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    Alterações cardiorrespiratórias nos pacientes em desmame da ventilação mecânica : contribuição do ecocardiograma

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    Introdução: o desmame da ventilação mecânica (VM) envolve alterações fisiológicas que acarretam sobrecarga do sistema cardiorrespiratório por mudanças na interação entre paciente e ventilador. O estudo dessas alterações cardiorrespiratórias durante o desmame, à beira de leito, por ecocardiografia, é pouco descrita na literatura e pode ajudar a entender e identificar melhor tais alterações. Objetivos: Analisar alterações da função cardíaca por ecodopplercardiograma, eletrocardiograma (ECG) e demais parâmetros cardiorrespiratórios em pacientes críticos durante o desmame da ventilação mecânica (VM) pela utilização de dois modos de desmame (pressão suporte (PSV) e tubo T-Ayre) e comparar os sub grupos: sucesso versus falha de desmame e cardiopatas versus não cardiopatas. Métodos: Ensaio Clínico Randomizado Cruzado de pacientes em Centro de Terapia Intensiva (CTI), em VM por mais de 48 horas e considerados aptos para o desmame. Foram analisadas as variáveis cardiorrespiratórias, oxigenação, eletrocardiograma e dopplerecocardiograma em situação basal e ao final de 30 minutos de cada método de desmame (PSV e tubo T). Comparações foram feitas entre PSV e tubo T, sucesso e falha do desmame e cardiopatas e não cardiopatas por meio de ANOVA e teste t. O nível de significância foi 0,05. Resultados: Foram avaliados 24 pacientes, com idade média de 53 anos, sendo o desvio padrão de 20, 13 do sexo masculino e 11 do sexo feminino. Do total, 07 pacientes falharam na primeira tentativa de desmame. Pacientes com sucesso no desmame apresentavam níveis de SaO2 e PaO2 estatisticamente maiores. Nos pacientes que falharam no desmame, os achados Dopplerecocardiograficos mostraram aumento significativo do átrio esquerdo (AE), maior espessura das estruturas do VE e valor significativamente menor no tempo de relaxamento isovolumétrico (TRIV). Não houve diferenças entre as medidas ecocardiográficas e nos achados de ECG em PSV e em Tubo T. A comparação entre cardiopatas e não cardiopatas mostrou apenas menores valores de SaO2, PaO2 e de freqüência cardíaca entre os primeiros. Conclusão: As alterações ecodopplercardiográficas foram sugestivas de disfunção diastólica nos pacientes que falharam no desmame da VM, não tendo sido observada disfunção sistólica nem isquemia miocárdica. Os pacientes que tiveram sucesso no desmame mostraram valores de oxigenação significativamente maiores. Não foram observadas alterações eco e eletrocardiográficas comparando PSV com tubo T. Entre os cardiopatas apenas os valores de oxigenação e de freqüência cardíaca foram menores

    Alterações cardiorrespiratórias nos pacientes em desmame da ventilação mecânica : contribuição do ecocardiograma

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    Introdução: o desmame da ventilação mecânica (VM) envolve alterações fisiológicas que acarretam sobrecarga do sistema cardiorrespiratório por mudanças na interação entre paciente e ventilador. O estudo dessas alterações cardiorrespiratórias durante o desmame, à beira de leito, por ecocardiografia, é pouco descrita na literatura e pode ajudar a entender e identificar melhor tais alterações. Objetivos: Analisar alterações da função cardíaca por ecodopplercardiograma, eletrocardiograma (ECG) e demais parâmetros cardiorrespiratórios em pacientes críticos durante o desmame da ventilação mecânica (VM) pela utilização de dois modos de desmame (pressão suporte (PSV) e tubo T-Ayre) e comparar os sub grupos: sucesso versus falha de desmame e cardiopatas versus não cardiopatas. Métodos: Ensaio Clínico Randomizado Cruzado de pacientes em Centro de Terapia Intensiva (CTI), em VM por mais de 48 horas e considerados aptos para o desmame. Foram analisadas as variáveis cardiorrespiratórias, oxigenação, eletrocardiograma e dopplerecocardiograma em situação basal e ao final de 30 minutos de cada método de desmame (PSV e tubo T). Comparações foram feitas entre PSV e tubo T, sucesso e falha do desmame e cardiopatas e não cardiopatas por meio de ANOVA e teste t. O nível de significância foi 0,05. Resultados: Foram avaliados 24 pacientes, com idade média de 53 anos, sendo o desvio padrão de 20, 13 do sexo masculino e 11 do sexo feminino. Do total, 07 pacientes falharam na primeira tentativa de desmame. Pacientes com sucesso no desmame apresentavam níveis de SaO2 e PaO2 estatisticamente maiores. Nos pacientes que falharam no desmame, os achados Dopplerecocardiograficos mostraram aumento significativo do átrio esquerdo (AE), maior espessura das estruturas do VE e valor significativamente menor no tempo de relaxamento isovolumétrico (TRIV). Não houve diferenças entre as medidas ecocardiográficas e nos achados de ECG em PSV e em Tubo T. A comparação entre cardiopatas e não cardiopatas mostrou apenas menores valores de SaO2, PaO2 e de freqüência cardíaca entre os primeiros. Conclusão: As alterações ecodopplercardiográficas foram sugestivas de disfunção diastólica nos pacientes que falharam no desmame da VM, não tendo sido observada disfunção sistólica nem isquemia miocárdica. Os pacientes que tiveram sucesso no desmame mostraram valores de oxigenação significativamente maiores. Não foram observadas alterações eco e eletrocardiográficas comparando PSV com tubo T. Entre os cardiopatas apenas os valores de oxigenação e de freqüência cardíaca foram menores

    The prevalence of nosocomial infection in intensive care units in the state of Rio Grande do Sul

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    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Determinar a prevalência de infecções adquiridas em UTI e os fatores de risco para estas infecções, identificar os organismos infectantes mais prevalentes, avaliar a relação entre infecção adquirida na UTI e mortalidade. MÉTODO: Estudo de prevalência de um dia. Participaram do estudo 16 UTI do estado do Rio Grande do Sul, excluindo unidades coronarianas ou pediátricas. Todos os pacientes com idade maior que 12 anos, ocupando um leito de UTI por um período de 24h, foram incluídos. As 16 UTI coletaram dados de 174 pacientes. Principais desfechos: taxas de infecção adquirida na UTI, padrões de resistência dos patógenos isolados e fatores potenciais de risco para infecção adquirida na UTI e mortalidade. RESULTADOS: Um total de 122 pacientes (71%) estava infectado, e 51 (29%) adquiriram infecção na UTI. Pneumonia (58,2%), infecção do trato respiratório inferior (22,9%), infecção do trato urinário (18%) foram os tipos mais freqüentes de infecção. Os microorganismos mais relatados foram stafilococos aureus (42% [64% resistentes a oxacilina]) e pseudomonas aeruginosa (31%). Seis fatores de risco foram identificados para infecção adquirida na UTI: cateter urinário, acesso vascular central, intubação traqueal por tempo prolongado (> 4 dias), doença crônica, trauma e internação prolongada na UTI (> 30 dias). Os fatores de risco associados à morte foram idade, APACHE II, falência orgânica e prótese em via aérea com ou sem ventilação mecânica. CONCLUSÕES: A infecção adquirida na UTI é comum e freqüentemente associada a isolados de microorganismos resistentes. Este estudo, apesar de sua abrangência regional, serve de referência epidemiológica para ajudar a programar políticas de controle de infecção.BACKGROUND AND OBJECTIVES: To determine the prevalence of intensive care unit (ICU)-acquired infections and the risk factors for these infections, identify the predominant infecting organisms, and evaluate the relationship between ICU-acquired infection and mortality. METHODS: A 1-day point prevalence study. Sixteen ICU of the State of Rio Grande do Sul-Brazil, excluding coronary care and pediatric units. All patients 4 days), chronic disease and increased length of ICU stay (> 30 days). The risks factors associated with death were age, APACHE II, organ dysfunction, and tracheal intubation with or without mechanical ventilation. CONCLUSIONS: ICU-acquired infection is common and often associated with microbiological isolates of resistant organisms. This study may serve as an epidemiological reference to help the discussion of regional infection control policies
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