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    Economia Solidária e Política Pública: Avanços e desafios da institucionalização no município de São Carlos/SP

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    In the late 1990s, the Solidary Economy started to integrate initiatives of municipal governments to generate work and income in Brazil. Thus, this article has the purposeto reflect the process of institutionalization of public policy of Solidary Economy in São Carlos city, São Paulo state. Different forms of institutionalization are addressed: theimplantation of the Solidary Economy Public Center; the Municipal Law of Solidary Economy (which institutionalizes the Solidary Economy Support Program); the Municipal Council and Solidary Economy Fund; public spaces for commercialization and provision of services by Solidary Economy Enterprises (SEE) to the municipality. One of the guidelines of that public policy was to strengthen the organization of the Solidary Economy movement, considering that the participation of the beneficiaries of this policy in the discussions and decisions is essential for the construction of the Solidary Economy as a development strategy. This process, which respects the diversity and people’s reality, dialogue and effective collective participation, represented a differential in the form of management and provide meeting the SEE demands, ensuring more effectiveness in public policies. The need of transferring the focus on public managers, responsible for the support, to the workers, was the challenge. In São Carlos, two factors were preponderant to progress in overcoming this challenge: the mobilization of concrete commercialization actions (generation of income) and the organization of Solidary Economy workers as a social movement.No final da década de 1990, a Economia Solidária passou a integrar iniciativas de governos municipais para geração de trabalho e renda no Brasil. Assim, este artigo tem por objetivo retratar o processo de institucionalização da política pública de Economia Solidária no município de São Carlos/SP. São abordadas formas diferentes de institucionalização: a implantação do Centro Público de Economia Solidária; a Lei Municipal de Economia Solidária (que institucionaliza o Programa de Fomento à Economia Solidária); o Conselho Municipal e Fundo de Economia Solidária; e os espaços públicos de comercialização e prestação de serviços por Empreendimentos de Economia Solidária (EES) ao município. Uma das diretrizes da referida política pública foi fortalecer a organização do movimento de Economia Solidária, por considerar que a participação dos beneficiários dessa política nas discussões e decisões é essencial para a sua construção como estratégia de desenvolvimento. Esse processo, que respeitou a diversidade e a realidade vivida pelas pessoas, proporcionou diálogo e efetiva participação coletiva, representou um diferencial na forma de gestão e assegurou o atendimento às demandas dos EES, garantindo maior efetividade nas políticas públicas. A necessidade de transferir o protagonismo dos gestores públicos, responsáveis pelo fomento, para os/as trabalhadores/as era o desafio. Em São Carlos, dois fatores foram preponderantes para avançar na superação desse desafio: a mobilização de ações concretas de comercialização (geração de renda) e a organização enquanto movimento social dos/as trabalhadores/as da Economia Solidária

    Semelhanças e divergências comportamentais de consumo das gerações Y e Z diante da responsabilidade socioambiental empresarial / Similarities and differences in the consumption behavior of generation Y and Z in the face of corporate social and environmental responsibility

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    Partindo da necessidade de mitigação de problemas sociais e ambientais, a Responsabilidade Socioambiental Empresarial (RSE) pode ser compreendida como o atuar organizacional cujo objetivo consiste em contribuir com o progresso de ações éticas e/ou transparentes em favor da gestão ambiental e do desenvolvimento social. Diante do cenário empresarial de crescente demanda dos consumidores por atitudes sociais e produção sustentável, as empresas têm orientado uma parcela dos seus recursos para estas ações. Esta pesquisa objetivou identificar se as práticas socioambientais de consumo das Gerações Y e Z, diante da RSE, diferem entre si. Para isso, foram empreendidas as pesquisas bibliográfica e documental, além de uma survey aplicada aos estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), campus São Carlos. Para interpretação dos dados, foi realizado um teste estatístico bivariado. Após isto, foi aplicado o Teste de Levene para homogeneidade de variância e Teste T para igualdade de médias para amostras independentes. Os resultados mostram que ambas as gerações apresentam ações de conscientização socioambiental e demandam por condutas sociais e ambientais éticas, transparentes e responsáveis por parte das empresas. Além disso, quase na totalidade dos construtos, as gerações não apresentam diferenças significativas em suas condutas comportamentais, crenças e preocupações. As diferenças que se apresentaram nos construtos, colocam a Geração Y em um grau de consciência em RSE maior do que a Geração Z. Desta maneira, pode-se inferir que dada a importância da implementação dos elementos de RSE e as características de consumo das gerações estudadas, as práticas gerenciais podem desenvolver estratégias e ações de RSE similares para estes grupos

    Avanços e desafios na implementação da autogestão em empreendimentos solidários fomentados por políticas públicas municipais em São Carlos/SP

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    This thesis, aims to identify changing and excluding elements in the solidarity economy management process, together with a group of workers of solidarity economic enterprises, promoted by the local public policy of solidarity economy, seeking ways to improve the daily practice of management. An introduction with the contextualization of the theme, a literature review on self-management in solidarity economy groups and a characterization of the public policy of solidarity economy, focused in São Carlos/SP, were performed. The methodology used for conducting the present research was the Critical Communicative Methodology (CCM), which places the dialogue, interaction, interpretation and validation of the results collectively, in a communicative process of knowledge production. The CCM provides, through communication, the construction of a critical analysis of reality by the people who experience it, seeking, thereby, to obtain results to transform or validate a social reality. It is a participatory methodology, which enables in its development the flattening of the relations between participants/researcher through consensus building. Data collection in the CCM is performed using quantitative and qualitative methods, as in a traditional methodology. What makes this methodology different is its participatory nature, in which the representatives of communities or collectives that are part of the research participate of the project, investigation process and its conclusions, in order to interact, reflect and make decisions in all these steps, following the communicative orientation's postulates. To carry out the research, a critical communicative group with people from solidarity economic enterprises, participants of São Carlos public policy, was formed. Analysis matrices were produced, so that the excluding or changing elements identified by the group were distributed into two categories: public policy and solidarity economy. After the realization of communicative groups, the systematization of data was performed by the researcher and the results submitted to the group for discussion, construction and validation of its final content. The matrices with the final result listed 70 elements, 46 (65.7%) classified as excluding dimension and 24 (34.3%) in the changing dimension. It means that the dialogue pointed out that the themes solidarity economy and public policy have more challenges to be overcome than elements that have been changing the reality of enterprises fostered by São Carlos public policy. This research considers that these changing elements identified should be strengthened. For those elements identified as excluding, they represent a platform that can guide new actions or even redirect those ones that already exist, so they can become changing in public policy and in the self-management experience.Universidade Federal de Sao CarlosEsta tese tem por objetivo identificar elementos transformadores e excludentes no processo de gestão em economia solidária, junto a um grupo de trabalhadores e trabalhadoras de empreendimentos econômicos solidários, fomentados pela política pública municipal de economia solidária, buscando formas de melhoria na prática cotidiana da gestão. Foi realizada uma introdução com a contextualização do tema, uma revisão bibliográfica sobre a autogestão em grupos econômicos solidários e uma caracterização da política pública de economia solidária, com enfoque no município de São Carlos/SP. Para o desenvolvimento da pesquisa foi utilizada a Metodologia Comunicativa Crítica (MCC), que coloca o diálogo, a interação, as interpretações e a validação dos resultados de forma coletiva em um processo comunicativo de produção de conhecimento. A MCC possibilita, por meio da comunicação, a construção de uma análise crítica da realidade pelas próprias pessoas que a vivenciam, buscando, assim, obter resultados para transformar ou validar sua realidade social. É uma metodologia participativa, que em seu desenvolvimento permite a horizontalização das relações entre participantes/pesquisadora por meio do processo de construção de consensos. A coleta de dados na MCC é realizada utilizando-se métodos quantitativos e qualitativos, como em uma metodologia tradicional. O que a diferencia é seu caráter participativo, no qual os representantes de comunidades ou coletivos que fazem parte da pesquisa participam do projeto, da realização da investigação, incluindo a análise dos dados, e de suas conclusões, de maneira a interagir, refletir e decidir em todas estas etapas, seguindo os postulados da orientação comunicativa. Para a realização da investigação, foi formado um grupo comunicativo crítico com pessoas de empreendimentos econômicos solidários, participantes da política pública de São Carlos. Foram produzidas matrizes de análise, de maneira que os elementos excludentes ou transformadores identificados pelo grupo foram distribuídos em duas categorias: políticas públicas e economia solidária. Após a realização dos grupos comunicativos, foi realizada a sistematização dos dados pela pesquisadora e o resultado submetido ao grupo para discussão, construção e validação de seu conteúdo final. A matriz com o resultado final elencou 70 elementos, sendo 46 (65,7%) classificados na dimensão excludente e 24 (34,3%) na dimensão transformadora. Isto significa que o diálogo estabelecido apontou que as temáticas economia solidária e política pública apresentam mais desafios a serem transpostos do que elementos que têm sido transformadores da realidade dos empreendimentos fomentados pela política pública municipal de São Carlos. A presente pesquisa considera que estes elementos transformadores identificados devem ser fortalecidos. Em relação aos elementos identificados como excludentes, estes representam uma plataforma que pode orientar novas ações ou mesmo reorientar ações já existentes, para que estes elementos possam se tornar transformadores na política pública e na vivência autogestionária
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