14 research outputs found

    A Performance da Etnografia como Método da Antropologia

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    Pensamos a etnografia enquanto modo de ação e, na sua relação aberta e íntima com a teoria, também enquanto modo de expressão. A própria comparação deixa de estar na cultura para passar a estar na etnografia, no destino que o antropólogo dá aos dados etnográficos. A etnografia constitui-se como o modo epistemológico da antropologia. É justamente pela sua natureza que se percebe a relação entre a prática etnográfica e a teoria antropoló- gica. Serve este artigo para dar conta do procedimento construtivista do conhecimento, de como ele emerge e se sedimenta por via da metodologia que afinal caracteriza a antropologia.We understand ethnography as a mode of action as well as a mode of expression, in its open and intimate relationship with theory. Comparison itself is no longer in the culture but is to be found in ethnography, at the destination anthropologist gives to his ethnographic data. Ethnography becomes the epistemological mode of anthropology. It is precisely because of the ethnography nature we perceive the relationship between ethnographic practice and anthropological theory. This article serves to account for the constructive procedure of knowledge, how it emerges and settles through the methodology that ultimately characterizes anthropology.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    A Performance da Etnografia como Método da Antropologia

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    Pensamos a etnografia enquanto modo de ação e, na sua relação aberta e íntima com a teoria, também enquanto modo de expressão. A própria comparação deixa de estar na cultura para passar a estar na etnografia, no destino que o antropólogo dá aos dados etnográficos. A etnografia constitui-se como o modo epistemológico da antropologia. É justamente pela sua natureza que se percebe a relação entre a prática etnográfica e a teoria antropoló- gica. Serve este artigo para dar conta do procedimento construtivista do conhecimento, de como ele emerge e se sedimenta por via da metodologia que afinal caracteriza a antropologia.We understand ethnography as a mode of action as well as a mode of expression, in its open and intimate relationship with theory. Comparison itself is no longer in the culture but is to be found in ethnography, at the destination anthropologist gives to his ethnographic data. Ethnography becomes the epistemological mode of anthropology. It is precisely because of the ethnography nature we perceive the relationship between ethnographic practice and anthropological theory. This article serves to account for the constructive procedure of knowledge, how it emerges and settles through the methodology that ultimately characterizes anthropology.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    La marginalidad descentrada como resistencia creativa (el paso por Portugal de Víctor García y Juan Carlos Uviedo)

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    Los esfuerzos por romper con las formas tradicionales en el teatro están intimamente vinculados con el deseo de cambiar la sociedad. Por esto, la actividad experimental es una forma de declaración política en las artes y para la vida. Las nuevas formas de expresión artística conllevan actitudes de crítica social que son inseparables de la vida y promueven nuevos proyectos de alternativas sociales y/o mundos posibles. El punto de partida es una situación de vida extrema bajo el régimen dictatorial (durante los sesenta en Portugal). Buscamos reflexionar sobre la conexión entre las investigaciones sobre nuevas metodologías teatrales y la producción de modelos de resistencia alternativos que puedan favorecer la emancipación sociocultural. Sabemos que el juego dramático es el fondo de los procesos teatrales. Si la reinvención de estos procesos teatrales es el disparador para la posibilidad de una vanguardia artística, creemos que el juego dramático es la base de este trabajo. La investigación dentro de estos nuevos procedimientos está vinculada a una actitud que habilita la experimentación con nuevas formas de juego. Consideramos que esto se relaciona a su vez con el contexto sociopolítico que abarca el territorio donde se realiza dicha experimentación. La pregunta es cómo se da este proceso. La conferencia tomará el trabajo artístico de Víctor García y Juan Carlos Uviedo durante su paso por Portugal, para dar respuesta a estos complejos interrogantes.FCT, ref: SFRH/BPD/100647/2014info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Resistência como marginalidade descentrada e o filme etnográfico como escrita performativa entre o arquivo e o repertório [Sobre o filme Estado de Excepção. CITAC: um projecto etno-histórico (1956-1978)]

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    O documentário Estado de Excepção é expressão e ferramenta metodológica de uma etnografia a um grupo de teatro que é janela aberta para o mundo, entre a experimentação teatral e o jogo libertino da resistência perante a ditadura do Estado Novo. O filme edita a dialogia do encontro etnográfico, entre o arquivo e o repertório, compondo-se como “escrita performativa”. Projetando a macro-história através da micro-história, descreve o ethos do grupo, uma marginalidade descentrada que emerge das suas formas alternativas de resistência criativa. No palco das manifestações teatrais de vanguarda e na rua do teatro político direto inverte-se a “relação de exceção” da modernidade que Agamben descreve, embora por via da resistência.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Introdução: a operacionalidade do jogo

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    A chamada para artigos deste dossiê pretende discutir o conceito de jogo na sua operacionalidade nomeadamente como o jogo serve de laboratório experimental de procedimentos, como o jogo é posto em prática e que consequências este fazer proporciona, contribuindo para uma heurística da análise sociocultural. O foco elenca então a articulação de vários “comos”: 1) a forma como o jogo se faz dispositivo (ou contra-dispositivo do senso comum) para a invenção coletiva e dissensual do comum, permitindo desvincular a prática da comunidade dos mecanismos identitários da pertença e da reprodução, bem como re-situar o seu entendimento enquanto processo de vinculação sempre em aberto: nem essência nem substância, mas potência de relação que está sempre por ser efetuada a cada vez; 2) a forma como o jogo está a ser ativado, em diferentes áreas, enquanto prática exploratória – explicitando o que um corpo pode e contribuindo para a reimaginação da corporeidade e dos modos de estar no mundo; 3) a forma como o jogo pode funcionar como plano de re-performance e/ou como chave analítica para dar a ver as complexas relações éticas, estéticas e políticas implicadas na constante negociação social dos lugares de fala, das representações e das formações subjetivas; 4) a forma como o jogo é usado para a reinvenção de práticas pedagógicas e de práticas metodológicas; 5) a forma como o jogo, nas suas engrenagens e de dinâmica processual, se relaciona com a utopia ou com a vanguarda e se pode concretizar enquanto heterotopia.SFRH/BPD/100647/2014info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    On making choices: some thoughts on an ethnographic film screening

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    See note 1 of the article: "This paper was written by four authors as a multi-vocal collaborative exercise that resulted from our experience as members of the jury of the ethnographic film screening that the Portuguese Anthropological Association (APA) organised in 2016. However, given the conference regulations, which establishes a maximum of three authors per paper, we have collectively decided to provide one name - that of the corresponding author. The de facto authors of this paper are: Humberto Martins ([email protected], UTAD/CETRAD), Ricardo Seiça Salgado ([email protected], CRIA-UMinho), Raquel Schefer ([email protected], Sorbonne Nouvelle – Paris 3) and Sofia Sampaio. We hope that, in the near future, the conference organisation may find a way to fully acknowledge this kind of collaborative work."In this paper we describe, analyse and reflect on our first-hand experiences as members of the jury of the Ethnographic Film Screening of the 6th Meeting of the Portuguese Anthropological Association (APA), which took place in the University of Coimbra, in June 2016 (http://vicongresso.apantropologia.org/mostra-de-filme-etnografico/). To quote from our call for the ethnographic films, our “simple invitation” was to “show through images how ‘Disputed Futures’ [the topic of the general meeting] mean the diversity of presents and pasts; because the world is made on different rhythms, impulses, desires towards the uncertainty and incompleteness of history.” Our criteria for the film selection process was divided into (1) cinematic quality and originality (cinematography, sound, etc.) and (2) the anthropological character of the films. In the end, we selected 21 out of a total number of 101 films received, among short, medium and feature-length formats. The selection proved a difficult process, raising important issues, namely: was this ‘practical’ division between ‘cinematic quality’ and ‘anthropology’ theoretically (and even empirically) sound? Was it able to overcome the separation between content and form? To what extent were our preferences determined by our different professional backgrounds? Is it possible to assess fairly the ‘ethnographicity’ of such a large number of films, originating from a wide range of geographical and even academic contexts? How did the context of the event – a meeting of anthropologists – impact on our viewings and final choices? Lastly, how did the cinema-going conventions and expectations associated with this kind of film exhibition frame constrain the films’ ‘ethnographicity’? Are there any exhibition alternatives?SFRH/BPD/100647/2014.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Etnoteatro como performance da etnografia: estudo de caso num grupo de teatro universitário português

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    O etnoteatro é uma forma alternativa da tradução e expressão cultural que relaciona etnografia e teatro. Como parte integrante de uma etnografia a um grupo de teatro universitário procura-se capturar o ethos que caracteriza os seus membros ao longo da sua história. A produção de um espetáculo em que o grupo se pensa a si próprio revela uma das formas em que o etnoteatro pode permitir a partilha de conhecimento que reforça um sentido de comunidade. A proposta de enquadramento do etnoteatro é feita através do pressuposto de que este pode ser igualmente objeto e método da etnografia.Ethnotheatre is an alternative mode of cultural translation and expression, connecting ethnography and theatre. As part of the ethnography of a university theatre group we are seeking to capture the ethos that characterizes its members throughout the group’s history. The staging of a production in which the group understands itself as such reveals ethnotheatre as a way of sharing knowledge and strengthening the sense of community. The proposed framework for the analysis of ethnotheatre is based on the assumption that it can be both object and method of ethnography

    A persona do antropólogo na etnografia como ação: o jogo dos papéis, do registo e as metodologias teatrais

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    Prémio APA 2018 para a categoria de texto científico, Associação Portuguesa de Antropologia.A performatividade da metodologia ativa e constrói uma sensibilidade performativa pertinente para a qualidade da etnografia. A emergência de novas metodologias resultantes da contaminação entre os métodos etnográficos e as metodologias artísticas baseadas na performance têm contribuído para reinventar a etnografia, nomeadamente ao nível dos papéis e a construção da persona que o antropólogo pode desempenhar no trabalho de campo. Por isso, recorremos a exemplos que surgem desta nova junção, de como emergem outras possibilidades de ação, nascem novos papéis e se diversificam os modos de registo. Desta contaminação percebemos que o trabalho de campo compreende um sistema de escolhas que qualquer estratégia metodológica deverá ter em conta e que será de todo o interesse a antropologia esmiuçar.SFRH/BPD/100647/2014info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    O habitat de significado do não-lugar como espaço político e performativo concreto

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    A crítica ao conceito de não-lugar parte da constatação de ele ser estéril quando a etnografia o desmonta e o declara como lugar identitário. Assim, ensaia-se a possibilidade de o não-lugar ser conceitualizado como um lugar antropológico que urge trabalhar etnograficamente. Para tal, propõe-se a oposição entre habitat de significado e habitat não-significativo como alternativa conceitual que deriva parcialmente da formulação de lugar antropológico e não-lugar de Augé. Argumenta-se que o não- -lugar, como espaço político e performativo concreto, poderá ser o espaço vivido de habitats de significado que configuram realidades socioculturais frágeis. São realidades invisibilizadas por medidas legais das democracias que reproduzem uma relação de exceção (formulada por Agamben) e são imanentes da precariedade que caracteriza a nossa época. Procura-se que o conceito sirva operatoriamente a todas as épocas históricas e para variados contextos socioculturais
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