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    Níveis séricos da testosterona e da globulina ligadora dos esteroides sexuais em homens saudáveis : relação com a idade, índice de massa corporal e resistência insulínica

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    A testosterona é um hormônio esteroide que regula as funções reprodutivas masculinas, sendo transportada no plasma ligada a duas proteínas: a globulina ligadora de hormônios sexuais, do inglês sex hormone-binding globulin (SHBG) e a albumina. A ligação entre a testosterona e a SHBG torna-a indisponível aos tecidos, sendo os níveis de SHBG influenciados por diversos fatores hormonais, metabólicos e fisiológicos. A fração de testosterona circulante que não está ligada às proteínas plasmáticas, cerca de 1 a 4% da testosterona total (TT), é chamada de testosterona livre (TL), que, de acordo com a teoria do hormônio livre, é a forma ativa do esteroide. O termo testosterona biodisponível (Tbio) refere-se à fração da testosterona circulante que não está ligada à SHBG e representa a soma de TL com a fração ligada à albumina, sendo que a ligação com esta é mais fraca. Para o diagnóstico de hipogonadismo masculino, recomenda-se inicialmente a dosagem da testosterona total. No caso de valores no limite inferior da normalidade e na presença de fatores que possam afetar os níveis de SHBG, recomenda-se a análise da TL ou Tbio que, por dificuldades metodológicas são mais amplamente obtidas através de cálculos a partir dos valores de TT, SHBG e albumina. No entanto, existem ainda grandes obstáculos quanto à disponibilidade limitada de valores normativos para estes hormônios, ressaltando a necessidade de atualizar intervalos de referências que sejam confiáveis, rastreáveis e representativos da população que se pretende avaliar. O presente estudo teve como objetivos: a) Analisar os níveis da testosterona total e frações e SHBG em homens saudáveis e avaliar a influência da idade, índice de massa corporal (IMC) e da resistência insulínica sobre esses resultados. b) Estudar o uso de valor fixo pré-estabelecido de albumina ou a necessidade da dosagem desta proteína para o cálculo da TL. c) Estabelecer intervalos de referência da testosterona total, livre e biodisponível e SHBG para homens adultos de acordo com a faixa etária. Foram incluídos 140 homens saudáveis, não obesos, com idade média de 41±13 anos (18-67 anos), sendo 79% brancos. Após a divisão da amostra em tercis de idade, sem haver diferenças relevantes nos parâmetros metabólicos entre 9 os 3 grupos, os níveis de SHBG encontrados no tercil superior (>50 anos) foram mais elevados em comparação aos dos grupos mais jovens. A dosagem da TT foi semelhante nos três grupos, porém foi encontrada diferença significativa na TL calculada e na Tbio, sendo as dosagens mais baixas no tercil superior comparadas aos outros tercis. Resultados obtidos a partir de regressão linear múltipla mostraram que a SHBG aumenta 0,6 nmol/ L por ano enquanto a TL e a Tbio diminuem respectivamente 0,08 e 2,3 ng/dL a cada ano de vida. A SHBG e a TT também diminuem a cada aumento no índice de resistência à insulina (triglicerídeos/HDL); 1,7 nmol/L e 18,5 ng/dL, respectivamente. Devido à idade >50 anos ter apresentado diferença estatística tanto para a SHBG como para TL e Tbio, analisamos seus percentis, a fim de propormos novos valores de referência (VR) para homens adultos (percentil 2,5 e 97,5). Os VR de SHBG foram definidos como 16-57 nmol/L para homens de 18-50 anos e de 21-82 nmol/L para as idades de 51-67 anos. Para a TLc, os VR foram de 5-16 ng/dL e de 4-11 ng/dL, respectivamente. A TT não foi afetada pela idade, sendo os VR para o grupo total de 206-805 ng/dL. Além disso, foi encontrada diferença estatisticamente significativa ao analisarmos o cálculo da TL usando valor fixo de albumina de 4,3 g/dL conforme proposto por Vermeulen vs. o valor da albumina medida no voluntário, mas não encontramos diferença entre os dois cálculos quando usado o valor fixo de albumina em 4,8 g/dL. Em conclusão, existe variação das dosagens de SHBG, TL e Tbio com a idade, indicando a necessidade da obtenção de valores de referência diferenciados. Os valores de TT não se mostram reduzidos com a idade, possivelmente devido ao aumento da SHBG e à população ter limite máximo de 67 anos. Para o cálculo da TL, sugerimos que seja utilizada a medida da albumina dosada simultaneamente à TT e SHBG, ou na falta desta dosagem, que seja usado o valor de 4,8 g/dL. As variações encontradas entre diferentes populações para valores de referência utilizados, distintos métodos, unidades de medida entre outros, realça a importância da harmonização dos intervalos de referência e unidades de medidas utilizadas

    2009 CKD-EPI glomerular filtration rate estimation in Black individuals outside the United States: a systematic review and meta-analysis

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    peer reviewedABSTRACT Background The 2009 Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKD-EPI) equation is the most used equation to estimate glomerular filtration rate (GFR), with race being a factor thereof, increasing GFR by 16% in self-identified Black persons compared with non-Black persons. However, recent publications indicate that it might overestimate GFR for Black adults outside the USA. In this meta-analysis, we assessed the accuracy, evaluated by the percentage of estimated GFR within 30% of measured GFR (P30), of the 2009 CKD-EPI equation in estimating GFR with and without the race coefficient in Black individuals outside the United States of America (USA). Methods We searched MEDLINE and Embase from inception to 9 July 2022, with no language restriction, supplemented by manual reference searches. Studies that assessed the CKD-EPI P30 accuracy with or without the race coefficient in Black adults outside the USA with an adequate method of GFR measurement were included. Data were extracted by independent pairs of reviewers and were pooled using a random-effects model. Results We included 11 studies, with a total of 1834 Black adults from South America, Africa and Europe. The race coefficient in the 2009 CKD-EPI equation significantly decreased P30 accuracy {61.9% [95% confidence interval (CI) 53–70%] versus 72.9% [95% CI 66.7–78.3%]; P = .03}. Conclusions Outside the USA, the 2009 CKD-EPI equation should not be used with the race coefficient, even though the 2009 CKD-EPI equation is not sufficiently accurate either way (<75%). Thus we endorse the Kidney Disease: Improving Global Outcomes guidelines to use exogenous filtration markers when this may impact clinical conduct
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