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    VIVENCIANDO UM GRUPO COM USUÁRIOS DIABÉTICOS E HIPERTENSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

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    INTRODUÇÃO:A Hipertensão Arterial (HA) e o Diabetes Mellitus (DM) constituem os principais fatores de risco populacional para as doenças cardiovasculares, motivo pelo qual representam agravos de saúde pública, dos quais cerca de 60 a 80% dos casos podem ser tratados na rede básica (BRASIL, 2002). A HA tem prevalência estimada em cerca de 20% da população adulta (maior ou igual a 20 anos) e forte relação com 80% dos casos de AVE e 60% dos casos de doença isquêmica do coração. Constitui, sem dúvida, o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, cuja principal causa de morte, o AVE, tem como origem a hipertensão não-controlada (BRASIL, 2002). Assim como a HA, o DM vem aumentando sua importância pela crescente prevalência. Calcula-se que, em 2025, possam existir cerca de 11 milhões de diabéticos no País (BRASIL, 2002). Para Silva et al., (1996) a deficiência da adesão dos pacientes às orientações que precisam ser seguidas para controlar sinais e sintomas das doenças, pode ser relacionada ao fato de que as interações entre usuários e prestadores de serviços em saúde se configuram, atualmente, de forma superficial, em termos comunicacionais O fato é que não existe comunicação totalmente objetiva. Esta se faz entre pessoas e cada pessoa é um mundo à parte, com seu subjetivismo, suas experiências, sua cultura, seus valores, seus interesses e suas expectativas. A percepção pessoal funciona como uma espécie de filtragem que condiciona a mensagem segundo a própria lente. Ouvimos e vemos conforme a nossa percepção (MAFFACCIOLLI & LOPES, 2005). Assim, Silva et al., (2003), assegura que o trabalho com grupos proporciona o aprofundamento de discussões pelas quais consegue-se ampliar conhecimentos e melhor conduzir o processo de educação em saúde, de modo que as pessoas possam superar suas dificuldades, obtendo maior autonomia e podendo viver mais harmonicamente com sua condição de saúde (MAFFACCIOLLI & LOPES, 2005). Munari & Rodrigues (1997), apresentando uma trajetória da utilização de grupos na assistência de enfermagem afirmam que, na área de enfermagem, a utilização de grupos não se constitui propriamente em uma novidade. Por natureza, o enfermeiro é um profissional que desenvolve seu trabalho em grupo tanto na assistência nas atividades junto à equipe de enfermagem, junto às equipes multiprofissionais, durante a passagem de plantão, executando atividades educativas junto a grupos específicos da população, como no ensino, realizando grupos de discussão de casos ou como estratégia em disciplinas nas quais o grupo funciona como parte da aprendizagem. Dentro deste contexto torna-se imprescindível para a formação acadêmica, estruturada nos pilares da pesquisa, ensino e prática, a atuação em contíguo com a comunidade. Desta forma, busca-se construir uma rede de saber e prática caracterizados pela dependência recíproca e eficaz, possibilitando a construção de um espaço de assistência voltado as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), comprometido com a integralidade do cuidado.OBJETIVOS: Relatar as vivências e reflexões em um grupo de diabéticos e hipertensos e destacar a importância desse instrumento para o trabalho do enfermeiro.METODOLOGIA: Este estudo consiste em um relato de experiência, concretizado a partir da prática com a realização de atividades educativas em um grupo de usuários (n=20) hipertensos e diabéticos da Unidade de Saúde da Família APOLO III, na cidade de Itaboraí, Rio de Janeiro. Tais usuários caracterizam-se por serem adultos e idosos, na maioria mulheres, cadastrados na Unidade de Saúde da Família e portadores de Doença Crônica não Transmissível (DCNT). São descritas as reflexões e vivências, através do pilar proporcionado pela técnica de observação participante. Foi adotada a definição de Becker (1994), entendendo que o pesquisador coleta dados, participando do grupo ou organização, observando as pessoas e seu comportamento em situações de sua vida cotidiana (LIMA et al., 1999). Segundo Lüdke & André (1986), uma das vantagens da utilização dessa técnica é a possibilidade de um contato pessoal do pesquisador com o objeto de investigação, permitindo acompanhar as experiências diárias dos sujeitos e apreender o significado que atribuem à realidade e às suas ações. (LIMA et al., 1999). As atividades realizadas neste grupo permeiam a consulta de Enfermagem, grupo educativo e Levantamento epidemiológico, tendo como enfoque principal o nível de entendimento das informações obtidas, as relações dentro do grupo e os sentimentos e expectativas expressados. Este grupo trata-se de um projeto de extensão da Universidade Federal Fluminense.RESULTADOS: O grupo é composto em sua maioria por mulheres com faixa etária de 50 a 80 anos, portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 e/ou Hipertensão Arterial. Também participam do grupo duas professoras da Universidade Federal Fluminense e duas alunas bolsistas deste projeto de extensão que se revezam para o comparecimento nos grupos, de forma que em cada reunião sempre existe uma professora e um aluno. Ao final de cada encontro professor e aluno reuniam-se e comentavam a inteiração dos usuários com o professor, com o aluno e entre eles. Além de analisarmos a aceitação da didática encontrada para expor o tema propostos pelos usuários. Os temas são sugeridos pelos próprios usuários em conjunto com os professores e alunos, e são trabalhados de acordo com a necessidade exposta por eles. Os encontros foram realizados nos dias: 12 e 26 de maio, e 9 e 23 de junho do ano de 2010. As etapas dos momentos-chave das sessões grupais de Dall’Agnol & Trench (1999) basearam o planejamento das reuniões, sendo feita uma adaptação. Transcorreu-se então por algumas etapas descritas a seguir: a) Abertura da sessão: recepção dos usuários, boas vindas, apresentação e informações acerca dos objetivos e finalidades da reunião, aferição de Pressão Arterial e HGT para posterior armazenamento com fim de comparação; b) Esclarecimento sobre a dinâmica proposta para o encontro: esclareciam-se as atividades que estariam sendo realizadas informando sempre a importância da exposição das idéias e anseios de cada participante; c) Debate: Por meio de dinâmicas, atividades lúdicas e rodas conversas as questões eram expostas. Então, através das manifestações dos participantes a respeito do tema as respostas eram construídas; d) Síntese dos momentos anteriores: Resumia-se os momentos anteriores a fim de reforçar as conclusões que se foi chegado na etapa anterior; e) Encerramento da sessão: Combinava-se o próximo encontro e agradecia-se a presença de todos. Os encontros aconteceram com os seguintes temas: 12/05/10 – Apresentação das alunas ao grupo e formação da agenda dos temas para o primeiro semestre de 2010; 26/05/10 – Alimentação: Conhecendo os hábitos alimentares dos usuários; mitos e verdades sobre a alimentação do diabético e hipertenso; 09/06/10 – Alimentação: Grupos alimentares e como formar um prato saudável; 23/06/10 – Festa Junina. No decorrer dos encontros notou-se através dos diálogos que os aspectos emocionais unidos as atividades diárias vem corroborar para a ingestão alimentar hipercalórica e desequilibrada. Muita das vezes é percebido a negação em aceitar uma mudança em seus hábitos pois para que este aconteça é necessário transformação. O investimento e esforço para o abandono de hábitos arraigados e atitudes presentes na forma de enfrentamento com o cotidiano podem despertar sentimentos de ambivalência que serão tão mais intensos quanto maior for a dificuldade em vulnerabilizar-se para a aventura do novo e da mudança (MAFFACCIOLLI & LOPES, 2005). Apesar de muitas vezes parecer que mudanças não ocorriam, gerando uma certa frustração na equipe devido a resistência a mudança de hábitos, notou-se a recepção e o carinho recebido dos participantes como algo impactante e estimulador para a continuação do trabalho. Destarte constatou-se que o relacionamento humano e a troca de experiências, estruturados na cooperação, contribuem para a eficácia do tratamento da hipertensão e diabetes.CONCLUSÕES: O presente trabalho proporcionou a introdução acadêmica neste contexto, assim tendendo a familiarizar o aluno a compreensão da complexidade das relações e das instituições humanas, integrando a teoria, o ensino e a prática. Assim aluno, professor, cidadão, usuário e trabalhador da saúde, configuram um processo de trabalho em equipe multiprofisional que concerne na melhora da qualidade de vida do cidadão e consequentemente da comunidade. A estratégia do grupo caracteriza-se para o enfermeiro como meio de alcançar o cliente, torna se um instrumento que facilita o sucesso da assistência ao ponto que norteia o cuidado, cominando em resultados eficazes. Logo, tais iniciativas abrem espaço para um diálogo entre Universidade e sociedade, trazendo questões a serem pensadas, através do conhecimento e acompanhando de forma interativa as produções da comunidade, reduzindo distâncias através do fazer

    Ações de Enfermagem ao paciente com Insuficiência Cardíaca: uma revisão integrativa Nursing actions for patients with heart failure: an integrative review

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    Objetivos: identificar estudos sobre as ações educativas aos pacientes com insuficiência cardíaca realizadas pelo enfermeiro e avaliar sua importância a fim de destacar métodos, estratégias e novos conceitos na área. Métodos: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, na qual foram selecionados 15 artigos nas bases de dados Lilacs, Medline e no Portal de Periódicos da Capes, publicados entre 1995 e 2010. Resultados: na análise, observou-se a prevalência de pesquisas sobre os benefícios da educação em saúde prestada nos mais variados cenários de atuação, principalmente durante a consulta de enfermagem, no uso de meios de comunicação à distância e por outros meios. Conclusão: a prática de ensino deve fazer parte do manejo diário começando o mais precocemente possível, no contexto hospitalar, e prolonga-se depois da alta, pois dessa forma observamos o aumento do conhecimento dos clientes sobre a doença e o propósito das intervenções farmacológicas e não farmacológicas.

    Ações de Enfermagem ao paciente com Insuficiência Cardíaca: uma revisão integrativa Nursing actions for patients with heart failure: an integrative review

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    Objetivos: identificar estudos sobre as ações educativas aos pacientes com insuficiência cardíaca realizadas pelo enfermeiro e avaliar sua importância a fim de destacar métodos, estratégias e novos conceitos na área. Métodos: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, na qual foram selecionados 15 artigos nas bases de dados Lilacs, Medline e no Portal de Periódicos da Capes, publicados entre 1995 e 2010. Resultados: na análise, observou-se a prevalência de pesquisas sobre os benefícios da educação em saúde prestada nos mais variados cenários de atuação, principalmente durante a consulta de enfermagem, no uso de meios de comunicação à distância e por outros meios. Conclusão: a prática de ensino deve fazer parte do manejo diário começando o mais precocemente possível, no contexto hospitalar, e prolonga-se depois da alta, pois dessa forma observamos o aumento do conhecimento dos clientes sobre a doença e o propósito das intervenções farmacológicas e não farmacológicas.

    Planning versus Online Control: Dynamic Illusion Effects in Grasping?

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    The planning/control model of action assumes that grasping is sensitive to the context of an object only in early stages of the movement (planning), but not in later stages (control). In consequence, the effects of context-induced illusions (as the Ebbinghaus/Titchener illusion) should decrement during a grasping movement. Here, we tested this claim by reanalysing a large data set (N=26) on grasping in the Ebbinghaus illusion. Contrary to the predictions of the planning/control model, we found that the effects of the illusion did not decrease over time. Instead, the illusion effects stayed remarkably constant

    Ações de Enfermagem ao paciente com Insuficiência Cardíaca: uma revisão integrativa Nursing actions for patients with heart failure: an integrative review

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    Objetivos: identificar estudos sobre as ações educativas aos pacientes com insuficiência cardíaca realizadas pelo enfermeiro e avaliar sua importância a fim de destacar métodos, estratégias e novos conceitos na área. Métodos: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, na qual foram selecionados 15 artigos nas bases de dados Lilacs, Medline e no Portal de Periódicos da Capes, publicados entre 1995 e 2010. Resultados: na análise, observou-se a prevalência de pesquisas sobre os benefícios da educação em saúde prestada nos mais variados cenários de atuação, principalmente durante a consulta de enfermagem, no uso de meios de comunicação à distância e por outros meios. Conclusão: a prática de ensino deve fazer parte do manejo diário começando o mais precocemente possível, no contexto hospitalar, e prolonga-se depois da alta, pois dessa forma observamos o aumento do conhecimento dos clientes sobre a doença e o propósito das intervenções farmacológicas e não farmacológicas.
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