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Sistema agroindustrial do sorgo sacarino no Brasil e a participação público-privada: oportunidades, perspectivas e desafios.
Atualmente, há uma forte demanda do setor sucroalcooleiro no Brasil por matérias-primas e processos alternativos que sustentem a expansão de cultivos e a ocupação de áreas em renovação, o aumento dos níveis de produtividade agrícola e industrial e a redução de custos de produção, em arranjos integrados com os sistemas cana-planta e cana-indústria, para fins de produção de energia (etanol, cogeração, etc.). O sorgo sacarino é uma oportunidade para complementar o sistema agroindustrial cana- etanol - um setor competitivo, profissional e demandante de inovação (incremental ou disruptiva). Os cenários, nacional e internacional, de demanda por produtos da cana-de-açúcar (especialmente açúcar e etanol), mostram uma tendência de déficit de matéria-prima para os próximos 3 a 5 anos. As três safras anteriores demonstram queda de produção e redução nos níveis de produtividade agrícola, chegando a patamares críticos de 63 toneladas por hectare de cana, em regiões tradicionais do centro-sul do país. Em curto prazo (1 a 3 anos), o setor sucroalcooleiro brasileiro irá requerer, no mínimo, soluções para dois fatores críticos visando a implantação do sorgo sacarino como cultura complementar à cana-de-açúcar: disponibilidade de material genético produtivo e adequada implantação de um sistema de produção da cultura. Contudo, as empresas fornecedoras destas tecnologias são restritas. Decididamente, variedades produtivas e manejo adequado serão buscados pelo setor sucroalcooleiro neste curto prazo, enquanto o desenvolvimento de híbridos produtivos avança com resultados competitivos. Os empreendimentos e as empresas sabem que o êxito de seus negócios está ligado ao desempenho do setor em que a empresa atua e ao posicionamento da empresa neste setor. Portanto, a Embrapa se apresenta como um dos poucos players significativos neste mercado de tecnologia e conhecimento para o sorgo sacarino, visando negócios compartilhados para saltos de competitividade. A Embrapa tem por missão desenvolver tecnologia e conhecimento para o negócio agrícola, e, além de atender às atuais demandas de mercado, busca empreender em C&T para ofertar a tecnologia dos mercados futuros. Desde o início dos anos 80, a Embrapa Milho e Sorgo selecionou variedades de sorgo sacarino. Em fins da década de 1980 as variedades e os híbridos já apresentavam rendimentos entre 2.500 a 3.500 litros de etanol por hectare. Na década de 1990, este programa de melhoramento genético foi desacelerado. Entretanto, como estas cultivares apresentavam boa produtividade e qualidade de matéria verde, estes materiais se mantiveram no mercado, comercializados como plantas forrageiras. A partir de 2008, a Embrapa deu novo impulso ao seu programa de desenvolvimento de cultivares de sorgo sacarino, com base na variabilidade genética descrita, na agregação de valor em pré-melhoramento contida no banco de germoplasma de sorgo e na experiência de seu quadro funcional. Esse background e essa bagagem acumulados pelas ações de PD&I e negócios cooperativos em curso permitem disponibilizar para os mercados de sementes e de produção de etanol, em curtíssimo prazo, materiais genéticos com boa performance produtiva e rendimentos superiores. Genética de variedades e híbridos e boas práticas de manejo dos sistemas de produção associadas aos índices industriais são o negócio da Embrapa. A dimensão e a escala deste negócio agroindustrial orientam, formalmente, para as parcerias estratégicas. E os acordos de cooperação técnica, com confidencialidade e compartilhamento de responsabilidades, de agora em diante nortearão os novos negócios. Esse é um documento-síntese da contribuição da rede de PD&I Embrapa para esta agenda positiva que interessa aos negócios competitivos.bitstream/item/68879/1/doc-138-1.pd
Peletização de sementes de sorgo com calcário e com termofosfato e sua influência na absorção de fósforo e de potássio.
O trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a influencia da peletizacao de sementes de tres cultivares de sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench), cv. BRS 701, BRS 304 e BRS 601, com calcario e com termofosfato magnesiano, na absorcao de P e de K. Sementes peletizadas e nao peletizadas foram colocadas para germinar, por oito dias, em temperatura ambiente. Apos este periodo, oito plantulas com crescimento uniforme (parte aerea e raiz) foram distribuidas em vasos que continham solucao nutritiva completa de Hoagland. Apos 20 dias, iniciou-se a determinacao da absorcao de fosforo e de potassio por meio da deplecao desses nutrientes na solucao nutritiva. Os resultados permitiram concluir que o tipo de revestimento das sementes influenciou, de modo distinto, o crescimento de cada cultivar de sorgo. A absorcao de P e de K e o total absorvido tambem foram influenciados pelo revestimento das sementes em virtude do aumento no crescimento inicial das plantulas. De modo geral, independentemente do tipo de revestimento das sementes, houve maior absorcao de fosforo e de potassio quando as sementes foram peletizadas. A taxa de absorcao de fosforo aumentou com o peso da materia seca do sistema radicular e com o peso da materia seca da parte aerea, mas, neste caso, ate o limite de 3,5 umol planta-1 h-1 de P. Taxas de absorcao acima deste valor nao estiveram associadas ao aumento do peso da materia seca da parte aerea
Caracterização de estresse hidrico de duas linhagens de milho (Zea mays L.) com sondas de fluxo de seiva.
A reposição parcial da necessidade hídrica das plantas e a seleção de genótipos melhor adaptados às condições limitantes de água podem contribuir para o aumento da disponibilidade de água na agricultura. Embora os efeitos de estresses hídricos sobre o desenvolvimento das culturas sejam conhecidos, existem poucas metodologias confiáveis usadas para as suas caracterizações baseadas em parâmetros diretamente relacionados com as plantas, visando manter bons níveis de produtividade e aumentar a tolerância à deficiência hídrica, principalmente devido às dificuldades de controle ambiental do fator hídrico. Com base nesse enfoque, o presente trabalho objetivou caracterizar o estresse hídrico de duas linhagens de milho (Zea Mays L.) por meio de monitoramento automático de fluxo de seiva (F), com sondas de balanço de energia instaladas em segmentos de caules de plantas. As sondas são compostas de resistência elétrica de aquecimento (jaqueta térmica) e sensores de registro de fluxo de calor e temperatura. A jaqueta térmica forneceu uma taxa constante de calor ao segmento do caule. Termopares de cobre-constantan foram usados como sensores, para detectar as perdas de calor da superfície da jaqueta térmica para o ar ao redor do caule e as diferenças de temperatura no segmento do caule estudado. O sistema automático de aquisição de dados foi composto de um datalogger, sensores, um computador portátil, um painel solar e baterias recarregáveis. Um programa foi usado para fazer leituras nas sondas e cálculos das taxas de fluxo de seiva. Uma equação, expressando o índice de estresse hídrico de plantas (IEHP) e envolvendo termos das taxas de F medidas sob duas condições de regime hídrico (não estressado e estressado), foi usada na caracterização do estresse hídrico. Os resultados indicaram que as sondas mostraram-se sensíveis para detectar variação de fluxo de seiva e o IEHP mostrou-se uma metodologia adequada para caracterização hídrica das duas linhagens de milho investigadas; a área foliar total das duas linhagens estudadas foi reduzida pela condição do estresse hídrico; a linhagem de milho L 1170 apresentou menores valores de fluxo de seiva e mostrou-se mais sensível (maiores valores) ao IEHP estudado; a linhagem de milho L 13.1.2 apresentou maiores valores de fluxo de seiva e mostrou-se mais tolerante (menores valores) ao IEHP
Monitoramento automático de fluxo de seiva com sondas de balanço de energia e caracterização de estresse hídrico de duas linhagens de milho (Zea mays L.).
O objetivo do trabalho é estudar um sistema de monitoramento automático da taxa de transpiração e caracterização de estresse hídrico de duas linhagens de milho (Zea mays L.) a partir de medições de fluxo de seiva com sondas de balanços de energia, instaladas nos caules das plantas. As sondas são compostas de resistência elétrica de aquecimento (jaqueta térmica), que fornece uma taxa constante de calor ao segmento do caule, termopares de cobre-constantan, que dectaram as perdas de calor da superficie da jaqueta térmica para o ar ao redor do caule e as diferenças de temperatura no segmento do caule monitorado. O sistema de aquisição de dados envolveu dataloggers, sensores, computadores portáteis e fonte de energia (painel solar e baterias recarregáveis). Um programa gerenciou toda a aquisição automática de dados e efetuou os cálculos de fluxo de seiva (transpiração); a linhagem de milho L1170 apresentou menores valores de fluxo de seiva sensível ao estresase hídrico; a linhagem de milho L13.1.2 apresentou maiores valores de fluxo de seiva e mostrou-se tolerante ao estresse hídrico e o índice de estresse hídrico de plantas (IEHP) mostrou-se adequado para caracterização hídrica das duas linhagens de milho estudadas
Sistema Embrapa de produção agroindustrial de sorgo sacarino para bioetanol: Sistema BRS1G-Tecnologia Qualidade Embrapa.
O sorgo-energia (sacarino, para bioetanol de 1a geração e biomassa para diversos usos; e biomassa lignocelulósica, para cogeração) é uma espécie de gramínea (Sorghum bicolor L. Moench), similar à cana-de-açúcar (Saccharum spp), com alta conversão de energia solar em energia química. O potencial energético da biomassa do sorgo sacarino é alto e toda a energia dele pode ser transformada com a tecnologia atual. Genética avançada, cultivares (variedades e híbridos - Tecnologia Qualidade Embrapa), sistema Embrapa de produção de sorgo sacarino - Sistema BRS1G, negócios tecnológicos e parcerias para desenvolvimento genético e de sistemas produtivos são os focos principais para a inserção e expansão de sorgo sacarino em complemento à cana-de-açúcar para produção de bioetanol e bioenergia. Tecnicamente, genética de qualidade associada à densidade de plantas úteis na colheita, manejo de adubação e água, e adequada logística de colheita-transporte-beneficiamento são os elementos críticos para se ampliar a garantia de êxito da utilização do sorgo sacarino como espécie complementar à cana-de-açúcar, visando plantios na entressafra e aumento da operacionalidade industrial da usina. No momento, os ajustes de arranjos produtivos focam na disponibilidade atual de genética com produtividade de colmo, caldo e açúcares, sistemas de manejo da cultura, e adequação da logística para a implantação do sorgo sacarino em ambiente da agroindústria de cana, visando aumentos na produção de etanol e utilização da biomassa residual. Fundamentando-se no fator inovação, o sorgo-energia configura-se como um negócio típico da parceria público-privada.bitstream/item/72469/1/Doc-139-1.pd
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