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Indicadores clínicos, hematológicos, bioquímicos e toxicológicos na pré e pós-reabilitação de Pinguins-de-Magalhães (Spheniscus Magellanicus) no Sul do Brasil
Resumo: Pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) são frequentemente observados no litoral do sul do Brasil e Uruguai no inverno e geralmente chegam debilitados, muitas vezes contaminados por óleo. Existem poucos estudos incluindo hematologia, bioquímica sérica e toxicologia em pinguins-de-magalhães. Os exames hematológicos e bioquímicos fornecem informações para avaliação da saúde e diagnóstico de doenças nas aves. As colinesterases (ChE), que são tradicionalmente consideradas biomarcadores para organofosforados e carbamatos, podem ser utilizadas em casos de intoxicação por petróleo. O presente trabalho está dividido em três capítulos. O capítulo I descreve o estudo relacionado ao perfil hematológico, de proteína plasmática total e fibrinogênio de pinguins-de-magalhães no PROAMAR e no CETAS-SC. Foram avaliados 14 animais na pré e oito na pósreabilitação no Paraná e 29 animais em Santa Catarina após a reabilitação. Antes da reabilitação observou-se anemia em 83% dos pinguins que foram a óbito e em 50% dos que sobreviveram e a relação heterófilos/linfócitos (H/L) foi de 3,87 ± 0,57 nos animais que foram a óbito, significativamente maior que a média de 2,20 ± 0,30 dos animais que sobreviveram, sendo esses dois parâmetros importantes na avaliação da saúde dos animais. No capítulo II está descrito o estudo da determinação dos níveis séricos de ácido úrico, uréia, proteínas totais, albumina, globulinas, glicose, colesterol, ?-glutamil transferase (GGT), aspartato amino transferase (AST), creatina quinase (CK), fosfatase alcalina (FA) e lactato desidrogenase (LDH). No Paraná, foram avaliados 10 pinguins na pré e sete na pós-reabilitação e em Santa Catarina, 29 animais após a reabilitação. Na pré-reabilitação os valores de uréia estavam elevados e os de proteínas totais reduzidos, o que indica desidratação e desnutrição, condição importante a ser monitorada. Os parâmetros hematológicos dos animais após a reabilitação e os bioquímicos dos animais do CETAS-SC foram semelhantes aos de outros animais da família Spheniscidae, podendo ser utilizados como valores de referência. O capítulo III aborda o estudo da determinação da atividade das ChE no músculo de pinguins-de-magalhães que vieram a óbito no PROAMAR. Foram avaliados 14 animais no ano de 2010 e seis em 2011, sendo que nenhum apresentava sinais externos de contaminação por óleo. Na musculatura desses animais, ocorreu a hidrólise dos três tipos de substratos (iodetos de acetiltiocolina, de propioniltiocolina e de butiriltiocolina), indicando a presença de acetilcolinesterase e de pseudocolinesterase. O escore corporal apresentou correlação negativa com as atividades enzimáticas. Para animais encontrados na costa paranaense sem sinais externos de contaminação por óleo, os valores obtidos no presente estudo podem servir como referência. Os resultados obtidos nesse estudo confirmam a importância da utilização dos exames laboratoriais durante o período de reabilitação de pinguins-de-magalhães no Brasil, sendo a desnutrição, a desidratação e o estresse os principais aspectos a serem considerados
Indicadores clínicos, hematológicos, bioquímicos e toxicológicos na pré e pós-reabilitação de Pinguins-de-Magalhães (Spheniscus Magellanicus) no Sul do Brasil
Resumo: Pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) são frequentemente observados no litoral do sul do Brasil e Uruguai no inverno e geralmente chegam debilitados, muitas vezes contaminados por óleo. Existem poucos estudos incluindo hematologia, bioquímica sérica e toxicologia em pinguins-de-magalhães. Os exames hematológicos e bioquímicos fornecem informações para avaliação da saúde e diagnóstico de doenças nas aves. As colinesterases (ChE), que são tradicionalmente consideradas biomarcadores para organofosforados e carbamatos, podem ser utilizadas em casos de intoxicação por petróleo. O presente trabalho está dividido em três capítulos. O capítulo I descreve o estudo relacionado ao perfil hematológico, de proteína plasmática total e fibrinogênio de pinguins-de-magalhães no PROAMAR e no CETAS-SC. Foram avaliados 14 animais na pré e oito na pósreabilitação no Paraná e 29 animais em Santa Catarina após a reabilitação. Antes da reabilitação observou-se anemia em 83% dos pinguins que foram a óbito e em 50% dos que sobreviveram e a relação heterófilos/linfócitos (H/L) foi de 3,87 ± 0,57 nos animais que foram a óbito, significativamente maior que a média de 2,20 ± 0,30 dos animais que sobreviveram, sendo esses dois parâmetros importantes na avaliação da saúde dos animais. No capítulo II está descrito o estudo da determinação dos níveis séricos de ácido úrico, uréia, proteínas totais, albumina, globulinas, glicose, colesterol, ?-glutamil transferase (GGT), aspartato amino transferase (AST), creatina quinase (CK), fosfatase alcalina (FA) e lactato desidrogenase (LDH). No Paraná, foram avaliados 10 pinguins na pré e sete na pós-reabilitação e em Santa Catarina, 29 animais após a reabilitação. Na pré-reabilitação os valores de uréia estavam elevados e os de proteínas totais reduzidos, o que indica desidratação e desnutrição, condição importante a ser monitorada. Os parâmetros hematológicos dos animais após a reabilitação e os bioquímicos dos animais do CETAS-SC foram semelhantes aos de outros animais da família Spheniscidae, podendo ser utilizados como valores de referência. O capítulo III aborda o estudo da determinação da atividade das ChE no músculo de pinguins-de-magalhães que vieram a óbito no PROAMAR. Foram avaliados 14 animais no ano de 2010 e seis em 2011, sendo que nenhum apresentava sinais externos de contaminação por óleo. Na musculatura desses animais, ocorreu a hidrólise dos três tipos de substratos (iodetos de acetiltiocolina, de propioniltiocolina e de butiriltiocolina), indicando a presença de acetilcolinesterase e de pseudocolinesterase. O escore corporal apresentou correlação negativa com as atividades enzimáticas. Para animais encontrados na costa paranaense sem sinais externos de contaminação por óleo, os valores obtidos no presente estudo podem servir como referência. Os resultados obtidos nesse estudo confirmam a importância da utilização dos exames laboratoriais durante o período de reabilitação de pinguins-de-magalhães no Brasil, sendo a desnutrição, a desidratação e o estresse os principais aspectos a serem considerados
Doenças de aves selvagens diagnosticadas na Universidade Federal do Paraná (2003-2007) Diseases of wild birds diagnosed at the Federal University of Paraná, Brazil (2003-2007)
Dentre os 253 atendimentos realizados em aves selvagens entre agosto de 2003 a agosto de 2006 no Ambulatório de Animais Selvagens do Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná, 45 casos (17,8%) referiram-se a consultas à espécie Serinus canarius (canário-belga). Dentre as aves atendidas e suas respectivas ordens obteve-se uma maior ocorrência da ordem Psittaciforme. As enfermidades mais freqüentemente visualizadas foram as afecções traumáticas com 56 casos (22,13%). Destas, 17 animais (30,91%) possuíam algum tipo de fratura, sendo a fratura rádio-ulnar a mais comum, com 17,65% de ocorrência. As outras moléstias mais relatadas foram a presença de ectoparasitos (12,50%) e endoparasitos (10,68%), doenças respiratórias (10,42%), procedimentos preventivos (7,55%), afecções dermatológicas (6,51%), neoplasias (4,95%), afecções oftálmicas (4,43%), afecções gastrintestinais (3,91%), caquexia (3,39%), afecções neurológicas (2,86%), automutilação (2,86%), obesidade (2,34%), agressão por outros animais (1,56 %), doenças nutricionais (1,30%), retenção de ovo (1,04%), bouba aviária (0,78%) e gota úrica (0,52%). Tendo em vista a alta prevalência de traumatismos e presença de ecto e endo parasitas que poderiam ser evitados se estivesse ocorrendo um manejo adequado com a ave, sugere-se a necessidade que o Médico Veterinário assuma um papel mais efetivo na Medicina Veterinária Preventiva buscando informar e debater questões referentes ao modo correto de alimentação, criação e manejo das aves, assim como também o esclarecimento acerca das questões referentes às zoonoses quando da consulta veterinária.<br>From 253 wild birds attended at the Wild Animal Ambulatory of the Veterinary Hospital, Paraná Federal University, between August 2003 and August 2006, 45 cases (17.8%) were related to the species Serinus canarius (Belgian Canary). Within these attended birds and its respective orders, most morbid conditions occurred with the Psittaciforme order and were caused by traumatism, in 45 cases (14.32%). Of these, 17 animals (30.91%) had bone fractures; the most common were on radius-ulna (17.65%). Other conditions were presence of ectoparasites (12.50%) and endoparasites (10.68%), respiratory disease (10.42%), dermatological ailments (6.51%), neoplasms (4.95%), ophthalmic illnesses (4.43%), gastrointestinal diseases (3.91%), cachexia (3.39%), neurological diseases (2.86%), self-mutilation (2.86%), obesity (2.34%), aggression by other animals (1.56%), nutritional deficiencies (1.30%), egg retention (1.04%), avian poxvirus (0.78%) and uric gout (0.52%), as well as there was clinical routine measures to be taken (7.55%). Traumas and illnesses were observed as the highest prevalence on the casuistic, which could be prevented by correct husbandry practices