8 research outputs found

    Use of threaded rigid cannula and flexible endoscope for single access video laparoscopy in standing horses

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    Com o objetivo de promover, por meio de acesso único e com o uso de endoscópio flexível, ampla exploração da cavidade peritoneal de equinos em estação, foi concebida uma cânula laparoscópica para dar sustentação ao endoscópio e possibilitar o acesso sob visualização. O procedimento foi realizado a partir da fossa paralombar. Após pequena incisão cutânea, o endoscópio foi inserido na cânula e os músculos e o peritônio foram divulsionados mediante rotação da cânula. Logo depois da perfuração do peritônio, foi realizada a exploração da cavidade e a identificação das estruturas. Em seguida à exploração do lado ipsilateral ao acesso, realizou-se a transposição do conjunto cânula/endoscópio ventralmente à porção caudal do cólon descendente, seguida de exploração do lado contralateral. Concluída a técnica, foi executado, para fins de comparação, o mesmo procedimento por meio da fossa paralombar contralateral. Foi possível a transposição do conjunto cânula/endoscópio para o lado contralateral ao acesso em todos os procedimentos. Também foi possível a identificação da maioria das estruturas abdominais tanto pelo acesso esquerdo quanto pelo direito. A abordagem por acesso único mostrou-se viável para a exploração ampla da cavidade peritoneal, demonstrando ser uma alternativa à técnica laparoscópica convencional.A laparoscopic cannula was designed to support a single access approach with a flexible endoscope for the wide exploration of the peritoneal cavity of standing horses. It provides support to the endoscope and allows access to the peritoneal cavity with a visual aid. This procedure was performed through the paralumbar fossa. After a small cutaneous incision, the endoscope was inserted into the cannula, and the muscles and peritoneum were divulsed through the rotation of the cannula. After the peritoneal perforation, cavity exploration and identification of structures were performed. After the exploration of the ipsilateral side of the access, the cannula/endoscope was transposed ventrally to the caudal portion of the descending colon; this was followed by the exploration of the contralateral side. Once this process was completed, the same procedure was performed through the contralateral paralumbar fossa for comparison. It was possible to transpose the cannula/endoscope set to the contralateral access side in all procedures. Further, it was possible to identify most of the abdominal structures in both the left and right access. This single access approach proved to be feasible for the extensive exploration of the peritoneal cavity, thereby indicating it can be an alternative to the conventional laparoscopic technique

    Techniques of hepatic biopsy guided by laparoscopic access with rigid and flexible endoscope in standig equines

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    Na maior parte dos estudos de biópsias hepáticas realizados em equinos, os procedimentos foram conduzidos utilizando a técnica de coleta hepática percutânea com auxílio da ultrassonografia. No entanto, a avaliação histológica de tecido hepático ante mortem é pouco realizada e, portanto, as afecções hepáticas, que são comuns em equinos, são pouco diagnosticadas e tratadas. O objetivo deste estudo foi avaliar, e por meio comparativo, estabelecer qual técnica de biópsia hepática em equinos guiada pelo acesso laparoscópico permite maior facilidade de execução, maior segurança, menor tempo cirúrgico, melhor amostra tecidual e menor risco de hemorragia. Também comparar o endoscópio rígido e flexível na realização das coletas, apontando vantagens e limitações de cada instrumento. O acesso à cavidade abdominal ocorreu através da introdução videoassistida da cânula guia EndoTIPTM no centro da fossa paralombar direita. As biópsias ocorreram na seguinte ordem: biópsias realizadas com pinça laparoscópica (R1) e agulha de biópsia semiautomática (R2), respectivamente, assistidas primeiro pelo endoscópio rígido; e após, biópsias com pinça endoscópica flexível (F1) e agulha de biópsia semiautomática (F2), nessa ordem, assistidas pelo endoscópio flexível. Os procedimentos de pós-operatório como terapia analgésica, anti-inflamatória, inspeção e higienização diária do local de incisão foram prestados e após dez dias de acompanhamento os equinos receberam alta. Não houve alterações clínicas e laboratoriais significativas no período pós-operatório. Considerou-se mínimo o traumatismo e o sangramento decorrente da cirurgia. Nenhuma intercorrência grave causada pelo procedimento foi observada, o que nos permite indicar as biópsias hepáticas guiadas pelo acesso laparoscópico em equinos hígidos em estação como método viável e seguro. A pinça laparoscópica e a pinça endoscópica flexível mostraram-se mais seguras do que a agulha de biópsia semiautomática durante as coletas. Não houve uma técnica considerada mais rápida. A pinça endoscópica flexível foi considerada ineficiente para coleta de amostras hepáticas. Enquanto a pinça laparoscópica mostrou-se mais vantajosa, sendo considerada a técnica mais fácil e eficaz, coletando amostras de tamanhos adequados para avaliação histológica. O endoscópio flexível inserido através de uma cânula guia de 60 cm de comprimento teve maior alcance e permitiu acesso mais amplo à cavidade abdominal e ao fígado, enquanto o endoscópio rígido inserido pelo acesso via fossa paralombar direita apresentou alcance limitado, entretanto, melhor luminosidade, definição de cor e imagem quando comparado ao endoscópio flexível. Os resultados obtidos nesse trabalho podem ser úteis para ajudar no desenvolvimento de equipamentos e métodos mais adequados à espécie equina e na aplicação futura das técnicas de biópsias guiadas pelo acesso laparoscópico em equinos com doenças hepáticas.In most liver biopsy studies performed in horses, the procedures were performed using the ultrasound-guided percutaneous liver biopsy. However, histological evaluation of ante mortem liver tissue is not often performed and therefore liver disorders, which are common in horses, are rarely diagnosed and treated. The objective of this study was to evaluate, and through a comparative method, to establish which hepatic biopsy technique in horses guided by laparoscopic access allows greater ease of execution, greater safety, shorter surgical time, better tissue sample and lower risk of bleeding. Also compare the rigid and flexible endoscope in the collection, pointing out the advantages and limitations of each instrument. Access to the abdominal cavity was made through video-assisted introduction of the EndoTIPTM guide cannula in the center of the right paralumbar fossa. The procedure was conducted in the following order: biopsies performed with laparoscopic forceps (R1) and semiautomatic needle biopsy (R2), respectively, assisted first by the rigid endoscope; and after, biopsies with flexible endoscopic forceps (F1) and semiautomatic needle biopsy (F2), in that order, assisted by the flexible endoscope. Postoperative procedures such as analgesic, anti-inflammatory therapy, inspection and daily cleaning of the incision site were performed and in 10 days the horses were discharged. There were no significant clinical and laboratory changes in the postoperative period. Trauma and bleeding due to the procedure were considered minimal. No serious complications from the procedure were observed, which allows us to indicate hepatic biopsies guided by laparoscopic access in healthy standing horses a viable and safe method. The laparoscopic forceps and flexible endoscopic forceps were safer than the semiautomatic biopsy needle during collection. Neither of the techniques showed to be faster than the other. Flexible endoscopic forceps were considered inefficient for liver sample collection. While the laparoscopic forceps proved to be more advantageous, being considered the easiest and most efficient technique collecting samples of adequate sizes for histological evaluation. The flexible endoscope inserted through a 60 cm long guide cannula had greater range and allowed wider access to the abdominal cavity and liver, while the rigid endoscope inserted through the access via the right paralumbar fossa had limited range, but better luminosity, definition of color and image when compared to the flexible endoscope. The results obtained in this study may be useful to assist in the development of equipment and methods more suitable for the equine species and in the future application of techniques of hepatic biopsy guided by laparoscopic access in horses with liver disease

    Techniques of hepatic biopsy guided by laparoscopic access with rigid and flexible endoscope in standig equines

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    Na maior parte dos estudos de biópsias hepáticas realizados em equinos, os procedimentos foram conduzidos utilizando a técnica de coleta hepática percutânea com auxílio da ultrassonografia. No entanto, a avaliação histológica de tecido hepático ante mortem é pouco realizada e, portanto, as afecções hepáticas, que são comuns em equinos, são pouco diagnosticadas e tratadas. O objetivo deste estudo foi avaliar, e por meio comparativo, estabelecer qual técnica de biópsia hepática em equinos guiada pelo acesso laparoscópico permite maior facilidade de execução, maior segurança, menor tempo cirúrgico, melhor amostra tecidual e menor risco de hemorragia. Também comparar o endoscópio rígido e flexível na realização das coletas, apontando vantagens e limitações de cada instrumento. O acesso à cavidade abdominal ocorreu através da introdução videoassistida da cânula guia EndoTIPTM no centro da fossa paralombar direita. As biópsias ocorreram na seguinte ordem: biópsias realizadas com pinça laparoscópica (R1) e agulha de biópsia semiautomática (R2), respectivamente, assistidas primeiro pelo endoscópio rígido; e após, biópsias com pinça endoscópica flexível (F1) e agulha de biópsia semiautomática (F2), nessa ordem, assistidas pelo endoscópio flexível. Os procedimentos de pós-operatório como terapia analgésica, anti-inflamatória, inspeção e higienização diária do local de incisão foram prestados e após dez dias de acompanhamento os equinos receberam alta. Não houve alterações clínicas e laboratoriais significativas no período pós-operatório. Considerou-se mínimo o traumatismo e o sangramento decorrente da cirurgia. Nenhuma intercorrência grave causada pelo procedimento foi observada, o que nos permite indicar as biópsias hepáticas guiadas pelo acesso laparoscópico em equinos hígidos em estação como método viável e seguro. A pinça laparoscópica e a pinça endoscópica flexível mostraram-se mais seguras do que a agulha de biópsia semiautomática durante as coletas. Não houve uma técnica considerada mais rápida. A pinça endoscópica flexível foi considerada ineficiente para coleta de amostras hepáticas. Enquanto a pinça laparoscópica mostrou-se mais vantajosa, sendo considerada a técnica mais fácil e eficaz, coletando amostras de tamanhos adequados para avaliação histológica. O endoscópio flexível inserido através de uma cânula guia de 60 cm de comprimento teve maior alcance e permitiu acesso mais amplo à cavidade abdominal e ao fígado, enquanto o endoscópio rígido inserido pelo acesso via fossa paralombar direita apresentou alcance limitado, entretanto, melhor luminosidade, definição de cor e imagem quando comparado ao endoscópio flexível. Os resultados obtidos nesse trabalho podem ser úteis para ajudar no desenvolvimento de equipamentos e métodos mais adequados à espécie equina e na aplicação futura das técnicas de biópsias guiadas pelo acesso laparoscópico em equinos com doenças hepáticas.In most liver biopsy studies performed in horses, the procedures were performed using the ultrasound-guided percutaneous liver biopsy. However, histological evaluation of ante mortem liver tissue is not often performed and therefore liver disorders, which are common in horses, are rarely diagnosed and treated. The objective of this study was to evaluate, and through a comparative method, to establish which hepatic biopsy technique in horses guided by laparoscopic access allows greater ease of execution, greater safety, shorter surgical time, better tissue sample and lower risk of bleeding. Also compare the rigid and flexible endoscope in the collection, pointing out the advantages and limitations of each instrument. Access to the abdominal cavity was made through video-assisted introduction of the EndoTIPTM guide cannula in the center of the right paralumbar fossa. The procedure was conducted in the following order: biopsies performed with laparoscopic forceps (R1) and semiautomatic needle biopsy (R2), respectively, assisted first by the rigid endoscope; and after, biopsies with flexible endoscopic forceps (F1) and semiautomatic needle biopsy (F2), in that order, assisted by the flexible endoscope. Postoperative procedures such as analgesic, anti-inflammatory therapy, inspection and daily cleaning of the incision site were performed and in 10 days the horses were discharged. There were no significant clinical and laboratory changes in the postoperative period. Trauma and bleeding due to the procedure were considered minimal. No serious complications from the procedure were observed, which allows us to indicate hepatic biopsies guided by laparoscopic access in healthy standing horses a viable and safe method. The laparoscopic forceps and flexible endoscopic forceps were safer than the semiautomatic biopsy needle during collection. Neither of the techniques showed to be faster than the other. Flexible endoscopic forceps were considered inefficient for liver sample collection. While the laparoscopic forceps proved to be more advantageous, being considered the easiest and most efficient technique collecting samples of adequate sizes for histological evaluation. The flexible endoscope inserted through a 60 cm long guide cannula had greater range and allowed wider access to the abdominal cavity and liver, while the rigid endoscope inserted through the access via the right paralumbar fossa had limited range, but better luminosity, definition of color and image when compared to the flexible endoscope. The results obtained in this study may be useful to assist in the development of equipment and methods more suitable for the equine species and in the future application of techniques of hepatic biopsy guided by laparoscopic access in horses with liver disease

    Pythium insidiosum: revisão literária e relato de caso em Equino

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    A pitiose é uma afecção granulomatosa crônica que acomete equinos e outras espécies como cães, bovinos, caprinos, felinos, animais silvestres e seres humanos. É uma enfermidade de regiões com climas tropicais, subtropicais ou temperados, de áreas com acúmulo de água, banhados e lagoas. O agente etiológico é um oomiceto pertencente ao Reino Stramenopila, Filo Oomycota, Classe Oomycetes, Ordem Pythiales, Família Pyhtiaceae, Gênero Pythium, Espécie Pythium insidiosum. O microrganismo é um parasita de plantas aquáticas, que através de reprodução assexuada produz zoósporos biflagelados que podem infectar os animais. Causa grandes prejuízos para a equinocultura e o prognóstico da doença depende da extensão das lesões e comprometimento de estruturas como tendões, articulações e tecidos ósseos. Provoca um quadro infeccioso na pele e região subcutânea, porém pode apresentar quadros sistêmicos, pulmonares, gastrointestinais, oculares, entre outros. A enfermidade em equinos caracteriza-se pela formação de granulomas eosinofílicos, com a presença de massas necróticas denominadas de “kunkers”. Muitos protocolos para tratamento da enfermidade têm sido utilizados, tratamentos químicos, cirúrgicos e de imunoterapia. O tratamento mais indicado para a cura da pitiose em equinos seria à remoção cirúrgica do granuloma combinada com a imunoterapia. O tratamento é complicado devido a características singulares do agente. No caso relatado, constatou-se um tratamento longo, oneroso, com uma série de complicações e reações adversas à imunoterapia. No entanto a terapia foi eficiente na diminuição da lesão e melhora do quadro infeccioso da pele e região subcutânea.Pythiosis is a chronic granulomatous disease that affects horses and other species such as dogs, cattle, goats, cats, wild animals and humans. It is a disease of regions with tropical, subtropical or temperate climates, in areas with accumulation of water, wetlands and ponds. The etiologic agent is an oomycete belonging to the Kingdom Stramenopila, Phylum Oomycota, Class Oomycetes, Order Pythiales, Family Pyhtiaceae, Genus Pythium, Species Pythium insidiosum. The organism is a parasite of aquatic plants, which through asexual reproduction produces biflagellate zoospores that can infect animals. Cause great harm to the Equine and prognosis of the disease depends on the extent of injuries and impairment of structures such as tendons, joints and bone tissues. Causes an infection in the skin and subcutaneous region, however can present systemic picture, pulmonary, gastrointestinal, ocular, among others. The disease in horses characterized by eosinophilic granuloma formation with presence of necrotic masses called "kunkers". Many protocols for treatment of the disease have been used, chemical, surgical and immunotherapy treatments. The most appropriate treatment for the cure of pythiosis in horses would be the surgical removal of granuloma combined with immunotherapy. Treatment is complicated due to unique characteristics of the agent. In the case reported, there was a long, costly treatment with a series of complications and adverse reactions to immunotherapy. However, the therapy was effective in reducing the injury and the infection of the skin and subcutaneous region

    Pythium insidiosum: revisão literária e relato de caso em Equino

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    A pitiose é uma afecção granulomatosa crônica que acomete equinos e outras espécies como cães, bovinos, caprinos, felinos, animais silvestres e seres humanos. É uma enfermidade de regiões com climas tropicais, subtropicais ou temperados, de áreas com acúmulo de água, banhados e lagoas. O agente etiológico é um oomiceto pertencente ao Reino Stramenopila, Filo Oomycota, Classe Oomycetes, Ordem Pythiales, Família Pyhtiaceae, Gênero Pythium, Espécie Pythium insidiosum. O microrganismo é um parasita de plantas aquáticas, que através de reprodução assexuada produz zoósporos biflagelados que podem infectar os animais. Causa grandes prejuízos para a equinocultura e o prognóstico da doença depende da extensão das lesões e comprometimento de estruturas como tendões, articulações e tecidos ósseos. Provoca um quadro infeccioso na pele e região subcutânea, porém pode apresentar quadros sistêmicos, pulmonares, gastrointestinais, oculares, entre outros. A enfermidade em equinos caracteriza-se pela formação de granulomas eosinofílicos, com a presença de massas necróticas denominadas de “kunkers”. Muitos protocolos para tratamento da enfermidade têm sido utilizados, tratamentos químicos, cirúrgicos e de imunoterapia. O tratamento mais indicado para a cura da pitiose em equinos seria à remoção cirúrgica do granuloma combinada com a imunoterapia. O tratamento é complicado devido a características singulares do agente. No caso relatado, constatou-se um tratamento longo, oneroso, com uma série de complicações e reações adversas à imunoterapia. No entanto a terapia foi eficiente na diminuição da lesão e melhora do quadro infeccioso da pele e região subcutânea.Pythiosis is a chronic granulomatous disease that affects horses and other species such as dogs, cattle, goats, cats, wild animals and humans. It is a disease of regions with tropical, subtropical or temperate climates, in areas with accumulation of water, wetlands and ponds. The etiologic agent is an oomycete belonging to the Kingdom Stramenopila, Phylum Oomycota, Class Oomycetes, Order Pythiales, Family Pyhtiaceae, Genus Pythium, Species Pythium insidiosum. The organism is a parasite of aquatic plants, which through asexual reproduction produces biflagellate zoospores that can infect animals. Cause great harm to the Equine and prognosis of the disease depends on the extent of injuries and impairment of structures such as tendons, joints and bone tissues. Causes an infection in the skin and subcutaneous region, however can present systemic picture, pulmonary, gastrointestinal, ocular, among others. The disease in horses characterized by eosinophilic granuloma formation with presence of necrotic masses called "kunkers". Many protocols for treatment of the disease have been used, chemical, surgical and immunotherapy treatments. The most appropriate treatment for the cure of pythiosis in horses would be the surgical removal of granuloma combined with immunotherapy. Treatment is complicated due to unique characteristics of the agent. In the case reported, there was a long, costly treatment with a series of complications and adverse reactions to immunotherapy. However, the therapy was effective in reducing the injury and the infection of the skin and subcutaneous region

    Nefroblastoma com metástase linfática em um bezerro Angus: comunicação científica

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    Nephroblastoma is a congenital renal neoplasm composed of metanephric blastema and stromal cells. A one-year-old male Angus calf presented with diarrhea, nasal discharge, cough and weight loss. Serum levels of creatinine and urea were increased, with reduction in the level of albumin. After eight days, clinical condition got worse and the calf died. On necropsy, the cranial pole of the left kidney presented a firm whitish mass (30 x 21 x 14 cm). Multifocal to coalescing firm whitish nodules were observed on the serosa of the large intestine, in the mesentery and in the adventitia of the urinary bladder. All lung lobes contained multifocal to coalescing firm whitish elevated nodules (0.5 to 1 cm of diameter). Histologically, renal mass consisted of neoplastic proliferation of embryonal epithelial and mesenchymal cells, intermixed with large amounts of blastema cells. The nodules on large intestine, mesentery, urinary bladder and lungs were composed mainly of blastema cells and mild amount of mesenchymal cells. Blastema cells were also observed within lymphatic vessels in lung parenchyma. Embryonal epithelial, mesenchymal and blastema cells showed, respectively, positive immunostain for cytokeratin, vimentin and S100. Based on pathological and immunohistochemical findings, the tumor was diagnosed as nephroblastoma in a calf with metastasis through lymphatic vessels to lungs, large intestine, mesentery and urinary bladder.O nefroblastoma é uma neoplasia renal congênita composta por um blastema metanéfrico e células estromais. Um bezerro Angus, macho, de um ano de idade apresentou diarreia, descarga nasal, tosse e perda de peso. Os níveis de creatinina e ureia estavam aumentados, com albumina diminuída. Após oito dias, a condição clínica piorou e o bezerro veio a óbito. Na necropsia, o polo cranial do rim esquerdo apresentou uma massa brancacenta firme (30 x 21 x 14 cm). Nódulos brancacentos firmes multifocais a coalescentes foram visualizados na serosa do intestino grosso, mesentério e adventícia da bexiga. Nos pulmões nódulos elevados brancacentos firmes (0.5 a 1 cm de diâmetro) multifocais a coalescentes foram observados. Histologicamente, a massa no rim consistia em proliferação neoplásica de células embrionais epiteliais e mesenquimais, entremeadas a grande quantidade de células blastemais. Os nódulos no intestino grosso, mesentério, bexiga e pulmões eram compostos principalmente por células blastemais e discreta quantidade de células mesenquimais. As células blastemais foram também observadas no interior de vasos linfáticos no parênquima pulmonar. As células embrionais epiteliais, mesenquimais e blastemais apresentaram, respectivamente, imunomarcação positiva para citoqueratina, vimentina e S100. Baseado nos achados patológicos e imuno-histoquímicos este caso foi diagnosticado como um nefroblastoma em um bezerro com metástases através de vasos linfáticos aos pulmões, intestino grosso, mesentério e bexiga

    Pythium insidiosum em equino: Relato de caso

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    A pitiose é uma afecção granulomatosa crônica que acomete equinos e outras espécies como cães, bovinos, caprinos, felinos, animais silvestres e seres humanos. Ocorre em regiões de climas tropicais, subtropicais ou temperados, e em áreas com acúmulo de água, banhados e lagoas. O Brasil está entre os países tropicais como local endêmico de pitiose equina. O agente etiológico em mamíferos é um oomiceto do Reino Stramenopila, Filo Oomycota, Classe Oomycetes, Ordem Pythiales, Família Pyhtiaceae, Gênero Pythium, Espécie Pythium insidiosum. É um parasita de plantas aquáticas, que através de reprodução assexuada produz zoósporos que podem infectar os animais. Causa grandes prejuízos na equinocultura e o prognóstico da doença depende da extensão das lesões e comprometimento de estruturas como tendões, articulações e tecidos ósseos. É uma doença que provoca um quadro infeccioso na pele e região subcutânea, pode apresentar quadros sistêmicos, pulmonares, gastrointestinais, oculares, entre outros. A enfermidade em equinos caracteriza-se pela formação de granulomas eosinofílicos, com a presença de massas necróticas denominadas de “kunkers”. Os “kunkers” histologicamente apresentam-se como concreções eosinofílicas de tamanho variado, forma circular, contornos irregulares, compostas de hifas, colágeno, arteríolas e células inflamatórias. Muitos protocolos para tratamento têm sido utilizados: químicos (antifúngicos), cirúrgicos e de imunoterapia. O tratamento mais indicado para a cura da pitiose em equinos é a remoção cirúrgica do granuloma combinada com a imunoterapia. Porém, o tratamento é complicado devido a características singulares do agente que difere dos fungos verdadeiros na produção de zoósporos móveis e na composição de sua parede celular. Fungos verdadeiros possuem quitina em sua parede, enquanto o Pythium contém celulose e β-glucanas, o que dificulta a penetração dos fármacos. Neste trabalho, propõe-se relatar um caso de pitiose diagnosticado em um equino atendido no Hospital de Clínicas Veterinárias (HCV) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Observou-se um tratamento longo, dispendioso, com complicações e reações adversas no local de aplicação do imunoterápico. Contudo, a terapia foi eficiente na diminuição da lesão, melhora do quadro infeccioso da pele e região subcutânea
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