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    Os estudos de astronomia em Portugal de 1850 a 1950

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    Dissertação de Doutoramento em História da CiênciaAo estudar e analisar a História da Ciência em Portugal de 1850 a 1950, mais exactamente a História da Astronomia entre nós, dei-me conta do nosso enorme atraso em relação às nações do continente europeu, facto este, por demais conhecido dos historiadores portugueses. Todavia, talvez já não seja do conhecimento de todos, que a segunda metade da segunda década do século passado, começou com uma certa animação cultural devido à criação da Junta de Educação Nacional e o envio para o estrangeiro de bolseiros a fim de trazerem para Portugal mais-valias. A partir de 1929 começaram a chegar a Portugal os primeiros bolseiros vindos destes países. A partir de 1930 havia em Portugal muitos cientistas capazes de levar para a frente o projecto de desenvolver entre nós a Física, disciplina essencial, sobretudo nessa altura, para muitas outras ciências. A criação de um Instituto do Rádio em Coimbra esteve mesmo nos planos do Prof. Mário Silva. A Astronomia poderia ter avançado nessa altura, se tivesse florescido entre nós o estudo da Física moderna, nomeadamente a Relatividade. Mas o conhecimento e o ensino da Relatividade foram bloqueados pelos políticos do Estado Novo, nomeadamente por Costa Lobo. No princípio da década de 1930 começaram as purgas, os exílios, as prisões dos professores universitários de varias áreas do saber, e o país, em vez de ter dado o salto científico-cultural que tanto necessitava, entrou no túnel da mediocridade cultural por algumas dezenas de anos. Os vinte anos da História da Ciência portuguesa entre 1930 e 1950 (25 anos, se começarmos em 1925) esperam novas investigações. Não nos podemos esquecer deste período histórico, procurando saber o mais possível sobre o que se passou nesta altura; houve um desabrochar da Ciência portuguesa protagonizado por vários cientistas de elevada craveira científica, alguns de renome internacional, mas houve também o afundamento deliberado do mesmo por parte do Estado Novo e das pessoas que o representavam. Este estudo pretende dar uma ajuda no esclarecimento deste período da História da Ciência Portuguesa

    Novos elementos para a história do Banco do Brasil (1808-1829): crónica de um fracasso anunciado

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    O primeiro Banco do Brasil, instituído em 1808, é habitualmente referido como uma das principais iniciativas da responsabilidade do governo de D. João VI quando a corte portuguesa se instalou no Rio de Janeiro. No entanto, continua em larga medida por fazer a história dessa instituição cuja fundação foi concebida como elemento essencial para o desenvolvimento da política económica e financeira durante o período de permanência da corte no Rio. O artigo procura explicar as motivações que estiveram na origem da criação do Banco do Brasil e as razões do fracasso no cumprimento da sua missão. O artigo revisita os trabalhos monográficos disponíveis sobre a história do Banco e revela documentação impressa pouco estudada e fontes primárias até agora inéditas que permitem fazer nova luz sobre a sua actividade
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