3 research outputs found

    Clarice e Macabéa: representações do bios e da morte

    Get PDF
    Este trabalho visa elaborar um perfil ficcional da escritora brasileira Clarice Lispector, fundamentado no recorte epistemológico crítico biográfico fronteiriço (NOLASCO, 2015), teorização cunhada por Edgar Cézar Nolasco no texto “Crítica biográfica fronteiriça”. Para tal, realizaremos uma leitura eminentemente de caráter bibliográfico, relendo A hora da estrela (1997), romance em que Clarice narra, através do escritor Rodrigo S.M., a história de uma jovem nordestina de Alagoas, criada pela tia, na cidade do Rio de Janeiro. Em um primeiro momento, buscaremos abordar a figura da intelectual Clarice à luz dos postulados de Edward Said na obra Representações do intelectual (2005), bem como a política na escritora. Além disso, buscaremos articular esta relação crítica e intelectual com o bios da escritora na esteira das reflexões de Eneida Maria de Souza em Janelas indiscretas (2011). Vale salientar que esta discussão emerge da fronteira-Sul, que é tanto territorial quanto epistemológica, e está atravessada por nossas sensibilidades biográficas (NOLASCO, 2015) enquanto sujeitos que pensam e articulam uma leitura acerca da escritora brasileira a partir deste lugar. Como resultado, espera-se contemplar a figura da intelectual, distanciando-a das imagens atribuídas a ela e à sua obra como “literatura de mulherzinha”. Esse texto respalda-se em teóricos, dentro outros, como Edgar Cézar Nolasco, Eneida Maria de Souza, Walter Mignolo, Edward Said, Silviano Santiago e Nádia Battella Gotlib. Algumas obras que contribuirão para a discussão proposta aqui são: CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS, Crítica cult (2002), Janelas indiscretas (2011), Representações do intelectual (2005), Histórias locais/projetos globais (2003), A louca da casa (2004), Clarice uma vida que se conta (2010)

    A HORA DA ESTRELA: A hora do bios e do político em Clarice Lispector

    No full text
    Este trabalho tem por objetivo estudar a vida e obra da escritora brasileira Clarice Lispector através do romance A Hora da Estrela (1977) e por meio desta elaborar uma autobiografia ficcional da escritora. Em vista disso, várias questões ainda precisam ser abordadas - políticas e sociais - e revitalizadas no que convêm às características presentes na obra de Clarice, que nesse ano, completa 40 anos tanto de sua última publicação quanto de sua morte. Nessa direção, serão abordadas discussões sobre a escritora, tais quais a político-social, levando em consideração o cenário brasileiro da época de produção. Sendo assim, a leremos na diferença sob o recorte epistemológico crítico biográfico fronteiriço, interpretação pouco explorada pelas academias brasileiras. A pesquisa fundamenta-se na crítica biográfica fronteiriça, na qual compreende-se uma leitura singular partindo de nosso biolócus (bios + lócus) e de nossas sensibilidades locais. Logo, esse trabalho respalda-se teoricamente em autores como Eneida Maria de Souza em Janelas Indiscretas (2011), Edgar Cézar Nolasco em Caldo de Cultura (2007) e Walter Mignolo em Histórias locais\Projetos Globais (2003)
    corecore