11 research outputs found

    Os tempos/modos verbais na linguagem da região de Major Porto (MG)

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    O objetivo central deste artigo é falar sobre a flexão dos verbos na linguagem rural de Major Porto, situada no município de Patos de Minas (MG). Mais especificamente, pretendo analisar como se dão as flexões de tempo, modo, número e pessoa nessa linguagem. A teoria utilizada é a Linguística Ecossistêmica, cuja metodologia combina a observação participante com o método da focalização (GARNER, 2004). Por esse motivo, não será necessário recorrer a modernas teorias linguísticas, como a Gramática Gerativa. A terminologia da Gramática tradicional será suficiente, pois o que mais interessa é olhar para essa linguagem pelo que ela tem, não pelo que se diz que o “padrão” tem e nela estaria “faltando”. No caso, o foco é dirigido para o povoado de Major Porto, visto da perspectiva da comunidade de fala (ecossistema linguístico) a fim de averiguar como se dá a flexão verbal em sua linguagem

    Por uma análise do discurso ecológica

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    The main purpose of this article is to present the extension of ecosystemic linguistics known as critical ecosystemic linguistics or ecological discourse analysis (EDA). It is compared to traditional ecolinguistics, such as critical ecolinguistics, to French discourse analysis, to British critical discourse analysis, as well as to positive discourse analysis. All these versions of DA look for ideology (Marxist, feminist etc.) and power relations in the texts under analysis. EDA emphasizes a defense of life and a struggle against everything that may cause suffering to a living being. If ideology is unavoidable, that it be the ideology of life or ecological ideology (ecoideology). It may use all ecological categories, such as interaction, diversity, adaptation, holism, openness/porosity, harmonic and disharmonic relations etc. It is influenced by deep ecology, Taoism and Gandhian ideas. It is prescriptive in relation to these principles, and to anthropocentrism, ethnocentrism, androcentrism etc. Being ecosystemic, it defends the integrity of small ethnic groups, acting from an ecological view of the world (from an ecological view of the world), not from a logical point of view, as is done in the West. It is able to analyze any type of text, not only environmental, anti-environmental nor pseudo-environmental texts. There is a short attempt at analyzing a small scientific text.     O objetivo deste artigo é apresentar a extensão da linguística ecossistêmica chamada linguística ecossistêmica crítica ou análise do discurso ecológica (ADE), comparando-a com a ecolinguística tradicional, como a ecolinguística crítica, a análise do discurso francesa e a análise do discurso crítica inglesa, além de algumas menções à análise do discurso positiva. Todas essas vertentes da AD procuram nos discursos a ser analisados ideologia (marxista, feminista etc.) e relações de poder. A ADE se baseia em uma defesa da vida e numa luta contra tudo que possa trazer sofrimento aos seres vivos. Se é para falar em ideologia, que seja a ideologia da vida, ideologia ecológica (ecoideologia). Ela pode fazer uso de todas as categorias da ecologia, tais como interação, diversidade, adaptação, holismo, abertura/porosidade, relações harmônicas/desarmônicas etc. Ela é influenciada pela ecologia profunda, pelo taoísmo e pelas ideias de Gandhi. É prescritiva, no sentido de defender a vida e de lutar contra o antropocentrismo, o etnocentrismo, o androcentrismo etc. Por ser ecossistêmica, defende a integridade dos pequenos grupos étnicos, agindo a partir da visão ecológica de mundo (from an ecological point of view), não do ponto de vista lógico (from a logical point of view). Por isso, não se limita a analisar textos ambientais, antiambientais ou pseudoambientais. Ela pode analisar todo e qualquer tipo de texto. No final, é apresentada a análise de um texto científico

    Julinha, a moça do bar, sob a ótica da análise do discurso ecossistêmica e do imaginário: uma análise do conto O BAR, de Ivan Ângelo

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    Desde que as correntes linguísticas criaram mecanismos com os quais um leitor/enunciatário tem a prerrogativa de se colocar como coautor do texto, o analista do discurso, como leitor, encontra-se diante de um compromisso: o de não extrapolar o que de um texto se pode extrair em termos de sentido. Na tentativa de buscar o justo equilíbrio entre o que o texto suscita e a perspicácia interpretativa do leitor, recorremos à Análise do Discurso Ecossistêmica (ADE) para analisar o conto O Bar, de Ivan Angelo, com o propósito de descrever e analisar a construção dos sentidos gerados por sujeitos que empregam linguagens (face a face, virtual ou potencialmente) dentro de contextos ecossistêmicos interacionais de comunicação: meios ambientes natural, mental, social. As considerações - nada conclusivas quanto ao percurso narrativo das personagens masculinas do conto - são respaldadas, subsidiariamente, por premissas estabelecidas pela teoria do Imaginário de Gilbert Durand e pela comparação com outras personagens literárias psiquicamente cindidas, de acordo com a teoria do duplo. Assim sendo, ao conjugar processos de análise, o analista ecossistêmico do discurso apropria-se de um arcabouço teórico menos deslizante, propício a desvendar o inteligível, o sensível, o superficial e o profundo, enfim, o que se insere nos interstícios do texto. No entanto, em que pese o suporte teórico aplicado à análise, na tentativa de trazer à luz a intencionalidade do narrador e o que subjaz ao que está posto na construção dos enunciados narrativos, as estratégias de análise não são infalíveis. Além disso, a opacidade do texto literário, por seu caráter polissêmico, impõe ao analista se situar no terreno da verossimilhança e não no da verdade factual. Assim sendo, Julinha, a moça que entra no bar para telefonar, ao mesmo tempo que serve como modelo de denúncia social, também contribui, para que o analista da ADE pondere acerca da necessidade de relações mais humanizadas entre homens e mulheres

    Análise do ecossistema ficcional em “A menor mulher do mundo”, de Clarice Lispector

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    Para a Linguística Ecossistêmica (LE), a interação entre indivíduos em determinado território constitui o ecossistema linguístico. Assim como ocorre na Ecologia, quanto maior a diversidade, mais rico o ecossistema é. Tendo-se em vista os pressupostos da LE e a articulação entre a Literatura e a Análise do Discurso Ecossistêmica (ADE), este trabalho consiste em uma análise do conto “A menor mulher do mundo”, de Clarice Lispector, buscando a representação da interculturalidade no ecossistema ficcional e evidenciando a relação entre língua e cultura. Propõe-se a adoção de uma visão ecológica de mundo (VEM) para a manutenção da harmonia e comunhão nas interações comunicativas

    Perspectiva ecológica da linguagem: uma alternativa de ensino dos verbos enquanto classe gramatical

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    Este trabalho objetivou apresentar uma alternativa Ecolinguística para o ensino de língua materna, em específico, da classe verbal, por meio de neologias recorrentes no meio ambiente virtual. Para tanto, a teoria norteadora deste projeto considera os postulados da Linguística Ecossistêmica advinda da teoria  Ecolinguística, que enxerga a língua em sua integralidade e inter-relações com o sujeito e dele com o mundo (COUTO, 2007). Tais pressupostos aplicam-se, nas metodologias de ensino em que se busca a conjunção dos discentes com o conteúdo de forma acessível, didática e contextualizada, tornando o ensino da língua portuguesa mais dinâmico. Para a realização do projeto, foram acompanhadas quatro aulas síncronas e disponibilizadas três aulas no Youtube para  uma turma de 7º ano, abordando aspectos de letramento científico (HONDA; O’NEIL, 2017) e digital (DUDENEY; HOCKLY, PEGRUM, 2016), bem como a formação de novos verbos e variedades linguísticas (COUTO, 2013). Os resultados foram obtidos por meio da observação de aulas e pela análise do material didático trabalhado com a turma supracitada, cujos resultados mostram a inserção de alunos em aulas de abordagem linguística, considerando, por sua vez, uma perspectiva descritiva da norma padrão/estatal da língua. Desse modo, a apresentação das videoaulas suscitou discussões acerca das variedades linguísticas usadas no âmbito virtual, que se estenderam para os estudos lexicais, estimulando a participação dos estudantes por meio de exemplos de neologismos, assim como, pelo interesse acerca dos fatores que impulsionam a formação de novas palavras

    IDENTIDADE E LINGUAGENS ESPECIAIS: UMA PERSPECTIVA ECOLINGUÍSTICA

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    This starting-point of this article is the fact that a language ecosystem works in accordance with the triad of the fundamental ecology of language (FEL), in which people and territory form a unity. Thus, our main objective is to investigate complex language ecologies as well as how specialized language varieties are formed and form the identity of their users, from an ecolinguistic perspective. Our main theoretical foundation is Couto (2007), the basis for our text, together with Cabello (2002) for specialized language varieties, as well as Hall (2007), who deals with the question of identity formation in a post-modern context. Out of the interaction of different language ecosystems several FELs may emerge. These in turn may give birth to jargons and slangs. These language varieties form different identities which characterize the subjects of certain social and linguistic groups.Tendo como base que um ecossistema linguístico funciona de acordo com o tripé da Ecologia fundamental da língua (EFL), em que Língua, Povo e Território procuram formar uma unidade, temos como objetivo principal neste texto discutir a questão das ecologias linguísticas complexas e,como as linguagens especiais se constituem e formam a identidade de seu falante, na perspectiva ecolinguística. Para isso, tomamos como principal fundamentação teórica, entre outros autores, Couto (2007), o qual forma a base deste artigo no âmbito da Ecolinguística, Cabello (2002), relacionando-o especificamente com as linguagens especiais e Hall (2007) que trata da formação da identidade no contexto pós-moderno. Assim, teremos como resultado das interações entre ecossistemas linguísticos, a formação de diferentes EFLs que poderão convergir em linguagens especiais como os jargões e as gírias. Além disso, as linguagens especiais constituem diferentes identidades a fim de representarem os sujeitos de determinado grupo social e linguístico

    Para uma metodologia própria para a Ecolinguística e a ADE

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    O objetivo principal deste artigo é discutir a questão da metodologia na ecolinguística, disciplina relativamente jovem, a fim de sugerir bases sólidas para pesquisas na área. Por se tratar de uma disciplina que encara seu objeto de modo holístico, sua metodologia só pode ser a multimetodologia. O artigo sugere ainda alguns procedimentos de análise com base em diretrizes ecossistêmicas. Essas diretrizes podem ser se distribuem pelo domínio do natural, do mental e do social, em consonância com os princípios da linguística ecossistêmica.&nbsp

    A retórica da preservação: de como os discursos podem ser mobilizados para destruir a natureza

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    O presente trabalho tem o objetivo de investigar como os discursos ocidentais hegemonizados de preservação da Natureza reiteram concepções que continuam fundamentando a opressão e a destruição da mesma. Para tanto, analisamos três textos publicados pela revista The Economist, em agosto de 2019, que abordam as queimadas e o desmatamento na Amazônia. À luz das propostas teóricas e metodológicas da Ecolinguística para o estudo do discurso (COUTO et al., 2015; STIBBE, 2015; BORGES, 2020; COUTO; FERNANDES, 2020) e dos estudos decoloniais (MIGNOLO, 2003; 2017), buscamos compreender quais são os recursos semióticos mobilizados para escamotear a lógica da colonialidade/modernidade (MIGNOLO, 2017) que estrutura as nossas relações cotidianas. Na análise discursiva foi possível mapear diferentes recursos, como a modalização, o apagamento, dentre outros, que contribuem para o estabelecimento daquilo que chamamos de retórica da preservação, uma configuração discursiva que, ao apresentar o cuidado e a preservação da Natureza como uma necessidade imponderável para a sobrevivência daqueles que são considerados humanos, perpetua a opressão e a destruição da Natureza e das múltiplas sensibilidades de mundo (MIGNOLO, 2017) que a habitam

    A escuta dos idosos na pandemia do coronavírus pela Análise do Discurso Ecossistêmica e pelo imaginário

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    Nos últimos meses a COVID-19 tem sido assunto dominante a mídia por se tratar de uma pandemia que está fazendo milhões de mortos não só no Brasil. É sabido que os idosos fazem parte do grupo de risco, aquele que pode ter complicações graves se infectado. Esta pesquisa teve por objetivo investigar como os discursos acerca do coronavírus têm interferido no imaginário dos idosos no contexto brasileiro. Para tanto, mobilizamos a Análise do Discurso Ecossistêmica (COUTO; COUTO, 2015) e a Antropologia do Imaginário de Gilbert Durand (1989). Fundamentados nesse arcabouço teórico-metodológico, analisamos sete depoimentos de idosos com faixa etária entre 65 e 85 anos e diferentes níveis de escolarização. Ao apresentar os idosos como frágeis e descartáveis, esses discursos deixam de enfatizar o fato de que existem idosos sendo curados, idosos sendo produtivos, de que o diferente nem sempre representa um peso. Ao colocar jovens e idosos numa espécie de embate, esses discursos de medo segregam e afastam uns dos outros, estabelecendo uma relação não harmoniosa entre eles. Para a ADE, a velhice é um estado natural de continuação da vida e não um estado que antecede a morte. O idoso é um cidadão que também tem direito à vida, a uma sobrevivência digna de respeito.In the last few months, COVID-19 has been a dominant subject in the media because it is a pandemic that is causing millions of deaths not only in Brazil. It is known that the elderly are part of the risk group, the one that can have serious complications if infected. This research aimed to investigate how the discourses about the coronavirus have interfered in the imagination of the elderly in the Brazilian context. For this purpose, we used Ecosystemic Discourse Analysis (COUTO; COUTO, 2015) and Gilbert Durand’s Anthropology of the Imaginary (DURAND, 1989). Based on this theoretical-methodological framework, we analyzed seven testimonies of elderly people aged between 65 and 85 years and different levels of schooling. By presenting the elderly as fragile and disposable these discourses fail to emphasize the fact that there are elderly people being healed and productive, that the different does not always represent a burden. By placing young and old people in a kind of conflict, the discourse of fear segregates and distances them from one another, establishing a non-harmonious relationship between them. For EDA, old age is a natural continuation of life, not a state that precedes death. The elderly person is a citizen who also has the right to life, a dignified survival

    Por uma análise do discurso ecológica

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    The main purpose of this article is to present the extension of ecosystemic linguistics known as critical ecosystemic linguistics or ecological discourse analysis (EDA). It is compared to traditional ecolinguistics, such as critical ecolinguistics, to French discourse analysis, to British critical discourse analysis, as well as to positive discourse analysis. All these versions of DA look for ideology (Marxist, feminist etc.) and power relations in the texts under analysis. EDA emphasizes a defense of life and a struggle against everything that may cause suffering to a living being. If ideology is unavoidable, that it be the ideology of life or ecological ideology (ecoideology). It may use all ecological categories, such as interaction, diversity, adaptation, holism, openness/porosity, harmonic and disharmonic relations etc. It is influenced by deep ecology, Taoism and Gandhian ideas. It is prescriptive in relation to these principles, and to anthropocentrism, ethnocentrism, androcentrism etc. Being ecosystemic, it defends the integrity of small ethnic groups, acting from an ecological view of the world (from an ecological view of the world), not from a logical point of view, as is done in the West. It is able to analyze any type of text, not only environmental, anti-environmental nor pseudo-environmental texts. There is a short attempt at analyzing a small scientific text.     O objetivo deste artigo é apresentar a extensão da linguística ecossistêmica chamada linguística ecossistêmica crítica ou análise do discurso ecológica (ADE), comparando-a com a ecolinguística tradicional, como a ecolinguística crítica, a análise do discurso francesa e a análise do discurso crítica inglesa, além de algumas menções à análise do discurso positiva. Todas essas vertentes da AD procuram nos discursos a ser analisados ideologia (marxista, feminista etc.) e relações de poder. A ADE se baseia em uma defesa da vida e numa luta contra tudo que possa trazer sofrimento aos seres vivos. Se é para falar em ideologia, que seja a ideologia da vida, ideologia ecológica (ecoideologia). Ela pode fazer uso de todas as categorias da ecologia, tais como interação, diversidade, adaptação, holismo, abertura/porosidade, relações harmônicas/desarmônicas etc. Ela é influenciada pela ecologia profunda, pelo taoísmo e pelas ideias de Gandhi. É prescritiva, no sentido de defender a vida e de lutar contra o antropocentrismo, o etnocentrismo, o androcentrismo etc. Por ser ecossistêmica, defende a integridade dos pequenos grupos étnicos, agindo a partir da visão ecológica de mundo (from an ecological point of view), não do ponto de vista lógico (from a logical point of view). Por isso, não se limita a analisar textos ambientais, antiambientais ou pseudoambientais. Ela pode analisar todo e qualquer tipo de texto. No final, é apresentada a análise de um texto científico
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