 foi de R267.192.725,89.OSudestefoiaregia~oquedespendeumaiorverbaeutilizouaototalR 267.192.725,89. O Sudeste foi a região que despendeu maior verba e utilizou ao total R 113.088.032,62(42%), seguida pela região Nordeste que utilizou R81.639.805,29(30,5 81.639.805,29 (30,5%). Juntas essas regiões gastaram cerca de 70,5% do valor total. A região Centro-Oeste foi a que menos consumiu, utilizando R 15.142.032,06 (5%). Em relação ao sexo, o consumo foi equilibrado, os homens gastaram 55% e as mulheres 45%. Além disso, a faixa etária acima de 60 anos foi a que teve o custeio mais elevado: R128.9374.470,totalizando48 128.9374.470, totalizando 48%. A faixa etária que menos gerou despesas foi entre 15 a 19 anos, gastando apenas R 3.895.971,11, cerca de 1,4%. Durante o período analisado, percebe-se que com o passar dos anos os gastos diminuíram de R22.627.376,39,em2008,paraR 22.627.376,39, em 2008, para R 21.626.874,62 em 2018. A mediana dos valores gastos por ano, durante o período analisado, pelos serviços hospitalares foi de R24.990.010,eameˊdiafoideR 24.990.010, e a média foi de R 24.290.250. Conclusão: No Brasil, percebe-se que a desnutrição hospitalar é muito comum e está associada a grandes gastos aos cofres públicos. A região Sudeste e Nordeste foram as que mais gastaram, isso nos mostra que pode existir uma relação direta entre o número de habitantes de uma região com o número de pacientes desnutridos e, consequentemente, com um maior gasto com a doença. Ambas ocupam, respectivamente, a primeira e a segunda macrorregião mais habitada no Brasil. Aliado a isso, o Nordeste é a segunda região com o menor Índice de Desenvolvimento Humano. Ademais, a literatura mostra que há um aumento de 60,5% nos custos de internação dos pacientes com desnutrição clínica e, considerando a ocorrência de complicações e tempo de internação, esses custos apresentaram aumento de até 308,9% quando comparados com a internação de pacientes bem nutridos. Isso pode explicar o porquê de a população idosa ser a mais dispendiosa em relação ao gasto com a desnutrição, mas são necessários mais estudos para comprovar tal hipótese. Por fim, a avaliação nutricional, detecção e intervenção precoce do status nutricional, além de confluir em melhor prognóstico, é uma medida financeiramente efetiva, com a expectativa de redução dos custos no âmbito hospitalar

    Evolução dos gastos públicos em serviços hospitalares em pacientes internados por câncer de mama em Goiás no Sistema Único de Saúde entre o período de 2008 a 2018

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    Introdução: O Brasil tem acompanhado as altas taxas de incidência e mortalidade de câncer (CA) de mama dos países desenvolvidos, mas as ações fundamentais à prevenção, ao diagnóstico e ao controle da doença não têm acompanhado o mesmo crescimento. Em 2018, nosso país ocupou a primeira posição no ranking de neoplasias primárias do sexo feminino. Estima-se que um em cada três casos pode ser curado se for descoberto logo no início, ou seja, é de grande importância governamental investir em medidas preventivas. Dessa forma, é relevância em realizar estudos com o intuito de analisar os gastos públicos com essa enfermidade é indiscutível. Objetivos: Apresentar os gastos públicos em serviços hospitalares em pacientes internados por câncer de mama entre 2008 e 2018 no estado de Goiás (GO) a partir de uma perspectiva orçamentária. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico em relação aos gastos públicos com internações devido ao câncer de mama no período de jan/2008 a dez/2018.O estudo foi realizado através de informações da base de dados no DataSus e trabalhados na planilha do Excel. Resultados: No total, os gastos do SUS em serviços hospitalares por CA de mama em GO no período de jan/2008 a dez/2018 foi de R20.136.194,35.Emrelac\ca~oaˋfaixaetaˊria,ospacientesquemaisgastaramforamosquetinhamentre40e49anos,gastandoR 20.136.194,35.Em relação à faixa etária, os pacientes que mais gastaram foram os que tinham entre 40 e 49 anos, gastando R 5.874.317, 29% do total. A faixa etária que menos gastou foi entre 5 a 9 anos, gastando apenas R430,00,cercade0,0021 430,00, cerca de 0,0021%. Em relação ao sexo, as mulheres tiveram um gasto total muito superior: 19.804.237,29 ( 98,35%), enquanto os homens gastaram 331.957,06 (1,65%). Durante o período analisado, percebe-se que ao longo dos anos os gastos aumentaram de R 773.511,97 ,em 2008, para R$ 3.354.994,05 ,em 2018, um aumento total de 433%.Conclusões: No Brasil, a incidência de câncer de mama tem aumentado progressivamente nas últimas décadas. Aliado a isso, a descoberta e utilização de novos medicamentos, equipamentos, tratamentos e terapias são fatores que têm elevado cada vez mais os custos na abordagem destes pacientes. Outro fator importante são os custos associados ao tratamento em estágios mais avançados da doença, o qual é muito mais oneroso do que o feito em estágios iniciais. No Brasil, embora tenha ocorrido avanços consideráveis em relação à prevenção e estratégias de diagnóstico precoce, ainda existe uma grande parcela de casos detectados nos estágios mais avançados. Portanto, investir em diagnóstico precoce, além de aumentar a sobrevida dos pacientes, poderá trazer muitas economias ao SUS. Nesse âmbito, a realização de mais pesquisas pode evidenciar causas e condições que favoreçam o entendimento da atual situação, e medidas que visem melhorá-la. De forma que o acesso aos serviços de mais avançada tecnologia possa continuar sendo garantido ao usuário do SUS, ao mesmo tempo em que a viabilidade financeira aos cofres públicos seja mantida

    Atualizações sobre as zonas de perigo anatômicas para injeção facial de preenchedores de tecido moles : Updates on anatomical danger zones for soft tissue fillers facial injection

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    A incidência de oclusão vascular após a injeção de substâncias em tecidos moles pode ser tão alta quanto 3 em 1000, a injeção não intencional de preenchedores de tecidos moles nos vasos sanguíneos da face pode resultar em efeitos adversos raros, mas graves, resultam da injeção intra-arterial acidental de material de preenchimento. A oclusão vascular aguda pode resultar em necrose cutânea local ou à distância e cicatrizes ou, nos piores casos, cegueira ou acidente vascular cerebral. As áreas com risco aumentado de comprometimento vascular por compressão ou obstrução dos vasos sanguíneos incluem a glabela, a região periorbitária e as pregas nasolabiais. O conhecimento profundo da anatomia vascular da face e o treinamento adequado são de extrema importância para os médicos que usam preenchedores injetáveis. Os  preenchimentos à base de ácido hialurônico, há evidências de que a injeção de hialuronidase dentro de quatro horas pode reverter a necrose iminente
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