3 research outputs found

    Political conscience and humanization of childbirth: the struggle for the right to the training of midwives at the University of São Paulo

    No full text
    O ressurgimento da obstetrícia como profissão autônoma após mais de três décadas do fechamento do último curso de formação direta no Brasil apresenta-se no contexto das necessárias políticas de humanização da assistência à saúde materno-infantil, quando o país responde pelos piores índices de resultado, sendo um dos mais violentos do mundo e com o maior percentual de cesarianas desnecessárias. Diante desse quadro e da observação de que corporações profissionais autárquicas representativas da medicina e da enfermagem parecem se opor à disseminação de novas práticas encampadas pelo Ministério da Saúde por meio de diretrizes e regulamentações em consonância com organismos internacionais de referência na área, este trabalho busca analisar os elementos formadores da consciência política de integrantes do movimento da obstetrícia na Universidade de São Paulo, trazendo as vozes de ex-alunos e docentes da Graduação em Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH-USP) e representantes da Associação de Alunos e Egressos do Curso de Obstetrícia da Universidade de São Paulo (AO-USP) por meio de entrevistas semiestruturadas em que se buscaram elementos para a compreensão de seu papel na luta por uma identidade positiva da profissão, a melhoria na atenção à saúde da mulher no país e à afirmação de seus direitos fundamentais instituídos pelo Sistema Único de Saúde na Constituição de 1988. A compreensão da formação da consciência política acerca do movimento da obstetrícia à luz das dimensões propostas no Modelo da Consciência Política de Salvador Sandoval contribui para a clarificação dos elementos macro e micro políticos que agem contra e a favor do movimento de humanização do parto e nascimento e sua importância para a superação da realidade de violência e desrespeito aos direitos femininos no campo da assistência à saúde. Com a proposição do novo curso, pôde-se construir um espaço de formação baseado nos princípios da humanização, que norteiam as práticas em saúde em muitos países, recorrendo-se às melhores tecnologias disponíveis nas ciências biomédicas e humanas, contribuindo para um olhar inovador em nosso país quanto à formação de profissionais aptos a exercer uma assistência de qualidade e não violentaAfter more than three decades of closure of formal obstetrician studies, in a moment of desperate need for humanization policies in mother-child health assistance, we see the option of autonomous obstetrics reappearing when Brazil lives the worst record of unnecessary cesarean procedures. Amidst this scenario, and the observation that government representatives of medical and nursing departments seem to oppose the dissemination of the new practices approved by the Ministry of Health, in alignment with international organizations that are a reference in this area, this study will analyze the elements which build the political consciousness of members of the obstetrician movement in the University of São Paulo by bringing to light the voices of former students and professors of the grad course Graduação em Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH-USP) and representatives of the obstetrician course student association Associação de Alunos e Egressos do Curso de Obstetrícia da Universidade de São Paulo (AO-USP). Data was collected through semi structured interviews where we sought to find elements to understand the strive for a positive identity of this profession, the improvement of the care for women health and the affirmation of their fundamental rights instituted by the Central health Constitution of 1988. The comprehension of the formation of the political consciousness in light of the dimensions proposed in Salvador Sandoval\'s Political Consciousness Model, contributes to the clarification of macro and micro political elements that act against and in favor of the birth humanization as well as its importance to overcoming the reality of violence and disrespect to human rights in the health assistance field. With the proposition of the new course, it was possible to construct a training space based on the principles of humanization, which guide health practices in many countries, using the best available technologies in the biomedical and human sciences thus contributing to an innovative look in our country regarding the training of professionals able to provide quality and non-violent assistanc

    Political conscience and humanization of childbirth: the struggle for the right to the training of midwives at the University of São Paulo

    No full text
    O ressurgimento da obstetrícia como profissão autônoma após mais de três décadas do fechamento do último curso de formação direta no Brasil apresenta-se no contexto das necessárias políticas de humanização da assistência à saúde materno-infantil, quando o país responde pelos piores índices de resultado, sendo um dos mais violentos do mundo e com o maior percentual de cesarianas desnecessárias. Diante desse quadro e da observação de que corporações profissionais autárquicas representativas da medicina e da enfermagem parecem se opor à disseminação de novas práticas encampadas pelo Ministério da Saúde por meio de diretrizes e regulamentações em consonância com organismos internacionais de referência na área, este trabalho busca analisar os elementos formadores da consciência política de integrantes do movimento da obstetrícia na Universidade de São Paulo, trazendo as vozes de ex-alunos e docentes da Graduação em Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH-USP) e representantes da Associação de Alunos e Egressos do Curso de Obstetrícia da Universidade de São Paulo (AO-USP) por meio de entrevistas semiestruturadas em que se buscaram elementos para a compreensão de seu papel na luta por uma identidade positiva da profissão, a melhoria na atenção à saúde da mulher no país e à afirmação de seus direitos fundamentais instituídos pelo Sistema Único de Saúde na Constituição de 1988. A compreensão da formação da consciência política acerca do movimento da obstetrícia à luz das dimensões propostas no Modelo da Consciência Política de Salvador Sandoval contribui para a clarificação dos elementos macro e micro políticos que agem contra e a favor do movimento de humanização do parto e nascimento e sua importância para a superação da realidade de violência e desrespeito aos direitos femininos no campo da assistência à saúde. Com a proposição do novo curso, pôde-se construir um espaço de formação baseado nos princípios da humanização, que norteiam as práticas em saúde em muitos países, recorrendo-se às melhores tecnologias disponíveis nas ciências biomédicas e humanas, contribuindo para um olhar inovador em nosso país quanto à formação de profissionais aptos a exercer uma assistência de qualidade e não violentaAfter more than three decades of closure of formal obstetrician studies, in a moment of desperate need for humanization policies in mother-child health assistance, we see the option of autonomous obstetrics reappearing when Brazil lives the worst record of unnecessary cesarean procedures. Amidst this scenario, and the observation that government representatives of medical and nursing departments seem to oppose the dissemination of the new practices approved by the Ministry of Health, in alignment with international organizations that are a reference in this area, this study will analyze the elements which build the political consciousness of members of the obstetrician movement in the University of São Paulo by bringing to light the voices of former students and professors of the grad course Graduação em Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH-USP) and representatives of the obstetrician course student association Associação de Alunos e Egressos do Curso de Obstetrícia da Universidade de São Paulo (AO-USP). Data was collected through semi structured interviews where we sought to find elements to understand the strive for a positive identity of this profession, the improvement of the care for women health and the affirmation of their fundamental rights instituted by the Central health Constitution of 1988. The comprehension of the formation of the political consciousness in light of the dimensions proposed in Salvador Sandoval\'s Political Consciousness Model, contributes to the clarification of macro and micro political elements that act against and in favor of the birth humanization as well as its importance to overcoming the reality of violence and disrespect to human rights in the health assistance field. With the proposition of the new course, it was possible to construct a training space based on the principles of humanization, which guide health practices in many countries, using the best available technologies in the biomedical and human sciences thus contributing to an innovative look in our country regarding the training of professionals able to provide quality and non-violent assistanc

    Trabalhadora e mãe: papéis, identidade, consciência política e democracia

    No full text
    Faced to the complexity of contemporary women's life, we raised some questions about the main conflicts of working and motherhood conjunction. The increasing inclusion of women in the market, occupying positions previously exclusive for males, highlights their work skills, but entirely ignores the individuality of women compared to the man, who had not experienced body transformations imposed by the generation of a family, and does not play the same responsibility to the offspring care. Based on a brief literature review about maternity and women's work, we noted the motherhood representation is persistent, demanding women keeping to be mothers even while working - despite the adverse conditions which make those functions painful - and censure the choice for one of those experiences: the maternity exclusively; or primary work and do not include maternity plan. It has been shown the importance of that debate to reinforce the working policies aiming equity of gender in the modern society.Face à la la complexité de la vie des femmes contemporaines, quelques questions se posent sur les principaux conflits qui résultent de la conjonction entre le travail et la maternité. De nos jours, la plus grande inclusion des femmes dans le marché du travail - et leur ascension à des postes auparavant exclusivement masculins - indique la reconnaissance de leurs compétences professionnelles, mais ignore totalement la particularité de leur statut par rapport à l'homme qui travaille, qui ne subit pas dans son corps les transformations imposées pour la génération d'une famille, et ne joue pas avec la même responsabilité de prendre soin de la progéniture. A partir d'une bref analyse de la littérature sur la maternité et le travail des femmes, nous avons constaté la persistance de représentations exaltées de la maternité, qui font pression sur les femmes pour qu'elles soyent mères tout en travaillant - en dépit des conditions défavorables qui rendent pénible cette conciliation - et reprochent la femme qui choisit une de ces expériences: la maternité exclusive; ou le travail comme une priorité complète, qui ne comprend pas la concéption de la maternité. Les auteurs signalent l'importance de ce débat pour le renforcement des politiques de travail en tant que proposition objective envers l'équité des sexes dans la société actuelle.Diante da complexidade da vida da mulher contemporânea, levantou-se algumas questões sobre os principais conflitos que surgem da conjunção entre trabalho e maternidade. A maior inclusão da mulher no mercado de trabalho - e sua ascensão a cargos antes exclusivamente masculinos - aponta para o reconhecimento de suas competências laborais, mas desconsidera inteiramente a peculiaridade da sua condição em relação ao trabalhador homem, que não vivencia em seu corpo as transformações impostas pela geração de uma família, e não desempenha com a mesma responsabilidade o cuidado com a prole. A partir de uma breve revisão bibliográfica sobre maternidade e trabalho feminino, observou-se a persistência de representações enaltecedoras da maternidade, que pressionam as mulheres para que sejam mães enquanto trabalham - apesar das condições adversas que tornam penosa essa conciliação - e recriminam a escolha por uma destas vivências: a maternidade exclusiva ou o trabalho como prioridade integral, que não inclua o projeto de maternidade. Apontou-se a importância desse debate para o fortalecimento das políticas trabalhistas como proposição objetiva rumo à equidade de gênero na sociedade atual.Frente a la complejidad de la vida de la mujer contemporánea, planteamos algunas preguntas sobre los principales conflictos que surgen de la conjunción entre el trabajo y la maternidad. La mayor inclusión de las mujeres en el mercado laboral - y su ascenso a posiciones antes exclusivamente masculinas - puntos clave para el reconocimiento de sus habilidades al trabajo, pero ignora por completo la peculiaridad de su situación en relación al trabajador hombre, que no experimenta las transformaciones corporales impuestas por la formación de una familia y no desarrolla con la misma responsabilidad el cuidado de la prole. A partir de una breve revisión literaria de la maternidad y el trabajo de las mujeres, se ha señalado la persistencia de representaciones consolidadoras de la maternidad al presionarlas a que sean madres mientras trabajadoras - a pesar de las condiciones adversas que hacen dolorosa esta combinación - y la recriminación a la elección de uno de los roles: la maternidad exclusiva; o el trabajo como prioridad integral que no incluya el escenario del ser madre. Este trabajo apunta la importancia sobre este debate para la fortificación de las políticas laborales como proposición objetiva rumbo a la equidad de géneros en la sociedad actual
    corecore