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Vulnerabilidade vs. resiliĂŞncia no transtorno bipolar : avaliação de fatores clĂnicos, cognitivos, psicossocias e biolĂłgicos em familiares de 1Âş grau
EvidĂŞncias apontam que o transtorno bipolar (TB) Ă© uma doença multifatorial associada a alterações em neurotrofinas, em processos inflamatĂłrios, em parâmetros cognitivos e no funcionamento psicossocial. AlĂ©m disso, constatou-se que no TB há sinais de um processo de envelhecimento acelerado, como, por exemplo, o encurtamento de telĂ´meros. O TB Ă© uma doença com alto componente de herdabilidade. Dados apontam para a existĂŞncia de alterações neurobiolĂłgicas em indivĂduos nĂŁo afetados com risco genĂ©tico para TB, isto Ă©, familiares de 1Âş grau. Portanto, o objetivo deste estudo foi examinar marcadores biolĂłgicos, cognitivos e de funcionamento em pacientes com TB, seus irmĂŁos e controles saudáveis. Os resultados do estudo desenvolvido para esta tese estĂŁo agrupados em dois artigos : 1) “Comparação do desempenho cognitivo e funcionamento psicossocial em pacientes com transtorno bipolar, irmĂŁos e controles saudáveis” e 2) “Comprimento de telĂ´meros, estresse oxidativo, inflamação e nĂveis de BDNF entre irmĂŁos de pacientes com transtorno bipolar: implicações para o envelhecimento celular acelerado”. No primeiro artigo, relatamos os resultados da avaliação do funcionamento psicossocial e dos testes neuropsicolĂłgicos. No segundo artigo, apresentamos dados sobre nĂveis sĂ©ricos de neurotrofinas, interleucinas, quimiocinas, marcadores de estresse oxidativo e comprimento dos telĂ´meros. Ambos reforçam a ideia de que traços ou alterações neurobiolĂłgicas estĂŁo presentes de forma atenuada em familiares de paciententes com TB. Resultados sugerem que irmĂŁos nĂŁo afetados podem apresentar sinais de envelhecimento precoce (encurtamento de telĂ´meros) e pior desempenho na funcionalidade psicossocial quando comparados com controles saudáveis. Os presentes resultados podem contribuir para o desenvolvimento de marcadores em estudos de populações com risco genĂ©tico e podem auxiliar em pesquisas que buscam identificar endofenĂłtipos. Pesquisas futuras sĂŁo necessárias para melhorar o conhecimento nesta área, sendo de fundamental importância a realização de estudos prospectivos com longo tempo de seguimento.There is growing evidence that bipolar disorder (BD) is a multifactorial illness associated with alterations in neurotrophins, inflammation, cognitive and psychosocial functioning. Also, there is association between BD and signs of accelerated aging, such as telomeres shortening. The high heritability of BD has been shown through familial incidence. Rising evidence supports the existence of neurobiological trait abnormalities in individuals at genetic risk for BD. Therefore, the aim of this study was to examine if there are differences in biological markers, cognitive performance and functioning between BD patients, their siblings and healthy controls. The results from this thesis are organized in two articles: 1) Comparison of cognitive performance and psychosocial functioning in patients with bipolar disorder, siblings and healthy controls and 2) Telomere length, oxidative stress, inflammation and BDNF levels among siblings of patients with bipolar disorder: implications for accelerated cellular aging. In the first study psychosocial functioning and a battery of neuropsychological tests were accessed. In the second study, we measured serum brain-derived neurotrophic factor, interleukins, chemokines, oxidative stress markers and telomere length. These studies reinforce the idea of functional and neurobiological trait abnormalities in individuals at genetic risk for BD. The results suggest that unaffected siblings may present accelerated aging features and poor functional performance compared to healthy controls. These findings are in line with the similar genetic background to patients with BD, and may contribute to development of prodromal markers or determining endophenotypes traits. Future prospective studies are needed to confirm and further understand the clinical meaning of these findings
Diferenças entre as estratégias de coping em pacientes adultos com transtorno bipolar e seus familiares em comparação com controles saudáveis
Introduction: The objective of this study was to compare patients with bipolar disorder (BD), their first-degree relatives and a group of healthy controls in terms of use of adaptive and maladaptive coping strategies, exploring differences between specific types of strategies and their correlations with clinical variables. Methods: This was a cross-sectional study enrolling 36 euthymic patients with BD, 39 of their first-degree relatives and 44 controls. Coping strategies were assessed using the Brief COPE scale. Results: Significant differences were detected in the use of adaptive and maladaptive strategies by patients, their firstdegree relatives and controls. Patients used adaptive strategies less often than the patients’ relatives (p<0.001) and controls (p=0.003). There was no significant difference between firstdegree relatives and controls (p=0.707). In contrast, patients (p<0.001) and their relatives (p=0.004) both exhibited higher scores for maladaptive coping than controls. There was no significant difference regarding the use of maladaptive strategies between patients and their relatives (p=0.517). Conclusions: First-degree relatives were at an intermediate level between patients with BD and controls regarding the use of coping skills. This finding supports the development of psychosocial interventions to encourage use of adaptive strategies rather than maladaptive strategies in this population.Introdução: O objetivo deste estudo foi comparar os pacientes com transtorno bipolar (TB), seus familiares de primeiro grau e um grupo de controles saudáveis em termos de uso de estratĂ©gias adaptativas e nĂŁo adaptativas, explorando diferenças entre tipos especĂficos de estratĂ©gias e suas correlações com variáveis clĂnicas. MĂ©todos: Estudo transversal, envolvendo 36 pacientes com TB eutĂmicos, 39 familiares de primeiro grau e 44 controles. As estratĂ©gias de enfrentamento foram avaliadas usando a escala Brief COPE. Resultados: Foram detectadas diferenças significativas no uso de estratĂ©gias adaptativas e nĂŁo adaptativas por pacientes, seus familiares e controles. Os pacientes usaram estratĂ©gias adaptativas com menos frequĂŞncia do que os familiares (p<0,001) e controles (p=0,003). NĂŁo houve diferença significativa entre familiares dos pacientes e controles (p=0,707). Por outro lado, os pacientes (p<0,001) e seus familiares (p=0,004) exibiram pontuações mais elevadas para coping nĂŁo adaptativo em relação aos controles. NĂŁo houve diferença significativa quando os pacientes foram comparados com seus familiares (p=0,517). Conclusões: Familiares de primeiro grau estavam em um nĂvel intermediário entre pacientes com TB e controles no que diz respeito ao uso de habilidades de enfrentamento. Esta descoberta apoia o desenvolvimento de intervenções psicossociais para incentivar o uso de estratĂ©gias adaptativas em vez de estratĂ©gias inadequadas nessa população
BoletĂn del Servicio MeteorolĂłgico Nacional: Epoca 2ÂŞ Año XVI NĂşmero 325 - 1967 Noviembre 22
Incluye suplemento
Diferenças entre as estratégias de coping em pacientes adultos com transtorno bipolar e seus familiares em comparação com controles saudáveis
Introduction: The objective of this study was to compare patients with bipolar disorder (BD), their first-degree relatives and a group of healthy controls in terms of use of adaptive and maladaptive coping strategies, exploring differences between specific types of strategies and their correlations with clinical variables. Methods: This was a cross-sectional study enrolling 36 euthymic patients with BD, 39 of their first-degree relatives and 44 controls. Coping strategies were assessed using the Brief COPE scale. Results: Significant differences were detected in the use of adaptive and maladaptive strategies by patients, their firstdegree relatives and controls. Patients used adaptive strategies less often than the patients’ relatives (p<0.001) and controls (p=0.003). There was no significant difference between firstdegree relatives and controls (p=0.707). In contrast, patients (p<0.001) and their relatives (p=0.004) both exhibited higher scores for maladaptive coping than controls. There was no significant difference regarding the use of maladaptive strategies between patients and their relatives (p=0.517). Conclusions: First-degree relatives were at an intermediate level between patients with BD and controls regarding the use of coping skills. This finding supports the development of psychosocial interventions to encourage use of adaptive strategies rather than maladaptive strategies in this population.Introdução: O objetivo deste estudo foi comparar os pacientes com transtorno bipolar (TB), seus familiares de primeiro grau e um grupo de controles saudáveis em termos de uso de estratĂ©gias adaptativas e nĂŁo adaptativas, explorando diferenças entre tipos especĂficos de estratĂ©gias e suas correlações com variáveis clĂnicas. MĂ©todos: Estudo transversal, envolvendo 36 pacientes com TB eutĂmicos, 39 familiares de primeiro grau e 44 controles. As estratĂ©gias de enfrentamento foram avaliadas usando a escala Brief COPE. Resultados: Foram detectadas diferenças significativas no uso de estratĂ©gias adaptativas e nĂŁo adaptativas por pacientes, seus familiares e controles. Os pacientes usaram estratĂ©gias adaptativas com menos frequĂŞncia do que os familiares (p<0,001) e controles (p=0,003). NĂŁo houve diferença significativa entre familiares dos pacientes e controles (p=0,707). Por outro lado, os pacientes (p<0,001) e seus familiares (p=0,004) exibiram pontuações mais elevadas para coping nĂŁo adaptativo em relação aos controles. NĂŁo houve diferença significativa quando os pacientes foram comparados com seus familiares (p=0,517). Conclusões: Familiares de primeiro grau estavam em um nĂvel intermediário entre pacientes com TB e controles no que diz respeito ao uso de habilidades de enfrentamento. Esta descoberta apoia o desenvolvimento de intervenções psicossociais para incentivar o uso de estratĂ©gias adaptativas em vez de estratĂ©gias inadequadas nessa população