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    O projeto de construção da barragem de Mphanda Nkuwa em Moçambique: o papel da comunicação social e a perceção de risco sísmico pelas populações

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    1º Simpósio Luso-Brasileiro sobre Modelos e Práticas de Sustentabilidade, realizado na Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, Portugal, 1de 1-12 de julho de 2016.Neste trabalho analisa-se, numa perspetiva de sustentabilidade, a polémica gerada com o projeto de construção da barragem de Mphanda Nkuwa no rio Zambeze, em Moçambique. Considerado como um dos rios mais importantes do continente africano, possui já várias barragens no seu curso, entre elas a barragem de Cahora Bassa. A região onde a nova barragem será construída enquadra-se no sistema de falhas associado ao rifte da África Oriental, o qual atravessa o lago Niassa e se prolonga pelo vale do rio Shire, que por sua vez se liga ao rio Zambeze. A ocorrência, em 2006, de um sismo de magnitude 7 com epicentro em Chipungabera (Manica), chamou a atenção para o facto de existirem em Moçambique regiões onde o risco sísmico é mais elevado, entre elas a zona onde está prevista a construção da barragem. No debate que este projeto tem vindo a gerar os argumentos relativos à sismologia têm sido particularmente valorizados, não só com referência à atividade sísmica natural como também a uma possível atividade sísmica induzida pelo enchimento do reservatório. Assim, no presente estudo pretende-se conhecer a perceção de risco sísmico de uma amostra de indivíduos que habitam nesta região e, ao mesmo tempo, analisar o modo como este debate tem vindo a público nos órgãos de comunicação social, nomeadamente em jornais públicos e privados, assim como newsletters de organizações não governamentais ou outros documentos com circulação na Internet. Para o efeito foi definido um grupo de categorias prévias que serviram de base à construção do guião de uma entrevista aplicada a uma amostra de 7 indivíduos. Os resultados evidenciaram a necessidade de ter em consideração o enquadramento cultural na análise a que procedemos. A existência de alguns tremores de terra de maior magnitude, durante o período de análise (2000 a 2015), assim como a discussão relativa ao próprio cálculo do risco sísmico, expresso nos estudos de impacto ambiental, é um dos aspetos mais centrais e condicionares do debate.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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