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    JOGO DE REGRAS XADREZ SIMPLIFICADO E O PROCESSO DE TOMADA DE CONSCIÊNCIA: O QUE REVELAM AS CONDUTAS LÚDICAS DAS CRIANÇAS?

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    O estudo apoiou-se no referencial teórico-metodológico da Epistemologia Genética e tomou o experimento piagetiano “Um sistema de deslocamentos espaçotemporais” (xadrez simplificado) como instrumento, fundamentado nos princípios do método clínico. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória desenvolvida em um município norte-paranaense envolvendo 7 participantes entre 8 e 11 anos de idade. O estudo objetivou identificar, nas condutas lúdicas de jogadores de Xadrez Simplificado, momentos exemplificadores do processo de tomada de consciência da ação empregados pelos sujeitos na elaboração de estratégias para resolução de conflitos cognitivos nas situações produzidas no contexto do jogo. Nesse aporte teórico, o jogo se constitui uma possibilidade de ações e interações, sendo um importante instrumento para promover a atividade construtiva, o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. Ao provocar conflitos internos, o jogo permite a busca de modificação da ação, enriquecendo e favorecendo a reelaboração das estruturas cognitivas dos indivíduos. Os resultados deste estudo permitiram apontar o jogo xadrez simplificado como um instrumento importante para reconhecer o gradativo e progressivo processo de afastamento dos aspectos figurativos para os centrais, relações de interdependência entre peças, jogadores e nível de estratégias empregadas, além de raciocínios importantes às aprendizagens escolares, evidenciados no jogo

    A teoria piagetiana da representação do espaço e a cartografia escolar: o que as pesquisas informam? / The piagetian theory of space representation and scholl cartography: what do surveys tell us?

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    A teoria de Jean Piaget sobre a representação do espaço revela que as noções espaciais são topológicas, projetivas e euclidianas. São também essas as relações que possibilitam a representação gráfica dos mapas, do espaço vivido que é tridimensional para o mapa que é bidimensional. Sendo o mapa um dos principais instrumentos para o ensino e aprendizado dos saberes geográficos, nos intrigou as relações que podem ser estabelecidas entre a teoria de Piaget e a Cartografia Escolar. O estudo realizado objetivou relacionar a teoria piagetiana sobre a representação do espaço com a construção de conhecimentos cartográficos. Caracterizado como bibliográfico, o presente estudo buscou na literatura, pesquisas com a temática piagetiana sobre o espaço cognitivo e a Cartografia Escolar. Assim sendo, procedeu um levantamento na base de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) do portal CAPES. Foram combinados os termos Piaget, Geografia, Representação do Espaço e Noções Espaciais. Nenhum período foi definido, para que uma busca abrangente pudesse ser relacionada e posteriormente um novo filtro fosse aplicado, por meio da leitura dos resumos. Como resultados, foram encontrados 9 estudos sobre a temática. A revisão qualitativa desses estudos possibilitou que emergissem 5 categorias de análise: 1 - Diferentes níveis do desenvolvimento cognitivo; 2 - Dificuldades na operacionalização das noções espaciais; 3 - Relevância pedagógica das metodologias ativas para a alfabetização cartográfica; 4 - O papel do professor no desenvolvimento das noções espaciais; e 5 - Falhas e deficiências no ensino. Em nossa análise, estas 5 temáticas são relevantes para construção de conhecimentos significativos acerca dos mapas e das relações socioespaciais. Consideramos por fim, que a teoria piagetiana acerca do espaço representativo tem importantes implicações pedagógicas para a Cartografia Escolar e a Alfabetização Cartográfica

    Resiliência e escolarização na perspectiva Bioecológica: um ensaio teórico / Resilience and schooling in the Bioecological perspective: a theoretical study

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    A resiliência na escola não necessariamente está relacionada ao rendimento escolar ou à ausência de dificuldades de aprendizagem. Os estudos acerca da resiliência bem como dos processos de significação no campo da Psicologia e da Educação, tem ressaltado a diversidade de fatores a serem considerados nas pesquisas envolvendo seres humanos em processo de desenvolvimento. Dentre os variados campos teóricos que tem promovido estudos sobre essa temática, o conceito de resiliência neste artigo toma como aporte teórico-metodológico a Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano. Nessa perspectiva, o desenvolvimento consiste em um processo de interação entre a pessoa e seu contexto, através do tempo, envolvendo múltiplas relações. É uma abordagem teórica que favorece a compreensão da resiliência, uma vez que considera a interação dinâmica entre aspectos individuais e ambientais. Por essa compreensão, a resiliência se manifesta diante de situações desafiadoras ou de risco. Desse modo, a resiliência pode ser entendida como um balanço entre fatores de risco e proteção, produzidos numa teia de elementos que constituem o contexto de desenvolvimento do sujeito. Em síntese, consideramos ser necessário que se compreenda o contexto escolar a partir das complexas relações entre o indivíduo e seu ambiente, bem como diversos contextos dos quais ele participa, considerando os fatores de risco e proteção presentes. Essa cautela ao olhar para a aprendizagem, permite reconhecer riscos diante dos quais os fatores protetivos podem se manifestar, dependendo das significações dadas ao processo desenvolvido. Os sentidos que os estudantes apresentam sobre seu ambiente escolar indicam os fatores de risco e proteção para esse contexto, o conhecimento de tais aspectos pelo professor tem relevantes implicações pedagógicas, pois por essa compreensão o docente pode agir na promoção de resiliência neste contexto
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