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    O paradoxo dos benzodiazepínicos: uma avaliação neurobiológica das consequências do uso e abuso na saúde física e mental

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    O uso indiscriminado de benzodiazepínicos tem sido objeto de preocupação devido suas consequências na saúde física e mental. Este artigo buscou avaliar neurobiologicamente os impactos dessas substâncias, conhecidas por modular a neurotransmissão gabaérgica, e confrontar as ideias centrais dos estudos disponíveis na atualidade. A ação dos benzodiazepínicos no sistema nervoso central promove efeitos ansiolíticos, sedativos, hipnóticos e relaxantes musculares, resultando em alívio imediato de sintomas como ansiedade e insônia. No entanto, o uso crônico dessas substâncias está associado a diversas consequências negativas. O comprometimento cognitivo é um dos principais impactos observados, incluindo déficits de memória e atenção. Além disso, o uso prolongado de benzodiazepínicos pode levar à queda da função hepática, aumentando o risco de lesões no fígado. O risco de quedas e fraturas também é elevado, principalmente em idosos, devido aos efeitos sedativos e relaxantes musculares dessas substâncias. O desenvolvimento de dependência e a síndrome de abstinência são preocupações adicionais, exigindo uma descontinuação gradual e monitoramento cuidadoso. Esta revisão de literatura abordou estudos que reforçam essas preocupações, destacando a importância de uma abordagem individualizada na prescrição de benzodiazepínicos. Profissionais de saúde devem considerar os riscos e benefícios, promovendo estratégias não farmacológicas para o manejo da ansiedade e insônia. No contexto brasileiro e mundial, é essencial conscientizar os pacientes sobre os potenciais riscos associados ao uso prolongado dessas substâncias. Alternativas terapêuticas estão sendo investigadas, visando minimizar os efeitos colaterais e oferecer opções mais seguras e eficazes. Em conclusão, o uso e abuso de benzodiazepínicos apresenta um paradoxo entre os benefícios terapêuticos imediatos e os riscos a longo prazo. Profissionais de saúde desempenham um papel fundamental na prescrição responsável dessas substâncias, garantindo o uso adequado e promovendo estratégias alternativas para o cuidado da saúde mental e física dos pacientes

    Análise da eficácia da Tirzepatida como agente terapêutico para perda de peso em pacientes com Obesidade

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    A obesidade e o diabetes são doenças crônicas que afetam milhões de pessoas em todo o mundo, sendo consideradas epidemias crescentes. O tratamento da obesidade envolve uma abordagem multifacetada, incluindo mudanças no estilo de vida e intervenções farmacológicas. Nesse contexto, a tirzepatida, uma terapia combinada de dois medicamentos que atuam em diferentes vias metabólicas para reduzir o apetite e promover a perda de peso em pacientes com obesidade, tem se destacado como uma opção terapêutica promissora. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia e segurança da tirzepatida como agente terapêutico para perda de peso em pacientes com obesidade. Para isso, foram selecionados quatro artigos que avaliaram o uso da tirzepatida em pacientes com obesidade, publicados entre 2018 e 2023, nas bases de dados PubMed (Medline), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Cochrane Library. Os resultados indicam que a tirzepatida é uma terapia promissora e segura para perda de peso em pacientes com obesidade. Todos os estudos relataram perda de peso significativa em pacientes tratados com essa terapia, variando de 8,6% a 16,0% do peso corporal inicial. Além disso, a tirzepatida também apresentou efeitos benéficos em outros parâmetros metabólicos, como redução da glicemia e melhora da função hepática. Efeitos adversos foram relatados em menor frequência e gravidade em comparação com outras terapias para perda de peso. Em resumo, a tirzepatida é uma terapia combinada de dois medicamentos que tem demonstrado eficácia e segurança para a perda de peso em pacientes com obesidade, de acordo com os resultados de quatro estudos avaliados nesta pesquisa. Essa terapia pode ser uma opção terapêutica válida para pacientes com obesidade. No entanto, é importante destacar a necessidade de mais pesquisas para avaliar sua eficácia e segurança a longo prazo e sua aplicabilidade em diferentes populações. Portanto, é fundamental que o tratamento seja realizado com acompanhamento médico e que cada caso seja avaliado individualmente
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