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    Educação continuada: experiência na rede SUS da região central de São Paulo

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    INTRODUÇÃO: A efetiva implantação do cuidado integral à população dos serviços de saúde  faz-se necessário pensar na qualificação dos profissionais e processos de trabalho por meio de atividades dialógicas com base na  troca de conhecimentos e práticas de forma engajada e no reconhecimento das singularidades vividas no cotidiano do serviço, possibilitando, assim, aquisição de  novas habilidades, processos que desafiam a consolidação do SUS. OBJETIVO: Descrever o processo de formação desenvolvido por meio da Educação Continuada em atendimentos de urgências e emergências, na qualificação dos profissionais médicos e enfermeiros na Coordenadoria Regional de Saúde Centro do Município de São Paulo. METODOLOGIA: Estudo descritivo reflexivo do tipo relato de experiência a partir das condutas de capacitações em saúde conduzidas através da educação continuada baseadas em metodologias ativas de aprendizagem. RESULTADOS: A partir do diagnóstico situacional foi identificado a necessidade de realizar atividades voltadas ao atendimento de situações mais focadas em urgência e emergências clínicas. Dessa forma, foram propostos treinamentos para os médicos e enfermeiros destes serviços conforme temáticas discutidas com a equipe e coordenação das unidades. CONCLUSÃO: A formulação e utilização dos mecanismos de gestão e avaliação baseados no planejamento estratégico e análise de indicadores de monitoramento e desempenho, propiciaram a criação de treinamentos baseados em metodologias ativas de aprendizagem com temáticas específicas direcionadas a estes grupos de profissionais

    As relações existentes entre o cuidado às doenças crônicas não transmissíveis e o alcance das políticas de prevenção na atenção primária à saúde / The relations between the care for chronic non-communicable diseases and the scope of prevention policies in primary health care

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    As doenças cardiovasculares constituem a grande maioria das doenças crônicas no Brasil, sendo a hipertensão arterial sistêmica a mais prevalente. Essas doenças representam a primeira causa de mortalidade, de hospitalizações e causam um grande impacto econômico para o país. Um importante indicador utilizado para verificar a qualidade dos serviços de atenção básica é o de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária, o qual pode ajudar a incrementar a capacidade de resolução ao identificar áreas prioritárias de intervenção, colocando, em evidência, problemas de saúde que necessitam de melhor seguimento e coordenação entre os níveis assistenciais. Estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência. O presente trabalho é um relato de experiência da vivência de acadêmicos de medicina da Universidade Estácio de Sá, durante as atividades práticas da disciplina Saúde da Família. Dentre os atendimentos acompanhados, destacou-se o caso de um idoso de 84 anos, com história clínica pregressa de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo II. A hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus tipo II são causas importantes de morbimortalidade, além de causadores de incapacidade de afastamento do trabalho. Um dos importantes papeis da Estratégia Saúde da Família é a prevenção desses acometimentos, por meio de busca ativa, acompanhamento ambulatorial, promoção e educação em saúde. A análise do caso e suas relações e desdobramentos congregam um conjunto de situações evidenciam a necessidade de enfatizar junto às equipes de APS a importância da busca ativa e a identificação das necessidades de cuidados dos indivíduos em cada território, bem como a ampliação das ações de promoção e prevenção, por meio de campanhas educacionais e suporte ambulatorial

    Os desafios para o manejo de doenças crônicas na população em situação de rua/ The challenges for the management of chronic diseases in the homeless persons

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    A população em situação de rua (PSR) é o grupo populacional que possui em comum a extrema pobreza, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, utilizando-se das áreas públicas como espaço de moradia e de sustento. Essas circunstâncias expõem as pessoas em situação de rua a diversos fatores de risco que ampliam sua vulnerabilidade, como a dificuldade de acesso às políticas públicas e de adesão ao tratamento de saúde. Neste escopo, esse estudo teve por objetivo analisar aspectos relacionados ao acesso aos serviços de saúde e o impacto que tem no adoecimento da população de rua, especialmente para as doenças crônicas. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, utilizando-se as bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Cie?ncias da Sau?de (LILACS), PUBMED e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), com os descritores “Populac?a?o em situac?a?o de rua”, “Doenc?as cro?nicas” e “Acesso aos servic?os de sau?de”. A amostra final foi composta por 12 publicações, sendo os dados analisados por seu conteu?do e categorizados de acordo com os nu?cleos tema?ticos. Dos estudos analisados, apenas 34% são nacionais. No que tange às vulnerabilidades sociais e suas implicações na saúde, 34% abordam a falta de moradia, emprego e alimentação como sendo os principais fatores de risco para o desenvolvimento de diversas patologias e até mesmo para o negligenciamento do tratamento de doenças crônicas. No que se refere ao acesso aos serviços de saúde pelos moradores de rua, 75% destacaram a dificuldade de acesso, especialmente à atenção primária. Ressalta-se também que 25% dos estudos relataram o preconceito como a principal dificuldade ao acesso. Em análise às doenças crônicas, 75% abordam o tema, dentre eles relatando-se maior prevalência, incidência, mortalidade e morbimortalidade pela PSR. Dentre as causas da situação de rua, é destacado fatores estruturais, como pobreza, desemprego, discriminação, encarceramento, doenças mentais, abuso de substâncias e experiências traumáticas. Além disso, é reforçado que a situação de rua se torna uma vulnerabilidade ao acarretar fatores de risco psicossociais para doenças cardiovasculares, como estresse crônico, depressão, etilismo pesado e uso de cocaína, sendo a falta de acesso à saúde uma vulnerabilidade comum dentro da heterogeneidade dessa população. Dentre os motivos para a dificuldade de acesso, é destacado o preconceito, a exigência de documentação, a restrição na demanda espontânea, os atrasos e longo tempo de espera, o limite na atuação intersetorial, a ausência de serviço de saúde no local, a dificuldade de transporte, a falta de conhecimento de onde obtê-los, além dos custos do atendimento. Quanto à epidemiologia de doenças crônicas, é observado maior prevalência, incidência, mortalidade e morbimortalidade prematura por doenças crônicas, assim como maior prevalência de suas complicações e morbimortalidade por doenças episódicas, em comparação com a população geral. Dessa forma, torna-se necessária a realização de mais pesquisas que avaliem o acesso à saúde por PSR, com metodologias capazes de individualizar as necessidades sociais, criando, assim, arcabouço teórico para elaborar políticas públicas que visem uma atenção à saúde de fato universal e eficaz

    Formações profissionais no âmbito da Atenção Básica em Saúde : descobertas no caminho dos tijolos dourados

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    Neste estudo, analisamos as contribuições que o ensino de graduação e os outros tipos de formação e experiências do cotidiano promoveram para a prática dos profissionais da saúde. Atualmente, com a expansão e consolidação da atenção básica, através da Estratégia Saúde da Família, esse cenário tornou-se um desafio para os profissionais do Sistema Único de Saúde no que se refere à produção de um cuidado que atenda as especificidades de cada usuário. Com a pretensão de induzir mudanças que favoreçam o aumento da qualidade e do acesso à atenção básica, foi criado o Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica, uma pesquisa avaliativa realizada por instituições de ensino e pesquisa do país, para o conjunto das Unidades Básicas de Saúde e as equipes de Saúde da Família que aderiram ao mesmo. A avaliação realizada pelas instituições de ensino e pesquisa resultou em um grande banco de dados com informações, dentre elas, que tratam da formação profissional e das experiências de educação permanente e espaços de formação no cotidiano dos serviços. O estudo estruturou-se como um estudo de caso exploratório transversal, de abordagem qualitativa. O percurso metodológico foi realizado em dois momentos: pesquisa em banco de dados e pesquisa de campo. A análise dos dados foi realizada pela metodologia de estudos de caso múltiplos. As discussões propostas acerca da formação de graduação sinalizaram para necessidade de realizar movimentos de aproximação do ensino com o cotidiano dos serviços, e a construção de currículos integrados que deem conta de produzir nos profissionais a capacidade de atuar nos diferentes contextos sociais e melhorar a qualidade de vida da população. Através da Educação Permanente em Saúde, o mundo do trabalho apresentou a capacidade de produzir afetações no processo de formação dos profissionais, e mobilizar conhecimentos para pensar diferentes maneiras de agir e fazer saúde. No ensino de pós-graduação, a residência ocupou um espaço importante na formação dos profissionais, ao permitir sua experimentação no contexto do cotidiano dos serviços. Novos estudos são sugeridos para que se possa aprofundar questionamentos produzidos ao longo da pesquisa e que demonstram a relevância de se discutir o tema da formação em saúde.In this study, we analyzed the contributions that undergraduate education and other training and everyday experiences promoted to the practice of health professionals. Currently, with the expansion and consolidation of primary health care through the Family Health Strategy, this scenario has become a challenge for professionals in the National Health System as regards the production of a care that meets the specifics of each user. With the intention of inducing changes that favor increased quality and access to primary care, was created Improvement Program Access and Quality in Primary Care, an evaluative research conducted by educational and research institutions of the country, for all the Basic Health Units and the Family Health teams adhering to it. The assessment carried out by educational and research institutions resulted in a large database of information, among them, dealing with vocational training and lifelong learning experiences and training spaces in everyday services. The study was structured as a cross exploratory study of case, qualitative approach. The methodological approach was carried out in two stages: research in database and field research. Data analysis was performed by the methodology of multiple case studies. Discussions proposals on the signaled graduate training need for the teaching approach movements with daily services, and building integrated curricula that give consideration to produce the professionals the ability to act in different social contexts and improve quality people's lives. By continuing healthcare education, the labor market had the capacity to produce affectations in the professional training process, and mobilize knowledge to think about different ways of acting and making health. In graduate school, the residence occupied an important place in the training of professionals by allowing his trial in the context of the service daily. New studies are suggested so that we can deepen questions produced during the research and demonstrate the relevance of discussing the issue of health training

    Enfermagem e gestão da atenção básica : caracterização da atuação dos profissionais no Rio Grande do Sul

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    Este estudo teve como objetivo analisar a participação dos profissionais de enfermagem na gestão da Atenção Básica visando problematizar a contribuição da formação do Enfermeiro no trabalho de gestão. Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantiqualitativa. Utilizou-se dados secundários do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, que consistiu na pesquisa em Unidades Básicas de Saúde e Estratégia de Saúde da Família no ano de 2012, avaliando no estado do Rio Grande do Sul 67,45% das equipes de saúde. Foram considerados dados referente à infraestrutura e recursos materiais, configuração e atividades das equipes de saúde, e perfil de formação dos coordenadores de equipe. Os resultados demonstraram que 1,3% das unidades possuem a infraestrutura completa preconizada no Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde, e 1% possuem todos os materiais de Atenção Básica considerados imprescindíveis. No conjunto dos profissionais pertencentes a equipe mínima preconizada pela PNAB, 64,8% das equipes estão completas. Dos profissionais, 48,3% atuam na mesma equipe há no máximo 1 ano, e 24,6% não possuem pós-graduação. Dentre os que possuem pós-graduação, a área do conhecimento Saúde da Família foi citada em 60,7% das vezes. Dos profissionais entrevistados, 82,8% eram coordenadores da equipe, sendo 97% enfermeiros. Destes, 97,2% realizam reuniões de equipe e 89,4% o planejamento de ações. Muitas equipes ainda atuam sob a lógica hegemônica do trabalho fragmentado, despersonalizado, entretanto, algumas já realizam atividades que constroem a integralidade nas linhas de cuidado e ampliação e melhoria do acesso. Em síntese, é necessária a aproximação da formação de graduação em saúde com as necessidades demandadas pelos locais de atuação profissional, promovendo no profissional a competência do desenvolvimento intelectual e profissional autônomo e permanente, permitindo a continuidade do processo de formação profissional, que não termina com a concessão do diploma de graduação.This study aimed to analyze the participation of nurses in the management of primary care in order to question the contribution of training for nurses in management work. It is a cross-sectional study approach quantiqualitative. We used secondary data from the Program for Improving Access and Quality of Primary Care, which consisted of research in Basic Health Units and Family Health Strategy in 2012, assessing the state of Rio Grande do Sul 67.45% health teams. We considered data related to infrastructure and material resources, configuration and team activities, health and education profile of the team coordinators. The results showed that 1.3% of the units have the complete infrastructure recommended in manual physical structure of basic health units, and 1% have all the materials Primary considered essential. In all of the professional staff belonging to the minimum recommended by BANP, 64.8% of the teams are complete. Professionals, 48.3% work in the same team for a maximum of 1 year and 24.6% have no postgraduate. Among those with postgraduate area of knowledge Family Health was cited in 60.7% of the time. Of the professionals surveyed, 82.8% were coordinators of the team, and 97% nurses. Of these, 97.2% held staff meetings and 89.4% planning actions. Many teams still operate under the hegemonic logic of fragmented work, depersonalized, however, already perform some activities that build the full lines of care and expanding and improving access. In summary, it is necessary to approach the undergraduate training in health care with the needs required by local professional practice, promoting the professional competence of intellectual development and self employment and permanent, allowing continuity of training, which does not end with the granting of the undergraduate degree
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