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    Serviço infantojuvenil para usuários de drogas: clientela e atendimento

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    O estudo intenta conhecer o perfil de crianças e adolescentesatendidos em serviço comunitário para usuários de drogas e analisar as características do atendimento oferecido. Estudo quantitativo, descritivo-exploratório, com análise descritiva dos dados de 115 prontuários de um CAPSi especializado em drogas. Foi utilizada frequência válida, devido aos dados não informados. A maioria era de homens (78,2%) com idade média de 14,7 anos (dp = 1,98). Mais da metade não frequentava a escola (54,2%) e 33,7% residia com a mãe. Em 81,9% dos prontuários algum familiar fazia uso abusivo de drogas, sendo 52,9% o pai. A maconha apresentou maior prevalência e início mais precoce. O serviço dispunha de atividades que buscavamabranger diferentes necessidades, entre elas, questões escolares e familiares da clientela, justificando a proposta de um serviço comunitário especializado no cuidado a crianças e adolescentes usuários de drogas. Entretanto, observou-se como maior desafio a continuidade do atendimento no serviço

    HIV-positive pregnant women: stories about being a woman and mother.

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    Os primeiros casos de Aids surgiram no início da década de 1980 provocando reações de medo, preconceito e impotência na população e também na comunidade científica. Estudos epidemiológicos indicaram, naquela época, maior incidência de casos entre indivíduos homossexuais estabelecendo, inicialmente, uma relação entre os casos de adoecimento e a conduta de integrantes de grupos historicamente marginalizados. Paralelamente, investigações clínicas demonstraram fragilidade imunológica entre os indivíduos acometidos e conduziram as pesquisas à descoberta de um agente infeccioso, o HIV (Human Immunodeficiency Virus). As mudanças na forma de compreender e descrever a epidemia de HIV/Aids acompanharam estes processos e passaram, por fim, a considerar condições materiais e subjetivas de vida como elementos estruturantes da vulnerabilidade à contaminação. Neste contexto, as relações de gênero e a submissão do feminino são elementos importantes para a discussão da vulnerabilidade entre mulheres e seus efeitos para as práticas de prevenção. Este estudo buscou identificar, no relato de gestantes soropositivas ao HIV, sentidos acerca de suas vivências na(s) relações conjugais, relações familiares e sociais, convivência com a soropositividade, saúde reprodutiva e a experiência da maternidade, analisando-os sob a perspectiva das relações de gênero e da vulnerabilidade feminina. Foram realizadas entrevistas individuais com dez gestantes soropositivas ao HIV em atendimento pré-natal junto ao Ambulatório de Moléstias Infecciosas em Ginecologia e Obstetrícia (AMIGO) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP (HCFMRP-USP), serviço público de saúde e referência para a região. Os resultados apontam que dificuldades para distribuição do poder nas relações de gênero e a precarização das condições de vida são elementos estruturantes do processo de vulnerabilização ao contágio por HIV; há ainda rompimento de relações sociais e descontinuidade das perspectivas de vida em decorrência do medo do preconceito e da morte provocados pelo diagnóstico de soropositividade e um esforço para o redimensionamento do cuidado com os filhos, além de estratégias para reorganização da vida que vão se configuram ao longo do processo de enfrentamento ao contágio. Na maioria dos casos analisados, as mulheres reconhecem a si como vítimas da ação de seus parceiros, culpando-os pelo contágio. Aponta-se a necessidade de reestruturação das práticas de saúde no atendimento a mulheres soropositivas ao HIV, considerando a necessidade de fortalecimento de seus recursos cognitivos e afetivos para o enfrentamento das vicissitudes do contágio e consequente ruptura com a naturalização como vítimas. Dentre as estratégias para o fortalecimento destas mulheres, a discussão de sua apropriação do processo do contágio e a problematização do aceite tácito da pretensa superioridade masculina e das exigências do parceiro ou da família, são propostas para que se reconheça a passividade feminina como elemento que vulnerabiliza as mulheres, além de fragilizar práticas preventivas (CAPES).The first AIDS cases appeared at the begining of 1980s provoking fear reactions, prejudice and impotence on the population and also on the scientific community. Epidemical studies indicated, in that time, a larger number of cases incidence among homosexual individuals demonstrating, at the beginning, a relationship between the illness cases and the group integrals marginal behaviour historically. Parallel, clinical investigations demonstrated immunology weakness among the onset individuals and conducted the researches to find out an infectious agent, HIV (Human Immunodeficiency Virus). Changes on the form of understanding and describing the HIV/AIDS epidemic followed these processes and at the end turned into considering material and subjective conditions of life as structural elements of the vulnerability among women and its effects for the prevention practices. This study searched to identify, concerning to HIV-positive pregnant women, considering their married, family and social relationship life history, familiarity with positive serum, reproductive health and maternity experience, analysing them under a perspective of female gender vulnerability relations. Individual interviews with ten HIV-positive pregnant women, who were pre-natal assisted in a gynaecology and obstetrics infectious deseases ambulatory (AMIGO) in Hospital das Clinicas da Faculadae de Medicina de Ribeirão Preto USP (HCFMRP-USP), a public health service as well as a reference for the region, were carried out. The results show that difficulties to the power distribution on gender relations and precariousness conditions of life are structural elements of HIV vulnerabity; yet there is a break of social relations and life perspectivity discontinuity due to prejudice and fear of death coming from the positivity serum and also an effort to redeem their childrens care, besides strategies to reorganize their lives occurences that will appear together with facing the contagion process. In the majority of the analysed cases, these women recognize themselves as being her partners actions, victims, blaming them for the contagion. Practice structures needs, in health attendance to these women, are pointed out, considering the necessity to reenforce their cognitive and affective resources, in order to face contagion vicissitudes and consequently rapture with the naturalization as victims. Among the strategies to the reenforcement of these women, the discussion of their appropriation contagion process as well as the assumed male superiority tacit acceptance problematic and families and husbands demandings are proposals to female passiviness as an element of women vulnerability, besides weakening preventive practices (CAPES)

    Gestantes Soropositivas ao HIV: Maternidade, Relações Conjugais e Ações da Psicologia

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    Resumo: Mudanças no perfil da epidemia de HIV/Aids ampliaram discussões sobre condições materiais e subjetivas de vida e seu impacto como elemento estruturante da vulnerabilidade à contaminação. Neste contexto, estudar as relações de gênero e a submissão das mulheres aos parceiros é relevante para uma análise da vulnerabilidade entre elas. Este artigo apresenta resultados extraídos de estudo que analisou como mulheres, vulneráveis ao HIV pela própria relação de gênero, lidam com parceiros e com seus direitos reprodutivos. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com dez gestantes soropositivas ao HIV em atendimento pré-natal em ambulatório de ginecologia e obstetrícia especializado no atendimento a pacientes portadores de doenças infectocontagiosas, inserido em um hospital da rede pública de saúde no interior do estado de São Paulo que é considerado referência para a região em que residiam as participantes. Os resultados apontam dificuldades para a distribuição do poder nas relações de gênero como elemento estruturante da vulnerabilidade ao HIV. Entre as participantes, a maioria reconhece a si como vítima da ação de seus parceiros, culpando-os pelo contágio. Aponta-se a necessidade de reestruturar práticas de saúde no atendimento psicológico a mulheres soropositivas, considerando a necessidade de fortalecimento de recursos cognitivos/afetivos para o enfrentamento das vicissitudes do contágio e consequente ruptura com a naturalização como vítimas. Dentre as estratégias para fortalecimento destas mulheres estão: discussão da apropriação do processo do contágio; problematização do aceite tácito da pretensa superioridade masculina e das exigências do parceiro ou da família. O efeito da proposta é reconhecer a passividade feminina como elemento de vulnerabilidade das mulheres e fragilidade das práticas preventivas

    Gestantes Soropositivas ao HIV: Maternidade, Relações Conjugais e Ações da Psicologia

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    Changes in the profile of the HIV/AIDS epidemic have broadened discussions about material and subjective conditions of life and their impact as a structuring element of vulnerability to contamination. In this context, studying gender relations and subjecting women to the partners is relevant to analyze the vulnerability between them. This article presents results from a study that analyzed how women, already vulnerable to HIV, deal with partners and their reproductive rights. Semi-structured interviews were conducted with ten HIV-positive pregnant women in prenatal care at a gynecology and obstetrics outpatient clinic specialized in the care of patients with infectious diseases at a public health hospital and reference to the region in which the participants lived. The results point out difficulties in the distribution of power in gender relations as a structuring element of vulnerability to HIV. Among the participants, most recognize themselves as victims of the action of their partners, blaming them for the contagion. It is pointed out the need to restructure psychological support of seropositive women, considering the need to strengthen cognitive/affective resources to face the vicissitudes of the contagion and consequent rupture with the naturalization as victims. Among the strategies to strengthen these women are: discussion of the appropriation of the contagion process; problematization of the tacit acceptance of the alleged male superiority and of the demands of the partner or family. The effect of the proposal is to recognize female passivity as an element of women's vulnerability and fragility of preventive practices.Mudanças no perfil da epidemia de HIV/Aids ampliaram discussões sobre condições materiais e subjetivas de vida e seu impacto como elemento estruturante da vulnerabilidade à contaminação. Neste contexto, estudar as relações de gênero e a submissão das mulheres aos parceiros é relevante para uma análise da vulnerabilidade entre elas. Este artigo apresenta resultados extraídos de estudo que analisou como mulheres, vulneráveis ao HIV pela própria relação de gênero, lidam com parceiros e com seus direitos reprodutivos. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com dez gestantes soropositivas ao HIV em atendimento pré-natal em ambulatório de ginecologia e obstetrícia especializado no atendimento a pacientes portadores de doenças infectocontagiosas, inserido em um hospital da rede pública de saúde no interior do estado de São Paulo que é considerado referência para a região em que residiam as participantes. Os resultados apontam dificuldades para a distribuição do poder nas relações de gênero como elemento estruturante da vulnerabilidade ao HIV. Entre as participantes, a maioria reconhece a si como vítima da ação de seus parceiros, culpando-os pelo contágio. Aponta-se a necessidade de reestruturar práticas de saúde no atendimento psicológico a mulheres soropositivas, considerando a necessidade de fortalecimento de recursos cognitivos/afetivos para o enfrentamento das vicissitudes do contágio e consequente ruptura com a naturalização como vítimas. Dentre as estratégias para fortalecimento destas mulheres estão: discussão da apropriação do processo do contágio; problematização do aceite tácito da pretensa superioridade masculina e das exigências do parceiro ou da família. O efeito da proposta é reconhecer a passividade feminina como elemento de vulnerabilidade das mulheres e fragilidade das práticas preventivas.Los cambios en el perfil de la epidemia de VIH/SIDA han producido discusión más amplia de las condiciones de vida y su impacto como un elemento estructural de la vulnerabilidad a la contaminación. En este contexto, el estudio de las relaciones de género es relevante para el análisis de vulnerabilidad entre las mujeres. Este artículo presenta los resultados del estudio en el que se hicieron entrevistas semiestructuradas con diez mujeres embarazadas con VIH en la atención prenatal en el ambulatorio de ginecología y obstetricia especializadas en el cuidado de pacientes con enfermedades infecciosas. Los resultados muestran dificultades para la distribución de poder en las relaciones de género como un elemento estructurante de la vulnerabilidad al VIH. La mayoría de las participantes se reconocen a sí mismas como víctimas de las acciones de sus maridos, culpándolos del contagio. Apunta a la necesidad de reestructurar la atención psicológica en el cuidado de las mujeres VIH-positivas, teniendo en cuenta la necesidad de fortalecer los recursos cognitivos/afectivos para hacer frente a las vicisitudes de contagio y la consiguiente ruptura con la naturalización como víctimas. Entre las estrategias para el fortalecimiento de estas mujeres son: debate sobre la identificación del proceso de contagio; cuestionamiento de la aceptación tácita de la supuesta superioridad masculina y de los requisitos de los compañeros o familiares. El efecto de la propuesta es reconocer la pasividad de las mujeres como elemento femenino de la vulnerabilidad y fragilidad de las prácticas preventivas

    Facilitação de diálogos com profissionais na atenção primária em saúde

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    This paper aims to understand the senses produced with primary health care professional about their participation in dialogue facilitation meetings. Eight primary health care workers participated on the research, answering a semi structured interview, that were analyzed from a social constructionist perspective, seeking to identify the interpretive repertories used by the professionals about their participation in the meetings. The results showed these repertories as principal: participation in the group to learn; to improve the bond within the team; to improve the understanding between professionals and users of the service and to reflect about the hierarchies in the institution. The analysis highlight the need of thinking forms of group intervention in which the professionals will be more active in the process of construction of the intervention itself, creating a space that allows the team of professionals to improve their dialogue, articulating this way, with practice and the principles of Brazil's public health system.Esta pesquisa buscou compreender os sentidos produzidos com profissionais da atenção primária em saúde sobre sua participação em encontros de facilitação de diálogo. Oito profissionais responderam a uma entrevista semiestruturada sobre essa participação. A análise das entrevistas foi feita a partir da perspectiva construcionista social, buscando-se identificar os repertórios interpretativos utilizados pelos profissionais sobre sua participação nos encontros. Os resultados destacaram os repertórios: participação no grupo para aprendizado; para melhorar o vínculo entre a equipe; para se compreender os usuários do serviço e para se refletir sobre as hierarquias na instituição. As reflexões empreendidas apontam para a necessidade de se pensar encontros nos quais os profissionais sejam ativos no processo de construção da própria intervenção, criando-se um espaço grupal que possibilite o diálogo entre a equipe de profissionais, articulando-se com a prática e com os princípios do sistema único de saúde.Esta investigación tuvo como objetivo comprender los significados producidos con profesionales en la atención primaria en salud, sobre su participación en las reuniones de un grupo de facilitación de diálogo. Los participantes fueron ocho trabajadores que respondieron a una entrevista semiestructurada. El análisis de los datos fue hecha en la perspectiva construccionista social buscando identificar repertorios interpretativos utilizados por los profesionales en su participación en las reuniones. Los resultados destacaron los repertorios: participación en el grupo para el aprendizaje; para mejorar la unión entre el equipo; para comprender los usuarios del servicio y para reflexionar sobre las jerarquías en la institución. Las reflexiones emprendidas apuntan para la necesidad de pensar encuentros en que los profesionales sean activos en el proceso de construcción de la intervención, creándose un espacio grupal que posibilite el diálogo entre el equipo de profesionales, articulándose con la práctica y con los principios del sistema único de salud
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