5 research outputs found

    Potential of the ectoparasitoid Habrobracon hebetor, Say 1857 (Hymenoptera: Braconidae) for biological control of thirteen species of Lepidoptera pests

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    Dentre os parasitoides utilizados no controle biológico de pragas está Habrobracon hebetor Say, 1857 (Hymenoptera: Braconidae), um ectoparasitoide frequentemente encontrado em armazéns de grãos e que parasita espécies de lepidópteros que atacam produtos armazenados. Dada a sua agressividade e pela sua ação em laboratório é um potencial agente de controle biológico de diversas espécies de lagartas que causam prejuízos econômicos. Portanto, no presente trabalho buscou-se avaliar o potencial de parasitismo de H. hebetor, parasitoide já existente no Brasil, sobre diferentes pragas agrícolas pertencentes às famílias Noctuidae (9 espécies), Erebidae e Crambidae, em relação à duas espécies de Pyralidae (controles), com base na paralisação e no tempo de tal paralisação em lagartas de diferentes tamanhos, com diferentes densidades do parasitoide, bem como seu desenvolvimento nas espécies escolhidas pelo potencial observado. Foram estudadas as espécies Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) (Lepidoptera: Pyralidae) (controle 1), Corcyra cephalonica (Staiton, 1865) (Lepidoptera: Pyralidae) (controle 2), Helicoverpa armigera (Hübner, 1809) (Lepidoptera: Noctuidae), Chloridea virescens (Fabricius, 1777) (Lepidoptera: Noctuidae), Spodoptera cosmioides (Walker, 1858) (Lepidoptera: Noctuidae), Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae), Chrysodeixis includens (Walker, 1858) (Lepidoptera: Noctuidae), Spodoptera albula (Walker, 1857) (Lepidoptera: Noctuidae), Spodoptera eridania (Cramer, 1782) (Lepidoptera: Noctuidae), Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae), Helicoverpa zea (Boddie, 1850) (Lepidoptera: Noctuidae), Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Erebidae), Agrotis ipsilon (Hufnagel, 1767) (Lepidoptera: Noctuidae). Foram avaliados o tempo e a porcentagem de paralisação das lagartas, assim como a correlação dessas variáveis com o tamanho do hospedeiro (2º ou 4º ínstar) e o número de parasitoides (1, 2 e 4), sendo as espécies mais paralisadas e no menor tempo, selecionadas como melhores por meio de uma análise de componentes principais. Estudou-se a preferência do parasitoide sobre as melhores espécies de lagartas por meio de um teste de livre escolha, observando-se a paralisação e o tempo gasto para tal paralisação. Avaliou-se o efeito da densidade de lagartas na paralisação por H. hebetor durante 4 dias. Posteriormente foi realizada a biologia das espécies selecionadas avaliando-se a duração dos estágios evolutivos assim como a viabilidade das melhores espécies e o número de ovos colocados em 3 dias. Não houve relação entre a paralisação e o parasitismo por H. hebetor. Quanto maior a paralisação do hospedeiro, menor foi o tempo para tal paralisação. O número de parasitoides e os ínstares mais avançados reduziram significativamente o tempo de paralisação. Houve grande variação na paralisação entre as espécies das 3 famílias estudadas (Noctuidae, Erebidae, Crambidae) e dentro de uma mesma espécie. Das três espécies selecionadas com base na paralisação, S. cosmioides, A. ipsilon e D. saccharalis, apenas esta última se apresentou como potencial hospedeiro para parasitismo de H. hebetor. Existe um potencial de utilização de H. hebetor no controle de D. saccharalis, com base nos resultados obtidos, exigindo uma validação em condições de campo.Among the parasitoids used in biological pest control is Habrobracon hebetor Say, 1857 (Hymenoptera: Braconidae), an ectoparasitoid often found in grain stores and parasitizing lepidopteran species that attack stored products. Given its aggressiveness and its action in the laboratory is a potential agent of biological control of several species of caterpillars that cause economic losses. Therefore, the present work aimed to evaluate the parasitism potential of H. hebetor, a parasitoid already present in Brazil, on different agricultural pests belonging to the families Noctuidae (9 species), Erebidae and Crambidae, in relation to 2 Pyralidae species as control, based on the paralyzation and the time of such paralysis in caterpillars of different sizes, with different parasitoid densities, as well as their development in the species with potential. The species studied were: Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) (Lepidoptera: Pyralidae) (control 1), Corcyra cephalonica (Staiton, 1865) (Lepidoptera: Pyralidae) (control 2), Helicoverpa armigera (Hübner, 1809) (Lepidoptera: Noctuidae) , Chloridea virescens (Fabricius, 1777) (Lepidoptera: Noctuidae), Spodoptera cosmioides (Walker, 1858) (Lepidoptera: Noctuidae), Spodoptera frugiperda (JE Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae), Chrysodeixis includens (Lepidoptera: Noctuidae), Spodoptera albula (Walker, 1857) (Lepidoptera: Noctuidae), Spodoptera eridania (Cramer, 1782) (Lepidoptera: Noctuidae), Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae), Helicoverpa zea (Boddie, 1850) (Lepidoptera: Noctuidae), Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Erebidae), Agrotis ipsilon (Hufnagel, 1767) (Lepidoptera: Noctuidae). The time and percentage of caterpillar paralysis were evaluated, as well as the correlation of these variables with the host size (2nd or 4th instar) and the number of parasitoids (1, 2 and 4), with the species being more paralyzed and, in less time, selected as the best by means of a principal component analysis. The preference of the parasitoid on the best caterpillar species was studied by means of a free choice test, observing the paralyzation and the paralyzation time. The effect of caterpillar density on H. hebetor paralyzation was evaluated for 4 days. Afterwards the biology of the selected species was evaluated, evaluating the duration of the evolutionary stages as well as the viability of the best species and the number of eggs placed in 3 days. There was no relationship between paralyzation and parasitism by H. hebetor. The greater the host paralysis, the longer the paralyzation delay. The number of parasitoids and the more advanced instars significantly reduced the standstill time. There was a great variation of paralysis among the species of the three families studied (Noctuidae, Erebidae, Crambidae) and within the same species. The three species selected based on the paralyzation, S. cosmioides, A. ipsilon and D. saccharalis, only the sugarcane borer presented as a potential host for H. hebetor parasitism. There is a potential of using H. hebetor in the control of D. saccharalis, based on the results obtained, requiring validation under field conditions

    Biological control of Gymnandrosoma aurantianum Lima, 1927 with the egg parasitoid Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983

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    No final da década de 1980 houve danos significativos à citricultura brasileira em consequência dos danos causados pelo bicho-furão-dos-citros, Gymnandrosoma aurantianum Lima, 1927 (Lepidoptera: Tortricidae), muito provavelmente em decorrência dos desequilíbrios causados pelas excessivas aplicações de produtos químicos para o controle das cigarrinhas transmissoras da Clorose Variegada dos Citros (CVC). No entanto, na década seguinte (1990), foi desenvolvido um método de amostragem de adultos da praga, por meio de um feromônio sintético patenteado como Ferocitrus Furão®, com o qual foi possível racionalizar e diminuir as aplicações de inseticidas. Dessa forma, a citricultura paulista evitou perdas de mais de U 1,3 bilhão no período de 2001-2012. No entanto, após 2004, com o aparecimento do greening no Brasil, as aplicações de produtos químicos novamente se intensificaram, agora para o controle da Diaphorina citri Kuwayama, 1908 (Hemiptera: Psyllidae), transmissora da doença. Portanto houve uma nova explosão populacional do bicho-furão. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar uma opção de controle biológico do bicho-furão-dos-citros, por meio do parasitoide de ovos Trichogramma. Foi feita uma seleção de espécies de Trichogramma (Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983, Trichogramma pretiosum Riley, 1879 e Trichogramma galloi Zucchi, 1988) quanto ao potencial de parasitismo. A espécie selecionada foi T. atopovirilia. Foram liberadas, em condições de campo, três quantidades do parasitoide (150.000, 600.000 e 2.400.000/ha) por meio de drones georreferenciados. Avaliou-se diariamente a oviposição de G. aurantianum e observou-se o pico de oviposição, em laboratório, para a determinação do momento de liberação dos parasitoides com base na coleta de adultos na armadilha de feromônio. Após tais determinações, liberaram-se uma, duas e três vezes a quantidade da qual houve maior parasitismo. Paralelamente, foram realizados testes de seletividade de produtos sobre a espécie T. atopovirilia, que eventualmente possam ser aplicados em citros. De acordo com os resultados obtidos, T. atopovirilia (linhagem ATP) apresentou maior potencial de controle do bicho-furão-dos-citros. A quantidade de 150 mil parasitoides da espécie T. atopoviriilia por hectare, em 3 liberações, a intervalos semanais, foi a mais adequada. O drone utilizado na liberação permitiu uma dispersão homogênea dos parasitoides em citros. O momento ideal para a realização da primeira liberação foi entre o quinto e sétimo dias após a constatação do nível de controle na armadilha de feromônio. Os produtos químicos ciantraniliprole, sulfoxaflor, abamectina, a mistura ciantraniliprole + abamectina e o fungo entomopatogênico Cordyceps fumosorosea (Wize) Kepler, B. Shrestha & Spatafora, foram seletivos ao parasitoide e poderão ser utilizados mesmo com a liberação de T. atopovirilia desde que se respeite um intervalo de 3 a 7 dias entre aplicações de tais produtos, após a liberação do parasitoide.The citrus fruit borer, Gymnandrosoma aurantianum Lima, 1927 (Lepidoptera: Tortricidae) became a key pest for citrus growers in São Paulo state in the late 1980s, probably due to biological imbalances caused by excessive application of insecticides to control the vectors of Citrus Variegated Chlorosis (CVC). At the end of the 1990s, a pheromone was developed to rationalize the control of G. aurantianum, patented as Ferocitrus Furão® and used successfully since the end of 2001, preventing losses of more than U1.3 billion to São Paulo citrus growers during 20012012. However, after 2004, with the first records of citrus greening in Brazil and massive applications of chemical products to control Diaphorina citri Kuwayama, 1908 (Hemiptera: Psyllidae), there was a new population explosion of the citrus fruit borer. Thus, the objective of this study was to evaluate an option for biological control of the citrus fruit borer, using the egg parasitoid Trichogramma. For this purpose, a laboratory population of the pest reared on an artificial diet was established. The Trichogramma species Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983; Trichogramma pretiosum Riley, 1879; and Trichogramma galloi Zucchi, 1988 were evaluated regarding their potential for parasitism. The effectiveness of three quantities of parasitoids (150,000, 600,000, and 2,400,000/ha) released from a drone was determined under field conditions. The oviposition of G. aurantianum was evaluated daily and the oviposition peak was observed to determine the optimum time to release the parasitoids, based on collection of adults in the pheromone trap. After these determinations, 150,000 parasitoids of the selected species T. atopovirilia were released once, twice, and three times, starting when the control level was reached in the field traps. At the same time, the selectivity of products that may eventually be applied to citrus crops was tested against T. atopovirilia. According to the results, it is recommended to release 150,000 T. atopovirilia parasitoids per hectare, 3 times, at weekly intervals. The optimum time to conduct the first release of T. atopovirilia is 5 to 7 days after determination of the control level in the pheromone trap used to monitor G. aurantianum. The chemical products ciatraniliprole, sulfoxaflor, abamectin, and a mixture of cyantraniliprole + abamectin, and the entomopathogenic fungus Cordyceps fumosorosea (Wize) Kepler, B. Shrestha & Spatafora can be used together with T. atopovirilia, as long as there is a 3 to 7-day interval between applications of these products and releases of the parasitoid
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