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    O PROGRAMA ESTADUAL DE ELETRIFICAÇÃO RURAL EM PERNAMBUCO NO PERÍODO 1998-2002: ONDE ESTÁ A DEMANDA POR ENERGIA?

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    Uma análise do programa de eletrificação rural no estado de Pernambuco entre os anos de 1998 e 2002 mostra que a demanda total por energia elétrica não acompanhou a expansão da oferta via ampliação da cobertura de atendimento. Com efeito, estudos sobre políticas de eletrificação e seus efeitos no bem-estar e na estrutura produtiva das comunidades atendidas não são freqüentes no país e muito raros no Nordeste. A eletrificação ainda é vista pura e simplesmente como panacéia para a pobreza rural, sem se empregar ações complementares de educação para o consumo e ações de melhoria na estrutura produtiva das novas populações atendidas. A chegada da rede de energia elétrica ou outras fontes de energia a áreas remotas é fortemente desejável – isto está fora de questão – mas sem políticas complementares, os resultados podem ser pífios. Dados de fontes primárias da concessionária de eletricidade de Pernambuco, CELPE, apontam para uma aparente incongruência: embora o número de domicílios atendidos tenha aumentado substancialmente, a demanda conjunta permaneceu praticamente constante (diferentemente do que aconteceu em outros estados cuja demanda cresceu de modo compatível à expansão da oferta). Neste artigo, serão apontadas hipóteses explicativas, como a falta de preparo do morador rural para a utilização da energia adicional e a utilização dos programas de energização para finalidade política. Resta latente um grande potencial de aproveitamento de energia no interior, mas a sua ativação de modo a catalisar o desenvolvimento rural passa pela necessidade de políticas complementares e estruturais de curto, médio e longo prazo.eletrificação rural, desenvolvimento rural, pobreza, Pernambuco, Community/Rural/Urban Development,

    PESCA E AQÜICULTURA COMO TECONOLOGIA DE BACKSTOP

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    A intensificação da pesca extrativa fez com que muitos dos estoques pesqueiros locais e internacionais fossem reduzidos a patamares não sustentáveis ou simplesmente desaparecessem. Por outro lado, o consumo de pescados e frutos do mar em geral tem aumentado com o aumento da renda per capita em praticamente todos os países. Estes fenômenos resultaram em uma alta do preço destes alimentos, propiciando o desenvolvimento de tecnologias de domesticação de espécies e reprodução em cativeiro, tornando atrativa a produção por meio de aqüicultura, limitando o preço e tornando-o relativamente mais estável. Neste sentido, a produção de peixes em cativeiro configura-se como um tipo de “tecnologia de backstop”, que acontece quando se consegue substituir um recurso natural por um produto fabricável a custos constantes e oferta ilimitada, substituto próximo do recurso natural. Para as economias de alguns países emergentes e, no caso específico do Brasil, a produção a custos constantes e preços competitivos no mercado mundial pode se constituir em alternativa das mais interessantes para o país como um todo e para o Nordeste, em especial, dadas as suas vantagens naturais de que dispõe. Além de apresentar a aqüicultura sob este enfoque, este artigo mostra as possibilidades da carcinicultura em estados como Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Introdução:

    EXACERBAÇÃO ROMÂNTICA NA PESQUISA SOCIAL E A ANÁLISE DA MIGRAÇÃO CAMPO-CIDADE EM PERNAMBUCO NO SÉCULO XX

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    A migração campo-cidade ainda é reconhecida por muitos como o resultado inequívoco da deterioração social e ambiental no meio rural decorrentes da reordenação latifundiária ou, no Nordeste brasileiro, do advento das Secas. Sem alternativas, as famílias são obrigadas a migrar. Os cientistas sociais não raro aludem ao fenômeno do “êxodo rural” para caracterizar a perene e volumosa transferência do homem do interior para a cidade grande. Contudo, uma investigação mais acurada levanta contestações à esta hipótese como explicação para a urbanização acelerada do país no século XX. Embora menos romântico que a primeira explicativa, as famílias decidem migrar para melhorar de vida. Enxergam a cidade como alternativa para escapar da pobreza atávica de seu meio. Não se trata de um expulsionismo determinista, mas um atrativismo possibilista o que prepondera a médio e longo prazo. Neste sentido, procura-se enfocar a questão durante a segunda metade do século XX, aplicada a Pernambuco, tomando-o como emblemático para outros estados brasileiros, inclusive para a migração inter-regional. Como será demonstrado, muito embora a imagem do retirante da seca ainda se constitua a típica representação do homem migrante nordestino - ao encontro do imaginário urbano-burguês – são a roda do trem, o chão da fábrica, o emprego doméstico, as luzes da cidade, as economias de aglomeração urbana, os determinantes principais da mudança de contingentes populacionais tão grandes

    O PROGRAMA ESTADUAL DE ELETRIFICAÇÃO RURAL EM PERNAMBUCO NO PERÍODO 1998-2002: ONDE ESTÁ A DEMANDA POR ENERGIA?

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    Uma análise do programa de eletrificação rural no estado de Pernambuco entre os anos de 1998 e 2002 mostra que a demanda total por energia elétrica não acompanhou a expansão da oferta via ampliação da cobertura de atendimento. Com efeito, estudos sobre políticas de eletrificação e seus efeitos no bem-estar e na estrutura produtiva das comunidades atendidas não são freqüentes no país e muito raros no Nordeste. A eletrificação ainda é vista pura e simplesmente como panacéia para a pobreza rural, sem se empregar ações complementares de educação para o consumo e ações de melhoria na estrutura produtiva das novas populações atendidas. A chegada da rede de energia elétrica ou outras fontes de energia a áreas remotas é fortemente desejável – isto está fora de questão – mas sem políticas complementares, os resultados podem ser pífios. Dados de fontes primárias da concessionária de eletricidade de Pernambuco, CELPE, apontam para uma aparente incongruência: embora o número de domicílios atendidos tenha aumentado substancialmente, a demanda conjunta permaneceu praticamente constante (diferentemente do que aconteceu em outros estados cuja demanda cresceu de modo compatível à expansão da oferta). Neste artigo, serão apontadas hipóteses explicativas, como a falta de preparo do morador rural para a utilização da energia adicional e a utilização dos programas de energização para finalidade política. Resta latente um grande potencial de aproveitamento de energia no interior, mas a sua ativação de modo a catalisar o desenvolvimento rural passa pela necessidade de políticas complementares e estruturais de curto, médio e longo prazo

    Dinâmica subnacional e lógica centro-periferia: os impactos do Mercosul na economia política dos estados de Pernambuco, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul Subnational dynamics vs. center-periphery logic: the impact of Mercosur on the political economy of Pernambuco, Bahia, São Paulo and Rio Grande do Sul

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    Neste artigo procura-se associar os estudos teóricos relacionados à temática centro-periferia, multi-level governance, federalismo cooperativo e positive and negative integration à realidade empírica das unidades subnacionais no seio do Mercosul. São ainda efetuadas pesquisas de campo junto a atores políticos e representações de agentes econômicos a fim de privilegiar fontes primárias de informação e desta forma analisar comparativamente os impactos do Mercado Comum do Sul na economia política dos estados de Pernambuco, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul, assim como em suas respectivas capitais.<br>This article seeks to associate the theoretical devices related to the center-periphery theme, multi-level governance, federalism and positive/negative integration to the very reality of subnational unities within Mercosur. Some field inquiries with economical agents and political actors are subsequently considered in order to favor primary sources of information. Finally this text proposes to scrutinize the impact of the Southern Common Market on the political economy of Pernambuco, Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul and their respective capitals

    Notas sobre a formação social do Nordeste Some notes on the social formation of the Brazilian Northeast region

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    Este trabalho examina o processo de formação da região Nordeste do Brasil, situando-o em uma longa temporalidade, desde o período colonial até os dias atuais. No entanto, está em desacordo com duas principais visões sobre aquele processo. A primeira percebe a região como um ente histórico existente desde as origens coloniais do Brasil e a segunda reduz a região a uma criação de suas oligarquias para assegurar seus privilégios, domínio e perpetuação no poder. Situado entre essas visões, este trabalho propõe uma outra via de interpretação da formação regional do Nordeste, colocando-a no plano da história. Assim, a formação da região somente alcança pleno sentido quando inserida em uma cronologia política que é, também, a cronologia política da formação da Nação brasileira.<br>This article examines the formation of the Brazilian Northeast region, set in a long temporality, from the colonial era to the current days. It is in disagreement with two main views of that process. The first one considers the Northeast region as an historical entity existing since the colonial times. The second reduces the region to a criation of its oligarchies in order to ensure their privileges, their domination and the presevation of their power. Located in between such views, this article offers another way of interpreting the Northeast regional formation, laying it on the historical plan. In that way, the formation of the region issues its entire meaning when we link it up with the political chronology, which is also the political chronology of the formation of the Brazilian nation
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