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Interação verbal e ensino de uma competĂŞncia discursiva oral em turmas de francĂŞs lĂngua estrangeira de Macapá
Neste trabalho, apoiamo-nos num corpus oriundo de uma pesquisa realizada em turmas de FrancĂŞs LĂngua Estrangeira (FLE) de Macapá e num material teĂłrico construĂdo a partir da leitura de pesquisadores como Vygotsky, Bakhtin, Kramsch, Vion, Kerbrat-Orecchioni, Castellotti, Gajo, Grandcolas, Arditty, Vasseur, Mondada, Pekarek Doehler e Cicurel, com o objetivo de investigar a função das interações verbais no ensino-aprendizagem de uma competĂŞncia comunicativa oral nessas turmas. Mais especificamente, objetivamos a: 1) Descrever as metodologias de ensino da produção oral (PO) realizadas em turmas de FLE em Macapá; 2) Analisar as interações verbais que se realizam entre professor e aluno e dos alunos entre si, em turmas de FLE macapaenses; 3) Apresentar sugestões para uma prática de ensino do discurso que valorize as interações verbais e os contextos sociointeracionistas. Nossas investigações visam a responder Ă s seguintes perguntas de pesquisa: 1) Que lugar ocupa o ensino da PO nas turmas macapaenses de FLE?; 2) Qual o papel da lĂngua materna (LM) no processo de aquisição do discurso em lĂngua estrangeira (LE)?; 3) Em que medida uma metodologia fundamentada na Teoria Sociointeracionista do Ensino de LĂnguas poderia beneficiar o ensino da PO em turmas de FLE?; 4) Como criar um ambiente favorável ao desenvolvimento de uma competĂŞncia de PO em turmas de FLE? A fim de identificarmos as causas das dificuldades conversacionais dos estudantes, entrevistamos alunos e professores e observamos, gravamos e transcrevemos aulas em trĂŞs escolas. Posteriormente, tratamos os dados orientando-nos principalmente pela abordagem sociointeracionista do ensino de lĂnguas em contexto escolar (Vygotsky, Bakhtin) e pelo interacionismo discursivo apresentado por Kramsch (1991). Abordamos temas ligados ao ensino-aprendizagem de lĂnguas, tais como as aquisições linguageiras mediadas pelas interações sociais realizadas em sala de aula ou fora dela, o tratamento do erro, o papel da lĂngua materna no processo de apropriação discursiva e os diálogos dos manuais enquanto ferramentas para a construção de uma competĂŞncia conversacional. Ao final, propomos uma reflexĂŁo sobre a (auto) formação do ensinante interativo e, a partir das sugestões de Kramsch, uma tipologia de atividades discursivas, com o intuito de mostrar de forma mais concreta como favorecer a construção de uma competĂŞncia de PO em LE em turmas de FLE.Ce travail s’appuye sur un corpus construit Ă partir d’une recherche menĂ©e dans des classes de Français Langue Étrangère (FLE) de Macapá et sur un matĂ©riel thĂ©orique construit Ă partir de la lecture de chercheurs tels que Vygotsky, Bakhtin, Kramsch, Vion, Kerbrat-Orecchioni, Castellotti, Gajo, Grandcolas, Arditty, Vasseur, Mondada, Pekarek Doehler e Cicurel. Nous nous donnons pour but d’identifier le rĂ´le des interactions verbales dans l’enseignement-apprentissage d’une compĂ©tence communicative orale dans ces classes. Plus spĂ©cifiquement, nous envisageons Ă : 1) DĂ©crire les mĂ©thodologies d’enseignement de la production orale (PO) mises en oeuvre dans des classes de FLE Ă Macapá; 2) Analyser les interactions verbales menĂ©es entre l’enseignant et l’apprenant et les Ă©lèves les uns avec les autres, dans des classes de FLE Ă Macapá; 3) PrĂ©senter des suggestions pour une pratique d’enseignement du discours valorisant les interactions verbales et les contextes sociointeracionistes. Nos recherches envisagent de rĂ©pondre aux questions suivantes: 1) Quelle est la place de l’enseignement de la PO dans des classes de FLE Ă Macapá?; 2) Quel est le o rĂ´le de la langue maternelle (LM) dans le processus d’acquisition du discours en langue Ă©trangère (LE)?; 3) Dans quelle mesure une mĂ©thodologie fondĂ©e sur la ThĂ©orie Sociointeractioniste de l’Enseignement de Langues peut ĂŞtre utile Ă l’enseignement de la PO en classes de FLE?; 4) Comment crĂ©er une ambience favorable Ă la construction d’une compĂ©tence de PO dans des classes de FLE? Dans le but d’identifier les causes des difficultĂ©s conversationnelles des Ă©tudiants, nous avons interviewĂ© des Ă©lèves et des professeurs et observĂ©, enregistrĂ© et transcrit des cours dans trois Ă©coles. Ensuite, nous avons traitĂ© les donnĂ©es tout en nous laissant guider par les principes de l’approche sociointeractionniste de l’enseignement de langues en contexte scolaire (Vygotsky, Bakhtin) et de l’interactionnisme discursif prĂ©sentĂ© par Kramsch (1991). Nous abordons des thèmes liĂ©s Ă l’enseignement-apprentissage de langues, tels que les acquisitions langagières mĂ©diatisĂ©es par les interactions sociales rĂ©alisĂ©es en salle de classe ou en dehors, le traitement de l’erreur, le rĂ´le de la langue maternelle dans le processus d’appropriation discursive et les dialogues des manuels en tant qu’outils pour la construction d’une compĂ©tence conversationnelle. Ă€ la fin, nous proposons une reflĂ©xion sur l’(auto-)formation de l’enseignant interactif et, Ă partir des suggestions de Kramsch, une typologie d’ativitĂ©s discursives, pour montrer le plus concrètement commment on peut favoriser la construction d’une compĂ©tence de PO en LE dans des classes de FLE