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    Mortalidade infantil e acesso geográfico ao parto nos municípios brasileiros

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    OBJETIVO: Analisar o acesso geográfico ao parto hospitalar nos municípios brasileiros. MÉTODOS: Foram analisadas informações de óbitos e nascimentos quanto à sua adequação para o cálculo do coeficiente de mortalidade infantil no período de 2005 a 2007 para os 5.564 municípios brasileiros. O acesso geográfico foi expresso por indicadores de deslocamento, oferta e acesso aos serviços de saúde. A associação entre o acesso geográfico ao parto e o coeficiente de mortalidade infantil em municípios com adequação de suas informações vitais foi avaliada por meio de regressão múltipla. RESULTADOS: Dentre os municípios analisados, 56% apresentaram adequação das informações vitais, correspondendo a 72% da população brasileira. O deslocamento geográfico ao parto mostrou-se inversamente associado ao porte populacional, à renda per capita, e à mortalidade infantil, mesmo controlado por fatores demográficos e socioeconômicos. CONCLUSÕES: Embora tenham sido desenvolvidas estratégias importantes para a melhoria da qualidade do atendimento às gestantes no Brasil, as ações para garantir o acesso igualitário à assistência ao parto ainda são insuficientes. O maior deslocamento intermunicipal para o parto se mostrou como um fator de risco para a mortalidade infantil, aliado à desigualdade de oferta de serviços qualificados e à falta de integração com a atenção básica de saúde

    Aplicação do escore CRIB como preditor de óbito em unidade de terapia intensiva neonatal: uma abordagem ampliada The use of CRIB score as mortality predictor at neonatal intensive care unit: an extended approach

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    OBJETIVOS: avaliar o uso do escore CRIB (Clinical Risk Index for Babies) em todos os recém-nascidos internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e comparar seus resultados com peso ao nascer e idade gestacional. MÉTODOS: estudo observacional, envolvendo todos os recém-nascidos internados na UTIN do Hospital Universitário de Taubaté. As variáveis foram escore CRIB, peso ao nascer, idade gestacional, uso de surfactante, cateterização umbilical, asfixia neonatal e óbito. Foram comparadas as médias do escore CRIB, peso ao nascer e idade gestacional segundo óbito. Foram estimados os valores da sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo e risco relativo e criadas curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) para CRIB, peso ao nascer e idade gestacional. Utilizou-se da técnica t de Student e qui-quadrado de tendência linear. A significância estatística foi alfa = 5%. RESULTADOS: óbito esteve associado a maiores valores do CRIB; houve tendência de mais casos com asfixia, uso de surfactante, cateterização umbilical e óbitos com as classes maiores do CRIB. A curva ROC relativa ao CRIB foi maior que as relativas ao peso ao nascer e idade gestacional. CONCLUSÕES: o escore CRIB foi bom preditor do óbito quando aplicado em todos os RN.<br>OBJECTIVES: to evaluate the CRIB (Clinical Risk Index for Babies) score as mortality predictor in all newborn at Neonatal Intensive Care Unit (NICU) and to compare with birthweight and gestational age. METHODS: observational study with newborn admitted at NICU of University Hospital of Taubaté. The variables were CRIB score, birth weight, gestational age, use of surfactant, umbilical catheter, neonatal asphyxia and death. The association between CRIB score and other variables was estimated. The values of sensitivity, specificity, predictive and negative values and relative risk and 95% confidence interval of were estimated and created ROC (Receiver Operating Characteristic) curves to CRIB, birth weight and gestational age. Student t test and linear trend chi2 were applied to statistical analysis. The significance level was alfa = 5%. RESULTS: the death was associated with elevated values of CRIB and there was trend of more cases with use of surfactant, umbilical catheter, neonatal asphyxia and deaths with upper class of CRIB. The ROC curve of CRIB had a larger area under the curve than ROC curve for birth weight and gestational age. CONCLUSIONS: the CRIB score was as good predictor to death when applied to all newborn

    Estudo da mortalidade de recém-nascidos internados na UTI neonatal do Hospital Geral de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul Newborn mortality study in the neonatal intensive care unit of Caxias do Sul General Hospital, Rio Grande do Sul

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    OBJETIVOS: conhecer as causas e variáveis relacionadas com o óbito de recém-nascidos (RN) de uma UTI neonatal de referência na região Sul do Brasil. MÉTODOS: estudo descritivo envolvendo 2.247 RN acompanhados até a alta. Foram analisadas variáveis maternas, do RN e variáveis da gestação, parto e atendimento. Foi utilizada a análise univariada e a regressão logística múltipla para relacionar as variáveis estudadas com o óbito. RESULTADOS: ocorreram 184 óbitos, com uma letalidade de 8,2%. A mortalidade dos RN com peso < 1.500g foi de 29,3%, sendo de 61,3% abaixo de 1.000g e 5,6% acima de 1.000g. Os RN com baixo peso e os prematuros apresentaram um risco de morrer quatro vezes maior do que os RN com peso >2.500g ou a termo. As variáveis relacionadas ao óbito foram o peso < 2.000 gramas, o Apgar no 5' < 4, a ausência de pré-natal, a necessidade de reanimação em sala de parto e a ventilação mecânica durante a internação. As principais causas básicas de óbito foram as malformações (25,6%), hipertensão materna (17,9%) e as infecções maternas (12,0%). CONCLUSÕES: muitos óbitos ocorreram por falhas no atendimento da gestante e do RN, desafio que precisa ser enfrentado por neonatologistas, obstetras e o poder público.<br>OBJECTIVES: to determine causes and variables related to newborn deaths of a neonate intensive care unite (ICU) in the Southern region of Brazil. METHODS: a descriptive study involving 2.247 newborns followed up until discharge date. Maternal variables were analyzed, as well as of the newborn and pregnancy, delivery and medical assistance variables. Univariate analysis and multiple logistic regression were used to relate the variables studied with death occurrence. RESULTS: 184 deaths occurred, corresponding to a 8.2% lethality rate. Newborn mortality variables were the following: weight of <1.500g corresponding to 29.3%, with 61.3% under 1.000g and 5.6% over 1.000g. Low weight and premature newborns held a death risk four times higher than newborns weighing >2.500g or born at pregnancy term. Death related variables were weight of <2.000 grams, Apgar at 5' <4, no prenatal medical care, the need of delivery room resuscitation procedures and mechanic ventilation during hospitalization. Deaths basic causes were malformations (25.6%), maternal hypertension (17.9%) and maternal infections (12.0%). CONCLUSIONS: many of the deaths occurred because of the poor medical care offered to pregnant women and newborns, a challenge that need to be faced by neonatologists, obstetricians and the government

    Neonatal mortality in intensive care units of Central Brazil Mortalidade neonatal em unidades de cuidados intensivos no Brasil Central

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    OBJECTIVE: To identify potential prognostic factors for neonatal mortality among newborns referred to intensive care units. METHODS: A live-birth cohort study was carried out in Goiânia, Central Brazil, from November 1999 to October 2000. Linked birth and infant death certificates were used to ascertain the cohort of live born infants. An additional active surveillance system of neonatal-based mortality was implemented. Exposure variables were collected from birth and death certificates. The outcome was survivors (n=713) and deaths (n=162) in all intensive care units in the study period. Cox's proportional hazards model was applied and a Receiver Operating Characteristic curve was used to compare the performance of statistically significant variables in the multivariable model. Adjusted mortality rates by birth weight and 5-min Apgar score were calculated for each intensive care unit. RESULTS: Low birth weight and 5-min Apgar score remained independently associated to death. Birth weight equal to 2,500g had 0.71 accuracy (95% CI: 0.65-0.77) for predicting neonatal death (sensitivity =72.2%). A wide variation in the mortality rates was found among intensive care units (9.5-48.1%) and two of them remained with significant high mortality rates even after adjusting for birth weight and 5-min Apgar score. CONCLUSIONS: This study corroborates birth weight as a sensitive screening variable in surveillance programs for neonatal death and also to target intensive care units with high mortality rates for implementing preventive actions and interventions during the delivery period.<br>OBJETIVO: Identificar fatores prognósticos de mortalidade neonatal em unidades de cuidados intensivos. MÉTODOS: Realizou-se estudo de coorte de nascidos vivos do município de Goiânia, no período de novembro de 1999 a outubro de 2000. Procedeu-se à vinculação das bases de dados das declarações de nascidos vivos e de óbitos, das quais as variáveis de exposição foram extraídas. Adicionalmente, foi implementado um sistema ativo de vigilância de mortalidade neonatal. A variável de efeito foi constituída dos recém-nascidos admitidos nas unidades de cuidados intensivos que sobreviveram (n=713) e dos que morreram (n=162). Utilizou-se o modelo de regressão de Cox para identificar fatores associados à mortalidade neonatal e a curva Receiver Operating Characteristic para avaliar a acurácia de variáveis estatisticamente significantes em modelo multivariado. Taxas de mortalidade ajustadas por peso de nascimento e Apgar do quinto minuto foram calculadas para cada unidade de cuidados intensivos. RESULTADOS: Baixo peso ao nascer e Apgar do quinto minuto permaneceram associados ao óbito neonatal, de forma independente. Peso ao nascer igual a 2.500 g apresentou acurácia de 0,71 (IC 95%: 0,65-0,77) na predição de óbito neonatal (sensibilidade =72,2%). Observou-se ampla variação nas taxas de mortalidade entre as unidades de cuidados intensivos (9,5%-48,1%) sendo que duas delas permaneceram com taxas significantemente mais altas após o ajuste da mortalidade pelo peso de nascimento e Apgar. CONCLUSÕES: Os resultados mostraram que o peso de nascimento é uma variável sensível para uso em triagens em programas de vigilância de óbito neonatal e pode identificar as unidades de cuidados intensivos com altas taxas de mortalidade para implementação de ações preventivas e para intervenções no período intra-parto
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