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    Mortalidade e morbidade em crianças e adolescentes por COVID-19 no Brasil

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    Objetivos: descrever a evolução temporal da morbidade e mortalidade por COVID-19 e síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica temporalmente associada à COVID-19, a SIM-P, em crianças e adolescentes brasileiros.   Métodos: Trata-se de estudo descritivo, baseado em dados secundários oficiais. A mortalidade por COVID-19 foi analisada de acordo com os dados do Portal da Transparência do Registro Civil. A morbimortalidade por SIM-P foi verificada a partir de boletins epidemiológicos estaduais e federal. Resultados: no período de um ano registraram-se 2.346 óbitos por COVID-19 em crianças e adolescente. Do total, 78% são óbitos entre adolescentes, que vem aumentando exponencialmente em 2021, na segunda onda da epidemia. A taxa de mortalidade por COVID-19 nas crianças foi de 1,8 por 100 mil habitantes, enquanto em adolescentes foi três vezes maior (5,6 por 100 mil habitantes). A SIM-P foi notificada em 26 das 27 Unidade da Federação e 77% dos casos incidem em menores de 10 anos. Conclusões: o aumento da morbimortalidade por COVID-19 em crianças e adolescentes   reforça a necessidade de medidas drásticas de contenção da epidemia. A COVID-19 apresenta consequências a curto e longo prazo, podendo comprometer a saúde de crianças e adolescentes, além de interferir no seu desenvolvimento integral, atividade física, socialização adequada, desempenho escolar e, futuramente, na sua inserção plena na sociedade.O objetivo do estudo é caracterizar o perfil de morbimortalidade por COVID-19 e síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica temporalmente associada à COVID-19 (SIM-P) em crianças e adolescentes. Foram analisadas bases de dados e documentos oficiais de 2019 a 2021. O número de óbitos foi obtido do Portal da Transparência do Registro Civil (2020-2021) e do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (2019). A taxa de mortalidade geral e por COVID-19 padronizada por sexo e faixa etária para cada Unidade da Federação (UF) foi calculada. Os dados sobre a SIM-P foram obtidos a partir de boletins epidemiológicos das UF e do governo federal (2020-2021). No período analisado foram registrados 2.190 óbitos por COVID-19, sendo 77,7% em adolescentes. A taxa de mortalidade geral nas crianças e adolescentes foi de 16,6 por 10 mil habitantes e a de COVID-19 foi 0,3 por 100 mil habitantes; a taxa de mortalidade diferiu entre as UFs e grupos etários. A SIM-P foi notificada em 24 das 27 UFs em 2020-2021, com maior incidência no Distrito Federal. Discute-se a recomendação de qualificação profissional para o diagnóstico e assistência de casos de SIM-P no Brasil. Urgem medidas drásticas de contenção da epidemia, especialmente em adolescentes, cujo número de mortes vem se sobrepondo a cada dia. Há divergência sobre a segurança de aulas presenciais, pois com epidemia fora de controle a aglomeração de jovens deve ser evitada. A COVID-19 tem consequências a curto e longo prazo, podendo comprometer a saúde de crianças e adolescentes, interferindo no seu desenvolvimento integral, na socialização adequada, no desempenho escolar e, futuramente, na sua inserção plena na sociedade

    COVID-19 and MIS-C : morbidity and mortalityinchildren and adolescentsinBrazil,2020-2021

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    Situação: O preprint foi submetido para publicação em um periódico.Objetivos: descrever a evolução temporal da morbidade e mortalidade por COVID-19 e síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica temporalmente associada àCOVID-19, a SIM-P, em crianças e adolescentes brasileiros. Métodos: trata-se de estudo descritivo, baseado em dados secundários oficiais. A mortalidade por COVID-19foi analisada de acordo com os dados do Portal da Transparência do Registro Civil. A morbimortalidade por SIM-P foi verificada a partir de boletins epidemiológicos estaduais e federal. Resultados: no período de um ano registraram-se 2.346óbitospor COVID-19 em crianças e adolescente. Do total, 78%são óbitos entre adolescentes, que vem aumentando exponencialmente em 2021, na segunda onda da epidemia. A taxa de mortalidade por COVID-19 nas crianças foi de 1,8por 100milhabitantes,enquanto em adolescentes foi três vezes maior (5,6 por 100 mil habitantes). A SIM-P foi notificada em 26 das 27 Unidade da Federação e 77% dos casos incidem em menores de 10anos.Conclusões: o aumento da morbimortalidade por COVID-19 em crianças e adolescentes reforça a necessidade de medidas drásticas de contenção da epidemia. A COVID-19 apresenta consequências a curto e longo prazo, podendo comprometer a saúde de crianças e adolescentes, além de interferir no seu desenvolvimento integral, atividade física, socialização adequada, desempenho escolar e, futuramente, na sua inserção plena na sociedadeObjectives: to describe the temporal evolution of morbidity and mortality due to COVID-19 and pediatric multisystemicinflammatory syndrome temporally associated with COVID-19, MIS-C, in Brazilian children and adolescents.Methods: This is a descriptive study, based on official secondary data. Mortality due to COVID-19 was analyzed according to data from the Civil Registry Transparency Portal. MIS-Cmorbidity and mortality was verified using state and federal epidemiological bulletins.Results: within a year 2,346 deaths from COVID-19 were recorded in children and adolescent. From this total78% are deaths among adolescents, which has been increasing exponentially in 2021, in the second wave of the epidemic. The mortality rate due to COVID-19 in children was 1.8 per 100 thousand inhabitants, while in adolescents it was three times higher (5.6 per 100 thousand inhabitants).MIS-Cwas notified in 26 of the 27 Federation Units and 77% of the cases are in children under 10 years old.Conclusions: the increase in COVID-19 morbidity and mortality in children and adolescents reinforces the need for drastic measures to contain the epidemic. COVID-19 has short-and long-term consequences, which can compromise the health of children and adolescents, in addition to interfering in their integral development, physical activity, adequate socialization, school performance and, in the future, their full insertion in societ

    Fluxo de internação por COVID-19 nas regiões de saúde do Brasil

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    Objective: To investigate the flows of hospitalizations for COVID-19 in the 450 regions and 117 Brazilian health macro-regions between March and October 2020. Method: Descriptive study, comprising all hospitalizations due to COVID-19 registered in the Flu Epidemiological Surveillance Information System (SIVEP-Gripe) between the 8th and 44th epidemiological weeks of 2020. The proportion of hospitalizations for COVID-19 occurred within same health region of residency was calculated, stratified according to periods of greater and lesser demand for health care, according to the population size of health regions. The indicator of migratory efficacy was calculated, which takes into account the evasion and invasion of patients, by crossing the data of origin of the patients (health region of residence) with the data of the place of hospitalization (health region of attendance). Results: 397,830 admissions were identified for COVID-19 in the period. Evasion was 11.9% of residents in health regions and 6.8% in macro-regions, pattern that was maintained during the peak period of hospitalizations for COVID-19. There was an average of 17.6% of evasion of residents of health regions in the Northeast and of 8.8% in health regions of the South. Evasion was more accentuated in health regions with up to 100 thousand / inhabitants (36.9%), which was 7 times greater than that observed in health regions with more than 2 million / inhabitants (5.2%). The negative migratory efficacy indicator (-0.39) indicated a predominance of evasion. Of the 450 Brazilian health regions, 117 (39.3%) had a coefficient of migratory efficacy between -1 and -0.75 and 113 (25.1%) between -0.75 and -0.25. Conclusion: The results indicate that the regionalization of the health system proved to be adequate in the organization of care in the territory, however the long distances traveled are still worrying.Objetivo: Investigar os fluxos de internações por COVID-19 nas 450 regiões e 117 macrorregiões de saúde brasileiras no período de março a outubro de 2020. Método: Estudo descritivo, compreendendo todas as internações por COVID-19 registradas no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) entre a 8ª e a 44ª semanas epidemiológicas de 2020. Foi calculada a proporção das internações por COVID-19 realizadas pelos residentes que ocorreram dentro da sua respectiva região de saúde, estratificado segundo períodos de maior e menor demanda de internações e segundo o porte populacional das regiões de saúde. Foi calculado o indicador de eficácia migratória, que leva em consideração a evasão e invasão de pacientes, por meio do cruzamento dos dados de origem dos pacientes (região de saúde de residência) com os dados do local da realização das internações (região de saúde de atendimento). Resultados: Foram identificadas 397.830 internações por COVID-19 no Brasil. A evasão foi de 11,9% dos residentes nas regiões de saúde e de 6,8% nas macrorregiões; o padrão que se manteve também no período de pico das internações por COVID-19. Houve em média 17,6% de evasão dos residentes das regiões de saúde do Nordeste e de 8,8% nas regiões de saúde do Sul. A evasão foi mais acentuada nas regiões de saúde com até 100 mil/hab. (36,9%), a qual foi 7 vezes maior que a verificada nas regiões de saúde com mais de 2 milhões/habitantes (5,2%). O indicador de eficácia migratória negativo (-0,39) indicou predomínio da evasão. Das 450 regiões de saúde brasileiras, 117 (39,3%) apresentaram coeficiente de eficácia migratória entre -1 e -0,75 e 113 (25,1%) entre -0,75 e -0,25. Conclusão: Os resultados indicam que a regionalização do sistema de saúde mostrou-se adequada na organização do atendimento no território, porém as longas distâncias percorridas ainda são preocupante

    Implementação de protocolos clínicos ou diretrizes terapêuticas no Brasil: diretrizes resumidas

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    Introdução: No Brasil, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) é responsável pela elaboração e atualização dos Protocolos Clínicos ou Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde. A publicação de Diretrizes em formato resumido é uma das estratégias para auxiliar na implementação dos Protocolos Clínicos ou Diretrizes Terapêuticas (1). Por meio da tradução do conhecimento, esses documentos resumem as principais informações das diretrizes publicadas. Objetivos: Descrever as Diretrizes em formato resumido publicadas pelo Ministério da Saúde e a experiência brasileira na tradução do conhecimento de Protocolos Clínicos ou Diretrizes Terapêuticas. Material e Método: Foi realizado um estudo descritivo da estratégia de implementação dos Protocolos Clínicos ou Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde por meio das diretrizes resumidas, e apresentado um recorte temporal das Diretrizes resumidas publicadas entre janeiro e maio de 2023. Resultados: Todos os Protocolos Clínicos ou Diretrizes Terapêuticas publicados pelo Ministério da Saúde são elegíveispara elaboração das Diretrizes Resumidas. Profissionais de saúde da Coordenação-Geral de Gestão de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde elaboram as versões resumidas. Após elaboração e trabalho gráfico, um layout específico, com um visual mais atrativo, é desenvolvido, e a versão resumida apresenta os principais tópicos e recomendações extraídas dos Protocolos Clínicos ou Diretrizes Terapêuticas. De janeiro a maio de 2023, foram publicadas dezessete Diretrizes Resumidas: Insuficiência Adrenal; Espasticidade; Leucemia Mielóide Crônica do Adulto; Distúrbio Mineral Ósseo na Doença Renal Crônica; Profilaxia Pós-Exposição de Risco de Infecção pelo HIV, Infecções Sexualmente Transmissíveis e Hepatites Virais; Retocolite Ulcerativa; Imunossupressão em Transplante renal; Lúpus Eritematoso Sistêmico; Diagnóstico Etiológico da Deficiência intelectual; Diagnóstico e Tratamento da Doença de Fabry; Melanoma Cutâneo; Ictioses Hereditárias; Osteogênese Imperfeita; Comportamento Agressivo no Transtorno do Espectro do Autismo; Hepatite Autoimune; Puberdade Precoce Central; e Síndrome de Falência Medular. Discussão e Conclusões: As Diretrizes resumidas apoiam a disseminação e implementação dos Protocolos Clínicos ou Diretrizes Terapêuticas, corroborando com as ações do Ministério da Saúde. Esses documentos usam a tradução do conhecimento para o alcance de um maior número de usuários do sistema de saúde nacional e partes interessadas
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